quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DO QUERIDO CAMARADA PAULO DANTAS


NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DO QUERIDO CAMARADA PAULO DANTAS


O Partido Comunista do Brasil de Pernambuco vem a público externar a sua mais profunda tristeza com a perda do médico, camarada e dirigente partidário Paulo Dantas. 

Paulo Dantas era natural de Piancó, Paraíba, tornando-se posteriormente cidadão do Recife em 2016 pelos relevantes serviços prestados ao povo e à cidade do Recife que o acolheu.

 Foi cursando a Faculdade de Medicina da UFPE, entre 1963 e 1968, que iniciou sua militância política participando da Juventude Universitária Católica, e posteriormente da Ação Popular (AP) e do Diretório Acadêmico de Medicina, conjuntamente com a resistência ao regime militar. 

Paulo atuou intensamente nas áreas de saúde e assistência social. Foi médico pediatra voluntário da equipe de Educação Popular de Saúde nos bairros dos Coelhos e do Coque. Integrou a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Recife e Olinda, na época de Dom Helder Câmara.

 Servidor público concursado como médico do Ministério da Saúde, foi diretor do Sindicato dos Médicos, membro fundador e secretário do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (COSEMS/PE), e primeiro presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). Entre 1997 e 1998, foi diretor de saúde da Região Metropolitana do Recife na gestão do governador Miguel Arraes. Atuou em conjunto com outras lideranças e forças políticas para inserir na Constituição de 88 o capítulo da saúde que definiu os princípios e diretrizes do SUS.

Paulo Dantas participou ativamente na gestão pública, sendo secretário de Saúde, de Assistência Social e presidente do Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC) da Prefeitura do Recife, e secretário de saúde da Prefeitura de Olinda. Ainda no Recife, foi vereador destacado na Câmara em duas legislaturas.

No seu partido, o PCdoB, onde militou por décadas, foi membro da direção estadual, secretário de formação e organizador da frente de saúde, além de membro da sua comissão política. A dedicação e o empenho de Paulo Dantas, em favor dos direitos do povo explorado e oprimido, nos deixa um exemplo de consciência política avançada. Seu legado para a jovem militância é de extremo valor para a continuidade da luta por um Brasil justo e igualitário. Como socialista convicto, Paulo nos deixa como mensagem que é possível vencer e que a história estará sempre do lado do povo.

Camarada Paulo Dantas. Sua alegria de viver e lutar estará sempre em nossas mentes e corações, e fará falta a todos e todas que te conheceram e aprenderam a te respeitar e admirar. Paulo Dantas, presente! Hoje e sempre!

Recife, 27 de dezembro de 2023 

Direção Estadual do Partido Comunista do Brasil de Pernambuco


“A dedicação e o empenho de Paulo Dantas, em favor dos direitos do povo explorado e oprimido, nos deixa um exemplo de consciência política avançada. Seu legado para a jovem militância é de extremo valor para a continuidade da luta por um Brasil justo e igualitário. Como socialista convicto, Paulo nos deixa como mensagem que é possível vencer e que a história estará sempre do lado do povo.”


🚩🇧🇷 Confira algumas imagens - inclusive a luta em defesa da Mata do Engnho Uchoa -  da trajetória de lutas de Paulinho no site do PCdoB-PE: https://bit.ly/paulodantaspcdob


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Confraternizaçao do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa - 2023

 

Confraternizaçao do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa - 2023

 Foi com muita alegria,  muito prazer que realizamos,  no 21/12/ 2023 nossa Confraternização., estiveram presentes companheiros e companheiras  das tantas lutas, familiares, várias crianças que transmitem alegria e esperança de futuro melhor, e muitos outros militantes que se somaram a nós para comemorarmos as conquistas obtidas. 












Confraternização fortalece os laços de amizade,  companheirismo, camaradagem, tudo o de que precisamos para continuar a luta, de mais de 40 anos, em prol da Mata do Engenho Uchoa, e agora,  nos engajamos , mais firmemente , na luta pela revitalização do Rio Tejipió,e assim contribuimos para o enfrentamento às mudanças climaticas . O Movimento luta também pelos direitos sociais , por um país mais justo!


Na Confraternização tivemos uma dinâmica de grupo muito interessante, que provocou a interação,  a participação de todos os presentes: Um painel elaborado pelo companheiro Alexandre Ramos simbolizando a linha do tempo, com dados , fatos ocorridos ao longo de todos esses anos de luta.

Houve um sorteio de um brindo, iniciativa da companheira Ximena de Souza Leão Nunes.


Um jantar saborosíssimo! Ao som do piano ,  tocado pelo pianista Lucas .

A realização da confraternização,  aconteceu no Galetus, onde fomos  recebidos(as) com muita cortesia,  como acontece todos os anos.


Foram momentos maravilhosos :  alegres, afetivos,  carinhosos ; um clima de muito amor.


Obrigada a todos e todas , que abrilhantaram o evento.

Feliz Natal e um Ano Novo de muita Paz.

 A Coordenação.



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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

ARRUDEIA, ESA

 

ARRUDEIA, ESA

📣Atenção! No próximo dia 22, sexta-feira, o Ministro da Defesa JOSÉ MÚCIO vem ao Recife assinar o protocolo de intenções para a construção da Escola de Formação de Sargentos em Pernambuco.


