quinta-feira, 24 de novembro de 2016

25 Recife participa do Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos sociais e trabalhistas

Amanhã é dia de mobilização, conscientização e luta 



 Representantes das principais centrais sindicais durante a coletiva Representantes das principais centrais sindicais durante a coletiva
Divulgação
Além das centrais sindicais, o dia de mobilização contará com a participação de partidos políticos de esquerda, como o PCdoB; dos movimentos sociais e estudantis e de diversas categorias de trabalhadores. Segundo Valéria Silva, dirigente da CTB-PE, além da caminhada pelo centro do Recife, à tarde, estão na agenda de lutas a realização de panfletagens e piquetes nas portas de fábricas localizadas no Recife e na Região Metropolitana. Durante a coletiva, os sindicalistas informaram que serão instaladas barreiras em trechos de vias públicas. A ação, segundo eles, deve se estender ao interior do estado. 

O ponto alto da mobilização está previsto para começar a partir das 15h, com concentração na Praça do Derby, também conhecida como Praça da Democracia. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pelas avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes, culminando na Praça da Independência, na área central do Recife.

O Dia Nacional de Lutas é uma ação das forças progressistas contra a PEC 241/55; a Reforma do Ensino Médio; e as reformas da Previdência e trabalhista, bem como em defesa da Saúde; Educação; da aposentadoria; dos direitos dos trabalhadores, do emprego e da redução da jornada de trabalho sem redução salarial. A manifestação vai marcar também o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres.

Adesão

Diversas categorias profissionais anunciaram adesão ao movimento desta sexta-feira. Hoje (24) os servidores da Saúde e Previdência aprovaram em assembleia a paralisação das atividades em todas as agências da Previdência Social do Recife e do interior e Gerências do INSS. Em Pernambuco existem cerca de 69 agências da Previdência, cada uma responsável pelo atendimento a uma média 300 segurados por dia. Com a paralisação aproximadamente 20 mil pessoas deixarão de ser atendidas.

Também nesta sexta-feira, os trabalhadores da base do Sindsprev-PE decidiram que vão participar da caminhada que sairá da Praça do Derby com destino à Praça da Independência. Mas, a mobilização da categoria começa cedo, a partir das 7h, com ato de protesto na Gerência Recife do INSS, na Avenida Mário Melo, bairro de Santo Amaro. Às 9h, outra manifestação será realizada no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (Nems-PE), que funciona no prédio da Sudene, no Engenho do Meio.

Outras três categorias em Pernambuco já anunciaram que também vão paralisar as atividades nesta sexta-feira: bancários, policiais civis e servidores do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran). Com a paralisação dos policiais civis, serão mantidos apenas os flagrantes e o funcionamento do Instituto de Medicina Legal (IML), Instituto de Criminalística (IC).

Os trabalhadores do Detran cruzam os braços nesta sexta-feira, quando também realizam uma assembleia às 8h, na sede do órgão. Em comunicando dirigido ao governo do estado, a direção do Sindetran, além de informar da realização da assembleia e da paralisação, pediu também uma audiência para tratar das denuncias divulgadas pela entidade que envolvem a atual direção do órgão. Os sindicalistas apontam irregularidades no uso da entidade e arbitrariedades com os funcionários e querem o afastamento do diretor presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro.

Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Metroviários (Sinmetro-PE) realiza uma assembleia geral às 18h, no pátio da Estação Central do Metrô do Recife para decidir em votação se vai ou não aderir à greve geral desta sexta-feira. A adesão dos motoristas de ônibus também não está confirmada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, uma reunião da diretoria vai ser realizada esta semana para definir se a classe vai aderir à convocação.

Audicéa Rodrigues, com informações da CTB-PE e sites.
Do Recife


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Petrobras erra ao abandonar os biocombustíveis, dizem engenheiros

Petrobras erra ao abandonar os biocombustíveis, dizem engenheiros



  
A participação dos biocombustíveis é cada vez maior na matriz energética brasileira e mundial, o etanol compete com a gasolina, enquanto o biodiesel ocupa o mercado do diesel. As multinacionais investem pesado em pesquisa e participam cada vez mais do setor, enquanto os acordos multilaterais impõem restrições às emissões de gases do efeito estufa que são gerados pela queima dos combustíveis fósseis. 

