domingo, 30 de julho de 2023
SBPC: Emergência climática exige mudança do modelo socioeconômico, diz Paulo Artaxo
As mudanças climticas são uma realiadade e os efeitos recai sobre os menos favorecidos como aconteceu em Jardim Monte Verde é urgente nos unirmos para mudar o modelo socioeconômico, precisamos dá uma basta a esse modelo predatório.
sexta-feira, 28 de julho de 2023
Qual a Influência dos Resíduos Sólidos nas Mudanças Climátidas?
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambienta - ABES/PE.
Promove Evento: Qual a Influência dos Resíduos Sólidos nas Mudanças Climátidas?
Participantes: Silvania Cabral e Hévio Polito Lopes Filho
sábado, 22 de julho de 2023
Censo escancara drama da moradia: imóveis vazios e milhões sem teto
URGE A REFORA UBANA, AGRÁRIA DENTRE OUTRAS!
“mas essas questões precisam ser debatidas para que não se fortaleça a especulação e se priorize o aspecto social, de maneira a priorizar famílias de baixa renda e fortalecer a democratização do acesso à cidade, em contraposição a essa visão predominante que coloca a cidade e a moradia como mercadorias”. ( presidente da CONAM Getúlio Vargas Júnior )
Censo escancara drama da moradia: imóveis vazios e milhões sem teto
País tem 11,4
milhões de imóveis vagos e 6 milhões de pessoas sem casa. Para especialistas,
programas de moradia, uso de prédios vazios e IPTU progressivo podem reduzir
déficit
Publicado 19/07/2023 14:59
O Censo 2022 expôs um problema que,
apesar de antigo, está longe de ser totalmente solucionado: a falta de moradia,
que atinge milhões de brasileiros. O déficit habitacional piorou nos últimos
anos com a crise econômica, o desemprego, a pandemia e a completa ausência de
investimentos em políticas públicas — além do desmonte das que existiam — por
parte do governo de Jair Bolsonaro.
De acordo com o Censo, feito pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 90 milhões de
domicílios no país, dos quais 11,4 milhões, ou 12%, estão vagos — à venda, para
alugar ou abandonados. Aqui, não estão incluídas as casas de uso ocasional,
como aquelas oferecidas por sites de hospedagem ou usadas em temporada. Em
relação ao Censo anterior, de 2010, o aumento de moradias desocupadas foi de
87% — naquele ano, havia pouco mais de seis milhões de imóveis nessa situação.
O cenário revela um número recorde de habitações vagas.
Por outro lado, sobra gente sem lugar
para morar ou que vive em condições inadequadas. Segundo dados da Fundação João
Pinheiro, de 2019, há cerca de seis milhões de pessoas sem lar e quase 25 milhões
vivendo em moradias precárias. E também existem aproximadamente um milhão de
famílias sob ameaça real e imediata de despejo, seguras ainda pelos
desdobramentos da Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
828, que tramitou no Supremo Tribunal Federal e suspendeu as remoções durante a
pandemia.
Na matemática fria, e considerando
apenas os que não têm casa, seria possível ocupar esses imóveis vazios e
ainda sobrariam milhares. Porém, mesmo com essa margem, a conta não fecha
porque os locais não estão disponíveis para quem precisa.
Segundo especialistas, os dados
trazidos pelo IBGE ainda demandam análise mais aprofundada, com detalhamento
das informações para entender melhor esse aumento de moradias desocupadas, mas
dentre as razões que vêm sendo apontadas para explicar essa situação estão, por
exemplo, a desvalorização de áreas, como os centros de grandes cidades;
mudanças de hábito que incluem a busca por condomínios fechados; questões
ligadas a heranças; migração para outras cidades e empobrecimento da
população.
Mas, há outro fator especialmente
cruel nessa equação: a formação proposital de estoques de imóveis por
proprietários, na espera de que sejam valorizados para, então, negociá-los, no
processo conhecido como especulação imobiliária. Assim, quem tem dinheiro
enriquece mais, enquanto milhões ficam sem ter onde morar ou são empurrados
para bairros cada vez mais longínquos e desprovidos de infraestrutura urbana e
equipamentos públicos.