A solenidade acontecerá no Palácio do Campo das Princesas e contará com a presença da governadora Raquel Lyra. Como sabemos, a construção está prevendo ocupar uma área de Mata Atlântica da APA Aldeia-Beberibe e deve desmatar mais de 300 mil árvores. Nosso mote é um só: NENHUMA ÁRVORE A MENOS. 🌳🌳🌳

Precisamos que todas as pessoas que defendem a preservação da nossa mata estejam presentes na próxima sexta-feira (22) a partir das 9h,em vigília, gritando no Palácio do Campo das Princesas: A MATA ATLÂNTICA FICA e DESMATAMENTO ZERO!

Precisamos pressionar pela MUDANÇA DE LOCAL da construção da ESA. A sociedade civil não irá se calar!✊🏾




https://www.instagram.com/p/C0_15KVOhCh/?igsh=MTc4MmM1YmI2Ng==


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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

COP 28: acordo fala de transição, mas não de eliminar combustíveis fósseis

 

COP 28: acordo fala de transição, mas não de eliminar combustíveis fósseis

Documento final propõe que a capacidade de energia renovável seja triplicada até 2030 e que em 2050 seja alcançada a “neutralidade carbônica”

por Priscila Lobregatte

Publicado 13/12/2023 17:05 | Editado 13/12/2023 17:18


Lula faz discurso durante COP 28. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A 28ª Conferência do Clima da ONU (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes, terminou, nesta quarta-feira (13), com a aprovação de um acordo, negociado entre 195 países, que destaca a promoção da transição energética sem, no entanto, estabelecer a erradicação dos combustíveis fósseis.

A decisão, frustrante para ambientalistas e cientistas é, por outro lado, vista por alguns setores como histórica por ser a primeira, desde 1994 — quando a Convenção do Clima da ONU passou a vigorar — que reflete uma convergência no que diz respeito à mudança da matriz energética. 

Além da transição para o enfrentamento do aquecimento global, o texto propõe que a capacidade de energia renovável seja triplicada até 2030 e que em 2050 seja alcançada a “neutralidade carbônica”. Ao mesmo tempo, defende que essa mudança nos sistemas energéticos seja feita de forma “justa, ordenada e equitativa”. 

Conforme noticiado, um rascunho do documento tratava da “eliminação gradual” de petróleo, carvão e gás natural, o que não foi acatado na versão final aprovada. 

Leia também: Confira na íntegra o discurso de Lula na abertura da COP 28

Pelas redes sociais, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “Àqueles que se opuseram a uma referência clara à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis durante a COP 28, quero dizer: Quer você goste ou não, a eliminação dos combustíveis fósseis é inevitável. Esperemos que não chegue tarde demais”.  Ele também afirmou que “a era dos combustíveis fósseis deve terminar – e deve terminar com justiça e equidade”.

Outro ponto anunciado no acordo foi a criação de um fundo de US$ 420 milhões para apoiar países afetados pelo aquecimento global. O valor, no entanto, é considerado aquém do necessário. 

Também recebeu críticas o fato de o documento não estipular metas gerais, deixando a questão a critério de cada país, nem fechar compromissos concretos de financiamento para a mitigação da crise climática. Porém, reiterou que os recursos precisam ser disponibilizados às nações mais afetadas. 

Leia também: Lula critica lucro com venda de armas enquanto planeta derrete

Em seu discurso na plenária final na COP 28, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou: “aprovamos aqui um acordo basilar, que dá concretude aos compromissos que assumimos no âmbito do Acordo de Paris. O compromisso que acabamos de assumir redireciona nossas ambições, mas também nossas responsabilidades”. 

Marina também chamou atenção para a necessidade de os países ricos se dedicarem ao trabalho de realizar a transição energética e estancar as mudanças climáticas. “A nossa próxima tarefa é alinhar as medidas de implementação necessárias, assegurando uma posição fundamental da transição justa. Assim, é fundamental que os países desenvolvidos tomem a frente da transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis e assegurem os meios necessários para que os países em desenvolvimento possam implementar suas ações de mitigação e adaptação”

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada


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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

HOJE MARÉ CHEIA!

 

HOJE MARÉ CHEIA!


É hoje! Abertura oficial da 8ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife - MARÉ, no Teatro do Parque às 19h.✨

A abertura contará com a exibição do curta "Pedro e Inácio", de Caio Dornelas e do longa "A invenção do Outro", dirigido por Bruno Jorge, que faz estreia em Pernambuco. O documentário acompanha o trabalho de um grupo de indigenistas na busca do primeiro contato com povos isolados da região do Vale do Javari. No filme, um dos indigenistas do grupo é o pernambucano Bruno Pereira, que foi brutalmente assassinado junto com o jornalista Dom Philips, em 5 de junho de 2022. 

🎟️Os ingressos podem ser retirados 1 hora antes da sessão, na bilheteria do Teatro do Parque.

A 8ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife é uma realização da Bonsucesso Comunicação e Cultura e do Instituto Toró, produzida pela ASAGA Audiovisual, patrocinada pela Asa Branca Turismo, Instituto Pragma, Reeecicle e Colméia Arquitetura e Engenharia, e apoiada pelo Econúcleo da Jaqueira.

