quarta-feira, 31 de outubro de 2012

31 de outubro dia do Saci

O Saci – Monteiro Lobato


o_saciA estranha aventura vivida por Pedrinho que conseguiu pegar um saci com a peneira e conservá-lo preso numa garrafa. O diabinho de uma perna só proporciona ao garoto ensejo de conhecer a vida noturna e fantástica das matas – com visões da Mula Sem Cabeça, da Caapora, do Lobisomem, do Boitatá, e das principais criações mitológicas do nosso folclore (1932)
Tio Barnabé era um negro de mais de oitenta anos que morava no rancho coberto de sapé lá junto da ponte. Pedrinho não disse nada a ninguém e foi vê-lo. Encontrou-o sentado, com o pé direito num toco de pau, à porta de sua casinha, aquecendo o sol.
- Tio Barnabé, eu vivo querendo saber duma coisa e ninguém me conta direito. Sobre o saci. Será mesmo que existe saci?
O negro deu uma risada gostosa e, depois de encher de fumo picado o velho pito, começou a falar:
- Pois, seu Pedrinho, saci é uma coisa que eu juro que exéste. Gente da cidade não acredita – mas exéste. A primeira vez que vi saci eu tinha assim a sua idade. Isso foi no tempo da escravidão, na fazenda do Passo Fundo, do defunto major Teotônio, pai desse coronel Teodorico, compadre de sua avó dona Benta. Foi lá que vi o primeiro saci. Depois disso, quantos e quantos!…
- Conte, então, direitinho, o que é saci. Bem tia Nastácia me disse que o senhor sabia – que o senhor sabe tudo…
- Como não hei de saber tudo, menino, se já tenho mais de oitenta anos? Quem muito véve muito sabe…
- Então conte. Que é, afinal de contas, o tal saci?
E o negro contou tudo direitinho.
- O saci – começou ele – é um diabinho de uma perna só que anda solto pelo mundo, armando reinações de toda sorte e atropelando quanta criatura existe. Traz sempre na boca um pitinho aceso, e na cabeça uma carapuça vermelha. A força dele está na carapuça, como a força de Sansão estava nos cabelos. Quem consegue tomar e esconder a carapuça de um saci fica por toda a vida senhor de um pequeno escravo.
- Mas que reinações ele faz? – indagou o menino.
- Quantas pode – respondeu o negro. – Azeda o leite, quebra a ponta das agulhas, esconde as tesourinhas de unha, embaraça os novelos de linha, faz o dedal das costureiras cair nos buracos. Bota moscas na sopa, queima o feijão que está no fogo, gora os ovos das ninhadas. Quando encontra um prego, vira ele de ponta prá riba para que espete o pé do primeiro que passa. Tudo que numa casa acontece de ruim é sempre arte do saci. Não contente com isso, também atormenta os cachorros, atropela as galinhas e persegue os cavalos no pasto, chupando o sangue deles. O saci não faz maldade grande, mas não há maldade pequenina que não faça.
- E a gente consegue ver o saci?
- Como não? Eu, por exemplo, ja vi muitos. Ainda no mês passado andou por aqui um saci mexendo comigo – por sinal lhe dei uma lição de mestre…
- Como foi? Conte…
Tio Barnabé contou.
- Tinha anoitecido e eu estava sozinho em casa, rezando minhas rezas. Rezei, e depois me deu vontade de comer pipoca. Fui ali no fumeiro e escolhi uma espiga de milho bem seca. Debulhei o milho numa caçarola, pus a caçarola no fogo e vim para este canto pitar fumo pro pito. Nisto ouvi no terreiro um barulhinho que não me engana. “Vai ver que é saci!” – pensei comigo. E era mesmo. Dali a pouco um saci preto que nem carvão, de carapuça vermelha e pitinho na boca, apareceu na janela. Eu imediatamente me encolhi no meu canto e fingi que estava dormindo. Ele espiou de um lado e de outro e por fim pulou pra dentro. Veio vindo, chegou pertinho de mim, escutou os meus roncos e convenceu-se de que eu estava mesmo dormindo. Então começou a reinar na casa. Remexeu tudo, que nem mulher velha, sempre farejando o ar com o seu narizinho muito aceso. Nisto o milho começou a chiar na caçarola e ele dirigiu-se para o fogão. Ficou de cócoras no cabo da caçarola, fazendo micagens. Estava “rezando” o milho, como se diz. E adeus pipoca! Cada grão que o saci reza não rebenta mais, vira piruá.
- Dali saiu para bulir numa ninhada de ovos que a minha carijó calçuda estava chocando num balaio velho, naquele canto. A pobre galinha quase que morreu de susto. Fez cró, cró, cró… e voou do ninho feito uma louca, mais arrepiada que um ouriço-cacheiro. Resultado: o saci rezou os ovos e todos goraram.