Ação do Estado
“Acho que a saída para esse problema
é uma visão de Estado sobre quem precisa ter prioridade no país.
Constitucionalmente, ter moradia digna é um direito do cidadão e da cidadã. E a
gente vê que isso nunca foi respeitado. O próprio Estatuto da Cidade, por
exemplo, estabelece o uso da propriedade para fins sociais”, disse, ao Portal
Vermelho, o professor José Marcos da Cunha, do Núcleo de Estudos de
População “Elza Berquó” (Nepo) da Unicamp.
Para Cunha, o problema é que a lógica
da propriedade privada “é o que prevalece num país totalmente desigual, em que
as pessoas tiveram acessos diferenciados a vida inteira. Você vê muitos imóveis
sobrando, mas esses imóveis não são acessíveis para a maioria da população”.
Neste sentido, além de programas como o Minha Casa, Minha Vida, ele defende o uso
de locais vazios nas cidades para a moradia popular.
Leia também: Minha Casa, Minha
Vida financiará 2 milhões de moradias
O governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva tem se dedicado ao tema da moradia como um dos elementos para a
superação das desigualdades e da pobreza, ponto central de seu terceiro
mandato. No dia 1e de julho, Lula sancionou a
lei criada a partir de medida provisória, aprovada no Congresso, do
novo programa Minha Casa, Minha Vida, que tem como objetivo contratar 2 milhões
de habitações até 2026, com recursos do orçamento da União e de financiamentos
via FGTS.
Outra medida que vem sendo aventada
pelo governo vai ao encontro da ocupação de imóveis vazios — no caso, a
possibilidade de se utilizar prédios e terrenos da União para moradia popular.
“Em vez de levar o povo para morar 20 quilômetros distante do centro da cidade,
leve o povo para onde já tem escola, asfalto, energia elétrica e linha de
ônibus”, disse o presidente ao sancionar a lei do MCMV. Ele defendeu a
adaptação de imóveis públicos abandonados para serem usados como unidades
habitacionais. Só do INSS, disse, são cerca de 3 mil.
Função social
“Com a ruptura democrática em 2016,
que levou ao fim dos conselhos, entre eles o das Cidades, a gente acabou tendo
um retrocesso muito grande nesses últimos sete anos no Brasil. No nosso
entendimento — e já temos debatido isso com o Governo Federal —, além de
retomar o Minha Casa Minha Vida, é preciso adequar imóveis abandonados, muitos
deles públicos, mas também particulares, em especial nos grandes centros, para
que sirvam de moraria. Os centros das grandes cidades são locais que já têm
infraestrutura urbana, serviços e equipamentos públicos e muitos espaços
vazios”, explica Getúlio Vargas Júnior, presidente da Conam (Confederação
Nacional das Associações de Moradores).
Leia também: Lula propõe que
prefeitos cedam terrenos para casas populares
Outro passo importante que ele cita
para avançar no debate para a busca de soluções para o déficit habitacional é a
retomada do Conselho das Cidades. “Já existe o compromisso do presidente de
retomar, em até dois meses, o Conselho Nacional das Cidades e os movimentos de
moradia já estão conversando com o Ministério das Cidades”, pontua Vargas
Júnior. Ele também defende que até meados de 2024 seja realizada a
Conferência Nacional das Cidades, para envolver a população e os movimentos
desde a base.
O dirigente da Conam aponta ainda
que, com relação aos projetos habitacionais, “não basta simplesmente retornar
para o patamar de 2013 ou 2014, no pré-golpe. É preciso dar um salto de
qualidade porque a gente passou por um período muito duro. Se não fosse a ação
dos movimentos junto ao STF, com a campanha Despejo Zero, mais de um milhão de
famílias poderiam ter sido despejadas, além das que já foram durante a
Covid-19, ou seja, a gente teria tido uma pandemia seguida de outra ‘pandemia
de despejos’ no Brasil”.