➡️ Acesse a programação completa da 8ª MARÉ no site: www.mare.rec.br



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domingo, 3 de dezembro de 2023

COP 28: Lula convoca entidades à luta para evitar avanço da extrema direta

 

COP 28: Lula convoca entidades à luta para evitar avanço da extrema direta

“Ou a gente participa ou a extrema direita vai voltar com muita força, não apenas no Brasil, mas em muitos outros países”, disse o presidente em tom de convocação

por Iram Alfaia

Publicado 02/12/2023 15:01 | Editado 02/12/2023 15:03

Lula durante reunião com as entidades na COP 28 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste sábado (2) com representantes de 135 organizações socais brasileiras que participam da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes.

Lula pediu que participação mais ativa delas na construção de uma nova sociedade. “Ou a gente participa ou a extrema direita vai voltar com muita força, não apenas no Brasil, mas em muitos outros países”, disse o presidente em tom de convocação.

Para ele, as organizações, de agentes reivindicadores, têm que ser formuladores e  participativos. “É mais que reivindicar. É participar. É mais que reivindicar. É ajudar a fazer”, afirmou.

O evento, organizado pelo ministro da Secretária-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, contou a presença de mais três ministros:  Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Leia mais: Lula conversa com secretário da ONU sobre papel do país na Presidência do G20

“É um momento histórico. Eu já participo da minha quinta COP e não tive nenhum momento parecido como esse, de sentar com um chefe de Estado do Brasil para dialogar e construir uma política ambiental de forma conjunta”, afirmou Dinaman Tuxá, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

O coordenador da Apib afirmou que as entidades estão conscientes das demandas. “Sabemos do desafio que o Brasil está tendo, não só do compromisso ambiental que foi firmado em nível internacional, mas principalmente de cumprir com esse compromisso dentro do cenário nacional. Saímos daqui com mais um comprometimento do presidente Lula em fazer essa agenda verde e principalmente em garantir que os povos indígenas tenham acesso aos seus territórios”, continuou.

Além de Tuxá, foram porta-vozes das entidades Kátia Penha, ativista ambiental quilombola; Marcele Oliveira, que representou a juventude brasileira; e Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Lula ouviu os anseios e preocupações referentes à proteção dos territórios indígenas e quilombolas, conheceu uma proposta do Conselho de Juventudes pela Ação Climática e Meio Ambiente (Conjuclima) para a criação do Conselho Nacional pela Ação Climática e Meio Ambiente, e foi alertado pelo representante do Observatório do Clima de que o agravamento das mudanças climáticas resultará na perda de milhares de vidas, principalmente das comunidades mais vulneráveis em todo o planeta.

Já Kátia Penha destacou o sentimento de pertencimento que todos sentiram ao longo do evento. “O presidente Lula faz esse acolhimento da sociedade civil brasileira. Depois de três COPs de um governo não-inclusivo, a gente pode estar aqui com o governo brasileiro, colocando as pautas coletivamente dos movimentos sociais organizados no Brasil”, elogiou.

“E tratar a questão climática emergencial para o Brasil é prioridade. Não só do governo brasileiro, mas de toda a sociedade, de todas as pessoas que estão no campo, de todas as pessoas que estão nas florestas e nas comunidades quilombolas”, prosseguiu.

Para Marcele Oliveira, integrante da Coalisão O Clima de Mudança, do Rio de Janeiro, e representante na COP 28 da Conjuclima, o evento trouxe ânimo por saber que o governo federal está atento à crise climática e envolvido em encontrar soluções efetivas a médio e longo prazo.

“Eu saio daqui com muita esperança de que a gente consiga pensar esse futuro possível de forma organizada. Hoje a gente veio não só para dar essa fala enquanto juventude, mas também para fazer uma proposição. Quando a gente fala na proposição de um conselho a gente está propondo um caminho de diálogo onde seja possível pautar assuntos delicados, como combustíveis fósseis, como racismo ambiental, como justiça climática junto com a periferia, com a juventude, com as comunidades quilombolas, comunidades indígenas, com a população LGBTQIA+”, afirmou Marcele.

Referindo-se ao papel dos movimentos sociais no fortalecimento do ambiente democrático, o presidente fez um alerta: “Vocês aprenderam nos últimos tempos a compreender que muitas das coisas que vocês reivindicam, que vocês brigam o dia inteiro, dependem de uma coisa chamada: Fortalecimento da democracia no nosso país”, afirmou.

“Se a gente não leva isso em conta, a cada eleição a gente vai reclamar que o poder legislativo está mais conservador. E se ele estiver mais conservador, mais dificuldade nós teremos de aprovar grande parte daquilo que vocês passam o ano inteiro reivindicando”, concluiu Lula.

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada


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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Lula chega a Dubai levando compromisso brasileiro com energia renovável


Lula chega a Dubai levando compromisso brasileiro com energia renovável

Nos Emirados Árabes, presidente ressalta importância da Amazônia e propõe pagamento por conservação ambiental

por Barbara Luz

Publicado 30/11/2023 14:12 | Editado 30/11/2023 17:23



Trecho do pavilhão brasileiro na Cop 28, em Dubai, nos Emirados Árabes | Foto: Luiz Roberto Magalhães / Secom / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Dubai para marcar presença na COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com o Brasil sediando o evento em 2025, na COP 30, em Belém (PA), Lula assume a missão de apresentar o país como um protagonista crucial na transição para uma economia limpa e renovável.

Ele também planeja cobrar dos países desenvolvidos um comprometimento econômico no combate à crise ambiental, enquanto defende uma proposta que remunere os países por “hectare de floresta em pé”.

