Conflitos e sua superação
"A unidade e o fortalecimento dos movimentos sociais na América Latina são fundamentais na construção de um campo democrático e popular e amplo, que muito ajudará na integração dos povos da região no enfrentamento a atual conjuntura, com perspectivas de vitórias significativas, descortinando um período de avanços sociais".
Por Wanderley Gomes da Silva*
“A estratégia dos Estados Unidos de se apoderar das riquezas naturais das nações em vias de desenvolvimento. Enquanto houver um pensamento de dominação e de intervenção não haverá paz. A paz é produto da justiça e da igualdade de nossos povos”.
Evo Morales
A grande crise do sistema capitalista nos anos 2007/2008, colocou na agenda da grande burguesia mundial a necessidade da recomposição do capital à custa do sofrimento da classe trabalhadora. Colocaram na ordem do dia os golpes de estado, que resultam na diminuição do papel do estado nacional na economia e no comando das políticas públicas. Esse passou a ser o objetivo principal do capital nessa nova fase de sua recomposição, além da privatização dos serviços públicos. O ajuste fiscal passou a ser prioridade dos governos direitistas nos últimos 10 anos, o que ocasionou o aumento dos conflitos sociais no mundo devido a retirada de direitos sociais, o desemprego elevado e a violência extremada. Hoje se pode afirmar que mundo está a beira da barbárie.
Quando analisamos a conjuntura internacional, observamos o mundo globalizado no contexto de profundas contradições entre o capital e o trabalho, entre o capital rentista e o capital produtivo, entre os interesses do público e do privado. Contradições que vão para além das disputas geopolíticas entre as grandes potências mundiais, reflexo do macro interesse no seio da grande burguesia mundial. A esse cenário soma-se a crise econômica e social nos países da Europa com o fim do estado de bem-estar social que vem abrindo espaços para posições da extrema direita, onde a retirada de direitos, a xenofobia, a restrição da democracia e o fascismo dão a tônica nas relações no velho continente.
Na atual conjuntura mundial seria errôneo subestimar a hegemonia dos Estados Unidos no campo midiático, ideológico-cultural, diplomático e militar, além de sua poderosa rede de espionagem que vem patrocinando e articulando golpes de estado e todo tipo de instabilidade política em todos os continentes, em particular na América Latina, com investidas em nossa região visando consolidar sua influencia e controlar os destinos das nações. Estes ingredientes tornam a situação internacional tensa devido às ameaças à paz e à soberania das nações. Nesse cenário devemos observar a constituição de novos polos políticos em formação que podem alterar consideravelmente as zonas de influencia e alterar a correlação de forças também na América Latina. Nesse sentido os movimentos sociais jogam importante papel político tanto no debate da conjuntura na sociedade quanto na mobilização social visando mudanças substanciais.
Nesse contexto torna-se necessária a mais ampla unidade do povo latino americano através dos movimentos sociais tradicionais e novas formas que impulsionem a luta social, que questione o atual modelo econômico e social que degrada o meio ambiente, a segurança alimentar, a integridade dos territórios indígenas, o direito a terra que garanta a agricultura familiar, o direito ao pleno emprego, aos direitos sociais e a democracia. Lutas que são traços da resistência democrática dos povos nos países que compõe a Amazônia. É com a clareza dos nossos interesses de classe e dos nossos objetivos políticos que afirmo que a superação dos conflitos sociais só será possível mediante ampla unidade dos setores populares que virá através de grandes jornadas unitária e campanhas de caráter regional que fortaleça a luta pelos direitos e pela democracia. Esse deve ser o centro da nossa intervenção política na conjuntura internacional na atualidade. É com essa compreensão que os movimentos sociais de caráter progressista que atuam nos países que compõe a Amazônia devem se articular, numa postura anticapitalista, de profundo compromisso com os direitos sociais, com progresso civilizacional, a paz e a soberania das nações na região.
