quinta-feira, 27 de abril de 2017

Greve Geral, dia 28: Confira o calendário nacional de manifestações


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Greve Geral, dia 28: Confira o calendário nacional de manifestações 


Foto: Paulo Iannnone/Sindicato dos Metroviários
  
Diversas categorias já aderiram à Greve Geral: comerciários, metroviários, educadores, jornalistas, ferroviários, psicólogos, estudantes, bancários, metarlúgicos, petroleiros, aeroviários e servidores públicos já declaram que irão aderir ao dia nacional de paralisações.

***Sabe de alguma manifestação que não está no calendário? Mande uma mensagem inbox no Facebook do Portal Vermelho, informando o local e a hora do ato.  



Confira abaixo a data e local da manifestação em sua cidade na sexta-feira (28):

São Paulo- (SP) Largo da Batata, às 17h
                           Praça da Sé, às 14h
                           Masp, às 14h
                           Viaduto do Chá, às 14:30h
                           Praça Benetido Calixto, às 14h
                           Periferia em Marcha na Greve Geral
                           USP na greve Geral                           Mackenzie na Greve Geral

Sorocaba: Praça Coronel Fernando Prestes, às 8h
                  Padaria Sukao, às 8h

Jundiai: Sindicato dos Servidores Públicos de Jundiaí, às 6:00

Campinas: Largo do Rosário, às 16h
                  Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas - AATC, às 9h

Bragança Paulista: Praça Raul Leme, às 10h

Rio Claro: Jardim Público Rio Claro, às 8:30h

Indaiatuba: Praça Prudente De Morais, às 9h

Suzano: Suzano Praça dos Expedicionários, às 9h

Ribeirão Preto: Teatro Dom Pedro II, às 9h
                         Rua Álvares Cabral, 370, às 9h
Araraquara: Praça Santa Cruz, às 8h

Americana: Praça Comendador Muller, às 8h

Piracicaba: Terminal Central de Integração - Tci, às 8h

Ourinhos:Praça Mello Peixoto, a partir das 8h

LGBT´s na Greve Geral em São José dos Campos 

Baixada Santista: Praça Mauá, Santos, às 10h

Taubaté: Praça Santa Terezinha, às 19h

São Sebastião: Terminal Transpetro - TEBAR, às 7h

Brasília (DF)
No canteiro central, em frente à Rodoviária de Brasília, entre o Museu da República e o Teatro Nacional, às 17h

Goiás


Goiânia (GO): Assembleia Legislativa de Goiás, às 8h
                         Praça do Trabalhador, às 8h
Formosa- às 10h

Ceará

Fortaleza (CE): Praça da Bandeira, às 9h

Caucaia

Sobral: Praça de Cuba, às 7:30


Paraíba

João Pessoa (PB): Ponto de Cem Reis, às 14h

Tocantins

Palmas (TO): Avenida JK, concentração no Colégio São Francisco, às 9h
                      Avenida Tocantins/Taquaralto, concentração no Posto Trevo, às 16h

Roraima

Porto Velho (RO): Praça das Três Caixas D'água, às 9h

Rio de Janeiro
Barra Mansa: Praça da Matriz, a partir das 8h
UFRRJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro: Cinelândia, às 14h/ Alerj às 18h
Paraty: Praça Do Chafariz, às 16h

Niterói: Praça Araribóia às 15h

Espírito Santo 

Vitória: Avenida Nossa Senhora da Penha, às 14h

Minas Gerais                   
Belo Horizonte: Praça da Estação, às 9h 
Praça Sete De Setembro, às 10h
Pouso Alegre: Praça Senador José Bento, às 15h


Juiz de Fora: Praça da Estação, às 9h 

Lavras: Praça Trabalhadores, às 8h

Uberaba: Praça Rui Barbosa, às 9h


Bahia
Salvador: Iguatemi, às 7h
                Campo Grande, às 15h

Pernambuco

Recife: Praça Derby, às 14h

Rio Grande do Norte

Natal: Midway Mall, às 15h

Pará

Belém do Pará: Praça da República, às 10h

Marabá: Em Frente ao Prédio do INSS, às 8h

Piauí

Terezina: Praça Rio Branco, às 8h; às 10h Caminhada até o INSS; ás 11h, Caminhada pelo centro de Teresina; às 13h, Ato Público na praça da Liberdade

Mato Grosso do Sul 


Dourados: Concentração em frente ao banco Bradesco, Rua Joaquim T. Alves, às 6h
                 Ato Político e cultural, no cruzamento da Av Marcelino Pires com Hayel Bon Faker, às 15h

Paraná

Curitiba: APUFPR-SSind - Associação dos Professores da UFPR, das 6h às 18h
              Centro Cívico, às 8h

