quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

2017 não vai ter trégua, continuaremos na luta em Defesa da nossa Democracia!

Bartíria Costa: Contra o retrocesso e pela garantia de direitos



Conam
Bartíria Costa (ao microfone)Bartíria Costa (ao microfone)
Confira abaixo o artigo na íntegra:
2017 não vai ter trégua, continuaremos na luta em Defesa da nossa Democracia!

O ano de 2016 foi marcado por muitas contradições, um ano que o Brasil presenciou uma Câmara e um Senado onde a maioria não tem a menor intenção de defender o povo, apenas em defender seus próprios interesses. Presenciamos um Judiciário e uma mídia parcial, agindo como se fossem verdadeiros partidos, a mídia divulgou inverdades como se fossem verdades, vimos rasgar nossa Constituição, vimos o golpe da nossa democracia quando destituíram uma presidenta legitimamente eleita com mais 54 milhões de votos.

Presenciamos tudo isto com muita luta. A Conam, juntamente com outros movimentos populares, acampou, ocupou, foi às ruas para defender nossa democracia, para garantir que o projeto, construído durante os 12 anos de governo democrático, não fosse derrotado e não fossem retirados os avanços das políticas sociais.

Toda mobilização das entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não foi capaz de impedir o golpe. Vimos uma presidenta sem crime ser afastada, um vice-presidente golpista assumir a presidência com uma agenda antipopular, antidemocrática e conservadora. Colocou uma polícia ostensiva e ofensiva para coibir as mobilizações e fomos tratados como criminosos. Desrespeitou nossa Constituição articulando a aprovação da PEC 55/2016 (a PEC do fim do mundo), maior retrocesso das políticas sociais nas áreas de saúde e educação, redução de recursos para habitação de interesse social, privatização para os serviços de água, saneamento e energia...Com essas medidas o movimento popular precisa mais do que nunca resistir.

Interromper o Programa Minha Casa Minha Vida, fruto de mobilização dos movimentos da Reforma Urbana, é um duro um golpe para nossas comunidades, em particular para nossas famílias que precisam de moradia digna. Infelizmente essa política tem apoio da maioria de um parlamento cada vez mais distante dos anseios da sociedade.

Continuaremos na luta, não daremos trégua. Defender nossa democracia e garantir os nossos direitos será nosso foco. Nesse sentido, a unidade dos movimentos populares será muito importante, precisamos repensar novas formas de mobilizações e de ações.

Em 2017, além das lutas que não serão poucas, já no mês de janeiro, estaremos no Fórum Social das Resistências, em Porto Alegre. Estaremos mobilizados para realizar o décimo terceiro Congresso da CONAM, momento muito importante para debater, refletir e redefinir nossas ações estratégicas para os próximos períodos. Precisamos fortalecer e estruturar o movimento comunitário para que possa continuar combativo.

O próximo período passa por mudanças profundas. Saímos de uma agenda de avanços para uma agenda de resistências contra os retrocessos e pela garantia de direitos. O próximo ano promete ser de instabilidade política, de ataques aos movimentos e de criminalização das lutas sociais e urbanas. Estaremos em combate, não desistiremos. A luta continua, resistir sempre. Eleições diretas já!


