quinta-feira, 31 de maio de 2012

Audiência debaterá agravos ambientais em Suape, 2ª feira

31 de Maio de 2012 - 10h12

Audiência debaterá agravos ambientais em Suape, 2ª feira


Os agravos ambientais gerados pela atividade industrial em Suape serão tema da audiência pública que a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, por iniciativa do deputado Luciano Siqueira, promove na próxima segunda-feira (04), a partir das 9h, no auditório do Anexo I da Casa.




Já estão confirmadas as participações do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Industrial-Portuário de Suape, Geraldo Júlio; do secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier; e do economista ecológico e professor da UFPE, Clóvis Cavalcanti. A reunião acontece na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente e no mês em que se realiza a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro.

Segundo Luciano, a proposta do encontro é debater e tentar responder em que medida os empreendimentos instalados em Suape se relacionam com o meio ambiente, bem como aprofundar a compreensão do desenvolvimento e os impactos que traz para o meio ambiente. “Queremos saber, se isso se dá de maneira satisfatória ou não, os agravos que tem sido cometido e em que nível se dá e a quem cabe responsabilidade: se somente à iniciativa privada ou também ao poder público”, explica o parlamentar.

Tripé do desenvolvimento
“A nossa preocupação, a preocupação do partido é aprofundar a compreensão da natureza do que ocorre em Pernambuco e no País e, portanto, que risco traz para os direitos do povo, para os trabalhadores, para o meio ambiente, que deformidade que esse desenvolvimento pode estar incorporando. É nosso dever analisar criticamente até porque nós partimos do pressuposto de que esse crescimento econômico está atuando no âmbito do capitalismo e é impossível no desenvolvimento capitalista se contemplar todos os interesses, os interesses dos trabalhadores, da população em geral, do meio ambiente, da redução das desigualdades regionais”, avalia Luciano.

Para ele, nessa questão em particular deve-se construir a compreensão de que há um tripé com qual o mandato deve trabalhar: o do desenvolvimento que pesa a economia, o aspecto social e o aspecto ambiental.

“Se você pinça a questão ambiental separada das demais vai ter uma visão deturpada do progresso, cai naturalmente em uma concepção atrasada que interessa as grandes potências, aos que querem impor a Rio +20, contra a posição do governo brasileiro, o conceito de economia verde, economia verde que não é outra coisa senão a expressão de uma corrente de pensamento que defende o desenvolvimento zero para os países não desenvolvidos para não atingir o meio ambiente”, ressalta o parlamentar.

“Também se nos pegamos só a questão econômica, estamos assumindo a concepção de desenvolvimento capitalista predadora. Se nos pegamos só a questão social, porque cria emprego, nós também caímos numa posição ingênua, porque é impossível melhorar o padrão social da população sem considerar a natureza do crescimento econômico, em que nível ele concentra riqueza, em que nível ele concentra geograficamente as atividades econômicas, qual é natureza do tratamento aos trabalhadores. Por isso, devemos trabalhar com esse tripé”.

Fonte: site vermelho Pernambuco 

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