Londrina: Terminal Urbano de Londrina, às 10h

Rio Grande do Sul
Ijuí: Praça da República, às 9h
Pelotas: Asufpel Sindicato, a partir das 8h

Amazonas 
Manaus: Praça da Polícia, às 11honfira o calendário nacional de manifestações 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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Dia 28 Pernambuco vai parar

Cresce adesão de trabalhadores à Greve Geral em Pernambuco 


CUT PE
 Valéria Silva (de vermelho) na Plenária Sindical hoje  Valéria Silva (de vermelho) na Plenária Sindical hoje 
No Recife, o Dia de Luta culminará com ato político seguido de caminhada pelas principais vias do centro da cidade. A concentração começa às 14h, na Praça da Democracia-Derby/Recife, com saída prevista para as 15h. Segundo a dirigente da CTB Pernambuco, Valéria Silva, a programação da Greve Geral inclui também a realização de diversas atividades durante todo o dia. “Os detalhes serão divulgados na coletiva à imprensa que faremos quinta-feira (27), às 10h, na sede da Nova Central”, adiantou.

Hoje pela manhã, as entidades que articulam a Greve Geral no Recife se reuniram na Plenária Sindical (foto abaixo), que aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários. “Uma oportunidade para fortalecer o engajamento de cada categoria na construção de um grande dia de luta contra as reformas da Previdência e Trabalhista, contra a terceirização e contra todos os retrocessos do governo Temer, que enfraquecem os trabalhadores”, explicou a sindicalista.



Valéria Silva chamou a atenção ainda para a importância da participação popular para o sucesso da greve. “Nossa orientação é que mesmo que não vão trabalhar as pessoas não saiam de casa para fazer compras, passeios, consultas (só em caso de emergência), pagamentos. Que saiam de casa apenas para participar das atividades de luta. Essa é a melhor forma de contribuir para o sucesso da greve geral e, realmente, parar o país”, destacou a dirigente cetebista, lembrando que “o que está em jogo é o futuro de todos/as os/as trabalhadores/as, é o futuro do Brasil”.

Adesão cresce

Confira quais são até o momento as categorias que vão participar da mobilização. Rodoviários, metroviários, aeroportuários, aeronautas, metalúrgicos, bancários, policiais civis, servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco, professores da UPE, professores da UFPE, trabalhadores da Previdência Social, professores da rede municipal do Recife, trabalhadores dos Correios, petroleiros.

Também aderiram à Greve Geral, servidores municipais do Paulista; servidores estaduais administrativos e fazendários; servidores da Universidade de Pernambuco; servidores do Poder Judiciário; Guardas Municipais do Recife; trabalhadores em Processamento de Dados das empresas federais, estaduais, municipais e de empresas privadas; trabalhadores químicos e em estabelecimentos de ensino da Rede privada; portuários; professores de Jaboatão dos Guararapes; trabalhadores em Educação de Pernambuco; servidores municipais do Recife.

Paralisarão ainda suas atividades, enfermeiros; servidores federais; servidores estaduais da administração direta e indireta; agentes comunitários do Recife; assistentes sociais, psicólogos; farmacêuticos; odontologistas; fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais; agentes de Segurança Penitenciária e Servidores do Sistema Penitenciário; auxiliares e técnicos de enfermagem de Pernambuco; auxiliares e técnicos em Saúde Bucal; Associação dos Profissionais de Educação Física, trabalhadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária; trabalhadores da construção pesada; trabalhadores em Asseio e Conservação; Condutores de Ambulância de Pernambuco; e Sindicato dos Porteiros.

Interior do estado

No estado, aderiram à Greve Geral, até o momento, os servidores públicos municipais de Buíque, São Bento do Una, Bezerros, Abreu e Lima, Riacho das Almas, Iati, Exu, São Vicente Férrer, Tacaimbó. Tupanatinga, Sertânia, Moreno, Gravatá.

Audicéa Rodrigues
Do Recife


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada Pernambuco
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terça-feira, 18 de abril de 2017

28 de abril Greve Geral no Brasil

     










C O N V I T E

O Brasil sofreu um golpe e está vivendo um regime de exceção. O governo ilegítimo de Temer está desconsiderando o Estado Democrático de Direito e agredindo os trabalhadores e o povo brasileiro com a retirada de direitos. Como exemplo basta citar o desmonte da Previdência – aposentadoria com 65 anos de idade e 49 de contribuição ininterrupta.

Só o povo nas ruas, organizado numa frente ampla, para barrar as contra reformas do governo usurpador de Michel Temer.

O Comitê da Frente Brasil Popular da Região Oeste do Recife está convidando você para uma reunião onde vamos discutir  a participação na Greve Geral do dia 28.