Bartíria Lima da Costa 
Presidenta da CONAM


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada


Fórum Social das Resistências 2017

CONVOCATÓRIA

Caras Companheiras e Caros Companheiros,
A conjuntura mundial nos pede coragem. E frente ao crescente processo de retrocessos politicos, sociais, econômicos e o aprofundamento da crise ambiental há várias iniciativas de coletivos, movimentos e organizaçoes sociais em lutas e resistências. Reunir estas várias experiências para troca de informações, criar pontos de contatos e pensar formas de unir e acumular forças é uma necessidade.
Por isso estamos convidando à todas e todos que estão mobilizadas e mobilizados contra a retirada de direitos para se somarem num esforço coletivo para a realização de um FÓRUM SOCIAL DAS RESISTÊNCIAS – por democracia e direitos dos povos e do planeta a se realizar de 17 a 21 de Janeiro de 2017 em Porto Alegre, Brasil. A data é em contraposição ao Fórum Econômico de Davos, evento que congrega o pensamento neoliberal responsável pela crise civilizatória que a humanidade vive.
Nossa proposta é uma iniciativa de vários organizações e movimentos sociais brasileiros em diálogo com atores e atrizes sociais da América Latina e do Mundo. Este Fórum ocorre no âmbito das dinamicas e metodologias horizontais que caracterizam os processos do Fórum Social e pretende contruibuir com a dinâmica de renovação e ampliação do próprio FSM.
Como dinâmica do evento propomos que no dia 17 de janeiro de 2017 haja um grande ato internacional em defesa das lutas e resistências no Brasil, na América Latina e no Mundo. Já, nos dias 18 e 19 de janeiro de 2017 sejam dedicados para grandes debates de convergências das temáticas centrais dos processos de resistências. Já, os dias 20 e 21 de janeiro de 2017 serão reservados para as agendas e atividades autogestionadas. Neste dias, propomos que todas e todos possamos ocupar o Parque Farroupilha com nossas barracas, atividades politico culturais, mostras, expressões artísticas e atos politicos. Neste sentido, estamos propondo a seguinte dinânica para o evento:
Programação
Dia 17 de Janeiro de 2016
17hs – Marcha dos Povos em Resistência – Largo Glênio Peres
19hs – Ato por Democracia e Direitos dos Povos – Largo Zumbi dos Palmares
Dia 18 de Janeiro de 2016
9hs – Análise da Conjuntura Internacional – Auditório Araújo Viana
Dinâmica: falas provocativas sobre as dimensões do poder econômico, poder político, poder militar e poder social no mundo; Momento de discussão coletiva em pequenos grupos com perguntas orientadoras; Conclusão com 15 a 20 falas de 5 minutos refletindo os debates;
14hs – Análise da Conjuntura da América Latina – Auditório Araújo Viana
Falas de representações dos países da América Latina composta por militantes dos movimentos sociais, intelectuais e pesquisadores;
Conclusão com 15 a 20 falas sobre perguntas orientadoras;
Dia 19 de Janeiro de 2016
9hs Plenárias das Resistências – Vários Espaços
Realização de várias plenárias temáticas sobre as lutas e resistências em andamento no Brasil, na América Latina e no Mundo;
Cada Plenária deverá produzir um relatório síntese com base em duas ou três perguntas orientadoras;
14hs – Assembleia dos Povos Luta e Resistências – Auditório Araújo Viana
Apresentação dos relatórios sínteses das plenárias de resistências sobre os debates;
20 e 21 de Janeiro de 2017
9hs as 17hs – #OcupaParqueFarroupilha – Atividades Autogestionadas –
17hs – Ato de Encerramento – Parque Farroupilha
Do ponto de vista da mobilização, comunicação, infraestrutura e organização estamos num grande esforço coletivo de mobilização de recursos humanos e financeiros via a formação de um fundo colaborativo formado pela contribuição individual ou coletiva de atrizes e atores sociais que apoiam nossa iniciativa. Não haverá acesso a recursos públicos ou empresariais para a realização de nosso evento.
Para saber mais sobre o evento acesse nosso endereço eletrônico: www.forumsocialportoalegre.org.br ou pelo contato telefônico +55 (51) 3221.3521 ou pelo e-mail espaco.fsm.poa@gmail.com ou comunica.fsmt@gmail.com ainda com qualquer uma das organizações e movimentos sociais que participam do Comitê de Apoio Local ao Fórum Social das Resistências abaixo relacionadas. Se deseja entrar no whatsApp do evento, mande msm com seu número para (51) 981.336500 ou (51) 999.091533 ou (051)992.069749. Vamos viralizar o Fórum Social das Resistências utilizando as hastags:
#EuResisto
#Resistências
#FSResistências2017

