Lula chega a Dubai levando compromisso brasileiro com energia renovável
Nos Emirados
Árabes, presidente ressalta importância da Amazônia e propõe pagamento por
conservação ambiental
por Barbara Luz
Publicado 30/11/2023 14:12 | Editado 30/11/2023 17:23
Trecho do pavilhão brasileiro na Cop
28, em Dubai, nos Emirados Árabes | Foto: Luiz Roberto Magalhães / Secom / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) chegou a Dubai para marcar presença na COP 28, a Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com o Brasil sediando o evento em
2025, na COP 30, em Belém (PA), Lula assume a missão de apresentar o país como
um protagonista crucial na transição para uma economia limpa e renovável.
Ele também planeja cobrar dos países
desenvolvidos um comprometimento econômico no combate à crise ambiental,
enquanto defende uma proposta que remunere os países por “hectare de floresta
em pé”.
Durante o encerramento da Mesa
Redonda Brasil-Arábia Saudita em Riad nesta quarta (29), Lula destacou a
importância da COP 30, ressaltando que a Amazônia, por sediar o evento, merece
destaque extraordinário. “O mundo inteiro fala da Amazônia. Fala da floresta.
Da água doce do Brasil. Pois o mundo vai conhecer, de fato, o que é a
Amazônia”, afirmou.
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e Bill Gates
Lula ainda projetou o Brasil como a
“Arábia Saudita da energia verde” em uma década, enfatizando os esforços do
país na busca por fontes renováveis. “Eu quero aproveitar esse fórum, em
novembro de 2023, para dizer aqui na Arábia Saudita que daqui a dez anos o mundo
vai dizer que se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de
petróleo e de gás, daqui a dez anos o Brasil será chamado a Arábia Saudita da
energia verde, da energia renovável. Porque é para isso que estamos
trabalhando”, disse.
Presença brasileira e Pavilhão do
Brasil
Cerca de 3 mil brasileiros, incluindo
representantes do Governo Federal, setor privado e sociedade civil, estão
inscritos para o evento em Dubai. Até 12 de dezembro, espera-se a participação
de aproximadamente 70 mil pessoas, que inclui membros da sociedade civil e
chefes de Estado e Governo, entre eles a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva; da Fazenda, Fernando Haddad; do Turismo, Celso Sabino; das Cidades,
Jader Filho; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; das Mulheres,
Cida Gonçalves; e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Com esse montante, o Brasil, envia a
maior delegação da história dentre as suas participações na Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
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A COP 28, realizada na Expo Citi
Dubai, terá um Pavilhão do Brasil onde serão realizados 135 painéis. Com dois
palcos, o pavilhão será palco de intensos debates ligados a dez eixos
temáticos: Adaptação e Perdas e Danos, Financiamento Climático e Mercado de
Carbono, Florestas e Bioeconomia, Governança Climática Compartilhada: Entes e
Poderes, Indústria e gestão de Resíduos, Justiça Climática, Juventudes,
Igualdade de Gênero e Racismo Ambiental, Oceanos, Gestão Costeira e Recursos
Hídricos, Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais, Segurança
Alimentar e Agricultura de Baixa Emissão de Carbono e Transição Energética e
Transportes.
Desafios
O grande desafio da COP 28 é aprovar
o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, criado para avaliar a resposta
mundial à crise climática a cada cinco anos. Estabelecido durante a COP 21, o
acordo visa limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis
pré-industriais.
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A Contribuição Nacionalmente
Determinada (NDC, na sigla em inglês), atualizada em 2023, estabelece metas
ousadas de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2030. O Brasil
também se compromete a atingir emissões líquidas neutras até 2050, buscando
compensar suas emissões com fontes de captura de carbono, como o planejamento
de florestas e outras tecnologias.
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