Dia - 19/04/17 (quarta-feira)
Hora - 19h30min
Local -  Juventus Futebol Clube do Barro
Rua Manuel Salvador, 359, Barro - Recife/Pernambuco
(próximo as Escolas: Dr. Antônio Corrêa, Municipal do Barro e Professora Olindina Alves Semente)



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domingo, 16 de abril de 2017

Música e poesia marcam lançamento da Feira da Reforma Agrária

Música e poesia marcam lançamento da Feira da Reforma Agrária 



MST
  
O evento contará com atividades culturais, trazendo a presença do sarau “Música, Prosa e Poesia”, além de conversas ligadas à vida no campo e ao tema central da feira: a reforma agrária popular. Quem conta isso é um dos membros do setor de produção do MST, Milton Farnazieri.

“Vamos dialogar com o público presente sobre o campo, a produção saudável e os assentamentos da reforma agrária a partir das experiências que estamos tendo nos estados, dentro dos assentamentos, onde direcionamos essa questão da produção de alimentos limpos, sem veneno e diversificados tanto para as famílias assentadas, como para a sociedade”, diz.

Feira


A segunda edição da feira acontece entre os dias 4 e 7 de maio no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP). Além de trazer a diversidade da culinária da terra produzida de forma sustentável e agroecológica, a feira também tem como objetivo realizar um contraponto ao cenário político nacional, mostrando todas as dimensões da luta pela reforma agrária popular construída pelo movimento e dialogar com a sociedade sobre a necessidade de uma transição do atual modelo agrícola para um modelo que respeite o trabalhador e o meio ambiente.


Com caráter nacional, o encontro contará com mais de 600 feirantes de todas as regiões e estados brasileiros. De acordo com o MST, 250 toneladas de produtos produzidos nos assentamentos serão comercializados ao longo dos quatro dias.


Sobre as expectativas do movimento, Fornazieri compartilha que a expectativa para essa segunda edição é alta: “É um momento de dialogarmos com a sociedade de São Paulo, de mostrarmos um pouco dos resultados obtidos pela reforma agrária e falar sobre isso e a importância de a sociedade urbana apoiar a reforma agrária popular”, diz.


Neste ano, a feira contará com maior diversidade de produtos do que em sua primeira edição, em 2015, com produtos de origem animal e vegetal, além do artesanato produzido nos assentamentos. “Vamos buscar mostrar para a sociedade a importância de produzirmos produtos sem uso de agrotóxico, de trabalharmos na lógica da produção agroecológica”, conta o diretor do setor de produção.


Diversos alimentos produzidos pelo MST em seus assentamentos já possuem caráter agroecológico e os que ainda não o são completamente, caminham para ser.


Farnazieri conclui lembrando que os quatro dias da segunda edição da feira não se restringem a comercializar e divulgar a produção de alimentos, mas também pretendem “resgatar e mostrar um pouco do que é a vida dentro de um assentamento, a parte da produção, mas também do lazer, da cultura, da vivência no campo e a parte da educação”.


Serviço

Armazém do Campo

Alameda Eduardo Prado, 499 - Campos Elíseos.

Metrô: Marechal Deodoro.

Telefone: (11) 2131-0880.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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sábado, 15 de abril de 2017

Rio Doce: Águas subterrâneas da Bacia estão contaminadas


Ísis Medeiros
  
As águas foram contaminadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em 5 de novembro de 2015. O incidente devastou a vegetação nativa e poluiu toda a bacia do Rio Doce, atingindo outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram e diversas comunidades foram destruídas. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do país.

Após o desastre, agricultores familiares recorreram a poços artesianos para irrigar suas plantações e ter água para beber. As amostras coletadas pela equipe da UFRJ apresentaram altos níveis de ferro e manganês, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e oferecem riscos à saúde, no longo prazo, segundo os pesquisadores.

Um dos objetivos do estudo do Instituto de Biofísica da UFRJ, em parceira com o Greenpeace, foi avaliar se os agricultores, impossibilitados de utilizar em suas plantações as águas do Rio Doce contaminadas pelo desastre, poderiam empregar com segurança os poços artesianos como fonte de irrigação e consumo.

Pesquisadores analisaram a presença de metais pesados na água em 48 amostras coletadas de três regiões diferentes da bacia do Rio Doce: Belo Oriente (MG), Governador Valadares (MG), e Colatina (ES). As amostras foram coletadas em poços, em pontos do rio e na água tratada fornecida pela prefeitura ou pela Samarco.