Leia também: Governo aumenta
subsídio e diminui juros no Minha Casa, Minha Vida
Os movimentos de moradia também
defendem que sejam colocados em prática, de maneira ampla, instrumentos como o
IPTU progressivo, previsto no Estatuto da Cidade. A Lei 10.257, que o
instituiu, estabelece uma série de dispositivos para as prefeituras
implementarem nos seus planos diretores. “Mas, o que temos visto é que aquilo
que é bom para o mercado, que agiliza o ordenamento e o loteamentos das
cidades, sai do papel com muita facilidade. Mas o IPTU progressivo e outros
instrumentos que constam no Estatuto para que as cidades incorporem nos seus
planos diretores e façam aquilo que está na Constituição, de que a cidade
e a propriedade precisam cumprir a sua função social, a gente vê que ainda não
saiu do papel. Esse é um grande desafio que temos pela frente”, diz o
presidente da Conam.
Para Getúlio Vargas Júnior, este não
será um processo fácil, “mas essas questões precisam ser debatidas para que não
se fortaleça a especulação e se priorize o aspecto social, de maneira a
priorizar famílias de baixa renda e fortalecer a democratização do acesso à
cidade, em contraposição a essa visão predominante que coloca a cidade e a
moradia como mercadorias”. E conclui: “É um debate que tem de ser feito logo
porque quem precisa morar tem pressa”.
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Vale vendeu 93,2 toneladas de ouro como ‘subproduto do cobre’
A Herança Maldita de FHC - Fernando Henrique Cardoso privatização da Vale do Rio Doce - crime de lesa pátria - com o acidente que destruiu Mariana causando grandes danos ambientais e perdas de vidas e que até hoje esses danos não foram reparados, só deixando para nós O Rio Doce como O Rio Amargo.
Vale vendeu 93,2 toneladas de ouro como ‘subproduto do cobre’
CPIs que acontecem
no Pará apontam que a mineradora deixou de pagar o equivalente a R$446,7
milhões ao explorar mina de cobre e registrar o ouro retirado como ‘subproduto’
por Redação
Publicado 13/07/2023 14:46
Subsidiária da Vale, Salobo Metais,
em Marabá. Foto: Reprodução / Vale
Comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) no Pará apontam que a mineradora Vale extraiu ouro dos municípios de
Canaã dos Carajás (mina Sossego) e Marabá (mina Salobo) e vendeu para fora do
país sem pagar royalties. A operação irregular se sustentou durante dez anos e
explorou 93,2 toneladas de ouro que foram escondidos para a empresa deixar de
pagar o equivalente a R$446,7 milhões. As informações constam na reportagem de
Pedro Canário, no Uol.
A exploração ‘escondida’ foi
realizada em duas minas de cobre em que a empresa registrava o ouro como
subproduto dele. O valor milionário que a Vale deixou de pagar é pela
Compensação Financeira pela Exploração Mineral – royalty cobrado pela ANM
(Agência Nacional de Mineração) que destina a maior parte do valor aos municípios.
Outro dado trazido pelas CPIs indica
que o Brasil pode ter tido uma diferença na balança comercial de até R$20
bilhões com a possível prática da Vale.
Leia também: Roraima: PF
investiga grupo de garimpo ilegal que movimentou R$ 80 mi
São duas comissões, a CPI da Vale, da
Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que já encerrou os trabalhos, e a CPI
do Salobo (nome da mina), realizada pela Câmara dos Vereadores de Marabá e
acontece até o final do ano.
A Assembleia contratou uma
consultoria para analisar os dados oferecidos pela Siscomex (Sistema Integrado
de Comércio Exterior da Receita Federal).
Com os números da Alepa, os
vereadores deram continuidade às investigações no município e calcularam que a
Vale, entre 2012 e 2022, retirou das duas minas 7,7 milhões de toneladas de
cobre, ao valor de R$ 65,4 bilhões e pagou 1,2 bilhão de royalty/compensação.