- Em seguida pôs-se a procurar o meu pito de barro. Achou o pito naquela mesa, pôs uma brasinha dentro e paque, paque, paque… tirou justamente sete fumaçadas. O saci gosta muito do número sete.
- Eu disse cá comigo: “Deixe estar, coisa-ruinzinho, que eu ainda apronto uma boa para você. Você há de voltar outro dia e eu te curo”.
- E assim aconteceu. Depois de muito virar e mexer, o sacizinho foi embora e eu fiquei armando o meu plano para assim que ele voltasse.
- E voltou? – inquiriu Pedrinho.
- Como não? Na sexta-feira seguinte apareceu aqui outra vez às mesmas horas. Espiou da janela, ouviu os meus roncos fingidos, pulou para dentro. Remexeu em tudo, como da primeira vez, e depois foi atrás do pito que eu tinha guardado no mesmo lugar. Pôs o pito na boca e foi ao fogão buscar uma brasinha, que trouxe dançando nas mãos.
- É verdade que ele tem as mãos furadas?
- É, sim. Tem as mãos furadinhas bem no centro da palma; quando carrega brasa, vem brincando com ela, fazendo ela passar de uma para o outra mão pelo furo. Trouxe a brasa, pôs a brasa no pito e sentou-se de pernas cruzadas para fumar com todo o seu sossego.
- Como? – exclamou Pedrinho arregalando os olhos. – Como cruzou as pernas, se saci tem uma perna só?
- Ah, menino, mecê não imagina como saci é arteiro… Tem uma perna só, sim, mas quando quer cruza as pernas como se tivesse duas! São coisas que só ele entende e ninguém pode explicar. Cruzou as pernas e começou a tirar umas baforadas, uma atrás da outra, muito satisfeito da vida. Mas de repente, puf! aquele estouro e aquela fumaceira!… O saci deu tamanho pinote que foi parar lá longe, e saiu ventando pela janela fora.
Pedrinho fez cara de quem não entende.
- Mas que puf foi esse? – perguntou. – Não estou entendendo…
É que eu tinha socado pólvora no fundo do pito – exclamou Tio Barnabé, dando uma risada gostosa. – A pólvora explodiu justamente quando ele estava tirando a fumaçada número sete, e o saci, com a cara toda sapecada, raspou-se para nunca mais voltar.
- Que pena! – exclamou Pedrinho. – Tanta vontade que eu tinha de conhecer esse saci…
- Mas não há um só saci no mundo, menino. Esse lá se foi e nunca mais aparece por estas bandas, mas quantos outros não andam por aí? Ainda na semana passada apareceu um no pasto do seu Quincas Teixeira. E chupou o sangue daquela égua baia que tem uma estrela na testa.
- Como é que ele chupa o sangue dos animais?
- Muito bem. Faz um estribo na crina, isto é, dá uma laçada na crina do animal de modo que possa enfiar o pé e manter-se em posição de ferrar os dentes numa das veias do pescoço e chupar o sangue, como fazem os morcegos. O pobre animal assusta-se e sai pelos campos na disparada, correndo até não poder mais. O único meio de evitar isso é botar bentinho no pescoço dos animais.
- Bentinho é bom?
- É um porrete. Dando com cruz ou bentinho pela frente, saci fede enxofre e foge com botas-de-sete-léguas.
***
Tão impressionado ficou Pedrinho com esta conversa que dali por diante só pensava em saci, e até começou a enxergar saci por toda parte. Dona Benta caçoou, dizendo:
- Cuidado! Já vi contar a história de um nenino que de tanto pensar em saci acabou virando saci…
Pedrinho não fez caso da história, e um dia, enchendo-se de coragem, resolveu pegar um. Foi de novo em procura do tio Barnabé.
- Estou resolvido a pegar um saci – disse ele – e quero que o senhor me ensine o melhor meio.
Tio Barnabé riu-se daquela valentia.
- Gosto de ver um menino assim. Bem mostra que é neto do defunto sinhô velho, um homem que não tinha medo nem de mula-sem-cabeça. Há muitos jeitos de pegar saci, mas o melhor é o de peneira. Arranja-se uma peneira de cruzeta…
- Peneira de cruzeta? – interrompeu o menino – Que é isso?
