Governador assina decreto que cria primeira UC estadual na Caatinga

Publicado em: 01/02/2012 - 11h00

O governador Eduardo Campos assinou na segunda-feira (30/01) o decreto de Nº 37.823 que cria o Parque Estadual Mata da Pimenteira, localizado no Município de Serra Talhada. O Parque será inserido numa propriedade do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), chamada Fazenda Saco, com aproximadamente 887,24 hectares de extensão. A Unidade de Conservação será a primeira do Estado localizada no Bioma Caatinga. O decreto foi publicado no diário oficial da terça – feira (31/01) e pode ser encontrado no site da Semas (www.semas.pe.gov.br).

A criação desta Unidade foi fruto da parceria entre o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e da sua agência ambiental (CPRH), do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga, da UFRPE (Unidade Serra Talhada) e da Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (Aspan). Nesta Quinta - Feira (02/02) os técnicos da Semas e da CPRH se reúnem para definir o cronograma de implantação do Parque.
“É um momento histórico e um passo fundamental para a preservação deste bioma único no mundo, que tem importância cada dia maior para reduzir os impactos do aquecimento global e evitar a desertificação do nossa região semi-árida”, destacou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier.
As características biológicas da área e a necessidade de ampliar as atividades de pesquisas já existentes no local levaram os técnicos da Semas e da CPRH a categorizar a UC como Parque Estadual permitindo assim a realização de atividades ecoturísticas ressaltando as vocações naturais, culturais, artísticas, históricas da região.
Em junho de 2011 a Semas instituiu o Comitê Executivo para Implantação de Unidades de Conservação em Pernambuco. Desde que foi criado o Comitê já identificou outras áreas prioritárias na Caatinga para criação de novas UC’s.
Xavier informou que outras 12 áreas de caatinga estão sendo estudadas e, em breve, serão transformadas também em unidades de conservação. “Nossa meta é implantar 81 unidades de conservação da Mata Atlântica e Caatinga até 2014, agregando, no entorno, projetos de geração de emprego e renda para as comunidades locais com atividades sintonizadas com a proteção, como sementeiras, apicultura, ecoturismo, ecoesportes, educação ambiental etc”, enfatizou.

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