Durante o encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita em Riad nesta quarta (29), Lula destacou a importância da COP 30, ressaltando que a Amazônia, por sediar o evento, merece destaque extraordinário. “O mundo inteiro fala da Amazônia. Fala da floresta. Da água doce do Brasil. Pois o mundo vai conhecer, de fato, o que é a Amazônia”, afirmou.

Leia também: Lula aproveita COP28 para se reunir com Guterres, Macrón e Bill Gates

Lula ainda projetou o Brasil como a “Arábia Saudita da energia verde” em uma década, enfatizando os esforços do país na busca por fontes renováveis. “Eu quero aproveitar esse fórum, em novembro de 2023, para dizer aqui na Arábia Saudita que daqui a dez anos o mundo vai dizer que se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de petróleo e de gás, daqui a dez anos o Brasil será chamado a Arábia Saudita da energia verde, da energia renovável. Porque é para isso que estamos trabalhando”, disse.

Presença brasileira e Pavilhão do Brasil

Cerca de 3 mil brasileiros, incluindo representantes do Governo Federal, setor privado e sociedade civil, estão inscritos para o evento em Dubai. Até 12 de dezembro, espera-se a participação de aproximadamente 70 mil pessoas, que inclui membros da sociedade civil e chefes de Estado e Governo, entre eles a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; da Fazenda, Fernando Haddad; do Turismo, Celso Sabino; das Cidades, Jader Filho; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; das Mulheres, Cida Gonçalves; e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Com esse montante, o Brasil, envia a maior delegação da história dentre as suas participações na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Leia também: Brasil reforça compromisso ambiental na COP28, em Dubai

A COP 28, realizada na Expo Citi Dubai, terá um Pavilhão do Brasil onde serão realizados 135 painéis. Com dois palcos, o pavilhão será palco de intensos debates ligados a dez eixos temáticos: Adaptação e Perdas e Danos, Financiamento Climático e Mercado de Carbono, Florestas e Bioeconomia, Governança Climática Compartilhada: Entes e Poderes, Indústria e gestão de Resíduos, Justiça Climática, Juventudes, Igualdade de Gênero e Racismo Ambiental, Oceanos, Gestão Costeira e Recursos Hídricos, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais, Segurança Alimentar e Agricultura de Baixa Emissão de Carbono e Transição Energética e Transportes.

Desafios

O grande desafio da COP 28 é aprovar o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, criado para avaliar a resposta mundial à crise climática a cada cinco anos. Estabelecido durante a COP 21, o acordo visa limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Leia também: Lula convoca empresários sauditas a investirem no Brasil

A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), atualizada em 2023, estabelece metas ousadas de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2030. O Brasil também se compromete a atingir emissões líquidas neutras até 2050, buscando compensar suas emissões com fontes de captura de carbono, como o planejamento de florestas e outras tecnologias.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada


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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

IFPE Recife correaliza evento RECIFE + VERDE pela preservação da Mata do Engenho Uchôa e revitalização do Rio Tejipió


Seminário Recife + Verde discute preservação da Mata do Engenho Uchôa e revitalização do Rio Tejipió

IFPE Recife correaliza evento de 17 a 19/11 para pensar estratégias e ações de conservação dos ecossistemas


publicado em 16 de novembro de 2023

última modificação em 16 de novembro de 2023


O IFPE Recife é correalizador do Seminário Recife + Verde, um evento dedicado à preservação da Mata do Engenho Uchôa e à revitalização do Rio Tejipió, dois tesouros naturais que compõem a riqueza ambiental da capital pernambucana. O evento vai reunir, desta sexta (17/11) a domingo (19/11), autoridades, especialistas, gestores públicos, ambientalistas e cidadãos comprometidos com a causa ambiental para discutir estratégias e ações concretas em prol da conservação daqueles ecossistemas vitais para o equilíbrio urbano e a qualidade de vida dos habitantes da cidade. A programação do seminário, a ser realizado na Escola Marcelino Champagnat, em Tejipió, pode ser conferida aqui. Para se inscrever, basta clicar aqui.


À frente também do Seminário, está o Movimento em Defesa da Mata Uchôa, que atua há mais de 43 anos e reúne diversas entidades, como associações de moradores, associações ambientalistas, grupos religiosos, movimentos sindicais, estudantis e culturais. O seminário tem por objetivo conscientizar sobre a importância da Mata do Engenho Uchôa e do Rio Tejipió para o ecossistema local e global; proporcionar um diálogo construtivo entre líderes da comunidade, especialistas e autoridades públicas; explorar estratégias de conservação; incentivar a mobilização social em defesa do meio ambiente e na promoção de uma cidade mais verde e saudável.


A presença e a contribuição da comunidade IFPE são importantes para o sucesso do evento e para o avanço de uma agenda ambiental robusta no município. A comunidade do Instituto é convidada a enriquecer as discussões e estreitar os laços entre as esferas governamentais, a sociedade civil e a academia.


O IFPE Campus Recife é correalizador do Seminário Recife + Verde por meio do  Mestrado Profissional de Gestão Ambiental e da Sala Verde Chico Science.