- Nunca reparou que certas peneiras têm duas taquaras mais largas que se cruzam bem no meio e servem para reforço? Olhe aqui – e tio Barnabé mostrou ao menino uma das tais peneiras que estava ali num canto. – Pois bem, arranja-se uma peneira destas e fica-se esperando um dia de vento bem forte, em que haja rodamoinho de poeira e folhas secas. Chegada essa ocasião, vai-se com todo o cuidado para o rodamoinho e zás! – joga-se a peneira em cima. Em todos os rodamoinhos há saci dentro, porque fazer rodamoinhos é justamente a principal ocupação dos sacis neste mundo.
- E depois?
- Depois, se a peneira foi bem atirada e o saci ficou preso, é só dar um jeito de botar ele dentro de uma garrafa e arrolhar muito bem. Não esquecer de riscar uma cruzinha na rolha, porque o que prende o saci na garrafa não é a rolha e sim a cruzinha riscada nela. É preciso ainda tomar a carapucinha dele e a esconder bem escondida. Saci sem carapuça é como cachimbo sem fumo. Eu já tive um saci na garrafa, que me prestava muitos bons serviços. Mas veio aqui um dia aquela mulatinha sapeca que mora na casa do compadre Bastião e tanto lidou com a garrafa que a quebrou. Bateu logo um cheirinho de enxofre. O perneta pulou em cima da sua carapuça, que estava ali naquele prego, e “até logo, tio Barnabé!”
Depois de tudo ouvir com a maior atenção, Pedrinho voltou para casa decidido a pegar um saci, custasse o que custasse. Contou o seu projeto a Narizinho e longamente discutiu com ela sobre o que faria no caso de escravizar um daqueles terríveis capetinhas. Depois de arranjar uma boa peneira de cruzeta, ficou à espera do dia de São Bartolomeu, que é o mais ventoso do ano.
Custou a chegar esse dia, tal era a sua impaciência, mas afinal chegou, e desde muito cedo, Pedrinho foi postar-se no terreiro, de peneira em punho, à espera de rodamoinhos. Não esperou muito tempo. Um forte rodamoinho formou-se no pasto e veio caminhando para o terreiro.
- É hora! – disse Narizinho. – Aquele que vem vindo está com muito jeito de ter saci dentro.
Pedrinho foi se aproximando pé ante pé e de repente, zás! – jogou a peneira em cima.
- Peguei! – gritou no auge da emoção, debruçando-se com todo o peso do corpo sobre a peneira emborcada – Peguei o saci!…
A menina correu a ajudá-lo.
- Peguei o saci! – repetiu o menino vitoriosamente. – Corra, Narizinho, e traga-me aquela garrafa escura que deixei na varanda. Depressa!
A menina foi num pé e voltou noutro.
- Enfie a garrafa dentro da peneira – ordenou Pedrinho – enquanto eu cerco os lados. Assim! Isso!…
A menina fez como ele mandava e com muito jeito a garrafa foi introduzida dentro da peneira.
- Agora tire do meu bolso a rolha que tem uma cruz riscada em cima – continuou Pedrinho. – Essa mesma. Dê cá.
Pela informação do tio Barnabé, logo que a gente põe a garrafa dentro da peneira o saci por si mesmo entra dentro dela, porque, como todos os filhos das trevas, tem a tendência de procurar sempre o lado mais escuro. De modo que Pedrinho o mais que tinha a fazer era arrolhar a garrafa e erguer a peneira. Assim fez, e foi com o ar de vitória de quem houvesse conquistado um império que levantou no ar a garrafa para examiná-la contra a luz.
Mas a garrafa estava tão vazia como antes. Nem sombra do saci dentro…
A menina deu-lhe uma vaia e Pedrinho, muito desapontado, foi contar o caso ao tio Barnabé.
- É assim mesmo – explicou o negro velho. – Saci na garrafa é invisível. A gente só sabe que ele está lá dentro quando a gente cai na modorra. Num dia bem quente, quando os olhos da gente começam a piscar de sono, o saci pega a tomar forma, até que fica perfeitamente visível. É desse momento em diante que a gente faz dele o que quer. Guarde a garrafa bem fechada, que garanto que o saci está dentro dela.
Pedrinho voltou para casa orgulhosíssimo com a sua façanha.
- O saci está aqui dentro, sim – disse ele a Narizinho. – Mas está invisível, como me explicou tio Barnabé. Para a gente ver o capetinha é preciso cair na modorra – e repetiu as palavras que o negro lhe dissera.
Quem não gostou da brincadeira foi a pobre tia Nastácia. Como tinha um medo horrível de tudo quanto era mistério, nunca mais chegou nem na porta do quarto de Pedrinho.
- Deus me livre de entrar num quarto onde há garrafa de saci dentro! Credo! Nem sei como dona Benta consente semelhante coisa em sua casa. Não parece ato de cristão…
(LOBATO, Monteiro. O Saci
Fonte: Brasil Cultura

