quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tamarineira entre o verde e o lucro

Opinião/Especial para o Blog de Jamildo

POSTADO ÀS 14:09 EM 24 DE Fevereiro DE 2010

Por Luciano Siqueira

O ótimo deveria ser bom para todos. Simples? Claro que não. Mas bem que se essa idéia prevalecesse na ocupação e uso do território da cidade muitos equívocos poderiam ser evitados - tanto em intervenções urbanísticas de responsabilidade do poder local, como em empreendimentos privados. No entanto, há sempre a incidência de um conjunto de variáveis que via de regra coloca em pólos opostos a reprodução do capital versus o direito de todos à cidade saudável.

É o que parece acontecer na polêmica questão do uso a ser dado ao terreno do hospital psiquiátrico da Tamarineira. Mais do que o conflito de ordem jurídico-formal entre a Santa Casa de Misericórdia (e o grupo econômico com o qual transacionou o terreno) e o poder público municipal acerca da decisão final – constrói-se ou não um shopping center preservando 70% de área verde ou se a converte integralmente em parque público -, pesam as repercussões de uma ou outra alternativa para a qualidade de vida da população.

Ora, ninguém desconhece que empreendimentos comerciais de porte contribuem para a dinamização da economia local, inclusive para a oferta de novos postos de trabalho. Mas é igualmente certo que há muitas outras implicações a se ter em conta, contabilizadas como impactos sobre a vida no entorno. Por exemplo, a mobilidade – ou seja, transtornos inevitavelmente advindos da circulação extra de 2 a 3 mil novos veículos que se abrigariam no estacionamento, conforme o projeto esboçado.

Daí a absoluta legitimidade da oposição ao empreendimento sustentada por parcela expressiva da sociedade, liderada pelos “Amigos da Tamarineira”.

“Se o terreno é privado e o projeto respeita as leis vigentes, ninguém pode impedi-lo”, se poderia dizer. Correto, sob prisma meramente jurídico ou burocrático. Errado sob o prisma da defesa da vida.

Mais: a Constituição promulgada em 1988 estabelece em seu artigo 170, inciso 3, a função social da propriedade. Conceito confirmado no Estatuto da Cidade, que coloca à disposição do gestor municipal um conjunto de dispositivos precisamente destinados a resolver situações de conflito segundo os interesses superiores da população.

O argumento se justifica mais ainda, tanto quanto se considere a dimensão reduzida do nosso território – apenas 218 km quadrados – para abrigar uma população que ultrapassa 1 milhão e 500 mil habitantes. Ter ou não mais áreas verdes é, assim, uma variável decisiva.

Tudo faz crer que se trata de uma pendenga de longo curso, cujo desenlace certamente dependerá do tamanho da pressão exercida pela sociedade.

* Colaboraram Custódio Amorim, Janaina Granja e Márcia Branco.

Luciano Siqueira www.lucianosiqueira.com.br
www.twitter.com/lucianoPCdoB

Ministério Público pede esclarecimentos sobre projeto para a Tamarineira

Afinal, uma reação vigorosa. Associação Brasileira de Psquiatria vê golpe na saúde pernambucana com fechamento do Ulysses Pernambuco

Dom Saburido vai tentar catequizar os vereadores do Recife para instalação de shopping na área da Tamarineira. Quem serve a Deus ou ao dinheiro?

http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/mes.php?pag=3&mes=02&ano=2010

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mata Atlântica Sim! Lixo Não!

C o n v i t e

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa convida para participar da reunião ordinária.

Assunto: Audiência Pública sobre o RIMA – Relatório de Impacto Ambiental solicitada pelo Movimento à Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH.

Data: 01/03/2010 (segunda-feira)
Hora: 19:30h
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco, Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipio – Recife/PE. – Tel. 3252.9941 / 3181.2956


Contatos:
Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 3076.1664
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265
Patricia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195



Mata Atlântica Sim! Lixo Não!

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Movimento Protocola Oficio na CPRH

Ofício nº 001/2010 Recife, 10 de fevereiro de 2010

Sr. Presidente,

O movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa vem por meio deste solicitar da Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH uma Audiência Pública sobre o projeto de implantação de uma CTDR na APA Rousinete Taveira Falcão pela Recife Energia. Solicitação esta garantida pela CF do Brasil no art. 225 (parágrafo
1º, inciso IV).
Segue anexo abaixo-assinado de acordo com a exigência constitucional.

