domingo, 22 de abril de 2012

UBM realiza I Seminário Nacional de Meio Ambiente .

Nos próximos dias 27 e 28 de abril, em Curitiba, a União Brasileira de Mulheres (UBM) vai reunir mulheres do campo, da cidade e da floresta em seu I Seminário Nacional de Meio Ambiente. O evento, que contará com a participação de 120 mulheres de todo o país, objetiva discutir questões relacionadas ao meio ambiente e ao projeto nacional de desenvolvimento, enfocando temas como: conceitos básicos de governança mundial e economia verde, sustentabilidade socioambiental, situação ambiental do Brasil, consumo consciente, segurança alimentar e nutricional, gestão dos recursos hídricos, mudanças climáticas, matriz energética e consumo de energia. Também visa preparar as mulheres da UBM para a participação na Cúpula dos Povos da Rio +20, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Nesses 23 anos de existência, a UBM sempre defendeu a igualdade de direitos e a emancipação da mulher.  Segundo a coordenadora da UBM, Elza Campos, a perspectiva do “I Seminário Nacional de Meio Ambiente da UBM: Mulheres do Campo, da Cidade e da Floresta em Defesa da Justiça Social e Ambiental” é fazer avançar este protagonismo, abordando e discutindo que tipo de desenvolvimento interessa para as feministas da UBM. “Defendemos um modelo com valorização do trabalho e sustentabilidade socioambiental, que garanta o fim da pobreza, melhor distribuição da riqueza, preservação da natureza, democracia, soberania nacional, autodeterminação dos povos, integração solidária dos povos e principalmente da América Latina, a paz mundial, o combate ao imperialismo e à governança bélica do Planeta”, destaca Elza.

Segundo ela, as crises cíclicas do capitalismo evoluem e adquirem um caráter sistêmico. Além de provocar desemprego, arrocho salarial, liquidação de direitos, falências e ataques à democracia e à soberania nacional, também impactam o meio ambiente. “As duas grandes crises do capitalismo tiveram como desfecho as duas guerras mundiais, no século XX. Em 2007, começou a terceira crise capitalista, iniciada nos Estados Unidos e que se espalhou para a Europa e o Japão. A partir de 2011, há um novo agravamento da crise, agora com o epicentro não nos bancos e nas grandes empresas, mas nos países, principalmente da periferia da Europa. A crise ambiental é parte da crise do capitalismo: mudanças climáticas, a crise da água, a perda da biodiversidade, o meio ambiente urbano, a geração e, dentre outros, o consumo de energia”, elenca a coordenadora da UBM.

Para a coordenadora geral do Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (Cedea) e também ubemista Laura Jesus de Moura e Costa, a consciência sobre estes problemas socioambientais decorrentes da forma como o sistema capitalista lida com o meio ambiente é crescente em todo o planeta. No entanto, afirma que as propostas de enfrentamento são assimétricas, principalmente porque estão ligadas aos interesses geopolíticos dos países ricos que têm posição hegemônica nas relações mundiais de poder. “Suas propostas combinam a abordagem dos problemas ambientais com seu objetivo maior de manter inalterado o status quo mundial. O desastre ambiental de nosso tempo resulta das imposições do modo de produção capitalista e da sua busca desenfreada de lucro. Ele gera danos ambientais tanto na produção como no consumo. O sistema capitalista busca garantir a sua governança mundial e o controle da riqueza natural da Terra, ingerindo sobre os Estados (países). Não se trata SÓ das velhas, grandes e antigas empresas transnacionais, mas sim de conglomerados, constelações de empresas transnacionais que se agrupam para vender serviços ambientais, apropriando-se de áreas preservadas, áreas ricas em biodiversidade, em água e em recursos minerais”, ressalta Laura.

Meio ambiente e controle - Para Laura, além dos remédios e agroquímicos, que afetam diretamente a saúde da população mundial, o controle destas empresas esta voltado para a biomassa.  “Cerca de 147 das grandes companhias do Planeta controlam 40% de todos os recursos das grandes transnacionais do mundo. Têm mais poder e mais dinheiro que muitos países do mundo. O que se discute é quem paga a conta da degradação do Planeta e a quem cabe a governança mundial. As transnacionais controlam os mercados e os governos dos países ficam com as mãos atadas”, enfatiza a ubemista.