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domingo, 28 de outubro de 2012

Decisão de Gilmar Mendes é responsável por tragédia dos índios

'Somos Todos Guarani-Kaiowá’
 

BRASIL

28 de Outubro de 2012 - 6h40

Decisão de Gilmar Mendes é responsável por tragédia dos índios


O então presidente do STF, Gilmar Mendes, deferiu liminar, em dezembro de 2009, suspendendo decreto presidencial que declarava a área de posse dos indígenas, que tentam retomar parte de seu território e vivem sob ameaça de fazendeiros da região.

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.Gilmar Mendes e a tragédia dos Guarani Kaiowá: ministro do STF vetou, à época em que presidia a Suprema Corte, decreto de Lula que decretava posse aos indígenas. (Foto: reprodução)
Desde meados de julho, indígenas da etnia Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul (MS) no Centro-Oeste brasileiro tentam retomar parte do território sagrado “tekoha”, em Guarani, no Arroio Koral, localizado no município de Paranhos.

A terra está em litígio e, em dezembro de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto homologando a demarcação da terra, porém a eficácia do decreto foi suspensa logo em seguida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, em favor das fazendas Polegar, São Judas Tadeu, Porto Domingos e Potreiro-Corá.
gilmar mendes índios guarani kaiowá

Em 29 de setembro, a Justiça Federal de Naviraí em Mato Grosso do Sul decidiu pela expulsão definitiva da comunidade Guarani-Kaiowá e, diante da decisão, os indígenas lançaram uma carta afirmando a intenção de morrer juntos, lutando pelas terras e fazem o pedido para que todos sejam enterrados no território pleiteado.

O assunto veio à tona, depois desta “carta-testamento”, que foi interpretada como suicídio coletivo, os Guarani Kaiowá falam em morte coletiva no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em nota divulgada nesta quarta (23).

Entenda o caso

Cansados da morosidade da Justiça em agosto último, cerca de 400 indígenas decidiram montar acampamento para pleitear uma resolução. Horas depois, pistoleiros invadiram o local. Houve conflito, que resultou em indígenas feridos, sem gravidade e, com a chegada da Força Nacional, os pistoleiros se dispersaram e fugiram.