Seminário Recife + Verde

De 17 a 19/11

Escola Marcelino Champagnat | Rua Rivadávia Guerra, 55, Tejipió

Programação

Inscrições

Fonte: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Recife


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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

SEMINÁRIO RECIFE + VERDE - Pela preservação da Mata do Engenho Uchoa e revitalização do Rio Tejipió

 






É com muita alegria que temos a honra de convidar todos e todas a participarem do Seminário Recife + Verde! 🌳♻️
Um evento dedicado à preservação da Mata do Engenho Uchoa e à revitalização do Rio Tejipió, dois tesouros naturais que compõem a riqueza ambiental de nossa cidade.

🗓️: 17, 18 e 19 de Novembro
📍: Escola Marcelino Champagnat (Rua Rivadavia Guerra, 55 Tejípio - Recife)



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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

ÁGUA GUA NÃO É MERCADORIA! COMPESA PÚBLICA NÃO A PRIVATIZAÇÃO!

ÁGUA NÃO É MERCADORIA!

COMPESA PÚBLICA NÃO A PRIVATIZAÇÃO!

AUDIÊNCIA PÚBLICA 
DIA 20/10/23 ( SEXTA-FEIRA )
HORA 9H
LOCAL CÂMARA DO VEREADORES DO RECIFE







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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Ciências Básicas para o desenvolvimento sustentável: “o futuro que queremos”


20ª SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (SNCT) DO IFPE Campus Recife



Em sua 20ª edição, o maior evento de popularização da ciência do país, faz alusão ao Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável e reconhece a importância das ciências básicas para atingir pelo menos sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU). O IFPE campus Recife por meio de sua Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, juntamente com as Coordenações dos cursos técnicos, tecnológicos e de Pós-graduação, desde então propõe atividades contemplando ações internas e externas a Instituição e funciona como um Pólo de Atividades junto a articulação Estadual do evento. A SNCT do IFPE Campus Recife traz o tema Ciências Básicas para o desenvolvimento sustentável: “o futuro que queremos”, com a participação de parceiros e a execução de diversas atividades, entre elas: exposições, palestras educativas, conferências, jogos interativos, feira de conhecimento, minicursos, oficinas, mostras de vídeos e apresentações culturais. Venha vivenciar essa incursão na ciência conosco!! Evento gratuito com direito a certificação e aberto ao público em geral.


Fonte: Instituto Federal de Pernambuco - Recife - Pernambuco - Brasil


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domingo, 15 de outubro de 2023

Já ouviu falar da Conferência Água+?

💦Já ouviu falar da Conferência Água+?

Água+ é uma conferência inovadora que traz a ciência para discutir o tema água junto dela. O evento integra várias áreas do conhecimento, além de proporcionar imersão em atividades não convencionais em eventos científicos, mas que conectam a ciência com a sociedade e com o Rio Capibaribe e que podem mudar a forma com que as pessoas se relacionam com a água. 


⏰Quando?

30 e 31 de outubro de 2023


💦Local?

Cais do Sertão


✅Inscrições?

GRATUITAS pelo site do Sympla

https://www.sympla.com.br/evento/conferencia-agua/2179462?_gl=1*p3gl6p*_ga*MTYzOTMyNDExMS4xNjk1OTI3MjE0*_ga_KXH10SQTZF*MTY5NTkzMTk2NS4yLjEuMTY5NTkzMjA1OS4wLjAuMA..


Site: https://aguamais.org/#home

@aguamaisorg

@capibaribefestival

Atenciosamente,

Comissão Organizadora da Conferência Água+


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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

V Conferência Brasileira de Mudança do Clima em Natal (CBMC).

 



O grande dia chegou! 🎉 


É com imensa alegria que lhe damos as boas-vindas à V Conferência Brasileira de Mudança do Clima em Natal (CBMC).  


Nosso dia de abertura será repleto de insights e discussões impactantes sobre as questões climáticas que enfrentamos no Brasil e no mundo. Aproveite a oportunidade de se conectar com especialistas, líderes do setor e outras pessoas participantes comprometidas. 


Durante o evento, lembre-se de compartilhar suas experiências e reflexões nas redes sociais e marcar o Instituto Ethos. Queremos criar uma conversa aberta e colaborativa sobre a mudança do clima e o futuro sustentável que desejamos. 


Lembrando que o painel principal será transmitido no canal do Instituto Ethos, no YouTube! 😉 


04/10 - Manhã: https://youtube.com/live/Zfgz1rquSKg?feature=share  

04/10 - Tarde: https://youtube.com/live/nnSw5tbbgS4?feature=share  


05/10 - Manhã: https://youtube.com/live/gpfIMzl6Hs4?feature=share  

05/10 - Tarde: https://youtube.com/live/nap8pNKlYV4?feature=share


06/10 - Manhã: https://youtube.com/live/2x8JuVlrCIQ?feature=share  


Ótimo evento!


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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Servidor da UFPE lança livro sobre saberes da população no entorno da Mata do Engenho Uchôa

 

Servidor da UFPE lança livro sobre saberes da população no entorno da Mata do Engenho Uchôa


Lançamento ocorre amanhã (19), às 16h, no auditório do Centro de Educação da UFPE

O técnico-administrativo em educação na UFPE Laudiélcio Ferreira lança o livro “Os Saberes da Mata do Engenho Uchôa – fragmentos de uma tese” nesta terça-feira (19), às 16h, no Auditório Carlos Maciel, do Centro de Educação (CE), Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A obra é fruto da pesquisa que ele desenvolveu durante o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da UFPE, com orientação do professor Edilson Fernandes de Souza. Ela será publicada em formato e-book pela editora do Instituto A2S.

