Ato das centrais no dia 22 terá reforço dos servidores públicos
CTB
Em reunião realizada nesta terça-feira (13) na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), as centrais sindicais definiram alguns pontos do dia nacional de paralisação em defesa dos direitos dos trabalhadores. Os atos iniciarão pela manhã nas fábricas pelo Brasil e prosseguem à tarde com a paralisação dos trabalhadores do serviço público. O ato em São Paulo será em frente ao Masp, às 11h do dia 22.
Por Railídia Carvalho
“Eu creio que essa agenda unitária com as centrais sindicais é importante, porque conseguimos unir trabalhadores do setor industrial e trabalhadores do setor público. Isso é bom porque a reforma da Previdência e a reforma trabalhista com certeza pode trazer prejuízo a todos nós”, enfatizou João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
O presidente da CTB Adilson Araújo também ressaltou o drama do desemprego na vida da classe trabalhadora e o quanto as medidas do governo de Michel Temer tem aprofundado este cenário.
“As medidas conservadoras adotadas pelo Temer tem rebatimento direto na vida dos trabalhadores, sobretudo nesse estágio de elevado desemprego. Diante dessa agenda ultraliberal, o fórum das centrais busca efetivamente responder com uma agenda unitária”, declarou ao portal CTB.
A representante da Intersindical Nilsa Pereira lembrou que a pauta que atinge os trabalhadores não foi eleita pelo povo. “A unidade de ação e a unidade política do movimento sindical e do movimento social é que vão garantir a não-retirada dos nossos direitos e, se possível, assegurar os avanços”.
Para Luiz Gonçalves, o Luizinho, presidente da Nova Central-SP, o movimento precisa demarcar novamente que não abre mão dos direitos. “Nenhum direito a menos, não importa que governo seja! Isso é o norte dessa reunião”, afirmou.
O ato das centrais também deverá dialogar com os protestos e movimentos grevistas que tem sido organizados pelo Brasil contra a retirada de direitos. Os metalúrgicos farão no dia 29 um dia nacional de paralisação contra as reformas trabalhista e previdenciária.
“Nesse sentido, eu acho bastante importante as centrais se pronunciarem em apoio às greves que estão ocorrendo, para que a gente possa impor uma derrota a todos os projetos que estão no Congresso Nacional ou ainda irão, que vêm no objetivo de tirar direitos dos trabalhadores”, defendeu Joaninha da CSP-Coluntas.
Douglas Izzo, presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), definiu o dia 22 como um esquenta para a greve geral. “É uma demonstração de unidade das centrais para poder conter os ataques que estão colocados sobre a classe trabalhadora. Vai ser um momento importante, em que os trabalhadores mostrarão sua força em todo o país, paralisando as atividades e construindo atos unitários”.
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