domingo, 27 de agosto de 2023

"Ciranda Feiticeira" Estreia nacional em agosto, Triunfo - PE.



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"Ciranda Feiticeira", dirigido por Lula Gonzaga e Tiago Delácio, é o mais novo curta-metragem pernambucano de animação. O filme teve sua estreia internacional no 13º Supertoon International Animation & Comics Festival, na Croácia, em julho. Agora, a obra percorre um circuito de festivais na Itália, Bósnia-Herzegovina, Trinidade e Tobago, Canadá, Espanha e Índia. 

 

A estreia nacional será na última semana de agosto, no 14º Festival de Cinema de Triunfo, no sertão pernambucano. 

 

O filme foi produzido a partir de um primeiro roteiro que estava guardado desde 1983, época em que o casal Lula Gonzaga e Silvana Delácio viveram com seu filho Tiago, na Ilha de Itamaracá, no litoral norte de Pernambuco. Lá, eles conviveram com histórias de vida dos pescadores e com os cantos de Lia. A obra trata de um drama do cotidiano, a partir de desenhos carregados de poesia, encanto e simbolismo. 

 

O curta tem como trilha sonora a música "Ciranda Feiticeira", que deu nome ao filme, gravada por Lia de Itamaracá originalmente em 1977, no álbum "A Rainha da Ciranda" e depois remasterizada na coletânea "Ciranda de Ritmos", de 2008. Lia também emprestou sua voz a uma das protagonistas. 


https://www.instagram.com/p/CwauKsju8D7/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==


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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Lula encerra Cúpula Amazônica com apelo por maior financiamento e representativida

 

Lula encerra Cúpula Amazônica com apelo por maior financiamento e representatividade

Para ele, US$ 100 bi para financiamento climático são insuficientes. “Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, disse.

por Bárbara Luz

Publicado 09/08/2023 17:54



Encontro dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) com convidados | Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encerrou a Cúpula da Amazônia nesta quarta-feira (09) com um pronunciamento enfático, delineando a posição brasileira e de outras nações detentoras de florestas tropicais nas condições climáticas. O líder petista fez um chamado aos países alcançados para que adquirissem promessas de financiamentos climáticos e adotem medidas efetivas para mitigar as mudanças climáticas.

Lula destacou que o Brasil e outras nações amazônicas não estão buscando financiamento simplesmente para si mesmos, mas sim para proteger e regenerar os ecossistemas naturais que foram prejudicados pelo desenvolvimento industrial ao longo de décadas. Ele enfatizou que os US$ 100 bilhões anuais prometidos pelos países ricos desde 2009 para o financiamento climático de nações em desenvolvimento “já não corresponde às necessidades atuais. A demanda por mitigação, adaptação e perdas e danos só cresce”, disse o presidente. “Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, concluiu.

Lula afirmou que os serviços ambientais e ecossistêmicos fornecidos pelas florestas tropicais devem ser remunerados de maneira justa e equitativa. Segundo o presidente, quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade no Fundo Global, e que é “inexplicável que mecanismos de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods”.

Leia também: Cúpula da Amazônia: declaração de países florestais critica barreiras comerciais

Ele também criticou a falta de representatividade de nações como Brasil, Colômbia, Equador, Congo e Indonésia no fundo, observando que países combinou como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia ocupam assentos individuais. Essa disparidade foi identificada por Lula como “neocolonialismo verde”, em que medidas discriminatórias e barreiras comerciais sob o pretexto de proteção ambiental ignoram as políticas domésticas das nações com florestas em seus territórios.

Ao final, o presidente brasileiro convocou outros países detentores de florestas tropicais a se unirem a esse esforço conjunto. A Declaração Conjunta adotada durante a cúpula foi apontada como o primeiro passo para uma posição unificada na 28ª Conferência das Partes (COP28) ainda neste ano, com vistas à COP30. Lula enfatizou a importância de trocas de experiências entre nações da África e da Ásia, visando à proteção das florestas e seu manejo sustentável.

Enquanto os olhos se voltam para a COP28, espera-se que as palavras do presidente Lula e o apelo por financiamentos planejados inspirem a cooperação internacional e ações concretas em direção a um futuro mais sustentável e equitativo para as nações detentoras de florestas tropicais e para o mundo como um todo.

Leia a íntegra do discurso do presidente Lula na Cúpula da Amazônia

É uma alegria participar deste encontro numa data de grande simbolismo, em que acolhemos convidados especiais. Hoje comemoramos o Dia Internacional dos Povos Indígenas, estabelecido pelas Nações Unidas em 1995.

Depois da excelente Cúpula dos Países Amazônicos realizada ontem, agora temos o privilégio de dialogar com outros países detentores de florestas tropicais e países e organizações parceiras.