Recife lança Plano para reduzir emissão de gases poluentes

Recife lança Plano para reduzir emissão de gases poluentes 



UOL
Plano foi criado com base na quantidade de gases poluentes emitidos Plano foi criado com base na quantidade de gases poluentes emitidos 
“A cidade do Recife já está vivendo as consequências das mudanças climáticas, o que precisamos é nos preparar para o que pode acontecer. Isso envolve a sobrevivência da humanidade, se não começarmos a nos adaptar, o planeta pode entrar em colapso”, afirma Inamara Mélo, secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade da capital pernambucana. 

O plano foi criado com base na quantidade de gases poluentes que o Recife emite em quatro setores estratégicos: transporte e mobilidade urbana,resíduos e saneamento, energia e desenvolvimento urbano sustentável. “Temos três inventários que apontam os setores da economia que mais emitem este tipo de gás. Com o plano, podemos adotar medidas para reduzi-las”, esclarece a secretária. 

O setor de transporte é responsável pela maior quantidade emissão. No último inventá- rio, feito nos anos de 2014 e 2015, a energia elétrica aparece em segundo lugar e o setor de resíduos em terceiro. 

Em resumo, o plano propõe que população e poder público se unam para preparar a capital pernambucana para outras consequências dessas mudanças. “É importantíssima a adesão da sociedade. Nós podemos dar a estrutura e oferecer propostas de solução, mas sem essa adesão, nada vai funcionar. Medidas simples como o ato de priorizar o uso de bicicletas e transportes compartilhados/públicos; garantir a manutenção das áreas verdes da cidade, sejam públicas ou privadas; e investir num padrão de consumo mais consciente no dia a dia já demonstram grande comprometimento das pessoas”, completa Inamara Mélo.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada Pernambuco
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Lançamento do projeto Coletivo Jovem de Meio Ambiente

Prezados(as) Senhores(as)


A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, convida para o lançamento do projeto Coletivo Jovem de Meio Ambiente, a ser realizado dia 16 de dezembro às 10 horas no Econúcleo Jaqueira.

O projeto é oriundo de recursos da emenda parlamentar da deputada Luciana Santos e objetiva envolver a população juvenil nas discussões sobre as temáticas socioambientais, despertando e fortalecendo a consciência individual e coletiva voltada à proteção das diversas formas de vida, dos recursos naturais e do ecossistema local.

Busca-se, com isso, estimular nesta grande parcela da população recifense o interesse, a vontade e a disposição de exercer sua plena cidadania, para que se tornem jovens multiplicadores de práticas sustentáveis, promovendo e incentivando mudanças positivas nos hábitos das pessoas em relação ao meio ambiente e ao enfrentamento, com resiliência, às mudanças climáticas.


Mais informações pelos fones 3355-5808 e 3355-5805.

Contamos com a sua presença.

Atenciosamente,

Inamara Melo
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

25 Recife participa do Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos sociais e trabalhistas

Amanhã é dia de mobilização, conscientização e luta 



 Representantes das principais centrais sindicais durante a coletiva Representantes das principais centrais sindicais durante a coletiva
Divulgação
Além das centrais sindicais, o dia de mobilização contará com a participação de partidos políticos de esquerda, como o PCdoB; dos movimentos sociais e estudantis e de diversas categorias de trabalhadores. Segundo Valéria Silva, dirigente da CTB-PE, além da caminhada pelo centro do Recife, à tarde, estão na agenda de lutas a realização de panfletagens e piquetes nas portas de fábricas localizadas no Recife e na Região Metropolitana. Durante a coletiva, os sindicalistas informaram que serão instaladas barreiras em trechos de vias públicas. A ação, segundo eles, deve se estender ao interior do estado. 

O ponto alto da mobilização está previsto para começar a partir das 15h, com concentração na Praça do Derby, também conhecida como Praça da Democracia. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pelas avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes, culminando na Praça da Independência, na área central do Recife.