Ao mesmo tempo as 93,2 toneladas de
ouro foram registradas como subproduto do cobre, com valor de R$ 832 mil. Aí
que mora a irregularidade apontada pelos vereadores.
Esse valor em toneladas de ouro ao preço
de R$ 320 o grama deveria ser de 29,8 bilhões. Com o imposto de 1,5% de
royalty/compensação da ANM, chega-se ao valor que a empresa deixou de pagar de
R$ 446,7 milhões nas duas minas.
Segundo a ANM, a Vale tem 124 processos referentes à cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral. Sobre o ‘ouro escondido’ nas minas Sossego e Salobo a Vale negou qualquer irregularidade.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Movimento entrega documento ao Superitendente da SUDENE
Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa entrega documento ao empossado Superintendente da SUDENE Danilo Cabral com as propostas do Movimento a Consulta Pública feita peita pela SUDENE em atualização ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste – PRDNE 2024-2027 em sintonia com o novo Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal e, solicita audiência, também foi entregue ao prefeito do Recife João Campos, o presidente do Banco do Nordeste Paulo Câmara, a Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação Luciana Santos, a Senadora Teresa Leitão e ao deputado Federal Renildo Calheiros e a governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra.
Abaixo documento entregue.
Número: CP-428859
MEIO AMBIENTE
Propostas do Movimento
A preservação da Mata do Engenho Uchôa, localizada na bacia do Rio Tejipió, tornou-se uma necessidade premente. Reconhecida pela ONU como Reserva da Biosfera Mundial, essa área de Mata Atlântica é vital para o equilíbrio ecológico da região, protegendo o sistema hídrico, solo, relevo, fauna e flora. Além disso, desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade ambiental urbana, criando um corredor ecológico que conecta o estuário aos outros trechos de mata na Região Metropolitana.
Entretanto, ao longo dos anos, a Mata do Engenho Uchôa, contornada por 11 bairros com população de cerca de 400.000 habitantes, tem sofrido com diversas pressões decorrentes da urbanização desordenada. A especulação imobiliária, incêndios criminosos, extração de recursos naturais e outras atividades têm causado degradação e fragmentação desse importante ecossistema. A resistência da comunidade tem sido fundamental para conter essas pressões, mesmo enfrentando grandes desafios.
É vital a revitalização do Rio Tejipió, com aproximadamente 20 km de extensão, o rio nasce em São Lourenço da Mata, passa por Jaboatão e deságua no Recife. A falta de planejamento urbano tem contribuído para a ocupação desordenada e a deterioração do rio, que atinge a população no período das intensas chuvas. Portanto, é urgente implementar uma Reforma Urbana que priorize o ordenamento territorial e a proteção dos recursos hídricos, permitindo a recuperação do Rio Tejipió e o enfrentamento a mudança do clima.
Essas ações são de suma importância para garantir a preservação da Mata do Engenho Uchôa, a revitalização do Rio Tejipió e a sustentabilidade urbana. Além disso, fortalecer a participação e o engajamento das comunidades locais, aliado a políticas públicas efetivas, é essencial para promover uma gestão ambientalmente responsável e garantir um futuro saudável para todos. A preservação desse valioso patrimônio natural é um investimento no bem-estar das presentes e futuras gerações.
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sábado, 8 de julho de 2023
Mata do Engenho Uchoa e o Rio Tejipió com a SUDENE pela Superação das Desigualdades Regionais!
CHAMAMENTO
Sudene abre consulta pública para atualização do PRDNE, o Movimento em Defesa da Mata do Engenho encaminhou como proposta para o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste – PRDNE 2024-2027 em sintonia com o novo Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal a preservação da Mata do Engenho Uchoa (Mata Atlântica) - desapropiação- e Revitalização do Rio Tejipió com a preservação de todas as Matas na Bacia do Rio Tejipio - como a Mata do Barro do 4º BCOM-Ex.
A SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento do Norteste tem um papel muito importante nessa Região tão sofrida - bem retratada na música A triste Partida composta por Patativa do Assaré e interpretada por Luiz Gonzaga - para superar as desigualdades Regionias e, principalmente nesse momento político com a eleição do presidente Lula.
O Movimento te chama vem reconstruir o Nordeste, o Brasil!
Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!
domingo, 2 de julho de 2023
Mata do Engenho Uchoa e Rio Tejipió no PPA 2024-2027
Mata do Engenho Uchoa e Rio Tejipió no PPA 2024-2027
De acordo com o
novo momento politico que estamos vivendo de volta a respirar Democracia com a
eleição do presidente Lula, o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa
encaminha proposta para o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste – PRDNE
2024-2027 em sintonia com o novo Plano Plurianual (PPA)
do Governo Federal assim esperando com mobilização e luta concretizar a desapropriação
da Mata do Engenho Uchoa que persiste há mais 40 anos e, também a Revitalização do Rio Tejipió que nos períodos
de intensas chuvas atinge a população causando grandes transtornos, assim enfrentando
esses problemas e a deterioração do Rio.
Abaixo nossas propostas:
Número: CP-428859
MEIO AMBIENTE
Propostas do Movimento
A preservação da Mata do Engenho Uchôa, localizada na bacia do Rio Tejipió,
tornou-se uma necessidade premente. Reconhecida pela ONU como Reserva da
Biosfera Mundial, essa área de Mata Atlântica é vital para o equilíbrio
ecológico da região, protegendo o sistema hídrico, solo, relevo, fauna e flora.
Além disso, desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade ambiental
urbana, criando um corredor ecológico que conecta o estuário aos outros trechos
de mata na Região Metropolitana.
Entretanto, ao longo dos anos, a Mata do Engenho Uchôa, contornada por 11
bairros com população de cerca de 400.000 habitantes, tem sofrido com diversas
pressões decorrentes da urbanização desordenada. A especulação imobiliária,
incêndios criminosos, extração de recursos naturais e outras atividades têm
causado degradação e fragmentação desse importante ecossistema. A resistência
da comunidade tem sido fundamental para conter essas pressões, mesmo
enfrentando grandes desafios.
É vital a revitalização do Rio Tejipió, com aproximadamente 20 km de extensão,
o rio nasce em São Lourenço da Mata, passa por Jaboatão e deságua no Recife. A
falta de planejamento urbano tem contribuído para a ocupação desordenada e a
deterioração do rio, que atinge a população no período das intensas chuvas.
Portanto, é urgente implementar uma Reforma Urbana que priorize o ordenamento
territorial e a proteção dos recursos hídricos, permitindo a recuperação do Rio
Tejipió e o enfrentamento a mudança do clima.
Essas ações são de suma importância para garantir a preservação da Mata do
Engenho Uchôa, a revitalização do Rio Tejipió e a sustentabilidade urbana. Além
disso, fortalecer a participação e o engajamento das comunidades locais, aliado
a políticas públicas efetivas, é essencial para promover uma gestão
ambientalmente responsável e garantir um futuro saudável para todos. A
preservação desse valioso patrimônio natural é um investimento no bem-estar das
presentes e futuras gerações.
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sábado, 1 de julho de 2023
Movimento quer levar “Nísia Trindade Fica!” à 17ª. Conferência de Saúde
Conferência Nacional de Saúde começa
no próximo domingo, dia 2, com movimento de defesa da ministra da Saúde, Nísia
Trindade, contra ataques do Centrão.
por Cezar Xavier
Publicado 28/06/2023 08:51 | Editado 28/06/2023 07:04
Militantes da saúde e delegados à
17ª. Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, reuniram-se nesta segunda
(26), numa plenária online para discutir a mobilização para o encontro histórico
que deve começar no próximo domingo (2) e segue até a quarta-feira (5), em
Brasília (DF). A 17ª. edição do evento pode chegar a 7 mil delegados e
convidados, sob o tema “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a
Democracia – Amanhã vai ser outro dia!”.
