A Mata do Engenho Uchoa, o Rio Tejipió e as eleições municipais
A luta em defesa do Rio Tejipió sai fortalecida após as eleições com a reeleição de Cida Pedrosa na Câmara de Vereadores em Recife, uma pessoa que tem uma vida dedicada ao Meio Ambiente e que deu provas do seu compromisso assinando a Carta Compromisso com o Fórum Popular do Rio Tejipió (FORTE). Quando ainda era Secretária de Meio Ambiente do Recife contribuiu para a criação do Conselho Gestor do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Mata do Engenho Uchoa (que, entre outras funções, colabora com a mata ciliar da bacia do Rio Tejipió) e na elaboração de seu Plano de Manejo, além de ampliar a área de preservação do RVS da Mata do Engenho Uchoa de 20 para 172 hectares. A Luta em defesa do Meio Ambiente também sai fortalecida com exitosa reeleição do Prefeito João Campos, que através da Prefeitura do Recife, pelo projeto ProMorar, começou a dar enfrentamento às enchentes do Rio Tejipió que há décadas causa transtornos à cidade e principalmente à população ribeirinha mais carentes. Enfrentar os problemas causados pela humanidade, agravando situações climáticas que mais afetam a população vulnerável é papel de todo governo, porém a realidade apresentada por algumas ações políticas, ou a ausência delas, é de que governantes alinhados ao pensamento neoliberal não tratam com a devida seriedade e as consequências, a exemplo de Porto Alegre, estão aí.
Promover a reforma urbana, de maneira responsável e respeitando a população em geral, infelizmente não tem sido papel de alguns governos municipais e estaduais no nosso país. Precisamos garantir uma reforma urbana que confira direitos e serviços ao povo, como moradia digna e infraestrutura, saneamento ambiental, transporte público com ênfase no transporte coletivo, mobilidade urbana, segurança pública, cultura, esporte e lazer. Para isso é necessário a mobilização popular, por meio dos movimentos sociais e ambientais, para que se avance no processo de regularização fundiária e combate à especulação imobiliária. É fundamental exigir do Estado planejamento urbano democrático, com a aplicação dos dispositivos constitucionais e legais como a função social da propriedade, além de construir o Sistema Nacional de Política Urbana.
É para isso que movimentos ambientais como o FORTE e a Movimento da Mata do Engenho Uchoa precisam existir e participar ativamente cada vez mais para a construção de cidades humanas, sustentáveis e solidárias.
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