Quero iniciar falando não de florestas, mas apenas de uma árvore.

Uma árvore majestosa tão conhecida pelos habitantes de Belém.

Para nós, brasileiros, essa árvore tem o nome de sumaúma.

Ela está presente, com outros nomes, em todos os países amazônicos e em todos os países com florestas tropicais aqui representados.

Na Bolívia, é chamada de mapajo [maparro]; no Equador, ceibo; na Guiana, kumaka.

Na Bacia do Congo, é conhecida como fromager [fromagê], enquanto na Indonésia se chama kapok.

sumaúma é um símbolo do vínculo que nos une.

Sabemos das expectativas que recaem sobre nós com relação ao potencial das florestas tropicais.

Mas nossas florestas não vão gerar soluções para o enfrentamento da mudança do clima se não forem capazes de gerar soluções para quem vive nelas.

Combater o desmatamento e fortalecer a fiscalização e a repressão aos ilícitos ambientais são medidas fundamentais, mas não suficientes diante dos desafios existentes.

No Brasil, os municípios onde há mais desmatamento também são os com os piores índices de saúde, de saneamento, de educação, de segurança alimentar e de violência.

São os que registram maiores índices de desigualdade.

A pobreza é um obstáculo à sustentabilidade.

Precisamos de uma visão de desenvolvimento sustentável que coloque as pessoas no centro das políticas públicas e inaugure um ciclo de prosperidade baseado na floresta em pé.

Esta Cúpula é o ponto de partida para que a nossa Amazônia e as demais florestas tropicais deixem, de uma vez por todas, de ser vistas como um problema, e se tornem solução.

São os produtos da sociobiodiversidade que vão gerar emprego e renda e oferecer alternativas à exploração predatória dos recursos naturais.

É conjugando atividade econômica com preservação que vamos diminuir as pressões sobre a vegetação nativa.

É valorizando as culturas locais que vamos promover o turismo sustentável.

É resgatando os conhecimentos e os saberes tradicionais que vamos fomentar a pesquisa e a ciência de ponta.

E é transformando as cidades em centros de inovação que vamos agregar valor aos produtos da floresta e alavancar o desenvolvimento tecnológico.

Senhoras e senhores,

As evidências científicas confirmam que o ritmo atual de emissões de gases de efeito estufa nos levará a uma crise climática sem precedentes.

O último mês de julho foi o mais quente já registrado na história e incêndios têm-se alastrado por vários países.

O planeta se aproxima de vários pontos de não retorno.

Os países das bacias da Amazônia, do Congo e de Bornéo-Mekong atuarão com determinação para preservar as três maiores florestas tropicais do mundo.

Mas não se pode falar de florestas tropicais e mudança do clima sem tratar da responsabilidade histórica dos países desenvolvidos.

Foram eles que, ao longo dos séculos, mais dilapidaram recursos naturais e mais poluíram o planeta.

Os 10% mais ricos da população mundial concentram mais de 75% da riqueza e emitem quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.

Não haverá sustentabilidade sem justiça.

Tampouco haverá sustentabilidade sem paz.

Os gastos militares, que atingiram o recorde de 2,2 trilhões de dólares no ano passado, drenam recursos de que o mundo precisa para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Diante dessas disparidades, é fundamental não perder de vista o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

Ele continua mais válido do que nunca, porque reflete equidade, justiça, ação e ambição.

As obrigações de apoio financeiro, de cooperação técnico-científica, de transferência tecnológica, que estão consagradas nas Convenções do Rio de 1992, não estão sendo cumpridas.

Desde a COP 15, o compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano em financiamento climático novo e adicional nunca foi implementado.

E esse montante já não corresponde às necessidades atuais. A demanda por mitigação, adaptação e perdas e danos só cresce.

Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade.

É inexplicável que mecanismos de financiamento, como o Fundo Global para o Meio Ambiente, que nasceu no Banco Mundial, reproduzam a lógica excludente das instituições de Bretton Woods.

Brasil, Colômbia e Equador são obrigados a dividir uma cadeira do conselho do Fundo.

A República do Congo e a República Democrática do Congo são obrigadas a dividir uma cadeira com mais seis países.

A Indonésia é obrigada a dividir uma cadeira com mais dezesseis países.

Enquanto isso, países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Suécia, ocupam cada um seu próprio assento.

Sanar a falta de representatividade é elemento essencial de uma proposta abrangente e profunda de reforma da governança global que beneficie todos os países em desenvolvimento.

Os serviços ambientais e ecossistêmicos que as florestas tropicais fornecem para o mundo devem ser remunerados, de forma justa e equitativa.

