Crime Ambiental
MP faz vistoria em mineradora no Pará após suspeita de vazamento
Após denúncias de um suposto vazamento de lama vermelha (rejeitos químicos) do Depósito de Resíduos Sólidos (DRS-1), da mineradora Hydro Alunorte, no rio Murucupi, em Barcarena, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) anunciaram nesta quarta-feira (27) a realização de uma vistoria na bacia da refinaria por uma força-tarefa formada por técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Bombeiros e uma brigada civil.
Agência Amazônia Real
A empresa diz que já fez uma vistoria no sistema de gerenciamento de água da refinaria e negou a informação.
A mudança na coloração da água do rio Murucupi, que aconteceu após fortes chuvas em Barcarena na última segunda-feira (25) e terça-feira (26), assustou os moradores. Segundo eles, a água do manancial, afluente do rio Pará, ficou mais avermelhada do que o normal para um dia de chuva. Segundo nota conjunta do MPF e o MPPA, os relatórios com os resultados da vistoria sobre o suposto vazamento da bacia devem ser divulgados nos próximos dias.
Há um ano, entre os dias 16 e 17 de fevereiro, após chuvas torrenciais, os moradores de comunidades ribeirinhas de Barcarena denunciaram ao MPF e ao MPPA “os lançamentos irregulares de água não tratada pela mineradora Hydro Alunorte no Rio Pará”, diz a nota divulgada nesta quarta-feira pelos órgão. As denúncias levaram os MP´s a investigar o caso em 2018, quando pelos menos 24 comunidades ribeirinhas foram afetadas por contaminação da água no município.
A Justiça obrigou a empresa de capital norueguês a reduzir a produção em 50% “até provar que o processo produtivo é seguro. Também foi assinado Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) com a mineradora, para investigação e compensação dos danos de impactos (socioambientais) ocorridos”. A Hydro Alunorte foi multada em R$ 20 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A nota oficial dos MP´s, no entanto, não cita que os dois órgãos determinaram que o Instituto Evandro Chagas (IEC) investigasse a contaminação de lama vermelha no entorno da planta industrial da Hydro Alunorte, em fevereiro de 2018. Os técnicos do IEC avaliaram os danos ambientais e riscos à saúde humana, causados pelo vazamento de efluentes da refinaria da empresa em Barcarena. Em suas análises, eles encontraram resíduos químicos nas águas do rio Murucupi.
A mineradora, que nega o transbordamento da bacia DRS-1 até hoje, apresentou este ano uma queixa-crime contra o cientista Marcelo Lima, coordenador da perícia feita pelo IEC, censurando o pesquisador por conceder entrevista sobre os conteúdos dos laudos técnicos e o acusa de crimes de calúnia, injúria e difamação. A Justiça Federal rejeitou a ação penal da Hydro Alunorte.
O recorrente drama ambiental
Maria Salustiana Cardoso, 69, é moradora da comunidade do Bom Futuro, na zona rural de Barcarena. A casa dela fica a 300 metros da bacia da mineradora DRS-1. Na terça-feira (26), ela disse que acordou às 2 horas da madrugada com água dentro da residência. Para sua surpresa, “a água estava avermelhada e tomou conta de tudo (exalando) com um fedor muito grande. A água não era assim, no pé da bacia sempre escorre essa água”, disse a moradora, contando que o cachorro de estimação da família morreu na enchente.
Segundo o MPF, o Comando do Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil vistoriaram a residência de Maria ontem (26). O resultado da investigação ainda não foi divulgado. Os órgãos analisam se há riscos da família permanecer na casa. Maria lembrou que, em fevereiro de 2018, enfrentou uma enchente do rio Murucupi e passou pelo mesmo problema ambiental com a água contaminada por resíduos químicos da mineradora.
A empresa diz que já fez uma vistoria no sistema de gerenciamento de água da refinaria e negou a informação.
A mudança na coloração da água do rio Murucupi, que aconteceu após fortes chuvas em Barcarena na última segunda-feira (25) e terça-feira (26), assustou os moradores. Segundo eles, a água do manancial, afluente do rio Pará, ficou mais avermelhada do que o normal para um dia de chuva. Segundo nota conjunta do MPF e o MPPA, os relatórios com os resultados da vistoria sobre o suposto vazamento da bacia devem ser divulgados nos próximos dias.
Há um ano, entre os dias 16 e 17 de fevereiro, após chuvas torrenciais, os moradores de comunidades ribeirinhas de Barcarena denunciaram ao MPF e ao MPPA “os lançamentos irregulares de água não tratada pela mineradora Hydro Alunorte no Rio Pará”, diz a nota divulgada nesta quarta-feira pelos órgão. As denúncias levaram os MP´s a investigar o caso em 2018, quando pelos menos 24 comunidades ribeirinhas foram afetadas por contaminação da água no município.
A Justiça obrigou a empresa de capital norueguês a reduzir a produção em 50% “até provar que o processo produtivo é seguro. Também foi assinado Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) com a mineradora, para investigação e compensação dos danos de impactos (socioambientais) ocorridos”. A Hydro Alunorte foi multada em R$ 20 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A nota oficial dos MP´s, no entanto, não cita que os dois órgãos determinaram que o Instituto Evandro Chagas (IEC) investigasse a contaminação de lama vermelha no entorno da planta industrial da Hydro Alunorte, em fevereiro de 2018. Os técnicos do IEC avaliaram os danos ambientais e riscos à saúde humana, causados pelo vazamento de efluentes da refinaria da empresa em Barcarena. Em suas análises, eles encontraram resíduos químicos nas águas do rio Murucupi.
A mineradora, que nega o transbordamento da bacia DRS-1 até hoje, apresentou este ano uma queixa-crime contra o cientista Marcelo Lima, coordenador da perícia feita pelo IEC, censurando o pesquisador por conceder entrevista sobre os conteúdos dos laudos técnicos e o acusa de crimes de calúnia, injúria e difamação. A Justiça Federal rejeitou a ação penal da Hydro Alunorte.
O recorrente drama ambiental
Maria Salustiana Cardoso, 69, é moradora da comunidade do Bom Futuro, na zona rural de Barcarena. A casa dela fica a 300 metros da bacia da mineradora DRS-1. Na terça-feira (26), ela disse que acordou às 2 horas da madrugada com água dentro da residência. Para sua surpresa, “a água estava avermelhada e tomou conta de tudo (exalando) com um fedor muito grande. A água não era assim, no pé da bacia sempre escorre essa água”, disse a moradora, contando que o cachorro de estimação da família morreu na enchente.
Segundo o MPF, o Comando do Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil vistoriaram a residência de Maria ontem (26). O resultado da investigação ainda não foi divulgado. Os órgãos analisam se há riscos da família permanecer na casa. Maria lembrou que, em fevereiro de 2018, enfrentou uma enchente do rio Murucupi e passou pelo mesmo problema ambiental com a água contaminada por resíduos químicos da mineradora.
Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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