Todo apoio à luta de libertação nacional na Guiana francesa, às lutas democráticas na América Latina que são uma exigência imposta pela realidade. Cabe aos movimentos sociais populares e progressistas constituírem-se em blocos políticos de caráter amplo, que reforcem o campo democrático e popular no enfrentamento aberto ao capital financeiro internacional. Que reforce a luta pelo progresso e pela solidariedade internacional entre os povos nos países amazônicos, frente ampla capaz de enfrentar e derrotar a grande ofensiva do capital financeiro e construir as bases de um projeto de nação.
A luta por direitos e democracia elevará o nível de consciência, resistência e unidade contra a aplicação do neoliberalismo. A derrota do conservadorismo na América Latina ajudará a reconfigurar o mapa político nos países amazônicos com a constituição de polos amplos, que ajudarão na construção de uma América Latina mais inclusiva, mais democrática e socialmente mais avançada. Esse sentimento vem se apresentando nas manifestações populares pelo continente, movimentos de enfrentamento aos interesses dos Estados Unidos na região, em greves de trabalhadores, nas mais variadas manifestações públicas em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional. Lutas que se opõe aos interesses do capital numa clara contraposição ao projeto ultraconservador em aplicação pelos governos de ultradireita na região, como Brasil, Argentina e Colômbia.
Por sua formação histórica libertária podemos afirmar que na América Latina vem se formando um importante polo anti-imperialista. Exemplo disso, é a evolução da situação política com elevada politização das lutas com grandes mobilizações dos povos na defesa de suas conquistas históricas e recentes, como as manifestações populares no Brasil, na Argentina, do processo de Libertação Nacional na Guiana, nas manifestações no Paraguai, nas gestões democráticas no Uruguai, Bolívia e El Salvador, na resistência popular na Guatemala e Costa Rica, além da construção de um novo tipo de sociedade em Cuba e Venezuela. E mais recentemente, expressiva vitória política das forças progressistas no México com a eleição de Antônio Manuel Lopes Obrador. A unidade e o fortalecimento dos movimentos sociais na América Latina são fundamentais na construção de um campo democrático e popular e amplo, que muito ajudará na integração dos povos da região no enfrentamento a atual conjuntura, com perspectivas de vitórias significativas, descortinando um período de avanços sociais.
Viva Unidade dos movimentos sociais nos países amazônicos
Viva a unidade dos Povos Latino americano
Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
Evo Morales
A grande crise do sistema capitalista nos anos 2007/2008, colocou na agenda da grande burguesia mundial a necessidade da recomposição do capital à custa do sofrimento da classe trabalhadora. Colocaram na ordem do dia os golpes de estado, que resultam na diminuição do papel do estado nacional na economia e no comando das políticas públicas. Esse passou a ser o objetivo principal do capital nessa nova fase de sua recomposição, além da privatização dos serviços públicos. O ajuste fiscal passou a ser prioridade dos governos direitistas nos últimos 10 anos, o que ocasionou o aumento dos conflitos sociais no mundo devido a retirada de direitos sociais, o desemprego elevado e a violência extremada. Hoje se pode afirmar que mundo está a beira da barbárie.
Quando analisamos a conjuntura internacional, observamos o mundo globalizado no contexto de profundas contradições entre o capital e o trabalho, entre o capital rentista e o capital produtivo, entre os interesses do público e do privado. Contradições que vão para além das disputas geopolíticas entre as grandes potências mundiais, reflexo do macro interesse no seio da grande burguesia mundial. A esse cenário soma-se a crise econômica e social nos países da Europa com o fim do estado de bem-estar social que vem abrindo espaços para posições da extrema direita, onde a retirada de direitos, a xenofobia, a restrição da democracia e o fascismo dão a tônica nas relações no velho continente.
Na atual conjuntura mundial seria errôneo subestimar a hegemonia dos Estados Unidos no campo midiático, ideológico-cultural, diplomático e militar, além de sua poderosa rede de espionagem que vem patrocinando e articulando golpes de estado e todo tipo de instabilidade política em todos os continentes, em particular na América Latina, com investidas em nossa região visando consolidar sua influencia e controlar os destinos das nações. Estes ingredientes tornam a situação internacional tensa devido às ameaças à paz e à soberania das nações. Nesse cenário devemos observar a constituição de novos polos políticos em formação que podem alterar consideravelmente as zonas de influencia e alterar a correlação de forças também na América Latina. Nesse sentido os movimentos sociais jogam importante papel político tanto no debate da conjuntura na sociedade quanto na mobilização social visando mudanças substanciais.