A cidade de Belo Oriente apresentou cinco pontos de coleta com níveis de ferro e manganês acima do estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Em Governador Valadares foram identificados 12 pontos e, em Colatina, dez pontos com os valores acima do permitido. Segundo o estudo, a água desses locais não é adequada para consumo humano e, em alguns casos, também é recomendado o uso para irrigação de plantas – situação de alguns pontos de Governador Valadares e Colatina.

A contaminação do Rio Doce se deu pelos rejeitos que vazaram com o rompimento da barragem. No entanto, os pesquisadores disseram não poder afirmar que os poços sofreram a contaminação por conta da lama vinda da barragem, por falta de estudos prévios na região. “Contudo, podemos afirmar que a escavação dos poços e sua posterior utilização se deu por conta do derramamento da lama na água do rio, que porventura, a inutilizou”, diz o relatório.

No longo prazo, para a saúde, a exposição ao manganês pode causar problemas neurológicos, semelhantes ao mal de Parkinson, enquanto o ferro, em quantidades acimas das permitidas, pode danificar rins, fígado e o sistema digestivo.

“A contaminação por metais pesados pode ter consequências futuras graves para as populações do entorno, que necessitam de suporte e apoio pós-desastre. Isso deve ser arcado pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, e monitorado de perto pelo governo brasileiro”, defendeu Fabiana Alves, da Campanha de Água do Greenpeace.

Agricultura


No curto prazo, o grande impacto tem sido na agricultura, identificou a pesquisa. O estudo buscou pequenos produtores locais para analisar como seus modos de vida foram atingidos pela lama. Muitos dos que não abandonaram suas terras enfrentaram dificuldades financeiras por não conseguir mais produzir com o solo e a água que têm.

De acordo com o relatório, 88% dos entrevistados afirmaram ter alterado o tipo de cultivo e/ou criação realizada pela família após o incidente. A produção de cabras foi bastante afetada pelo desastre e as atividades de pesca e criação de peixes praticamente desapareceram na bacia.

Dados apresentados pelos pesquisadores após entrevistas com os agricultores demonstraram também que, antes do desastre, 98% dos entrevistados utilizavam água do Rio Doce para atividade econômica do dia a dia. Após a tragédia, somente 36% continuaram usando a mesma água. Destes, 87% utilizam a água para irrigação. Cerca de 60% dos entrevistados considera a água imprópria para uso, o que demonstra a insegurança no uso desse recurso fundamental para as populações que vivem à beira do rio.
 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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terça-feira, 11 de abril de 2017

Samarco terá que pagar R$1 milhão por atraso em retirada de rejeitos

Samarco terá que pagar R$1 milhão por atraso em retirada de rejeitos


  
Há no local cerca de 10 milhões de metros cúbicos de lama. A multa foi aplicada em fevereiro, quando o Comitê Interfederativo avaliou que o prazo para a retirada dos sedimentos nos primeiros 400 metros a partir do barramento da Usina de Candonga não havia sido cumprido conforme pactuado em um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta. No entanto, a mineradora recorreu. O recurso foi julgado há duas semanas e negado. O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última sexta-feira (7).

A tragédia de Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, pertencente à Samarco, se rompeu e espalhou os rejeitos no meio ambiente. Considerado a maior tragédia ambiental do país, o episódio provocou devastação da vegetação nativa, poluição da bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues e de Paracatu, além de outras comunidades.

Dragagem

Em nota, a Samarco informou que está analisando a decisão do Comitê Interfederativo e que segue realizando a dragagem na Usina de Candonga. "Até o momento, foram retirados cerca de 700 mil metros cúbicos, volume maior do que era previsto para ser retirado nos primeiros 400 metros desde o barramento de Candonga. A Samarco reforça que o período chuvoso contribuiu para o aumento do carreamento de rejeitos no local", acrescenta o texto.

O compromisso assumido pela mineradora é de remover todo o volume de rejeitos depositados na Usina de Candonga. A empresa também concordou em retirar cerca de 1 milhão de metros cúbidos de lama no município de Barra Longa (MG) e no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Nas demais áreas, a remoção dos sedimentos levará em conta o plano de manejo elaborado no mês passado pela Fundação Renova, criada pela Samarco para gerir ações de reparação dos danos da tragédia. O plano está em análise pelo Ibama e órgãos ambientais de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Comitê

A criação do Comitê Intefederativo foi definida no acordo celebrado em março entre a Samarco, suas acionistas Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Ele é composto por diversos órgãos públicos. O Ibama coordena a câmara técnica de gestão de rejeitos e segurança ambiental do Comitê.