Atenciosamente a coordenação:

Luci Machado Pinheiro

José dos Santos Semente

Arlindo da Costa Lima

Jacilda Maria do Nascimento

Patrícia Maria da Silva

Augusto dos Santos Semente


Ilmo Sr. Hélio Gurgel
Presidente da CPRH
Nesta
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Compostagem

Como compostar o lixo orgânico, mesmo em pequenos apartamentos

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.

Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.

No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar neste processo?

Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar desse resíduos; nós em casa podemos começar simplesmente tentando diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só é possível isto em casas onde o lixo é separado.

Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os engradados de pvc (lembra das caixas plásticas usadas em supermercados para o transporte das compras?). Com dois ou três engradados podemos montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço. Vamos ver isto passo-a-passo:

Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço)

1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.

2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.

3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.

4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).

5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.

6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.

7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente.
O que fazer quando a composteira está cheia

8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.

Onde colocar a composteira

10. A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a comnpostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato com o chorume.

11. Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto ou tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde possamos encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno (furo) no fundo e então podemos preencher metade da altura com carvão vegetal (aquele que compramos para fazer churrasco) e logo por cima despejamos a mesma quantidade de brita, e por cima da brita acomodamos os engradados. Desta forma o eventual chorume escorre pela brita até a camada de carvão onde é desodorizado e ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na sacada ou na área de serviço. Para composteiras feitas diretamente na terra este problema praticamente não existe já que o solo absorve o chorume.
O que pode ser compostado e como usar o composto gerado

12. Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem. Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos restos de comida, um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo com sabedoria.

13. A compostagem de resíduos sanitários (papel higiênico, fraldas, absorventes,...) fica reservada para experts em compostagem, quem sabe um dia!

14. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira. Devemos repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e depois de um ou dois anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale para todas as plantas). Em gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no final do inverno e nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na superfície da terra uma colher de sopa bem cheia de composto, misturada com uma colher de cafezinho, de farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou compre uma de boa qualidade). Vale lembrar que plantas aromáticas gostam de solos bem drenados e com pouco composto (use a farinha de osso nestas plantas também).

15. Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos. Se a família dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais convencional de composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem empilhados podem gerar uma ótima composteira mas por segurança podemos uní-los com cimento ou barro bem amassado. Composteiras de quintal devem ser feitas uma ao lado da outra formando compartimentos que vão sendo preenchidos com resíduos orgânicos um de cada vez. Assim, as minhocas vão reciclando o material a cada compartimento preenchido, seguindo o mesmo procedimento anterior.

Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza com os muitos tipos de pequenos animais e fungos que surgirão junto com as minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros, pequenas aranhas e tantos outros animais do composto são essenciais para este processo, eles formam um pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o tempo. Até as formigas ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?) um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa? Boa sorte!

Alexandre de Freitas
Fundação Gaia - Brasil - defreitas.alexandre@gmail.com
www.fgaia.org.br

http://www.lixo.com.br/content/view/147/254/

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Movimento Coleta Assinaturas para Audiência Pública

Abaixo – Assinado

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa está completando 31 anos. Por isso a APA do Engenho Uchoa (Mata Atlântica) denominada agora APA Rousinete Taveira Falcão continua existindo. O Objetivo do Movimento é a implantação de um Parque Natural. A APA faz parte da nossa Mata Atlântica e o Recife possui diminutas áreas verdes comparadas com as de outras cidades do mundo. A mata está mantida e o Parque Natural será implantado.

Nós abaixo-assinados em concordância com o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa entendemos que é inconcebível a implantação de uma CTDR – Centro de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos (Centro de Tratamento de Lixo) para tratar todo o lixo do Recife. É inaceitável uma CTDR dentro de um Parque Natural (Dentro e não em proximidade da APA como diz o EIA/RIMA encomendado pela Recife Energia).

Entendemos ainda que existem alternativas para tratamento do lixo.

Por tudo isso e fundamentado no art. 225 (parágrafo 1º, inciso IV) da CF do Brasil vimos por meio deste solicitar da Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – CPRH uma Audiência Pública.


Contatos:
Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 3076.1664
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265
Patricia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

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