“Trata-se de uma pesquisa sobre os saberes que circulam no entorno da Mata do Engenho Uchôa, contando um pouco da trajetória de luta de um movimento social em defesa da mata, clamando pela sua conservação e preservação tendo como fundamentos teóricos os conceitos de estratégia e tática em Michel De Certeau”, apresenta o autor do livro.

Mais informações
Laudielcio Ferreira Maciel da Silva

laudielcio.silva@ufpe.br


Fonte: UFPE - Universidade Federal de Pernambuco


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sábado, 16 de setembro de 2023

Convite - Lançamento do Livro OS SABERES DA MATA DO ENGENHO UCHOA

 

C O N V I T E


Convidamos você para participar do Lançamento do Livro OS SABERES DA MATA DO ENGENHO UCHOA: Fragmentos de uma tese - de autoria do Dr. Laudiélcio Ferreira Maciel da Silva. 

Junte-se a nós nessa luta em Defesa da Mata do Engenho do Engenho Uchoa pela sua preservação assim contribuindo com a Defesa do Meio Ambiente diante de tantas catástrofes por conta das causas das Mudanças Climáticas. 

A

Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa.







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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

E kú Àfékú: CNS lamenta profundamente a partida de Marta Almeida


E kú Àfékú: CNS lamenta profundamente a partida de Marta Almeida

  • Publicado: Quarta, 13 de Setembro de 2023, 18h36


imagem sem descrição.

E kú Àfékú na língua Yorùbá significa “meus pêsames”, “condolências”. E kú geralmente inicia saudações de diversos tipos e Àfékú refere-se a algo perdido e subtende-se quem veio a falecer. É possível que se conheça expressões diferentes para indicar o mesmo sentimento, como “Olórun kò sí purê o”, porque o Yorùbá possui formas diversas de expressões com o mesmo uso.

É com grande respeito à esta tradição, que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) comunica e lamenta, profundamente, a partida de sua conselheira nacional de saúde Marta Carmelita Bezerra de Almeida, chamada carinhosamente pelos amigos por Martinha. Candomblecista, Martha era uma Ekédj de Nagô Vodun, filha de Oyá, do Egbe Orisa Nago Vodun, terreiro dos Camarás.

Aos 44 anos, Martinha teve um AVC no percurso entre Pernambuco e Brasília, onde participaria da reunião ordinária do Conselho Nacional de Saúde, para destacar sua força, sua voz e seu conhecido canto de luta. Filha de Marta, irmã de Márcia e mãe de Thalita, Martinha era lutadora incansável em defesa de direitos e respeito para o movimento negro, mulheres, comunidades indígenas, movimentos populares e pelo SUS para todas as pessoas.

No CNS, Marta representava a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps), integrava a Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição e a Comissão de Promoção, Proteção e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

Nossas condolências aos colegas conselheiros e conselheiras nacionais de saúde, amigos e familiares. E kú Àfékú.   

Conselho Nacional de Saúde

Fonte; Conselho Nacional de Saúde.  






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domingo, 3 de setembro de 2023

O Biólogo Professor Marcos é Homenageado.


O Biólogo Professor Marcos é Homenageado. 

Nesse dia 3 de setembro é comemorado o dia do biólogo e Bióloga o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa agradece ao Professor Hildemarcos Florêncio Silva ( Marcos )  pelo trabalho feito em Defesa da Mata  como Professor e Gestor da Escola Castelo Branco por mais de 20 anos através do Movimento Ecológico da Escola e hoje dando continuidade a luta em Defesa do Meio Ambiente como gestor da Escola Marcelino Champagnat e também  ao Biólogo   Laudiélcio Ferreira Maciel da Silva     ( Lau )  autor do Livro Os Saberes da Mata do Engenho Uchoa que será lançado em breve. 

Aproveitamos a oportunidade para convidar a todos e  todas para participarem da Reunião Solene em Homenagem ao Dia do Biólogo e da  Bióloga  requerimento de autoria da vereadora Cida Pedrosa, onde Professor Marcos será homenageado, convite em anexo. 

Parabéns aos biólogos e as Biólogas "que estudam a vida em toda sua diversidade"!


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domingo, 27 de agosto de 2023

"Ciranda Feiticeira" Estreia nacional em agosto, Triunfo - PE.



@cine.ninja

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"Ciranda Feiticeira", dirigido por Lula Gonzaga e Tiago Delácio, é o mais novo curta-metragem pernambucano de animação. O filme teve sua estreia internacional no 13º Supertoon International Animation & Comics Festival, na Croácia, em julho. Agora, a obra percorre um circuito de festivais na Itália, Bósnia-Herzegovina, Trinidade e Tobago, Canadá, Espanha e Índia. 

 

A estreia nacional será na última semana de agosto, no 14º Festival de Cinema de Triunfo, no sertão pernambucano. 

 

O filme foi produzido a partir de um primeiro roteiro que estava guardado desde 1983, época em que o casal Lula Gonzaga e Silvana Delácio viveram com seu filho Tiago, na Ilha de Itamaracá, no litoral norte de Pernambuco. Lá, eles conviveram com histórias de vida dos pescadores e com os cantos de Lia. A obra trata de um drama do cotidiano, a partir de desenhos carregados de poesia, encanto e simbolismo. 