O Dia Nacional de Lutas é uma ação das forças progressistas contra a PEC 241/55; a Reforma do Ensino Médio; e as reformas da Previdência e trabalhista, bem como em defesa da Saúde; Educação; da aposentadoria; dos direitos dos trabalhadores, do emprego e da redução da jornada de trabalho sem redução salarial. A manifestação vai marcar também o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres.

Adesão

Diversas categorias profissionais anunciaram adesão ao movimento desta sexta-feira. Hoje (24) os servidores da Saúde e Previdência aprovaram em assembleia a paralisação das atividades em todas as agências da Previdência Social do Recife e do interior e Gerências do INSS. Em Pernambuco existem cerca de 69 agências da Previdência, cada uma responsável pelo atendimento a uma média 300 segurados por dia. Com a paralisação aproximadamente 20 mil pessoas deixarão de ser atendidas.

Também nesta sexta-feira, os trabalhadores da base do Sindsprev-PE decidiram que vão participar da caminhada que sairá da Praça do Derby com destino à Praça da Independência. Mas, a mobilização da categoria começa cedo, a partir das 7h, com ato de protesto na Gerência Recife do INSS, na Avenida Mário Melo, bairro de Santo Amaro. Às 9h, outra manifestação será realizada no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (Nems-PE), que funciona no prédio da Sudene, no Engenho do Meio.

Outras três categorias em Pernambuco já anunciaram que também vão paralisar as atividades nesta sexta-feira: bancários, policiais civis e servidores do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran). Com a paralisação dos policiais civis, serão mantidos apenas os flagrantes e o funcionamento do Instituto de Medicina Legal (IML), Instituto de Criminalística (IC).

Os trabalhadores do Detran cruzam os braços nesta sexta-feira, quando também realizam uma assembleia às 8h, na sede do órgão. Em comunicando dirigido ao governo do estado, a direção do Sindetran, além de informar da realização da assembleia e da paralisação, pediu também uma audiência para tratar das denuncias divulgadas pela entidade que envolvem a atual direção do órgão. Os sindicalistas apontam irregularidades no uso da entidade e arbitrariedades com os funcionários e querem o afastamento do diretor presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro.

Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Metroviários (Sinmetro-PE) realiza uma assembleia geral às 18h, no pátio da Estação Central do Metrô do Recife para decidir em votação se vai ou não aderir à greve geral desta sexta-feira. A adesão dos motoristas de ônibus também não está confirmada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, uma reunião da diretoria vai ser realizada esta semana para definir se a classe vai aderir à convocação.

Audicéa Rodrigues, com informações da CTB-PE e sites.
Do Recife


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Petrobras erra ao abandonar os biocombustíveis, dizem engenheiros

Petrobras erra ao abandonar os biocombustíveis, dizem engenheiros



  
A participação dos biocombustíveis é cada vez maior na matriz energética brasileira e mundial, o etanol compete com a gasolina, enquanto o biodiesel ocupa o mercado do diesel. As multinacionais investem pesado em pesquisa e participam cada vez mais do setor, enquanto os acordos multilaterais impõem restrições às emissões de gases do efeito estufa que são gerados pela queima dos combustíveis fósseis. 

Na contramão dessas tendências, a Petrobras regride ao sair da produção do biodiesel e ao vender participações em etanol. O preço deste erro será alto e recairá sobre a estatal e a sociedade brasileira, mais cedo do que se imagina.

A Petrobras Biocombustível (PBio) é a subsidiária integral que atua na produção de biodiesel e tem parcerias na produção de etanol. A estatal iniciou a produção de biodiesel em 2008 e disputa a liderança do setor com sua produção em unidades próprias e em parceria. Além da relevante participação industrial, a Petrobras desenvolveu tecnologia própria e aplicou inovações para aumento da produção e na redução dos custos industriais. O biodiesel já representa 7% do diesel vendido no Brasil que é o segundo maior produtor mundial, a mistura será elevada para 10% até 2019.