À época, o Guarani Kaiowá Dionísio Gonçalves afirmou que os indígenas estão firmes na decisão de permanecer no tekoha Arroio Koral, mesmo cientes das adversidades que terão de enfrentar, já que o território sagrado reivindicado por eles fica no meio de uma fazenda. “Nós estamos decididos a não sair mais, nós resolvemos permanecer e vamos permanecer. Podem vir com tratores, nós não vamos sair. A terra é nossa, até o Supremo Tribunal Federal já reconheceu. Se não permitirem que a gente fique é melhor mandarem caixão e cruz, pois nós vamos ficar aqui”, assegurou.

Conflito fundiário

A batalha pela retomada de terras indígenas se arrasta no Mato Grosso do Sul e o estado é responsável pelos mais altos índices de assassinatos de indígenas, que lutam pela devolução de terras tradicionais e sagradas. Já foram registrados muitos ataques, ordenados por fazendeiros insatisfeitos com a devolução das terras aos seus verdadeiros donos.

O processo continua em andamento, mas tem caminhado a passos muito lentos, já que ainda não foi votado por todos os ministros. Assim, os Guarani Kaiowá decidiram fazer a retomada da terra. Na última sexta (19) um grupo esteve em Brasília e fincou cinco mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, em protesto e pedindo que a Justiça resolva a pendenga.

Leia a íntegra da carta dos indígenas:
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Naviraí-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Naviraí-MS.

Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.

Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.

Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay

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sábado, 27 de outubro de 2012

Brasil, Argentina e México criam associação ambiental

AMÉRICA LATINA

26 de Outubro de 2012 - 18h59        
Brasil, Argentina e México criam associação ambiental

Argentina, México e Brasil criaram nesta sexta-feira (26) a Associação Latino-americana de Autoridades Ambientais (ALAA), mediante um acordo firmado no estado argentino de Misiones.


O documento, no qual são abordados temas como florestas, mudanças climáticas, biodiversidade e gestão de resíduos sólidos urbanos, foi definido durante uma reunião extraordinária do Conselho Federal de Meio Ambiente da Argentina, que teve a participação do México e Brasil.

"As problemáticas nos países do Mercosul e da América Latina são muito semelhantes, justamente por causa da biodiversidade. Estamos sofrendo com os mesmos efeitos decorrentes das mudanças climáticas", afirmou o subsecretário de Ambiente da Argentina, Ariel Lopez.

Segundo Lopez, consta na agenda do acordo "temas comuns aos países e também como serão organizadas as reuniões, de forma que ocorram nos primeiros meses do próximo ano". O subsecretário declarou ainda que a associação está aberta à adesão de outros países e que a decisão de iniciá-la com o México e o Brasil se deve à semelhança nas estruturas federais.

De acordo com o secretário de Ambiente do estado argentino de Tucumán, Alfredo Montalbán, "esse é apenas o primeiro passo". Ele disse ainda que o México já conta com uma lei sobre mudanças climáticas e que a Argentina está trabalhando para criar uma norma semelhante.

Sobre o aquecimento global, Montalbán destacou que "a preocupação comum da região é a adaptação, entendendo que os países subdesenvolvidos prestam um serviço ambiental e são os que menos poluem". Segundo ele, esses países devem liderar a mitigação, tema no qual estariam avançando.

Fonte: Opera Mundi


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sábado, 20 de outubro de 2012

Em Ipojuca, audiência pública discute Central de Tratamento de Resíduos

Em Ipojuca, audiência pública discute Central de Tratamento de Resíduos


POSTADO ÀS 17:49 EM 19 DE Outubro DE 2012

Na próxima terça-feira (23), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realiza audiência pública sobre a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Ipojuca. O evento acontece às 9h30 no Clube Municipal, na Rua da Subida, s/nº, no Centro. O objetivo é apresentar o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da CTR, que já está disponível para consultas no site da Agência (www.cprh.pe.gov.br). Na oportunidade, os participantes poderão esclarecer dúvidas e fazer sugestões a respeito do empreendimento.

