Há 35 anos, Movimento luta por parque na Mata do Engenho Uchoa
 
 
A
 luta do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa (foto) para ver 
implantado o Parque Natural Rousinete Falcão nos 192 hectares 
remanescentes da Mata Atlântica, na Zona Oeste do Recife, já dura 35 
anos e ainda não virou realidade. A instalação do parque vai beneficiar 
270 mil moradores de 11 bairros do entorno, entre eles Tejipió, Barro, 
Ipsep, Ibura e Areias.
Segundo
 ativistas do movimento, o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife 
tentam adquirir a área, que é particular. A desapropriação deveria ter 
acontecido até 2007. Em 2002, o então prefeito do Recife, João Paulo, 
instituiu decreto declarando a área de utilidade pública para fins de 
desapropriação e estabelecendo prazo de cinco anos para seu cumprimento.
“Tentamos
 muito que a desapropriação saísse do papel, mas infelizmente ainda não 
conseguimos”, lamenta Luci Machado, uma das coordenadoras do movimento. 
Dos 192 hectares, 60 são de manguezal, que pertencem à União. Assim, só 
132 hectares poderão ser desapropriados.
“Ano
 passado tivemos dois importantes avanços. Um foi a ampliação dos 
limites do Refúgio de Vida Silvestre do parque. Eram 20 hectares. Por 
meio de decreto estadual passaram a ser 171 hectares. Outra conquista 
foi a elaboração do plano de manejo”, destaca Augusto Semente, outro 
coordenador do movimento. A instalação do conselho gestor do refúgio, em
 2013, é outro ponto positivo na luta pelo parque.
O
 plano de manejo, concebido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e 
Sustentabilidade e pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), 
estabelece o que pode e o que não pode ser feito no Refúgio de Mata 
Silvestre Mata do Engenho Uchoa. O documento estabelece regras para 
garantir a proteção do lugar.
“A
 Mata do Engenho Uchoa serve como fonte de pesquisa para as 
universidades pernambucanas. O espaço pode ser aproveitado para trilhas.
 Há muitas escolas no entorno que também poderiam usar o parque para 
aulas de meio ambiente”, observa Augusto. Ele diz que a mata é 
reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como reserva da 
biosfera mundial. 
Para
 o secretário executivo de Meio Ambiente do estado, Hélvio Polito, os 
recursos para pagamento das indenizações devem sair do fundo de 
compensação ambiental. "A implantação do parque é interesse do estado e 
do município e reconhecemos a luta de 35 anos do Movimento em Defesa da 
Mata do Engenho Uchoa. Mas, precisamos primeiro garantir a propriedade 
da área.", disse Polito, garantindo que apesar de não ter o parque, os 
192 hectares de Mata Atlântica estão protegidos por lei.
"O
 plano de manejo foi importante para garantir que a área seja 
efetivamente protegida, sobretudo, por se tratar de um local valorizado,
 que estava ameaçado pela especulação imobiliária", ressaltou.
Com informações do Jornal do Commercio, de 13/07/2014. 
Publicado no site do Comitê |Municipal do PCdoB Recife
Publicado no site do Comitê |Municipal do PCdoB Recife
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Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa
Luci Machado - 8599.1442
José Semente - 8769.3475
Jacilda Nascimento - 9965.0916
Arlindo Lima - 8622.9518
Patricia Maria - 9183.9762
Augusto Semente - 9258.7195
Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica

 
 















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