A revista Biodiesel BR destaca que “A indústria brasileira de biodiesel está se preparando para entrar num novo ciclo de expansão acelerada que, se tudo correr como deve, levará o setor a um nível inteiramente novo de atividade. De volumes pouco inferiores a 325 milhões de litros – média mensal desde a oficialização do B7 –, as usinas precisarão fabricar mais de 510 milhões de litros ao mês a partir da chegada do B10 em março de 2019”. [2]

Os críticos da atuação da Petrobras no setor apontam os resultados empresariais e prejuízos anuais da PBio. Além de inferir que a Petrobras teria uma espécie de defeito genético que a impediria de atuar eficientemente na produção de biocombustíveis, pela importância da etapa agrícola na cadeia de valor. Quando os críticos assumem a gestão da estatal a profecia se auto realiza.

Os fracos resultados empresariais são consequência da desintegração da PBio na produção de biodiesel e da conjuntura setorial do etanol. A estatal compra as matérias primas para produção do biodiesel (óleos vegetais e gordura animal) dos seus competidores, ou potenciais competidores, que conhecem os custos da cadeia de valor e asseguram suas margens, em detrimento da Petrobras.

É preciso fortalecer a Petrobras Biocombustível reavaliando o seu modelo de negócios para que tenha acesso as matérias primas com custos mais baixos e próximos aos custos de produção. Desenvolver produtores e a cadeia de valor para atuação integrada, sem depender da aquisição das matérias primas de seus competidores. Precisa ampliar sua área de atuação para a produção de energia elétrica de origem renovável, eólica e solar. Atuar também nas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), opções rentáveis para geração distribuída de energia.

Diferente do biodiesel que é produzido diretamente pela PBio, a estatal tem parcerias em etanol e não atua diretamente na operação e produção industrial. A estratégia prejudica a integração e a retroalimentação do aprendizado operacional, com os ciclos de pesquisa aplicada, inovação e engenharia. Todo o setor amargou prejuízos nos últimos anos e a PBio não foi exceção. Esse artigo não pretende avaliar as condições setoriais, mas as condições específicas da atuação da Petrobras nos biocombustíveis.

Em 2015, a comercialização de gasolina alcançou 41,137 bilhões de litros, enquanto que em 2014, foram vendidos 44,364 bilhões. O resultado representa queda de 7,3%. O etanol total, que é a soma de etanol anidro (etanol misturado à gasolina) e etanol hidratado (etanol combustível), subiu de 24,085 para 28,796 bilhões de litros, indicando alta de 19,6% em 2015, na comparação com 2014.

O etanol tem participação relevante e potencial de crescimento ocupando o mercado da gasolina. A Shell constituiu a Raízen, em sociedade com a Cosan, garantindo propriedade dos meios de produção e o acesso ao mercado brasileiro de etanol. A multinacional anunciou recentemente a oferta para aquisição da unidade para produção do etanol celulósico (2ª geração) da Abengoa, localizada no Kansas (EUA). [3]

O etanol celulósico, produzido a partir do bagaço da cana, aumenta significativamente o potencial da produção de etanol brasileiro. O desenvolvimento tecnológico e as políticas públicas para o setor, se bem-sucedidos, podem alterar o atual paradigma técnico-econômico da indústria aumentando sua competitividade. Segundo estudo do BNDES “...por conta de avanços nas etapas de produção e conversão de biomassa e da redução no custo de enzimas e equipamentos, o E2G pode ser mais competitivo que o etanol convencional e próximo do patamar de preço de barril de petróleo a US$ 44, no longo prazo”. Diz ainda que “Com esse nível de competitividade, o E2G não seria apenas uma solução para reduzir o volume de gasolina importada pelo Brasil, mas também uma alavanca poderosa de exportações, haja vista o fato de o consumo de combustíveis avançados ser valorizado por políticas públicas nos EUA e na Europa”. [4] A Petrobras tem realizado significativos investimentos na pesquisa desta alternativa tecnológica. O plano de desmobilização da estatal reduz o potencial de sucesso do etanol celulósico brasileiro.

