terça-feira, 25 de maio de 2010

A matemática que ninguém aprende

Júlia Kacowicz
juliak@diariodepernambuco.com.br

A matemática que ninguém aprende

Sabe aquela cioba ou cavala que você está acostumado a comer? Até 2030, ela deve sair do cardápio. E se quiser continuar a saborear um peixinho pode incluir na lista espécies como o baiacu, que é nada comercial hoje. O mais recente relatório do Programa das Nacoes Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma, constatou que 75% das reservas comerciais estão em colapso. Isso significa que, se forem mantidos os atuais níveis de captura, os estoques pesqueiros comerciais - aqueles peixes mais comercializados - estarão extintos em 2050. A situação de colapso por conta da pesca desenfreada não é novidade. Quem já prestou a atenção no assunto já descobriu que enquanto a capacidade pesqueira aumenta, com novos barcos e tecnologias, a quantidade de peixe capturada só reduz. Ou seja, está se gastando muito e produzindo cada vez menos. E isso não afeta apenas a vida no mar, mas a vida de aproximadamente 170 milhões de pessoas que vivem, direta e indiretamente, da pesca. Mas o cálculo que ninguém faz e está estampado no relatório do Pnuma é que seria necessário um investimento de US$ 220 a US$ 320 bilhões, distribuídos em US$ 8 bilhões anuais para reformar os processos de pesca, com políticas, cotas e proteção de áreas marinhas. Muito? Na verdade, custaria três vezes menos do que o valor total de US$ 27 bilhões/ano gasto com a indústria na manutenção de um sistema em clara tendência de esgotamento. E, além de mais econômico, manteria os empregos e aumentaria o faturamento das empresas de pesca em cerca de US$ 11 bilhões anuais. Essa matemática comprova a sustentabilidade dos processos harmoniosos. Com um cuidado com o peixe de amanhã, a quantidade de pescado poderia saltar de 80 milhões de toneladas para 112 milhões de toneladas/ano.

Tire suas dúvidas // Quer conhecer o lado bom da energia nuclear? Então agende uma visita ao novo Museu de Ciências Nucleares da UFPE, o primeiro do Nordeste. O espaço estará aberto para visitação gratuita, a partir da segunda quinzena de junho, com a missão de difundir o conhecimento sobre o uso e as aplicações pacíficas da energia nuclear na geração de eletricidade, medicina, indústria e agricultura, além de outros usos. O museu está localizado no Departamento de Energia Nuclear da UFPE. Passe no blog e faça um passeio virtual pelo local. O número para agendamento de visitas é 2126.8708.

Limpe a gaveta // Sabe aquele projeto de proteção ambiental que você sempre sonhou em realizar, mas nunca teve dinheiro. Bom, se essa era desculpa, mãos à massa. O Programa Petrobras Ambiental distribuirá R$ 500 milhões até 2012. No próximo dia 28, a Petrobras reunirá representantes de governos e ONGs no Mar Hotel, no Recife, para dar orientações sobre o programa. As inscrições são gratuitas, mas lembre-se de apresentar projetos na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Para tirar outras dúvidas envie email para caravana.ambiental.pe@iki.com.br


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Foto: Marina Falcao/Parque Dois Irmaos


Click a mata // Que tal se inspirar na mata atlântica? Se o resultado for legal você pode participar da segunda edição do concurso de fotografia "Olhares sobre a Mata Atlântica", realizado pelo Parque Dois Irmãos, em comemoração ao Dia da Mata Atlântica (27 de maio). Todos estão convidados. A única condição é dar um click e revelar as belezas ou os problemas do ecossistema. As inscrições vão até o dia 26 e todas as fotografias participarão da exposição no zoo, de 27 a 6 junho. Os três primeiros lugares, escolhidos por júri popular, receberão publicações de fotografias da natureza, clicadas por profissionais renomados. Visite o blog e confira o caminho para as regras do concurso.

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