Rio+ 20 e a Cúpula dos Povos - Os debates levantados no Seminário serão preparatórios para a Cúpula dos Povos da Rio +20, reunião dos movimentos sociais paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá em junho no Rio de Janeiro. Reunidos, os movimentos sociais e ativistas pretendem apresentar propostas alternativas para a questão do desenvolvimento sustentável, em toda a sua complexividade.

Carta da UBM e das mulheres
- A UBM, bem como demais organizações dos movimentos de mulheres estarão acompanhando esse processo do que estará em jogo na Conferência da ONU. “Como o seminário é preparatório para a participação na Rio+20, vamos aprovar a Carta da UBM com os apontamentos da entidade sobre a questão ambiental. É preciso dar uma resposta a tudo isso. É preciso mobilizar a sociedade como um todo para enfrentar essa crise capitalista e construir uma nova sociedade, a sociedade socialista com respeito às diversidades e biodiversidades presentes na sociedade planetária”, finaliza Laura.

O Seminário, que contará com palestras e grupos de discussão sobre temas correlatos, conta com apoio da UBM – Curitiba, CEDEA, CTB – PR, Fundação Mauricio Grabois e Curso de Serviço Social da UNIBRASIL, além da ITAIPU Binacional. A atividade será certificada com carga horária de 20 horas.
Serviço:
“Seminário Nacional de Meio Ambiente da UBM: Mulheres do Campo, da Cidade e da Floresta por Justiça Social e Ambiental
Data: 27 e 28 de abril de 2012.
Local: Hotel Condor (Avenida Sete de Setembro, 1866 – centro de Curitiba – PR).
Inscrições: email:ubm@uol.com.br
Informações: UBM (11) 3105 8216
Programação:
Dia 27/04 – sexta-feira
08h30 - Abertura do Encontro com o pronunciamento das autoridades presentes.
09h - Mesa redonda:
As Mulheres no Contexto da RIO+20 – Governança mundial – Economia Verde.
Convidad@s: Vanessa Grazziotin (Senadora – AM); Socorro Gomes (CEBRAPAZ – PA); Laura Jesus de Moura e Costa (CTB-PR).
11h30 - Abertura dos debates.
12h30 - Almoço (livre ou por adesão).
14h – Debate sobre: Meio Ambiente e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento – Os pilares da sustentabilidade socioambiental – Reformas Urbana e Agrária, Segurança Alimentar e Nutricional, matriz energética, além de outros.
Convidad@s: Aldo Arantes (Presidente do INMA - Instituto Nacional de Defesa do Meio Ambiente e Secretário Nacional de Meio Ambiente do PC do B); Jussara Cony (Secretária de Estado do Meio Ambiente do RS); Deputada Federal Rosane (PV-PR), Maria Isabel Corrêa (UBM – Palmeira).
16h – 16h30 – Cafezinho com música.
16h30 - Abertura dos debates.
18h - Encerramento dos trabalhos desse dia.
19h30 – Na UNIBRASIL – Lançamento do Livro "Meio Ambiente e Desenvolvimento - Em busca de um Compromisso"  organizado por Aldo Arantes e publicado pela Fundação Maurício Grabois.
Local: Auditório Barão do Cerro Azul – bloco 5- UNIBRASIL - Rua Konrad Adenauer Nº 442- Bairro Tarumã - Curitiba - PR.

Dia 28/04 – sábado

08h30 – PAINEL DE INFORMAÇÃO: A Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental.
Convidadas: Carmen Foro (CONTAG), Liége Rocha (UBM),   Maria Nagy Rodrigues - Mestre em Sociologia e consultora técnica do DAGEP para a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta.
Elza Maria Campos (Coordenação da Mesa)
10h30 – Grupos de Discussão
– Participação da UBM na RIO+20; mobilização e organização; A Carta de Curitiba.
12h30 – Almoço (livre ou por adesão).
14h – 15h20 – Encontro Vivencial com Graciela Scandurra: "Sementes que transformam. Mulheres e Meio Ambiente."
15h20 – 15h45 – Cafezinho.
15h45 – 17h30 – Plenária dos Grupos de Discussão e Aprovação da Plataforma Mínima de Meio Ambiente da UBM e da Carta de Curitiba, para apresentá-la na RIO+20.
18h – Encerramento do I Seminário Nacional de Meio Ambiente da UBM.

