segunda-feira, 26 de julho de 2010

De olho no lixo de casa

4 SEXTA-FEIRA Recife, 23 de julho de 2010 FOLHA DE PERNAMBUCO

QUALIDADE DE VIDA







De olho no lixo de casa

Com o crescimento dos serviços de home care - serviços de atendimento hospitalar em casa - e com a facilidade dos autotratamentos domésticos - no caso dos portadores de alguma doença crônica, como a diabetes - os lixos domiciliares sépticos são transmissores de doença, em potencial, sobretudo para catadores de lixo, crianças e animais de estimação. Entre os principais objetos de contaminação, os mais preocupantes são as seringas e agulhas, os vidros de remédios e ampolas, algodões, gazes e restos de curativos.

“E essa época de chuva é uma das mais propensas à contaminação, porque, com as enchentes, os dejetos se espalham pelas ruas”, alerta a professora de Higiene e Biossegurança, Lígia Fernandes. Com alto grau de contaminação, principalmente para quem lida diariamente com o material, esse tipo de lixo contém germes patogênicos - organismos capazes de provocar doenças - e precisam ter manuseio adequado, desde a coleta até a sua deposição final.

“Nesse caso, o ideal é colocar em locais onde não se possa ter acesso. No caso das crianças, os pais devem orientá-las desde pequenas sobre os cuidados e perigos do lixo, explicando, dentro da linguagem delas, o porquê de cada coisa”, explica Fernandes.
























O que fazer com o lixo ?

De acordo com a professora de Higiene e Biosegurança, Lígia Fernandes, o ideal é guardar o material em recipientes com estruturas resistentes, como latas ou potes de leite, garrafas vazias de refrigerantes, embalagens de detergentes e afins ou mesmo caixa de papelão, tudo bem vedado.

É importante também separar o material cortante, porque, no caso dos diabéticos, eles precisam evitar se cortar. “As embalagens de vidro não são recomendadas porque podem quebrar. O ideal é colocar em recipientes fechados de paredes seguras”, alerta a professora. Após esse cuidado, de acordo com Fernandes, é preciso tampar, lacrar e identificar o que há dentro da embalagem.

Ainda segundo a especialista, outro procedimento importante é o encaminhamento dado ao lixo. “Esse material deve ser encaminhado para o posto ou unidade de saúde mais próxima, porque essas instituições possuem legislação específica e obrigatória e sabem para onde enviar o material”, completa.




















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