Uma das principais pautas debatidas
durante a plenária pela maioria dos delegados que participaram foi a defesa da
ministra da Saúde, Nísia Trindade, ex-presidenta da Fundação Osvaldo Cruz
(FioCruz). A titular da Saúde é ‘alvo de fritura’ pelo Centrão, que anseia pela
pasta e pressiona o Governo para apoiar seus projetos no Congresso. O nome
cotado para substituí-la, segundo as especulações, seria o deputado Luizinho
(PP), próximo a Arthur Lira e secretário de Saúde do governo Cláudio Castro
(RJ).
O Ministério da Saúde é considerado
um ‘bife suculento’ para o Centrão pela dimensão do orçamento e impacto
político de suas realizações. Fontes anônimas na imprensa têm acusado a
ministra de “não ter entregado nada”. A ministra não sofre ataque por eventuais
defeitos, mas pela qualidade do controle rígido que mantém sobre o
orçamento.
Leia também: Diretor-geral da OMS diz que escolha de Nísia para a
Saúde é “excelente”
A deputada federal e médica, Jandira
Feghali (PCdoB-RJ) foi uma das vozes que se manifestaram, na internet, em
defesa da ministra. “Nísia Trindade tem uma das mais árduas tarefas do governo
Lula, pois além de reconstruir o SUS e ampliar o acesso da população à saúde,
precisa lidar com matérias que buscam atingi-la atendendo a interesses pouco
declarados, mas conhecidos”, diz ela sobre a tentativa de
desestabilização.
Jandira ainda pontua as entregas de
Nísia, que, “em tão pouco tempo”, assegurou a volta das campanhas de vacinação,
valorizou os cuidados da Atenção Primária, recupera políticas públicas,
trabalha firme na criação do Complexo Industrial da Saúde e vem construindo uma
qualificada relação com o Congresso Nacional. “Seu trabalho à frente da Fiocruz
foi essencial para o Brasil, assim como sua gestão à frente da Saúde Pública
está sendo transformadora. Nísia fica!”, completou ela.
Militantes da saúde e delegados à
17ª. Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, reuniram-se nesta segunda
(26), numa plenária online para discutir a mobilização para o encontro histórico
que deve começar no próximo domingo (2) e segue até a quarta-feira (5), em
Brasília (DF). A 17ª. edição do evento pode chegar a 7 mil delegados e
convidados, sob o tema “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a
Democracia – Amanhã vai ser outro dia!”.
Uma das principais pautas debatidas
durante a plenária pela maioria dos delegados que participaram foi a defesa da
ministra da Saúde, Nísia Trindade, ex-presidenta da Fundação Osvaldo Cruz
(FioCruz). A titular da Saúde é ‘alvo de fritura’ pelo Centrão, que anseia pela
pasta e pressiona o Governo para apoiar seus projetos no Congresso. O nome
cotado para substituí-la, segundo as especulações, seria o deputado Luizinho
(PP), próximo a Arthur Lira e secretário de Saúde do governo Cláudio Castro
(RJ).
O Ministério da Saúde é considerado
um ‘bife suculento’ para o Centrão pela dimensão do orçamento e impacto
político de suas realizações. Fontes anônimas na imprensa têm acusado a
ministra de “não ter entregado nada”. A ministra não sofre ataque por eventuais
defeitos, mas pela qualidade do controle rígido que mantém sobre o
orçamento.
Leia também: Diretor-geral da OMS diz que escolha de Nísia para a
Saúde é “excelente”
A deputada federal e médica, Jandira
Feghali (PCdoB-RJ) foi uma das vozes que se manifestaram, na internet, em
defesa da ministra. “Nísia Trindade tem uma das mais árduas tarefas do governo
Lula, pois além de reconstruir o SUS e ampliar o acesso da população à saúde,
precisa lidar com matérias que buscam atingi-la atendendo a interesses pouco
declarados, mas conhecidos”, diz ela sobre a tentativa de
desestabilização.