Atualmente, a coleta de resíduos sólidos no município é executada por empresa privada contratada pela prefeitura através de licitação pública. Não existe coleta seletiva e a disposição final desses resíduos é no lixão do engenho Caetés, próximo ao balneário de porto de Galinhas. Além disso, a área onde está instalado é cercada de mangue e alagados, sendo desaconselhável sua ampliação. Já a coleta e disposição final dos resíduos industriais não são feitas pela prefeitura.

Uma Central de Tratamento de Resíduos é onde resíduos urbanos e industriais são tratados de modo adequado para não causar danos ao meio ambiente, nem à saúde da população da área afetada pelo empreendimento. No caso da CTR Ipojuca, que tem como empreendedor a Ecopesa, empresa com experiência na implantação e operação de Aterros Sanitários, o objetivo é atender às demandas do referido município na disposição dos seus resíduos sólidos urbanos, bem como às indústrias localizadas no Complexo de Suape.

A implantação de uma CTR no município de Ipojuca vem ao encontro da Lei 12.305/2010 - que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e estabelece o ano de 2014 como limite temporal para a eliminação de lixões e a consequente disposição final ambientalmente adequada dos resíduos. Baseia-se na premissa da operação adequada do empreendimento durante toda sua vida útil (20 anos) com estrito controle e monitoramento de todas as atividades do mesmo através dos Planos Básicos Ambientais. A área selecionada para abrigar a CTR Ipojuca está localizada em terras do engenho Arimbi, a 1,5 Km da PE-060 no sentido Pernambuco-Alagoas, ocupando um total de 70,43 hectares.
Fonte: BLOG DE Jamildo
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Abaixo link: Rima CTR - Ipojuca
http://www.cprh.pe.gov.br/downloads/rima_ctr_ipojuca_completo.pdf

Abaixo link: Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistente - POPs 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5472.htm

Abaixo link: INCINERAÇÃO DO LIXO MUNICIPAL - UMA SOLUÇÃO POBRE PARA O SÉCULO 21
http://noalaincineracion.org/wp-content/uploads/INCINERA%C3%87%C3%83O-DO-LIXO-MUNICIPAL-5.pdf

Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica




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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Reunião


C o n v i t e


O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa convida para participar da reunião ordinária do mês de outubro.

Pauta :
1. Informes;
2. Posse dos Conselhos Gestores das UCs. de Pernambuco, realizada em 21.09.2012;
3. Agressão à Natureza: Mata do Engenho Uchoa;
4. 12º Movimento Ecológico promovido pela Escola Presidente Humberto Castello Branco( 10.11.2012  ).

Data: 16/10/2012 (terça-feira)
Hora: 9H
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE.
           Tel.3252.9941/3181.2956
Coordenadores (ras):
Luci Machado - 8637.1747
José Semente - 8595.8666
Jacilda Nascimento - 9965.0916
Arlindo Lima - 8622.9518
Patricia Maria - 9183.9762
Augusto Semente - 9258.7195

Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!
Foto aérea Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica 


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Poesia na Panela sexta Edição



Fonte: ADIANTE - Movimento de Articulação Cultural Adiante

Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FESTA DAS CRIANÇAS TERÁ CINCO DIAS DE ATRAÇÕES

 
Notícias 

Publicada em 09.10.2012
FESTA DAS CRIANÇAS TERÁ CINCO DIAS DE ATRAÇÕES
Esquete teatral "Consumo consciente faz bem pra gente" se apresenta no dia 12. Foto: Métron Produções.