Fonte: UBM União Brasileria de Mulheres
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Reunião SEMAS

C o n v i t e


Temos o prazer e a honra de convidá-lo para uma reunião da Secretaria Meio Ambiente e Sustentabilidade-SEMAS com os representantes de entidades para criação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação Refúgo de Vida Silvestre – RVS ( Art. 13, SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000  ) da Mata do Engenho Uchoa.

Sua presença será indispensável para a criação de um Conselho Gestor representativo no sentido de manter uma inabalável determinação da conquista do Parque Natural Rousinete Falcão, 192ha remanescente de Mata Atlântica.

Clique abaixo e acesse o Decreto Estadual nº36.627/2011 sobre a Criação e Implantação de Unidades de Conservação de Pernambuco. 


Dia: 27 / 04 / 2012 (sexta-feira)
Hora: nove horas
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE.
           Tel. 3252.9941 / 3181.2956

Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 8595.8666
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518
Patrícia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195

Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dia do Índio



Movimentos


19 de Abril de 2012 - 10h26

Dia do Índio: Yanomanis isolados estão ameaçados por garimpo


Este ano, celebra-se os 20 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami. O anúncio, feito às vésperas da Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), em 1992, no Rio de Janeiro, permitiu a permanência de índios "isolados", mas a presença do garimpo ilegal a menos de 15 km da aldeia onde vivem ameaça sua sobrevivência.


A Hutukara Associação Yanomami divulgou em seu site nesta quinta-feira (19) imagens inéditas de grupo yanomami isolado reconhecido como os Moxi hatëtëma thëpë por seus vizinhos. O vídeo Grupo Yanomami Isolado mostra cenas filmadas em julho de 2011 pelo cinegrafista da Hutukara Morzaniel Iramari Yanomami, durante sobrevoo realizado em parceria com a Funai, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye'kuana.

Pelas imagens pode-se estimar uma população aproximada de 70 pessoas e aparentemente com boa saúde. Os Moxi hatëtëma thëpë são conhecidos de longa data dos Yanomami que vivem em suas proximidades, e com quem sempre mantiveram relações de inimizade. A Funai já havia registrado a presença desses isolados na década de 1970 tendo realizado algumas tentativas frustradas de entrar em contato com esse grupo. O vídeo divulgado pela Hutukara trata destas antigas relações de conflito, destacando que a política atual da Funai e dos Yanomami é de respeito à situação do isolamento,entendida como um ato coletivo voluntário.

Na época do sobrevoo, constatou-se que os Moxi hatëtëma thëpë correm perigo pois, segundo a Funai, existem garimpeiros atuando ilegalmente na TI Yanomami, a cerca de 15 km de sua aldeia. Esta proximidade vem restringindo as áreas de uso dos Moxi hatëtëma thëpë, empurrando-os para mais perto de outros Yanomami e aumentando cada vez mais os riscos de conflitos e/ou de uma crise epidemiológica, com consequências catastróficas.

Este ano, a Hutukara está dando destaque aos 20 anos de homologação da Terra Indígena Yanomami, ressaltando conquistas e desafios dos Yanomami e Ye´kuana. A demarcação permitiu a permanência de grupos Yanomami vivendo de forma autônoma em seu território, caso dos Moxi hatëtëma thëpë, sem contato com a sociedade brasileira e com outros indígenas. Ainda assim, apesar destes 20 anos, a Terra Indígena Yanomami segue exposta à presença de garimpeiros e fazendeiros, sendo urgente a consolidação de um plano de proteção e gestão do território, tema central das atividades desenvolvidas pela Hutukara e pelo ISA na Terra Indígena.