Jandira ainda pontua as entregas de
Nísia, que, “em tão pouco tempo”, assegurou a volta das campanhas de vacinação,
valorizou os cuidados da Atenção Primária, recupera políticas públicas,
trabalha firme na criação do Complexo Industrial da Saúde e vem construindo uma
qualificada relação com o Congresso Nacional. “Seu trabalho à frente da Fiocruz
foi essencial para o Brasil, assim como sua gestão à frente da Saúde Pública
está sendo transformadora. Nísia fica!”, completou ela.
+Nísia é +SUS
A plenária foi uma iniciativa do
Movimento Nacional Saúde pela Democracia +SUS é +Brasil. Entidades de
movimentos sociais como sindicalistas, militantes da luta por moradia),
movimento de juventude, de combate ao racismo e de mulheres, participaram do
debate, assim como cerca de 200 militantes de partidos como PCdoB, PDT, PSB,
conselheiros de Saúde, gestores e profissionais de saúde, entre outros não
filiados a partidos.
Leia também: Nísia Trindade assina ‘revogaço’ de medidas que ferem
ciência e direitos humanos
Getúlio Vargas, presidente da Conam,
pontuou a importância que esta 17a. CNS terá na defesa da ministra Nísia, sob
ataque de setores políticos que querem o controle dos recursos do Ministério.
“Nísia não é de partido, mas representa a ciência, a FioCruz e o SUS n
Ministério da Saúde após um período sombrio de negacionismo
bolsonarista”.
Para Getúlio, a 17ª CNS também tem o
papel de reafirmar a pauta do Governo Lula “e o programa vitorioso e de
resistência do último período, que tem o DNA desses movimentos”, e foi eleito
em 2022.
Vanja Santos, da UBM, salientou os
desafios que devem estar postos a partir de domingo. Na opinião dela, as
conferências nos estados e municípios encontraram muita resistência nas
mudanças e até fascismo no debate sobre o SUS.
A militante feminista afirmou como o
bolsonarismo continua presente nos debates sociais, buscando “escamotear” os
debates propostos nos eixos da Conferência. “As mulheres brasileiras são as
mais atacadas nos seus direitos sexuais e reprodutivos”, diz ela.
Leia também: Ministra da Saúde, Nísia Trindade, é respaldada pelo
Conass
Vitória Davi, liderança da juventude,
afirmou que “não podemos nos enganar”. “A reconstrução do SUS é um
enfrentamento contra as forças deles”, disse ela, enfatizando que a 17a. CNS
vem com muita força.
Conceição Silva (PE), da
Unegro, também considera a Conferência histórica por representar a
retomada da democracia e a reconstrução do SUS, “após o caos sanitarista que
levou a muitas vidas perdidas”. Ela lembrou como a população negra sofre
primeiro as vulnerabilidades da saúde e da miséria.
A farmacêutica e liderança de
mulheres, Jussara Cony, falou do significado da amplitude deste momento da
plenária para traduzir para a conferência a necessidade de conquistar muita
gente para o movimento e “fazer o enfrentamento do veneno fascista”.
“Somos a maioria das usuárias e
trabalhadoras, e quem mais sofre quando acontecem retrocessos. Por isso, mesmo,
temos um caso de amor com o SUS”, disse ela sobre as mulheres. Ela falou de seu
sonho de uma Universidade do SUS e da necessidade de fortalecer Nísia.
Leia também: 17ª Conferência de Saúde mobiliza mais de um milhão de pessoas
Mario Kato considera que é preciso
politizar propostas e ser claros para conquistar adesão. Ele defendeu a
necessidade de falar com muita clareza sobre a disputa no Banco Central que faz
com que 46% do orçamento sejam dedicados para amortização da dívida, deixando
3,3% para saúde. Para ele, Nísia representa a reconstrução do SUS após a
“catástrofe”. Para ele, ela sofre ataques por ser uma mulher competente.