O acordo entre as minerados e os governos elenca ações para reparação dos danos, que teria um custo aproximado de R$20 bilhões ao longo de 15 anos. Embora a Justiça ainda não tenha dado uma resposta definitiva sobre a homologação deste acordo, as partes estão seguindo o combinado.
 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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Mídia - Movimento há mais de três décadas mantem-se firme na luta por um cidade saudável

Continuidade é desafio de grupos

Publicação: 08/04/2017 03:00

Permanecer com motivação é o grande desafio das organizações de moradores. É comum ao histórico dos grupos pausas de anos nas atividades ou até o fechamento. As dificuldades concentram-se em manter os vizinhos unidos em torno de um projeto de bairro e não de ações pontuais, que dizem respeito a direitos individuais. Integrante do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa há 35 anos, a professora Luci Machado, 76, sabe o quão custoso é levar adiante os sonhos de um bairro melhor. A constante depredação da área de Mata Atlântica praticamente no quintal de casa foi o mote para o início do combate.

Junto com moradores como Ximena Nune e Andréa Sacramento, Luci lutou contra  a construção de um condomínio de luxo, um habitacional popular e uma usina de tratamento de resíduos.

Muitos companheiros pularam do barco. Cinco moradores mantêm a agenda semanal. Eles se encontram na casa de Luci. Às conquistas, estão somadas a transformação da área em Refúgio de Vida Silvestre, a incorporação do meio ambiente nas ações escolares, a construção de um plano de manejo e a instituição de um conselho. “É uma luta que já está no sangue da gente”, explica Luci Machado. O sonho maior é a construção de um Parque Ecológico. O Movimento da Mata Uchôa é a prova de que as lutas se renovam e são contínuas.
O recifense unido por uma cidade melhorRecife 500 anos nascerá da participação social. A mudança vem da união e recifenses começam a se juntar novamente em associações de bairro para lutar por outro conceito de cidade.


Por: Alice de Souza - Diario de Pernambuco

Publicado em: 09/04/2017 15:00 Atualizado em: 09/04/2017 15:28
Jorge Bandeira de Mello, integrante da Associacao dos Moradores e Amigos do Poço da Panela (AMAPP), usa aplicativo de celular para conversar sobre problemas do bairro com vizinhos. Crédito: Ricardo Fernandes/DP (Crédito: Ricardo Fernandes/DP)
Jorge Bandeira de Mello, integrante da Associacao dos Moradores e Amigos do Poço da Panela (AMAPP), usa aplicativo de celular para conversar sobre problemas do bairro com vizinhos. Crédito: Ricardo Fernandes/DP
Outrora refúgio social de uma população sem direitos, os movimentos de bairro voltaram a tomar fôlego no Recife. Ressignificadas pelas redes sociais e a reboque do debate pungente sobre o crescimento urbano desordenado, as associações de moradores ou grupos de vizinhos interessados em dialogar nasceram ou renasceram nas Graças, Casa Amarela, Poço da Panela e até regiões não consideradas oficialmente bairros, como Setúbal. Movimento que remete ao passado recifense de tradição na mobilização popular e sinaliza o futuro colaborativo da capital pernambucana.

A história do movimento de bairro do Recife data de 1931, a partir do registro da Liga dos Proprietários da Vila de São Miguel, explica a mestre em serviço social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Juliene Albuquerque no artigo A luta dos movimentos sociais urbanos no Recife: criação e manutenção do PREZEIS. À época, a batalha era por terra e qualidade de vida. “Elas surgiram da resistência e da necessidade de organização”, explica a coordenadora do programa de Direito à Cidade da ONG Etapas, Isabela Valença.

A dinâmica de comunhão em prol dos bairros desceu o morro na última década para se disseminar também em regiões de classe média e alta. “É um movimento observado em vários lugares do mundo. As pessoas se deram conta de que a metrópole está inviabilizando a vida social”, opina a pesquisadora do Observatório das Metrópoles, Lívia Miranda.
A bibliotecária Lúcia Moura participa ativamente das redes da Associação Por Amor às Graças. Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP  (Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP )
A bibliotecária Lúcia Moura participa ativamente das redes da Associação Por Amor às Graças. Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP

As Graças, na Zona Norte, é exemplo. Na década de 1990, o bairro possuía a Associação Viva as Graças, articulada em torno da problemática dos bares. Em 2004, com a chegada de empreendimentos e da descaracterização de imóveis históricos, surgiu uma nova organização. A Associação Por Amor às Graças lutou para o engavetamento do projeto de construção de um corredor viário às margens do Rio Capibaribe. “Quando você está em grupo, a força é outra. A partir do momento que você participa, pode cobrar ao poder público”, diz a bibliotecária Lúcia Moura, 69 anos.

Em geral, a união de vizinhos ocorre de forma reativa. “Aconteceu também, na década de 1980, quando Casa Forte se mobilizou contra a construção dos primeiros prédios”, lembra o pesquisador do Observatório das Metrópoles e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Jan Bitou. O envolvimento de moradores também pode ocorrer por meio de ações propositivas, pautadas na qualidade do espaço público. É comum aos novos movimentos serem heterogêneos em formação e estrato social. E buscarem distância da política.