 

O curta tem como trilha sonora a música "Ciranda Feiticeira", que deu nome ao filme, gravada por Lia de Itamaracá originalmente em 1977, no álbum "A Rainha da Ciranda" e depois remasterizada na coletânea "Ciranda de Ritmos", de 2008. Lia também emprestou sua voz a uma das protagonistas. 


https://www.instagram.com/p/CwauKsju8D7/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==


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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Lula encerra Cúpula Amazônica com apelo por maior financiamento e representativida

 

Lula encerra Cúpula Amazônica com apelo por maior financiamento e representatividade

Para ele, US$ 100 bi para financiamento climático são insuficientes. “Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, disse.

por Bárbara Luz

Publicado 09/08/2023 17:54



Encontro dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) com convidados | Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encerrou a Cúpula da Amazônia nesta quarta-feira (09) com um pronunciamento enfático, delineando a posição brasileira e de outras nações detentoras de florestas tropicais nas condições climáticas. O líder petista fez um chamado aos países alcançados para que adquirissem promessas de financiamentos climáticos e adotem medidas efetivas para mitigar as mudanças climáticas.

Lula destacou que o Brasil e outras nações amazônicas não estão buscando financiamento simplesmente para si mesmos, mas sim para proteger e regenerar os ecossistemas naturais que foram prejudicados pelo desenvolvimento industrial ao longo de décadas. Ele enfatizou que os US$ 100 bilhões anuais prometidos pelos países ricos desde 2009 para o financiamento climático de nações em desenvolvimento “já não corresponde às necessidades atuais. A demanda por mitigação, adaptação e perdas e danos só cresce”, disse o presidente. “Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, concluiu.

Lula afirmou que os serviços ambientais e ecossistêmicos fornecidos pelas florestas tropicais devem ser remunerados de maneira justa e equitativa. Segundo o presidente, quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade no Fundo Global, e que é “inexplicável que mecanismos de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods”.

Leia também: Cúpula da Amazônia: declaração de países florestais critica barreiras comerciais

Ele também criticou a falta de representatividade de nações como Brasil, Colômbia, Equador, Congo e Indonésia no fundo, observando que países combinou como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia ocupam assentos individuais. Essa disparidade foi identificada por Lula como “neocolonialismo verde”, em que medidas discriminatórias e barreiras comerciais sob o pretexto de proteção ambiental ignoram as políticas domésticas das nações com florestas em seus territórios.

Ao final, o presidente brasileiro convocou outros países detentores de florestas tropicais a se unirem a esse esforço conjunto. A Declaração Conjunta adotada durante a cúpula foi apontada como o primeiro passo para uma posição unificada na 28ª Conferência das Partes (COP28) ainda neste ano, com vistas à COP30. Lula enfatizou a importância de trocas de experiências entre nações da África e da Ásia, visando à proteção das florestas e seu manejo sustentável.

Enquanto os olhos se voltam para a COP28, espera-se que as palavras do presidente Lula e o apelo por financiamentos planejados inspirem a cooperação internacional e ações concretas em direção a um futuro mais sustentável e equitativo para as nações detentoras de florestas tropicais e para o mundo como um todo.

Leia a íntegra do discurso do presidente Lula na Cúpula da Amazônia

É uma alegria participar deste encontro numa data de grande simbolismo, em que acolhemos convidados especiais. Hoje comemoramos o Dia Internacional dos Povos Indígenas, estabelecido pelas Nações Unidas em 1995.

Depois da excelente Cúpula dos Países Amazônicos realizada ontem, agora temos o privilégio de dialogar com outros países detentores de florestas tropicais e países e organizações parceiras.

Quero iniciar falando não de florestas, mas apenas de uma árvore.

Uma árvore majestosa tão conhecida pelos habitantes de Belém.

Para nós, brasileiros, essa árvore tem o nome de sumaúma.

Ela está presente, com outros nomes, em todos os países amazônicos e em todos os países com florestas tropicais aqui representados.

Na Bolívia, é chamada de mapajo [maparro]; no Equador, ceibo; na Guiana, kumaka.

Na Bacia do Congo, é conhecida como fromager [fromagê], enquanto na Indonésia se chama kapok.

sumaúma é um símbolo do vínculo que nos une.

Sabemos das expectativas que recaem sobre nós com relação ao potencial das florestas tropicais.

Mas nossas florestas não vão gerar soluções para o enfrentamento da mudança do clima se não forem capazes de gerar soluções para quem vive nelas.

Combater o desmatamento e fortalecer a fiscalização e a repressão aos ilícitos ambientais são medidas fundamentais, mas não suficientes diante dos desafios existentes.

No Brasil, os municípios onde há mais desmatamento também são os com os piores índices de saúde, de saneamento, de educação, de segurança alimentar e de violência.

São os que registram maiores índices de desigualdade.

A pobreza é um obstáculo à sustentabilidade.

Precisamos de uma visão de desenvolvimento sustentável que coloque as pessoas no centro das políticas públicas e inaugure um ciclo de prosperidade baseado na floresta em pé.

Esta Cúpula é o ponto de partida para que a nossa Amazônia e as demais florestas tropicais deixem, de uma vez por todas, de ser vistas como um problema, e se tornem solução.

São os produtos da sociobiodiversidade que vão gerar emprego e renda e oferecer alternativas à exploração predatória dos recursos naturais.

É conjugando atividade econômica com preservação que vamos diminuir as pressões sobre a vegetação nativa.

É valorizando as culturas locais que vamos promover o turismo sustentável.