Nesse contexto torna-se necessária a mais ampla unidade do povo latino americano através dos movimentos sociais tradicionais e novas formas que impulsionem a luta social, que questione o atual modelo econômico e social que degrada o meio ambiente, a segurança alimentar, a integridade dos territórios indígenas, o direito a terra que garanta a agricultura familiar, o direito ao pleno emprego, aos direitos sociais e a democracia. Lutas que são traços da resistência democrática dos povos nos países que compõe a Amazônia. É com a clareza dos nossos interesses de classe e dos nossos objetivos políticos que afirmo que a superação dos conflitos sociais só será possível mediante ampla unidade dos setores populares que virá através de grandes jornadas unitária e campanhas de caráter regional que fortaleça a luta pelos direitos e pela democracia. Esse deve ser o centro da nossa intervenção política na conjuntura internacional na atualidade. É com essa compreensão que os movimentos sociais de caráter progressista que atuam nos países que compõe a Amazônia devem se articular, numa postura anticapitalista, de profundo compromisso com os direitos sociais, com progresso civilizacional, a paz e a soberania das nações na região.
Todo apoio à luta de libertação nacional na Guiana francesa, às lutas democráticas na América Latina que são uma exigência imposta pela realidade. Cabe aos movimentos sociais populares e progressistas constituírem-se em blocos políticos de caráter amplo, que reforcem o campo democrático e popular no enfrentamento aberto ao capital financeiro internacional. Que reforce a luta pelo progresso e pela solidariedade internacional entre os povos nos países amazônicos, frente ampla capaz de enfrentar e derrotar a grande ofensiva do capital financeiro e construir as bases de um projeto de nação.
A luta por direitos e democracia elevará o nível de consciência, resistência e unidade contra a aplicação do neoliberalismo. A derrota do conservadorismo na América Latina ajudará a reconfigurar o mapa político nos países amazônicos com a constituição de polos amplos, que ajudarão na construção de uma América Latina mais inclusiva, mais democrática e socialmente mais avançada. Esse sentimento vem se apresentando nas manifestações populares pelo continente, movimentos de enfrentamento aos interesses dos Estados Unidos na região, em greves de trabalhadores, nas mais variadas manifestações públicas em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional. Lutas que se opõe aos interesses do capital numa clara contraposição ao projeto ultraconservador em aplicação pelos governos de ultradireita na região, como Brasil, Argentina e Colômbia.
Por sua formação histórica libertária podemos afirmar que na América Latina vem se formando um importante polo anti-imperialista. Exemplo disso, é a evolução da situação política com elevada politização das lutas com grandes mobilizações dos povos na defesa de suas conquistas históricas e recentes, como as manifestações populares no Brasil, na Argentina, do processo de Libertação Nacional na Guiana, nas manifestações no Paraguai, nas gestões democráticas no Uruguai, Bolívia e El Salvador, na resistência popular na Guatemala e Costa Rica, além da construção de um novo tipo de sociedade em Cuba e Venezuela. E mais recentemente, expressiva vitória política das forças progressistas no México com a eleição de Antônio Manuel Lopes Obrador. A unidade e o fortalecimento dos movimentos sociais na América Latina são fundamentais na construção de um campo democrático e popular e amplo, que muito ajudará na integração dos povos da região no enfrentamento a atual conjuntura, com perspectivas de vitórias significativas, descortinando um período de avanços sociais.
Viva Unidade dos movimentos sociais nos países amazônicos
Viva a unidade dos Povos Latino americano
*Wanderley Gomes da Silva é militante do Partido Comunista do Brasil, diretor da Conam e membro do Conselho Nacional de Saúde
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