grande recife
Lixões: É agora ou nunca
Depois de todo o tempo perdido, os prefeitos da RMR têm, de novo, a oportunidade de deixar para trás uma prática de omissão e descaso
Enquanto os aterros planejados não saem do papel, catadores mantém rotina de viver dos restos
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
“Ou é consórcio ou cada um por si”. Quem decreta a sentença é a secretária-executiva das Cidades, Ana Suassuna. Ela fala com a propriedade de quem, nos últimos anos, foi uma das principais e mais entusiasmadas incentivadoras da construção de uma saída metropolitana para a destinação e tratamento do lixo produzido pelas 14 cidades do Grande Recife. Ajudou na captação e compilação dos dados de todos os municípios para redigir o documento que seria o embrião do consórcio metropolitano na área de resíduos sólidos. Material pronto, veio a frustração. O protocolo de intenções, concluído em 2009, deveria ter sido assinado em 2010, mas nada aconteceu até agora. Otimista, ela acredita que, pela imposição da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, agora o acordo sai. Ou é isso ou nada. E até arrisca uma data para o protelado consórcio finalmente ser assinado pelos prefeitos: julho deste ano.
Ana justifica sua expectativa pelos passos e esforços que foram dados até hoje. “Estamos atualizando e ampliando as informações e incluindo todos os tipos de resíduos e um plano de coleta seletiva. A legislação está cobrando, dando prazo e punição, para os gestores. Não há como ignorar esse novo momento”, avalia. A secretária-executiva sabe que o mais importante, nesse caso, é a adesão política dos municípios. Sem ela, o consórcio não avança. E, diferentemente do passado, ela diz que essa é uma bandeira que será defendida politicamente pelo governador Eduardo Campos. Garante que é uma prioridade da atual gestão. “Naquela época, a gente tinha uma visão de uma responsabilidade municipal. Hoje, a gente viu que se o Estado não entrar na negociação o consenso não sai”. E ela avisa que o Estado entrou com tudo para viabilizar o consórcio. O Recife também tem um papel fundamental. Além do peso político, é o fiel da balança. A capital é responsável, sozinha, por cerca de 50% de todo o lixo da RMR.
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Ana justifica sua expectativa pelos passos e esforços que foram dados até hoje. “Estamos atualizando e ampliando as informações e incluindo todos os tipos de resíduos e um plano de coleta seletiva. A legislação está cobrando, dando prazo e punição, para os gestores. Não há como ignorar esse novo momento”, avalia. A secretária-executiva sabe que o mais importante, nesse caso, é a adesão política dos municípios. Sem ela, o consórcio não avança. E, diferentemente do passado, ela diz que essa é uma bandeira que será defendida politicamente pelo governador Eduardo Campos. Garante que é uma prioridade da atual gestão. “Naquela época, a gente tinha uma visão de uma responsabilidade municipal. Hoje, a gente viu que se o Estado não entrar na negociação o consenso não sai”. E ela avisa que o Estado entrou com tudo para viabilizar o consórcio. O Recife também tem um papel fundamental. Além do peso político, é o fiel da balança. A capital é responsável, sozinha, por cerca de 50% de todo o lixo da RMR.
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