A Associação de Moradores e Amigos do Poço da Panela (Amapp) encontra-se todo mês. A média de comparecimento é de 20 pessoas. As pautas atuais são a melhoria da segurança, da iluminação e da arborização. “Cada um traz seus problemas e as informações”, conta o presidente da Amapp, Antônio Pinheiro, 33.
Troca de projeto de construção de um corredor viário por parque, às margens do Capibaribe, foi uma das conquistas da Por Amor às Graças. É um exemplo prático do impacto da união dos moradores na cidade. Crédito: Nando Chiappetta/DP (Crédito: Nando Chiappetta/DP)
Troca de projeto de construção de um corredor viário por parque, às margens do Capibaribe, foi uma das conquistas da Por Amor às Graças. É um exemplo prático do impacto da união dos moradores na cidade. Crédito: Nando Chiappetta/DP

Em 2037, o Recife completará 500 anos e o projeto de futuro da cidade mira na participação. “O futuro é colaborativo, com efetividade democrática praticada nas ruas. Isso vai estar presente na proposta estratégica. A tendência é diminuir a distância entre os debates e os gestores. Essa vontade de participar e ter a participação reconhecida é um caminho sem volta”, conclui o diretor executivo da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), Guilherme Cavalcanti.

Foodtruck Malabar foi ponto de partida de criação do movimento Setubalize, na área de Setúbal, na Zona Sul. Crédito: Paulo Paiva/DP (Crédito: Paulo Paiva/DP)
Foodtruck Malabar foi ponto de partida de criação do movimento Setubalize, na área de Setúbal, na Zona Sul. Crédito: Paulo Paiva/DP

Combatendo os "apartamentos"Do balcão do foodtruck Malabar, o empreendedor Daniel Uchôa, 34, aproveitou para observar a vizinhança. Pessoas com pouco interesse em dialogar, moradores de portas opostas que mal se conheciam. A situação provocou Daniel a criar o movimento Setubalize, de engajamento de moradores na região de Setúbal, Zona Sul do Recife. Juntos, eles lutam pela melhoria de uma local que pretendem emancipar em um bairro e, entre reuniões, conectam laços.

“Temos um bairro superpopuloso e pessoas apartadas. O nome apartamento é muito a propósito. É uma multidão desconectada. A ideia do movimento é criar alternativas de vivência e transformar a rua numa zona de interação”, detalha Daniel. As atividades do Setubalize vão desde movimento literário a realização de cafés da manhã colaborativos. A cobrança ao poder público também acontece e, por causa disso, o bairro ganhou uma passarela conectando os dois lados da Avenida Visconde de Jequitinhonha.

A inquietação de Daniel tem razão de ser. A sociabilidade entre vizinhos, esclarece o professor Jan Bitou, é importante como aprendizado do diálogo, da troca, do bem querer ao outro e expressão de demandas relacionadas ao cotidiano no local de moradia. Descobrir quais os fatores influentes na relação cotidiana entre vizinhos, amigos e desconhecidos que compartilham um mesmo ambiente é um dos objetivos da pesquisa de mestranda em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marta Roca.

A principal hipótese do estudo levanta que os padrões de sociabilidade urbana são influenciados pela tipologia das moradias, a configuração do ambiente construído, as raízes sociais e culturais e pela diversidade de uso da cidade. Compõem o estudo os bairros de Boa Viagem, Vila Tamandaré, Setúbal e Graças. “Criamos um questionário para levantar os aspectos de sociabilidade dos moradores. Numa segunda etapa, irei detalhar todas as quadras das pessoas entrevistadas”, explica Marta Roca.
Ana Carolina Lins e Maria Carolina Arruda, estudantes de arquitetura, criaram o projeto Se Essa Rua Fosse Minha. Com muita cor e atividades culturais, elas pretendem reduzir os índices de assalto e também aumentar a sociabilidade entre os vizinhos da Rua Abelardo, nas Graças.Crédito: Mandy Oliver/Esp.DP (Crédito: Mandy Oliver/Esp.DP)
Ana Carolina Lins e Maria Carolina Arruda, estudantes de arquitetura, criaram o projeto Se Essa Rua Fosse Minha. Com muita cor e atividades culturais, elas pretendem reduzir os índices de assalto e também aumentar a sociabilidade entre os vizinhos da Rua Abelardo, nas Graças.Crédito: Mandy Oliver/Esp.DP

Promover o encontro de vizinhos é também uma forma de combater a crescente violência, é o que defendem as estudantes de arquitetura Maria Carolina Arruda e Ana Carolina Lins, criadoras do projeto Se Essa Rua Fosse Minha. “A nossa intenção é afastar a sensação de segurança, através da transformação do espaço público. Acreditamos que apitos, câmeras, são a artificalização das pessoas”, detalha Maria Carolina. As ações acontecem na Rua Aberlado, nas Graças, e convergem jardinagem, grafitagem, circo e dança.