A nossa perspectiva precisa ser levada em conta na negociação de um conceito internacional de sociobioeconomia que nos permita certificar produtos e gerar oportunidades para nossa população.

Os países detentores de florestas tropicais herdaram do passado colonial um modelo econômico predatório.

Um modelo baseado na exploração irracional dos recursos naturais, na escravidão e na exclusão sistemática das populações locais.

Os efeitos são sentidos por nossos países até hoje.

Não podemos aceitar um neocolonialismo verde que, sob o pretexto de proteger o meio ambiente, impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias e desconsidera nossos marcos normativos e políticas domésticas.

O que precisamos para dar um salto de qualidade é de financiamento de longo prazo e sem condicionalidades para projetos de infraestrutura e industrialização verdes.

Reformar o sistema também requer uma solução duradoura para o endividamento externo que aflige tantos países em desenvolvimento.

Na presidência brasileira do G20, que terá início dia primeiro de dezembro, colocaremos o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades no centro da agenda internacional.

Temos apenas 7 anos para alcançar os Objetivos da Agenda 2030.

É hora de nossos países se unirem. É hora de acordar para a urgência do problema da mudança do clima.

Se não agirmos agora, não vamos atingir a meta de evitar que a temperatura suba mais que um grau e meio em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial.

A COP30, que também vai acontecer aqui em Belém, em 2025, será um marco tão importante como foi a COP21, em 2015, quando foi adotado o Acordo de Paris.

Todos os países vão apresentar sua segunda rodada de compromissos de redução de emissões. Talvez seja a nossa última chance de garantir um clima estável para o planeta Terra.

O Brasil vai liderar pelo exemplo, convidando a todos para irmos, juntos, de Belém a Belém.

Quero convidar especialmente outros países com florestas tropicais para se somem a esse esforço.

A Declaração Conjunta que adotaremos hoje será o primeiro passo para uma posição comum já na COP28, este ano, com vistas à COP30.

Junto com nossos companheiros da África e da Ásia, podemos aprofundar as trocas de experiências sobre a proteção das florestas e seu manejo sustentável.

Também podemos liderar a promoção de cadeias de produtos florestais livres de desmatamento e fortalecer ações globais em prol do Marco Global para a Biodiversidade.

Companheiras e companheiros, 

Quero terminar trazendo as palavras de um grande pensador indígena da Amazônia, o xamã Davi Kopenawa, um dos líderes do povo ianomâmi.

Ele escreveu um livro belíssimo chamado A queda do céu, e uma das coisas que ele diz é o seguinte: “Os brancos não sonham tão longe quanto nós. Dormem muito, mas só sonham com eles mesmos”.

Em meu pronunciamento de ontem, falei que em Belém nasceria um sonho amazônico.

Estou certo de que, após este encontro, cada um aqui seja capaz de sonhar longe.

Muito obrigado.


Fonte: Portal Veemelho A Esquerda Bem Informada


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Cúpula da Amazônia: declaração de países florestais critica barreiras comerciai

 

Cúpula da Amazônia: declaração de países florestais critica barreiras comerciais

Líderes de doze nações lançam declaração conjunta em defesa das florestas e criticam de forma sutil barreiras comerciais com motivação ambiental

por Barbara Luz

Publicado 09/08/2023 15:36 | Editado 09/08/2023 15:54


Cúpula da Amazônia: Foto oficial do evento convocado por Lula em Belém (PA) | Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Líderes e representantes de doze nações – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela – estiveram reunidos em Belém (PA) durante a Cúpula da Amazônia e lançaram na tarde desta terça-feira (9) um documento conjunto em defesa das áreas florestais intitulado“Unidos por Nossas Florestas”.

A curta declaração reitera a importância da preservação das florestas, bem como a busca por redução do desmatamento e degradação florestal, valorização da biodiversidade e uma transição ecológica justa. Em um dos pontos, os países signatários fazem uma série de demandas direcionadas às nações desenvolvidas que não estariam cumprindo suas obrigações no financiamento climático, cujo montante deveria ser de US$ 100 bilhões por ano, além do equivalente a 0,7% de seus produtos internos brutos para o financiamento do desenvolvimento.

A questão do financiamento também é enfatizada, com a convocação aos países desenvolvidos para contribuir com a mobilização de US$ 200 bilhões por ano até 2030, conforme estabelecido pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal. Essa injeção de recursos financeiros é vista como fundamental para a implementação dos planos de ação e estratégias nacionais de biodiversidade.

A declaração conjunta não apenas traça metas e compromissos, mas também critica de forma sutil a adoção de barreiras comerciais com medidas ambientais, especialmente voltada à União Europeia. Os líderes destacam a cooperação internacional como o caminho mais eficaz para apoiar o compromisso de redução do desmatamento e das mudanças climáticas, condenando medidas unilaterais que possam ser consideradas uma restrição disfarçada ao comércio internacional.