A relatora da plenária Francisca
Valda lembrou que temos um Congresso que trabalha para o outro projeto,
por meio de chantagem e sabotagem, com apoio da mídia corporativa para promover
uma agenda desumana.
Lastrear e referendar propostas
O ex-conselheiro de Saúde e
farmacêutico, Ronald Santos, ressaltou a potência que a saúde tem de mobilizar
a sociedade e confrontar ideias. Ele leu e comentou as ideias expostas no
Manifesto aprovado em conferência livre, com um conjunto de proposições que
foram consenso nas tarefas da saúde.
Leia também: Conferência Livre ‘Saúde pela Democracia’ aprova
propostas
“Propostas que precisam ganhar as
bases e territórios para enfrentar esse tempo. São o que acumulamos até o
momento e que pretendemos articular nesta reunião de trabalho”, pontuou o
sindicalista da Fenafar (Federação Nacional de Farmacêuticos).
Ronald, então, fez uma apresentação
das propostas levantadas e expressas no Manifesto do Movimento Nacional Saúde
pela Democracia. Para ele, a plenária tem o objetivo de mostrar o que foi
acumulado como grandes consensos “para lastrear e referendar com força social e
política, pois não basta apenas ter as melhores ideias”.
Ele lembrou que mais de dois milhões
de brasileiros se mobilizaram em torno deste debate nas conferências por todo o
país. Entre as propostas, ele resumiu a necessidade de discutir a locação das
riquezas e recursos, após um governo em que o orçamento secreto nada mais foi
que a disputa por eles. “Apontar um percentual é entrar na disputa
efetiva”, disse ele, sobre a proposta de elevar o piso mínimo para Ações e
Serviços Públicos de Saúde (ASPS) ao ponto de chegar a 6% do Produto Interno
Bruto.
Citou ainda a necessidade de reforçar
que SUS é integralidade e universalidade na prestação do serviços e saúde. Não
basta atender a todos, mas atender com integralidade. Mencionou a necessidade
de discutir o piso da enfermagem, como prioridade na valorização dos
profissionais.
Leia também: Conferência Nacional Livre de Saúde das Mulheres mobiliza
para a 17ª CNS
Para ele, é preciso fazer a população
entender com clareza a importância de baixar os juros. “O Brasil foi tomado de
assalto por parasitas rentistas. Os juros mais altos também são responsáveis
pelo crônico subfinanciamento do SUS”.
Ronald mencionou a necessidade de
tecnologia e indústria nacional, que ficou claro na pandemia, quando ficamos
sem máscaras, oxigênio e até antibióticos. Para isso, há a defesa do
desenvolvimento de um Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
“O racismo e o machismo são dilemas
estruturais que mais se expressaram no último período e exigiram enfrentamento
do SUS”, acrescentou. Os direitos das mulheres foram, segundo ele, uma barreira
enfrentada no SUS.
“É preciso ampliar a maioria social
em torno dessa agenda. Aglutinar força social e política a nosso movimento”,
enfatizou ele, pedindo a que cada um procure os parceiros de luta em todos os
partidos e mesmo fora deles.
Leia também: 100 dias: governo prioriza a Saúde e expande a atenção
básica, diz Nésio
“Os Grupos de trabalho da Conferência
têm momentos importantes para ter presença de diálogo com delegados de outras
forças políticas que podem se alinhar com nossas propostas”, sugeriu. Isso é
importante, para incorporar essa agenda com capilaridade e chegar à plenária
final de forma organizada.
“Temos a pretensão da construção de
maioria politica nos territórios”, reafirmou. “É preciso atrair todos que têm
um grau de convergência em torno da valorização do SUS, do trabalho e do
serviço público. Uma pauta que una, não divida”.
Ele também recomendou que todos levem
material que dê presença visual às propostas do movimento. Foi organizado um
grupo de Whatsapp para manter o diálogo entre os participantes ativo.
Leia o manifesto do Movimento Nacional Saúde pela Democracia +SUS é +Brasil