União de moradores transformou o Morro da Conceição de lugar sem água e pavimentação em comunidade referência do Recife. Crédito: Paulo Paiva/ DP (Crédito: Paulo Paiva/DP)
União de moradores transformou o Morro da Conceição de lugar sem água e pavimentação em comunidade referência do Recife. Crédito: Paulo Paiva/ DP

A lógica do "um por todos e todos por um"

Metade da população do Recife vivia em condição de favela na década de 1960. A urbanização caótica e desordenada da cidade, que espremeu a população de baixa renda para os morros, forjou o surgimento de associações ou grupos organizados de moradores. A mobilização popular nasceu dos problemas sociais de uma cidade na qual menos da metade dos moradores dispunha de água potável e, ao longo das décadas subsequentes, foi determinantes para a transformação cultural, política e social de diversas comunidades.

Pernambuco chegou a ter uma Federação dos Bairros (FABEP). E mesmo diante da perseguição, pós-golpe militar, manteve as articulações, recebendo inclusive apoio católico, através de Dom Hélder. O Movimento de Evangelização Encontro de Irmãos foi fundamental para a formação cidadã e a consciência social no Morro da Conceição. Reunidos em torno da bíblia, os vizinhos partilhavam a fé e também compreendiam-se enquanto detentores de direitos.

“Fazia o pobre acreditar no pobre. Fomos descobrindo direitos e deveres. O que tinha em Boa Viagem: água encanada, calçamento…”, lembra a funcionária pública aposentada Severina Santana, 81. O movimento foi a base para o Conselho de Moradores do Morro. “Aqui era uma mata, passou a ser essa cidade. Foi uma revolução pela força do povo. Era uma política social, um por todos e todos por um”, acrescenta dona Sevi.

Ao mesmo tempo da disseminação dos movimentos, o poder público começou a tentar cooptar as lideranças. “Essa politização se dá porque esses bairros precisam reinvindicar melhores condições de habitabilidade. Os grupos de classe média já partem de uma condição maior e se colocam independentes porque também têm relações mais próximas com o poder público de qualquer partido”, esclarece a pesquisadora Lívia Miranda.
Federação das Entidades Comunitárias do Ibura e Jordão luta para melhorar os bairros e congrega 56 grupos. Crédito: Rafael Martins/DP (Crédito: Rafael Martins/DP)
Federação das Entidades Comunitárias do Ibura e Jordão luta para melhorar os bairros e congrega 56 grupos. Crédito: Rafael Martins/DP

Para dona Sevi, que hoje só acompanha de longe o trabalho do Conselho do Morro, a associação com a política desvirtuou os movimentos. “É preciso ouvir o povo, ele precisa participar das decisões”, conta. A aproximação partidária também incomoda a presidente da Federação das Entidades Comunitárias do Ibura e Jordão, Severina Veiga, 65.“Hoje, a gente vê que muitas lideranças não tem preocupação de organização, pois sabem que indo falar com determinado secretário conseguem as coisas. Nós praticamos a política partidária, mas não somos comprados”, diz.

A Federação surgiu em 1990 e hoje congrega 56 grupos. A demanda atual é por melhorias na mobilidade dos bairros e para acabar com os alagamentos históricos da Avenida Dois Rios.

Beco onde Dilce Miranda mora ganhou novo nome e agora se chama Vila Sá e Souza, depois de ação de pavimentação encabeçada pelo movimento Setubalize. Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP (Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP)
Beco onde Dilce Miranda mora ganhou novo nome e agora se chama Vila Sá e Souza, depois de ação de pavimentação encabeçada pelo movimento Setubalize. Crédito: Shilton Araujo/Esp.DP

Em busca de uma cidade educadora

Não adianta abrir somente as portas da casa e acessar o vizinho da frente. É preciso também romper as fronteiras sociais para alcançar a verdadeira cidadania. Entender as demandas de infraestrutura dos bairros da classe baixa, que no Recife correspondem a 35% da área total construída, e englobar a diversidade econômica e social do próprio território de vivência. É preciso pensar além do próprio perímetro urbano para conquistar uma cidade justa.