A declaração assinada pelos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA) e outros convidados ressalta a contribuição inestimável de povos indígenas, comunidades locais, mulheres e jovens na conservação das florestas tropicais. Além disso, convoca países em desenvolvimento com florestas tropicais a se unirem ao diálogo e a buscarem uma influência maior sobre a gestão de recursos destinados à conservação e uso sustentável da biodiversidade.

Com um apelo político, a declaração pretende ganhar apoio de outros países detentores de biodiversidade global, visando fortalecer posições em conferências internacionais relevantes, como a 28ª Conferência das Partes (COP 28), que será realizada em novembro nos Emirados Árabes Unidos, e a de biodiversidade (COP 16, em 2024).

O texto finaliza reafirmando o compromisso com a preservação das florestas como centros de desenvolvimento sustentável, capazes de oferecer soluções para desafios nacionais e globais, conciliando prosperidade econômica, proteção ambiental e bem-estar social.

Leia a íntegra do documento abaixo.

Unidos por Nossas Florestas – Comunicado Conjunto dos Países Florestais em Desenvolvimento em Belém

Nós, os Presidentes e Chefes de Delegação de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela, reunidos em Belém do Pará, no dia 9 de agosto de 2023,

1.    Reconhecemos a inestimável contribuição dos povos indígenas e das comunidades locais, bem como das mulheres e dos jovens, para a conservação das florestas tropicais.

2.    Observamos que, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC AR6), “a mudança do clima já está impactando as florestas tropicais em todo o mundo, incluindo transformações na distribuição dos biomas florestais, alterações na composição de espécies, biomassa, pragas e doenças, e aumento da quantidade de incêndios florestais”.

3.    Reiteramos nosso compromisso com a preservação das florestas, a redução das causas do desmatamento e da degradação florestal, a conservação e valoração da biodiversidade e a busca por uma transição ecológica justa, convencidos de que nossas florestas podem ser centros de desenvolvimento sustentável e produtoras de soluções para os desafios de sustentabilidade nacionais e globais, conciliando prosperidade econômica com proteção ambiental e bem-estar social, em especial para os povos indígenas e comunidades locais, inclusive por meio do desenvolvimento de mecanismos inovadores que reconheçam e promovam os funções/serviços ecossistêmicos e a conservação e uso sustentável da biodiversidade.

4.    Manifestamos nossa preocupação com o não-cumprimento, por parte dos países desenvolvidos, do compromisso de financiamento para o desenvolvimento equivalente a 0,7% do rendimento nacional bruto; de financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano em recursos novos e adicionais aos países em desenvolvimento, conclamamos os países desenvolvidos a cumprirem suas obrigações de financiamento climático; e a contribuir para a mobilização de US$ 200 bilhões por ano, até 2030, previstos pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal para a implementação dos planos de ação e estratégias nacionais de biodiversidade, por meio da provisão de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados;

5.    Manifestamos também nossa preocupação com o não-cumprimento, por parte de alguns países desenvolvidos, de suas metas de mitigação e relembramos a necessidade dos países desenvolvidos de liderar e acelerar a descarbonização de suas economias, atingindo a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível e preferencialmente antes de 2050.

6.    Observando que a cooperação internacional é a via mais eficaz para apoiar nosso compromisso soberano de redução das causas do desmatamento e da degradação florestal, condenamos a adoção de medidas para combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente, incluindo as medidas unilaterais, que constituam um meio de discriminação arbitrária ou injustificável ou uma restrição disfarçada ao comércio internacional.

7.    Reforçamos nosso entendimento de que o acesso preferencial para produtos florestais nos mercados dos países desenvolvidos será importante alavanca para o desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento.

8.    Convidamos os demais países em desenvolvimento detentores de florestas tropicais ao diálogo, baseado na solidariedade e na cooperação, com vistas à COP-28 da UNFCCC e à COP-16 da CDB e demais conferências internacionais relevantes, a respeito dos temas constantes deste Comunicado.

9.    Conclamamos também os demais países em desenvolvimento detentores de parcela significativa da biodiversidade global a lutar para que nossos países tenham maior influência sobre a gestão de recursos destinados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade.

10.    Tomamos nota de diferentes iniciativas conduzidas por países em desenvolvimento relevantes para a conservação e uso sustentável de ecossistemas florestais, como a Cooperação Trilateral sobre Florestas Tropicais e Ação Climática, promovida por Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia, e a iniciativa da República do Congo de sediar uma Cúpula das Três Bacias dos Ecossistemas da Biodiversidade e Florestais Tropicais.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada


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