Na contramão dessas tendências, a Petrobras regride ao sair da produção do biodiesel e ao vender participações em etanol. O preço deste erro será alto e recairá sobre a estatal e a sociedade brasileira, mais cedo do que se imagina.

A Petrobras Biocombustível (PBio) é a subsidiária integral que atua na produção de biodiesel e tem parcerias na produção de etanol. A estatal iniciou a produção de biodiesel em 2008 e disputa a liderança do setor com sua produção em unidades próprias e em parceria. Além da relevante participação industrial, a Petrobras desenvolveu tecnologia própria e aplicou inovações para aumento da produção e na redução dos custos industriais. O biodiesel já representa 7% do diesel vendido no Brasil que é o segundo maior produtor mundial, a mistura será elevada para 10% até 2019.

A revista Biodiesel BR destaca que “A indústria brasileira de biodiesel está se preparando para entrar num novo ciclo de expansão acelerada que, se tudo correr como deve, levará o setor a um nível inteiramente novo de atividade. De volumes pouco inferiores a 325 milhões de litros – média mensal desde a oficialização do B7 –, as usinas precisarão fabricar mais de 510 milhões de litros ao mês a partir da chegada do B10 em março de 2019”. [2]

Os críticos da atuação da Petrobras no setor apontam os resultados empresariais e prejuízos anuais da PBio. Além de inferir que a Petrobras teria uma espécie de defeito genético que a impediria de atuar eficientemente na produção de biocombustíveis, pela importância da etapa agrícola na cadeia de valor. Quando os críticos assumem a gestão da estatal a profecia se auto realiza.

Os fracos resultados empresariais são consequência da desintegração da PBio na produção de biodiesel e da conjuntura setorial do etanol. A estatal compra as matérias primas para produção do biodiesel (óleos vegetais e gordura animal) dos seus competidores, ou potenciais competidores, que conhecem os custos da cadeia de valor e asseguram suas margens, em detrimento da Petrobras.

É preciso fortalecer a Petrobras Biocombustível reavaliando o seu modelo de negócios para que tenha acesso as matérias primas com custos mais baixos e próximos aos custos de produção. Desenvolver produtores e a cadeia de valor para atuação integrada, sem depender da aquisição das matérias primas de seus competidores. Precisa ampliar sua área de atuação para a produção de energia elétrica de origem renovável, eólica e solar. Atuar também nas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), opções rentáveis para geração distribuída de energia.

Diferente do biodiesel que é produzido diretamente pela PBio, a estatal tem parcerias em etanol e não atua diretamente na operação e produção industrial. A estratégia prejudica a integração e a retroalimentação do aprendizado operacional, com os ciclos de pesquisa aplicada, inovação e engenharia. Todo o setor amargou prejuízos nos últimos anos e a PBio não foi exceção. Esse artigo não pretende avaliar as condições setoriais, mas as condições específicas da atuação da Petrobras nos biocombustíveis.

Em 2015, a comercialização de gasolina alcançou 41,137 bilhões de litros, enquanto que em 2014, foram vendidos 44,364 bilhões. O resultado representa queda de 7,3%. O etanol total, que é a soma de etanol anidro (etanol misturado à gasolina) e etanol hidratado (etanol combustível), subiu de 24,085 para 28,796 bilhões de litros, indicando alta de 19,6% em 2015, na comparação com 2014.