O diálogo entre distintos atores sociais é o caminho para a construção de uma cidade educadora, termo nascido em 1990 para denominar espaços urbanos onde há o exercício da cidadania plena e ativa. Em artigo, o doutorando da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) David Melo Van Den Brule explica que uma cidade educadora, é aquela que persegue a utopia das cidades justas. Ou seja, onde há a ruptura com as formas elitistas de governar a partir da democratização da participação social.

Para isso, é preciso incentivar canais permanentes de organização e frutificar o protagonismo de todos, das crianças aos idosos. “A cidade, a princípio, é o lugar onde você se encontra com pessoas diferentes. É preciso enxergar, como fala o pesquisador da Universidade de São Paulo, Moacir Gadotti, a cidade como uma escola. É uma perspectiva utópica, mas utopia é importante para avançar”, opina o pesquisador Jan Bitou.

A busca por essa cidade também requer rupturas com o medo de conviver com as diferenças. “As pessoas se sentem inseguras em relação ao outro. É lógico que as desigualdades geram violência na cidade, mas isso é como uma bola de neve. Quanto mais você se isola, maior a força contrária com que isso vai voltar”, aponta a pesquisadora Lívia Miranda.

Espremida entre os espigões e pontos comerciais de Setúbal, a viela onde a consultora Dilce Miranda, 51, vive há 25 anos era um universo à parte do bairro. Os integrantes do movimento Setubalize decidiram promover a inclusão dos moradores do então chamado de beco. Construíram um piso de concreto e rebatizaram o espaço. “Agora eu vivo na Vila Sá e Souza. Muda tudo, é outro nível”, brinca Dilce.

O exercício pleno da cidadania não consiste também em reproduzir padrões observados em viagens ao exterior nas próprias cercanias de casa. Buscar a cidade educadora é uma forma de lutar contra o estrangulamento das grandes metrópoles diantes das mazelas como ausência da emprego e de saneamento e evitar o que o se denomina como espaços de extermínio, sobretudo de jovens negros. Em todo o mundo, 450 cidades são signatárias da Carta de Princípios da Associação Internacional de Cidades Educadoras, apenas 15 delas no Brasil. Uma no Nordeste. Jequié, na Bahia.
Luci Machado é uma das integrantes do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa, que existe há três décadas. Crédito: Ricardo Fernandes/DP (Crédito: Ricardo Fernandes/DP)
Luci Machado é uma das integrantes do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa, que existe há três décadas. Crédito: Ricardo Fernandes/DP

Manter o fôlego na briga por direitos é desafio

Permanecer com a chama da motivação acesa depois de concluída a demanda de base é o grande desafio das organizações de moradores. É comum ao histórico dos grupos pausas de anos nas atividades ou até o fechamento. Nas Graças e no Poço da Panela, as mobilizações foram interrompidas e retomadas anos depois, com outras configurações. As dificuldades concentram-se em manter os vizinhos unidos em torno de um projeto de bairro e não de ações pontuais, que dizem respeito a direitos individuais.

Integrante do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa há 35 anos, a professora Luci Machado, 76, sabe o quão custoso é levar a diante os sonhos de um bairro melhor. A constante depredação da área de Mata Atlântica praticamente no quintal de casa foi o mote para ela e outros moradores do Barro, na Zona Oeste do Recife, iniciarem o combate.

Era 1979 e um grupo de dez moradores, a par dos boatos da construção de um condomínio de luxo a despeito de área de mata, começou a unir forças contra a ideia. Buscou apoio junto ao Ministério Público, incitou denúncias e provocou os políticos. Com a mesma força, convidaram os moradores do Conjunto Residencial Nossa Senhora de Lourdes a se indignar. Primeira vitória.

Anos depois, a gestão pública pensou outro destino para a mata: um habitacional popular. A luta foi abraçada pelas escolas públicas do entorno, embora nunca tenha conseguido a unidade da vizinhança. Segunda vitória, o projeto foi abandonado. O terceiro ato desse desafio foi recente, em 2010, diante da notícia de que transformariam parte dos 173 hectares de mata em uma usina de tratamento de resíduos. Foi preciso mobilizar os políticos de outro município para frear a ideia. Conseguiram.

Em mais de três décadas de defesa da Mata do Uchôa, muitos companheiros pularam do barco. Cinco moradores mantém a agenda de reunião semanal. Sem sede, eles se encontram na casa de Luci. Às conquistas, estão somadas a transformação da área em Refúgio de Vida Silvestre, a incorporação da temática meio ambiente nas ações escolares, a construção de um plano de manejo e a instituição de um conselho para discutir o destino da mata. “É uma luta que já está no sangue da gente”, explica Luci Machado. O sonho maior é a construção de um Parque Ecológico. O Movimento da Mata Uchôa é a prova de que as lutas se renovam e são contínuas.
Fonte: Jornal Diário de Pernambuco
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