sábado, 7 de maio de 2011

1° Seminário do Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste promove formação de conselho gestor

5/6/2011 - Mata Atlântica

1° Seminário do Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste promove formação de conselho gestor

A Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (AMANE) e a Sociedade para a Proteção de Aves (SAVE-Brasil) realizaram na terça-feira, dia 26 de abril, o 1° Seminário do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. Além de apresentar o projeto, o encontro teve como objetivo discutir sobre a metodologia a ser adotada para a definição de um corredor de biodiversidade na Mata Atlântica do nordeste, instalação do conselho gestor e definição dos planos de monitoria.

Durante todo o dia gestores de unidades de conservação da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte trocaram experiências e compartilharam uma intensa programação. Ao todo foram 18 organizações que participaram do serminário, dentre órgãos estaduais de meio ambiente, ICMBIO, representante do setor sucroalcooleiro e organizações não governamentais. A diretora executiva da AMANE, Dorinha Melo e o diretor de conservação da SAVE Brasil, Pedro Develey, apresentaram o projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste e falaram entre outras coisas sobre restauração florestal, áreas importantes para a conservação de aves (IBAS) e ações pilotos desenvolvidas na Serra do Urubu/PE e Murici/AL através dos centros de educação.

Em vista da grande carência de dados sobre as espécies biológicas no nordeste e da necessidade de mapear, obter e armazenar dados sobre essa biodiversidade, o consultor em geoprocessamento, Matheus Dantas, mostrou a importância e metodologia a ser aplicada para a criação de um banco de dados biológico e geográfico para o Corredor.

O diretor do Programa para a Mata Atlântica da Conservação Internacional, Luiz Paulo Pinto, explicou de que forma um corredor de biodiversidade pode ser estratégico para a conservação, ressaltou a necessidade de integração entre as unidades de conservação (UCs) e diferenciou corredor de biodiversidade de corredor ecológico. Falou também sobre o processo de planejamento, apresentando modelos esquemáticos e apontando instrumentos necessários para a implementação de um corredor, como a necessidade de mobilização e parcerias; comunicação e educação ambiental; construção de capacidade técnica institucional local e regional; modelagem espacial e construção de cenários; geração de conhecimento e monitoramento da biodiversidade; criação e implementação de UCs públicas e privadas; incentivo a atividades sociais e econômicas sustentáveis e diálogos setoriais. Para pontuar diferenças, o coordenador técnico da AMANE, Bruno Paes, explicou o que são corredores ecológicos para o Ministério do Meio Ambiente.


Inteirados dos conceitos, os participantes formaram grupos de trabalho para discutir e propor metodologias a serem adotadas no projeto. Como exercício os grupos deveriam responder as seguintes perguntas 1.Qual a expectativa do grupo diante da definição do corredor da biodiversidade? 2.Quais critérios podem ser considerados na definição dos corredores? 3.Como essa definição irá contribuir na proteção, recuperação, gestão da biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste?

Dando sequência ao seminário, foi proposta a instalação e normatização do funcionamento do conselho gestor, com pelo menos um candidato por estado. Cada participante contribuiu sugerindo nomes, organizações, instituições que pudessem compor de forma representativa o conselho gestor do Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. Os candidatos a conselheiros ficaram responsáveis por fazer a articulação e mobilização em seu estado. O plano de monitoria será enviado por email para que todos possam fazer sugestões e observações, contribuindo assim para a sua elaboração.

O projeto Corredores está sendo realizado pela AMANE e SAVE-Brasil em parceria com a Conservação Internacional (CI- Brasil), Monsanto, Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Amigos da Reserva da Biosfera (IA-RBMA), com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos do Ministério do Meio Ambiente (PDA-MMA).
http://www.amane.org.br/detalheNoticias.asp?cod=138

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