O etanol tem participação relevante e potencial de crescimento ocupando o mercado da gasolina. A Shell constituiu a Raízen, em sociedade com a Cosan, garantindo propriedade dos meios de produção e o acesso ao mercado brasileiro de etanol. A multinacional anunciou recentemente a oferta para aquisição da unidade para produção do etanol celulósico (2ª geração) da Abengoa, localizada no Kansas (EUA). [3]

O etanol celulósico, produzido a partir do bagaço da cana, aumenta significativamente o potencial da produção de etanol brasileiro. O desenvolvimento tecnológico e as políticas públicas para o setor, se bem-sucedidos, podem alterar o atual paradigma técnico-econômico da indústria aumentando sua competitividade. Segundo estudo do BNDES “...por conta de avanços nas etapas de produção e conversão de biomassa e da redução no custo de enzimas e equipamentos, o E2G pode ser mais competitivo que o etanol convencional e próximo do patamar de preço de barril de petróleo a US$ 44, no longo prazo”. Diz ainda que “Com esse nível de competitividade, o E2G não seria apenas uma solução para reduzir o volume de gasolina importada pelo Brasil, mas também uma alavanca poderosa de exportações, haja vista o fato de o consumo de combustíveis avançados ser valorizado por políticas públicas nos EUA e na Europa”. [4] A Petrobras tem realizado significativos investimentos na pesquisa desta alternativa tecnológica. O plano de desmobilização da estatal reduz o potencial de sucesso do etanol celulósico brasileiro.

O Brasil é um dos países com maior potencial de expansão da produção de biocombustíveis e energias renováveis por sua extensão agricultável, pelo potencial aumento da produtividade agrícola, além da elevada incidência solar, potencial eólico e disponibilidade de água. Quando a Petrobras decide abandonar os biocombustíveis ela desiste de desenvolver uma das vocações do Brasil, país continental e tropical.

Os modelos produtivos precisam ser melhor concebidos, já que os biocombustíveis produzidos convencional e atualmente são intensivos em recursos de origem fóssil nas etapas agrícolas e industriais. Como resultado, apenas uma fração da produção atual pode ser considerada renovável. [6] A Petrobras deve ser o motor indutor dos novos modelos, das ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O novo modelo produtivo precisa incorporar sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris de cunho ecológico, em escala suficiente, para garantir a sua sustentabilidade.

A janela da viabilidade fóssil parece se fechar quando os custos médios e mundiais de exploração e produção de petróleo se elevam, enquanto a demanda por derivados se deprime com a elevação dos preços. São sinais da urgência da transição energética para alternativas renováveis. [7]

A renda petroleira deve ser usada para levantar a infraestrutura para a produção das energias renováveis que são essenciais para o futuro. A Petrobras é fundamental nesta transição para gerar valor e garantir a segurança energética brasileira.

* Felipe Coutinho é engenheiro Químico, Presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET) http://www.aepet.org.br/

** Enrique Ortega é  professor, Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática Aplicada da UNICAMP


Referências:

[1] http://www.petrobras.com.br/

[2] https://www.biodieselbr.com

[3] http://biomassmagazine.com/

[4] https://web.bndes.gov.br

[5] http://www.itamaraty.gov.br/
[6] http://www.globalbioenergy.org

[7] https://felipecoutinho21.files.wordpress.com/

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Convite - Reunião ordinária do mês de novembro


C o n v i t e

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa convida para participar da reunião ordinária do mês de novembro 2016.

Pauta :
 
1. Iinformes;
 
2. Avaliação de conjuntura;
 
3. Construção de encaminhamentos para reivindicação do parque e;
 
4. Discussão Confraternização do Movimento. 

Data: 07/11/2016 (segunda-feira)
Hora: 9h
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino,  2.993 - Tejipió – Recife/PE.      
 
Sua presença será necessária para o desenrolar da luta pelo Parque Natural Rousinete Falcão nos CENTO E NOVENTA E DOIS HECTARES remanescente de Mata Atlântica, reconhecida pela ONU como RESERVA DA BIOSFERA MUNDIAL
Coordenadores ( ras ):
Luci Machado - 98637.1747
José Semente - 98595.8666
Jacilda Nascimento - 99965.0916
Arlindo Lima - 98622.9518
Patricia Maria 99183.9762
Augusto Semente - 99258.7195

 
Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!


Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica



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