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Anúncio de usina para tratar lixo gera polêmica
Publicado em 03.07.2010 – Jornal do Commercio
Entidades lançaram manifesto e audiência acontece na quinta
Antes mesmo de sair do papel, o futuro Centro de Tratamento e Destinação de Resíduos da capital pernambucana está gerando polêmica. Entidades de proteção ao meio ambiente, que já realizaram diversos protestos, lançaram, anteontem, manifesto contra a implantação do empreendimento no Ibura e no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. Segundo as organizações, o projeto poderá trazer danos irreversíveis. Às 8h da próxima quinta-feira, no Clube das Águias, em Boa Viagem, Zona Sul, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) vai apresentar o Relatório de Impactos Ambientais.
O modelo de tratamento do lixo proposto é pioneiro na América Latina e tem capacidade para 2.800 toneladas de material, diariamente O Recife, hoje, produz 1.400 toneladas por dia. Se tiver a licença concedida pela CPRH, o projeto da Prefeitura do Recife deve começar a ser implantado em setembro. E, daqui há dois anos, todo o lixo produzido na capital será selecionado e tratado em uma região com mais de 55 metros quadrados, localizada na Área de Preservação Ambiental (APA) do Engenho Uchôa, no Ibura. Outra parte, sem potencial de reutilização, será queimada em um centro previsto para ser instalado na antiga indústria alcoquímica do Cabo.
O engenheiro civil Bertrand Sampaio de Alencar, cofundador da Associação Pernambucana de Defesa da Natureza, integra uma das entidades que se opõem ao centro de resíduos. “Em diversos países onde esse projeto foi implantado ainda não foi possível resolver o problema da emissão dos gases.” Para ele, a proposta não leva em consideração reduzir a produção, reutilizar ao máximo e reciclar.
“O que deveria ser feito era, por exemplo, ampliar a vida útil das coisas, mas jamais queimar.” Bertrand Sampaio acredita que, além dos riscos de contaminação, o projeto vai gerar desemprego. Segundo ele, hoje, o Recife tem aproximadamente 4 mil pessoas que dependem do lixo para sobreviver. Com a implementação do centro, deverão ser criados 320 empregos diretos e 240 indiretos. O projeto custará R$ 250 milhões aos cofres públicos.
SEM RISCOS
Para o consórcio Recife Energia, responsável pelo empreendimento, o projeto não trará riscos nem desemprego. “Tudo o que puder ser reciclado, vai ser reciclado. Vamos fazer parceria com cooperativa que irá cuidar do material. O lixo orgânico será transformado em adubo e o que não puder ser reutilizado vai ser triturado, seco e posto nas caldeiras de forma segura”, explica o gerente de engenharia do grupo, Paulo Pontual. O gás resultante da queima do material vai gerar energia, que será vendida à Celpe. Segundo Pontual, todo o procedimento utilizará tecnologia de ponta. “Os equipamento serão semelhantes aos usados na Alemanha.”
De acordo com a CPRH, a concessão ou não da licença deverá sair 30 dias após a audiência pública. “Mesmo depois de concedida tudo será monitorado, para eliminar todos os riscos às pessoas e ao meio ambiente”, disse o presidente da agência estadual, Helio Gurgel.
Um comentário:
Quem disse o que?
De acordo com a CPRH, a concessão ou não da licença deverá sair 30 dias após a audiência pública. “Mesmo depois de concedida tudo será monitorado, para eliminar todos os riscos às pessoas e ao meio ambiente”, disse o presidente da agência estadual, Helio Gurgel.
É piada não é?
Leiam o resto dessa piada em:
http://defensoresdepontezinha.blospot.com.br / www.portalcabo.com.br, quem ler vai adora a piada feita por Helinho o maior piadista ambiental que Pernambuco já teve.
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