É resgatando os conhecimentos e os saberes tradicionais que vamos fomentar a pesquisa e a ciência de ponta.

E é transformando as cidades em centros de inovação que vamos agregar valor aos produtos da floresta e alavancar o desenvolvimento tecnológico.

Senhoras e senhores,

As evidências científicas confirmam que o ritmo atual de emissões de gases de efeito estufa nos levará a uma crise climática sem precedentes.

O último mês de julho foi o mais quente já registrado na história e incêndios têm-se alastrado por vários países.

O planeta se aproxima de vários pontos de não retorno.

Os países das bacias da Amazônia, do Congo e de Bornéo-Mekong atuarão com determinação para preservar as três maiores florestas tropicais do mundo.

Mas não se pode falar de florestas tropicais e mudança do clima sem tratar da responsabilidade histórica dos países desenvolvidos.

Foram eles que, ao longo dos séculos, mais dilapidaram recursos naturais e mais poluíram o planeta.

Os 10% mais ricos da população mundial concentram mais de 75% da riqueza e emitem quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.

Não haverá sustentabilidade sem justiça.

Tampouco haverá sustentabilidade sem paz.

Os gastos militares, que atingiram o recorde de 2,2 trilhões de dólares no ano passado, drenam recursos de que o mundo precisa para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Diante dessas disparidades, é fundamental não perder de vista o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

Ele continua mais válido do que nunca, porque reflete equidade, justiça, ação e ambição.

As obrigações de apoio financeiro, de cooperação técnico-científica, de transferência tecnológica, que estão consagradas nas Convenções do Rio de 1992, não estão sendo cumpridas.

Desde a COP 15, o compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano em financiamento climático novo e adicional nunca foi implementado.

E esse montante já não corresponde às necessidades atuais. A demanda por mitigação, adaptação e perdas e danos só cresce.

Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade.

É inexplicável que mecanismos de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods.

Brasil, Colômbia e Equador são obrigados a dividir uma cadeira do conselho do Fundo.

A República do Congo e a República Democrática do Congo são obrigadas a dividir uma cadeira com mais seis países.

A Indonésia é obrigada a dividir uma cadeira com mais dezesseis países.

Enquanto isso, países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia, ocupam cada um seu próprio assento.

Sanar a falta de representatividade é elemento essencial de uma proposta abrangente e profunda de reforma da governança global que beneficie todos os países em desenvolvimento.

Os serviços ambientais e ecossistêmicos que as florestas tropicais fornecem para o mundo devem ser remunerados, de forma justa e equitativa.

A nossa perspectiva precisa ser levada em conta na negociação de um conceito internacional de sociobioeconomia que nos permita certificar produtos e gerar oportunidades para nossa população.

Os países detentores de florestas tropicais herdaram do passado colonial um modelo econômico predatório.

Um modelo baseado na exploração irracional dos recursos naturais, na escravidão e na exclusão sistemática das populações locais.

Os efeitos são sentidos por nossos países até hoje.

Não podemos aceitar um neocolonialismo verde que, sob o pretexto de proteger o meio ambiente, impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias e desconsidera nossos marcos normativos e políticas domésticas.

O que precisamos para dar um salto de qualidade é de financiamento de longo prazo e sem condicionalidades para projetos de infraestrutura e industrialização verdes.

Reformar o sistema também requer uma solução duradoura para o endividamento externo que aflige tantos países em desenvolvimento.

Na presidência brasileira do G20, que terá início dia primeiro de dezembro, colocaremos o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades no centro da agenda internacional.

Temos apenas 7 anos para alcançar os Objetivos da Agenda 2030.

É hora de nossos países se unirem. É hora de acordar para a urgência do problema da mudança do clima.

Se não agirmos agora, não vamos atingir a meta de evitar que a temperatura suba mais que um grau e meio em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial.

A COP30, que também vai acontecer aqui em Belém, em 2025, será um marco tão importante como foi a COP21, em 2015, quando foi adotado o Acordo de Paris.

Todos os países vão apresentar sua segunda rodada de compromissos de redução de emissões. Talvez seja a nossa última chance de garantir um clima estável para o planeta Terra.

O Brasil vai liderar pelo exemplo, convidando a todos para irmos, juntos, de Belém a Belém.

Quero convidar especialmente outros países com florestas tropicais para se somem a esse esforço.

A Declaração Conjunta que adotaremos hoje será o primeiro passo para uma posição comum já na COP28, este ano, com vistas à COP30.

Junto com nossos companheiros da África e da Ásia, podemos aprofundar as trocas de experiências sobre a proteção das florestas e seu manejo sustentável.

Também podemos liderar a promoção de cadeias de produtos florestais livres de desmatamento e fortalecer ações globais em prol do Marco Global para a Biodiversidade.

Companheiras e companheiros, 

Quero terminar trazendo as palavras de um grande pensador indígena da Amazônia, o xamã Davi Kopenawa, um dos líderes do povo ianomâmi.

Ele escreveu um livro belíssimo chamado A queda do céu, e uma das coisas que ele diz é o seguinte: “Os brancos não sonham tão longe quanto nós. Dormem muito, mas só sonham com eles mesmos”.

Em meu pronunciamento de ontem, falei que em Belém nasceria um sonho amazônico.

Estou certo de que, após este encontro, cada um aqui seja capaz de sonhar longe.

Muito obrigado.


Fonte: Portal Veemelho A Esquerda Bem Informada


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