Alter do Chão – um oceano de água doce no subsolo da Amazônia
Cientistas aprofundam o estudo do aqüífero de 86 mil quilômetros cúbicos de água – o maior do planeta.
Por José Carlos Ruy*
A Amazônia é o paraíso das águas, além da floresta. Sabe-se agora que o é também das águas profundas: na profundidade de suas terras está localizado o maior aqüífero do planeta, o Alter do Chão, que abrange os territórios do Pará, Amapá e Amazonas e - dizem os cientistas que o estudam - é capaz de abastecer o consumo mundial de água por muito tempo.
Aqüífero é a palavra que designa reservas subterrâneas de água, quase sempre armazenadas em rocha porosas do subsolo. Até recentemente Alter do Chão era apenas o nome de um distrito da cidade paraense de Santarém, às margens do rio Tapajós, notável por ter aquela que o jornal britânico The Guardian considerou a mais bela praia de água doce do mundo. Seu nome homenageia a cidade portuguesa de Alter do Chão, e foi dado ao distrito em 1626, pelo fundador da aldeia, o português Pedro Teixeira.
Alter do Chão designa desde recentemente aquela que os geólogos consideram a maior reserva de água doce do planeta, com 86 mil quilômetros cúbicos. A área do aqüífero chega a 437,5 mil Km², considerada pequena, mas tem uma espessura (profundidade) de 545 metros. Ele contém praticamente o dobro da água de outro aqüífero gigante na América do Sul, o Guarani, com 45 mil quilômetros cúbicos, cuja maior parte está no subsolo brasileiro mas abrange também Uruguaia, Argentina e Paraguai.
Desde o ano passado os estudos sobre o Alter do Chão se aprofundaram, conduzidos por uma equipe formada pelos professores Milton Matta, Francisco Matos de Abreu, André Montenegro Duarte e Mário Ramos Ribeiro (da UFPA), Itabaraci Cavalcante (Universidade Federal do Ceará (UFC).
O geólogo Milton Motta explica que esta “descoberta representa um potencial estratégico de água para o Brasil e para a humanidade. Tem-se a certeza de que com a água deste aquífero pode-se abastecer a população mundial por algumas centenas de anos, além de proporcionar água suficiente para indústria e para a agricultura", diz ele.
A riqueza exponencial da Amazônia é acrescentada agora por este verdadeiro oceano subterrâneo de água doce. E isto aumenta a responsabilidade dos brasileiros em relação àquela região. Em primeiro lugar, há a preocupação ambiental com a integridade física das águas ali reservadas – há entre os cientistas preocupações com o uso de substâncias que, infiltrando-se no solo, contaminem o aqüífero e comprometam a qualidade de suas águas.
Outra preocupação, seguramente mais importante, é a defesa da soberania nacional sobre a Amazônia. Num mundo onde se multiplicam os sinais da escassez de água doce, que pode inclusive levar a confrontos armados no futuro, a Amazônia se destaca agora por esta riqueza inestimável – a existência de tanta água também em seu subsolo. Riqueza que impõe aos brasileiros a tarefa de defender permanentemente a integridade e a soberania do território nacional.
Aqüífero é a palavra que designa reservas subterrâneas de água, quase sempre armazenadas em rocha porosas do subsolo. Até recentemente Alter do Chão era apenas o nome de um distrito da cidade paraense de Santarém, às margens do rio Tapajós, notável por ter aquela que o jornal britânico The Guardian considerou a mais bela praia de água doce do mundo. Seu nome homenageia a cidade portuguesa de Alter do Chão, e foi dado ao distrito em 1626, pelo fundador da aldeia, o português Pedro Teixeira.
Alter do Chão designa desde recentemente aquela que os geólogos consideram a maior reserva de água doce do planeta, com 86 mil quilômetros cúbicos. A área do aqüífero chega a 437,5 mil Km², considerada pequena, mas tem uma espessura (profundidade) de 545 metros. Ele contém praticamente o dobro da água de outro aqüífero gigante na América do Sul, o Guarani, com 45 mil quilômetros cúbicos, cuja maior parte está no subsolo brasileiro mas abrange também Uruguaia, Argentina e Paraguai.
Desde o ano passado os estudos sobre o Alter do Chão se aprofundaram, conduzidos por uma equipe formada pelos professores Milton Matta, Francisco Matos de Abreu, André Montenegro Duarte e Mário Ramos Ribeiro (da UFPA), Itabaraci Cavalcante (Universidade Federal do Ceará (UFC).
O geólogo Milton Motta explica que esta “descoberta representa um potencial estratégico de água para o Brasil e para a humanidade. Tem-se a certeza de que com a água deste aquífero pode-se abastecer a população mundial por algumas centenas de anos, além de proporcionar água suficiente para indústria e para a agricultura", diz ele.
A riqueza exponencial da Amazônia é acrescentada agora por este verdadeiro oceano subterrâneo de água doce. E isto aumenta a responsabilidade dos brasileiros em relação àquela região. Em primeiro lugar, há a preocupação ambiental com a integridade física das águas ali reservadas – há entre os cientistas preocupações com o uso de substâncias que, infiltrando-se no solo, contaminem o aqüífero e comprometam a qualidade de suas águas.
Outra preocupação, seguramente mais importante, é a defesa da soberania nacional sobre a Amazônia. Num mundo onde se multiplicam os sinais da escassez de água doce, que pode inclusive levar a confrontos armados no futuro, a Amazônia se destaca agora por esta riqueza inestimável – a existência de tanta água também em seu subsolo. Riqueza que impõe aos brasileiros a tarefa de defender permanentemente a integridade e a soberania do território nacional.
Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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