A Semana da Criança no Zoo começa nesta quarta-feira (10) e vai até domingo (14), com atrações para diversos gostos e idades: teatro infantil, show de mamulengos, contação de histórias, oficinas de brinquedos e parques de diversão, entre outras. Juntamente com a visitação aos quase 700 animais em cativeiro, entre mamíferos, aves e répteis, tudo isso poderá ser vivenciado no horário das 8h às 16h, ao custo de R$ 2,00 por pessoa _ exceto para idosos, deficientes e crianças com até 1 metro de altura, que não pagam.
O principal pólo da animação será na Cidade da Criança (no final do zoológico), onde diariamente será apresentada a peça “O Acordar dos Animais na Floresta” e um show de mamulengos com o tema “SOS Floresta”. Baseados na animação em longa metragem “Os Sem Floresta”, os textos alertam para a necessidade de preservação do meio ambiente e sobre o papel dos zoológicos na conservação de muitas espécies ameaçadas de extinção. Essas apresentações vão acontecer pela manhã e à tarde.
Ainda no local, os pequenos terão momentos para ouvir histórias, com o show “Os contos de Tita no Mundo dos animais”, e participar de oficinas de arte e reciclagem, para aprender a confeccionar cata-ventos, “eco-bonecos” (feitos de sementes que, regadas, transformam-se em ‘cabelos’; vide foto ao lado) além de brinquedos feitos de PET. E para não deixar ninguém parado, ainda haverá espaço para pura recreação, com animadores que vão conduzir brincadeiras, danças e jogos infantis, e um mini-parque de diversões com brinquedos infláveis.
CONSUMO CONSCIENTE - Uma novidade este ano é a parceria entre o Parque Dois Irmãos e o Ministério Público do Estado (MPPE), que vai encenar o esquete teatral “Consumo consciente faz bem pra gente”, no dia 12, no zoológico. Integrante de uma campanha do MPPE contra a publicidade enganosa, o show satiriza situações do dia-a-dia das pessoas, como a compra de celular e brinquedos, para ensiná-las sobre a atuação dos órgãos de defesa do consumidor. Nos dias 13 e 14 os personagens do esquete vão circular pelo zoo, interagindo cenicamente com o público e distribuindo folhetos educativos sobre a campanha. A produção é da Métron Produções, empresa especializada em arte-educação.
Veja aqui a programação com os locais e datas:
Local: Cidade da Criança (final do zoológico)
Esquete teatral “O Acordar dos Animais na Floresta” – De 10 a 14/10, manhã e tarde.
Teatro de mamulengos com a história “SOS Florestas” – De 10 a 14/10, manhã e tarde
Contação de histórias: “Os contos de Tita no Mundo dos animais” - De 10 a 14/10, manhã e tarde
Mini-parque de diversões com brinquedos infláveis - De 10 a 14/10, manhã e tarde
Oficinas de arte e reciclagem: confecção de cata-ventos, eco bonecos e brinquedos feitos de garrafas PET – De 12 a 14/10, manhã e tarde
Recreação: brincadeiras, danças e jogos infantis diversos – De 12 a 14/10, manhã e tarde.
Outros locais e atrações:
- Pinturinha de rosto - na área externa do Centro Vasconcelos Sobrinho de Educação Ambiental (CEA) - De 12 a 14/10, manhã e tarde.
- Animadores caracterizados como bonecos de animais circulando pela via principal do zoo - De 12 a 14/10, manhã e tarde.
- Mini-parque de diversões com brinquedos infláveis – nas margens do Açude Dois Irmãos, próximo ao recinto do Tamanduá-Bandeira - De 10 a 14/10, manhã e tarde.
- Esquete teatral “Consumo consciente faz bem pra gente”, do Ministério Público de Pernambuco, no CEA - 12/10. A campanha segue nos dias 13 e 14/10, com os personagens do esquete circulando pelo zoo e distribuindo informações, manhã e tarde.



Fonte: Parque Dois Irmãos - Recife/PE
http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/parque-dois-irmaos/exibir_noticia?groupId=221638&articleId=1895571&templateId=221677


G1 Pernambuco -NETV 1 Edição - Catálago de Vídeos
Zoológico prepara programação especial para final de semana
http://g1.globo.com/videos/pernambuco/netv-1edicao/t/edicoes/v/zoologico-prepara-programacao-especial-para-final-de-semana/2181982/

 
 


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terça-feira, 9 de outubro de 2012

CPRH promove encerramento da 2ª Edição do Projeto Mata Atlântica - Estudo, conheço, quero bem!

CPRH promove encerramento da 2ª Edição do Projeto Mata Atlântica - Estudo, conheço, quero bem!