Fonte: Instituto Sócio Ambiental


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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Reunião CONSEMA/PE









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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Logo cedo

Movimento é convidado para entrevista amanhã as seis e meia no programa REDATOR COMUNITÁRIO, levado ao ar todo dia das seis as sete horas da manhã pelo jornalista Roberto Souza , na Rádio Universitária 99.9 FM do Recife / Pernambuco ( PE ) - Brasil.

REDATOR COMUNITÁRIO , um programa que engrandece a cultura pernambucana.
É a TV pública cumprindo seu papel.

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domingo, 15 de abril de 2012

C o n v i t e reunião extraordinária

C o n v i t e

 
Dia: 17 / 04 / 2012 (terça-feira)
Hora: nove horas
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE.
           Tel. 3252.9941 / 3181.2956

Reunião extraordinária em abril. Pauta: composição do Conselho Gestor da Unidade de Conservação Reserva de Refúgo de Vida Silvestre – RVS ( Art 13, SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000  ). Mata do Engenho Uchoa. Esse Conselho será criado no dia 27 / 04 / 2012 com a participação da Secretaria Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS para ser apresentado á mesma.
Para isso estamos tendo a honra e o prazer de convidar você, como representante da sua entidade, no sentido de contribuir com um conselho representativo.

Clique abaixo e acesse o Decreto Estadual nº36.627/2011 sobre a Criação e Implantação de Unidades de Conservação de Pernambuco. 



Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 8595.8666
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518
Patrícia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195

Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Movimento da Mata Uchoa apresenta propostas para conselhos gestores das UCs

A Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) realizou nesta quinta-feira (12) a terceira reunião para a formação dos Conselhos Gestores das Unidades de Conservação (UCs). Na pauta,  a apresentação das propostas de composição dos Conselhos Gestores das UCs. Durante o encontro, o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa apresentou sua proposta  para os conselhos gestores acompanhada da reivindicação de desapropiração dos 20 hectares da Reserva de Refúgio de Vida Silvestre (RVS), que hoje se encontram sob a responsabilidade do Estado, mas pertencem a particulares. No total, o espaço possui 192 hectares e a luta do Movimento é no sentido de que seja implantado o Parque Natural Rousinete Falcão na área de preservação ambiental (APA) ali existente.
mata_uchoa
Mata do Engenho Uchoa, Zona Oeste do Recife


“Dessa foram, estaremos garantindo que os interesses privados não prevaleçam sobre os interesses públicos, de uma população formada por 270.000 pessoas, integrantes dos 11 bairros do entorno e  que lutam pela criação do parque durante três décadas. É a defesa da qualidade de vida para nós, cidadãos do Recife”, explicam os representantes do movimento.

O encontro foi coordenado por Giannina Cysneiros Bezerra, analista de desenvolvimento ambiental, e Hélvio Polito, secretário executivo da Semas. Após a leitura e debate das propostas a secretaria apresentou uma contraproposta e o calendário de reuniões no local de cada uma das UCs. A reunião com o Conselho Gestor proposto pelo Movimento da Mata do Engenho Uchoa ficou marcada para o dia 27 / 04 / 2012 ( sexta-feira ) na área.

Participaram da reunião a CIPOMA e o Exército. O Movimento se fez representar por Michelly e Luciana Silva, do Centro Escola Mangue; Edmar Neto, José Inácio, Márcia Branco, do gabinete do deputado Luciano Siqueira (PCdoB); José Semente, Alexandre Moura, da Ecos, e Augusto Semente.

Defesa da mata
O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa é fruto de uma luta de 33 anos pela construção do Parque na Mata do Engenho Uchoa, área remanescente de Mata Atlântica. A entidade tem em seu histórico reconhecidas conquistas, que vão desde o impedimento de construção de condomínios de luxo, que favoreceria a especulação imobiliária até mais recentemente a interrupção da construção de uma usina de beneficiamento de lixo na área.

Conselho Gestor e desapropriação rumo ao Parque Natural Rousinete Falcão com 192ha, remanescente de Mata Atlântica.

Salve 32 anos de luta por um Recife Melhor.

Da Redação do site, com informações do Movimento da Mata Uchoa.
Fonte: site deputado Luciano Siqueira
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