No último mês de setembro, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) promoveu o encerramento da 2ª Edição do Projeto de Educação Ambiental "Mata Atlântica - Estudo, conheço, quero bem!". O evento foi realizado na Escola Municipal Dr. João Lopes, localizada no entorno do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Gurjaú, da CPRH, no município do Cabo de Santo Agostinho. Estiveram presentes cerca de 500 pessoas, entre alunos, pais, professores, direção e representantes da Secretaria Municipal de Educação.

O principal objetivo do projeto é contribuir para o desenvolvimento de uma postura preservacionista da comunidade do RVS Gurjaú e de seu entorno, em relação à referida Unidade de Conservação. Por isso, todas as atividades ressaltaram os potenciais biológicos e os recursos naturais do Refúgio. A idéia é, no próximo ano, ampliar o projeto para unidades de ensino dos municípios de Moreno e Jaboatão dos Guararapes.

O evento contou com uma programação variada, incluído apresentação do coral infantil da escola, contação de história, musical com o tema "Proteja os animais da Mata Atlântica", apresentação de painéis, mapa e maquete, literatura de Cordel, jogo ecológico, teatro de fantoches, paródia musical, jogral e até mesmo a simulação de uma Audiência Pública, tudo relacionado ao bioma Mata Atlântica. Houve ainda um plantio de mudas das espécies Ipê-roxo e Ipê-amarelo, feito pelos próprios alunos.

Segundo a gestora da escola, Rilzamira Ferraz, pelo êxito alcançado, o projeto foi inserido na programação da escola. Já a chefe do Núcleo de Gestão Democrática da Secretaria Municipal de Educação do Cabo de Santo Agostinho, Deodata Neri, que participou do evento, salientou a importância do projeto trabalhar os instrumentos de gestão democrática para o meio ambiente, como Conselho Gestor de Unidades de Conservação (UCs) e a simulação da audiência pública, realizada pelos alunos da 7ª e 8ª série do Ensino Fundamental, aos quais ela convidou para replicar a simulação em um evento da Prefeitura que ocorrerá no final do ano. Além disso, ela enfatizou a importância da parceria da CPRH com a comunidade escolar.

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL - NCSEA
AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - CPRH

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

04 de outubro - Dia de São francisco de Assis

04 de Outubro - Dia de São Francisco de Assis - Dia dos Animais

Em homenagem a São Francisco de Assis, no dia 04 de outubro acontecerá as seguintes atividades:
Missa/Benção dos Animais
O Convento de Santo Antônio, em Recife, promove:
a partir das 16h00, a Benção dos Animais, e
às 17h00, a Solene Celebração Eucarística.

O Convento de Santo Antônio fica na Rua do Imperador, bairro de Santo Antônio, Recife/PE, ao lado do Palácio da Justiça. Contato: Frei Luiz Augusto – 9928 0435/8814 6456/3224 0493.

Missa em homenagem à São Francisco de Assis
A Igreja da UNICAP também vai celebrar uma Missa em homenagem ao Santo no dia 04 de outubro, às 18h00.
A UNICAP fica na Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, Recife/PE.Contato: Padre Lúcio Cirne - 9436 7302.
Dia dos Animais - 04 de outubro - Dia de São Francisco de Assis
Parceria Juízado Criminal e a ASPAN
o Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente, em parceria com a ASPAN – Associação Pernambucana de Defesa da Natureza, com o apoio do Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade/SGP-TJPE, promove uma breve apresentação sobre o tema, com a participação do Coordenador Geral dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, Dr. Ailton Alfredo de Souza e da Dra. Maria Adélia Oliveira, membro da ASPAN e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O evento acontece no hall de espera do 3º Juizado Especiai Criminail, onde atualmente está instalado o Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente, situado no Fórum Thomaz de Aquino (antigo grande hotel), térreo, na Avenida Martins de Barros, 593, bairro de Santo Antônio, Recife/PE.
Na ocasião será exibido o filme Irmão Sol, Irmã Lua” que mostra a vida e os feitos de São Francisco de Assis (1182-1226) e Santa Clara (1194-1253). A direção é do consagrado cineasta italiano Franco Zeffirelli (Romeu & Julieta) e o ótimo elenco traz grandes nomes do cinema mundial, como Alec Guinness (A Ponte do Rio Kwai).
 


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