O Brasil é um dos países com maior potencial de expansão da produção de biocombustíveis e energias renováveis por sua extensão agricultável, pelo potencial aumento da produtividade agrícola, além da elevada incidência solar, potencial eólico e disponibilidade de água. Quando a Petrobras decide abandonar os biocombustíveis ela desiste de desenvolver uma das vocações do Brasil, país continental e tropical.

Os modelos produtivos precisam ser melhor concebidos, já que os biocombustíveis produzidos convencional e atualmente são intensivos em recursos de origem fóssil nas etapas agrícolas e industriais. Como resultado, apenas uma fração da produção atual pode ser considerada renovável. [6] A Petrobras deve ser o motor indutor dos novos modelos, das ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O novo modelo produtivo precisa incorporar sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris de cunho ecológico, em escala suficiente, para garantir a sua sustentabilidade.

A janela da viabilidade fóssil parece se fechar quando os custos médios e mundiais de exploração e produção de petróleo se elevam, enquanto a demanda por derivados se deprime com a elevação dos preços. São sinais da urgência da transição energética para alternativas renováveis. [7]

A renda petroleira deve ser usada para levantar a infraestrutura para a produção das energias renováveis que são essenciais para o futuro. A Petrobras é fundamental nesta transição para gerar valor e garantir a segurança energética brasileira.

* Felipe Coutinho é engenheiro Químico, Presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET) http://www.aepet.org.br/

** Enrique Ortega é  professor, Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática Aplicada da UNICAMP


Referências:

[1] http://www.petrobras.com.br/

[2] https://www.biodieselbr.com

[3] http://biomassmagazine.com/

[4] https://web.bndes.gov.br

[5] http://www.itamaraty.gov.br/
[6] http://www.globalbioenergy.org

[7] https://felipecoutinho21.files.wordpress.com/

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Convite - Reunião ordinária do mês de novembro


C o n v i t e

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa convida para participar da reunião ordinária do mês de novembro 2016.

Pauta :
 
1. Iinformes;
 
2. Avaliação de conjuntura;
 
3. Construção de encaminhamentos para reivindicação do parque e;
 
4. Discussão Confraternização do Movimento. 

Data: 07/11/2016 (segunda-feira)
Hora: 9h
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino,  2.993 - Tejipió – Recife/PE.      
 
Sua presença será necessária para o desenrolar da luta pelo Parque Natural Rousinete Falcão nos CENTO E NOVENTA E DOIS HECTARES remanescente de Mata Atlântica, reconhecida pela ONU como RESERVA DA BIOSFERA MUNDIAL
Coordenadores ( ras ):
Luci Machado - 98637.1747
José Semente - 98595.8666
Jacilda Nascimento - 99965.0916
Arlindo Lima - 98622.9518
Patricia Maria 99183.9762
Augusto Semente - 99258.7195

 
Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!


Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica



sites medicos

sábado, 29 de outubro de 2016

Tragédia de Mariana (MG): “Nada tem sido feito”, dizem atingidos

Tragédia de Mariana (MG): “Nada tem sido feito”, dizem atingidos



Ísis Medeiros
No dia 31 de outubro começa a marcha com destino à Mariana que vai percorrer 9 cidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco No dia 31 de outubro começa a marcha com destino à Mariana que vai percorrer 9 cidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco 
Para o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) a análise dos fatos pode considerar o rompimento, de fato, um crime. Segundo Letícia Oliveira, da coordenação nacional do MAB, diversos órgãos comprovaram que a mineradora sabia dos riscos da barragem e que, mesmo assim, houve intensificação da extração de minério sem medidas de segurança proporcionais e o recebimento de rejeitos da Vale, porém, sem o licenciamento.
 
O deputado estadual Rogério Correa (PT), relator da Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), também afirma a tragédia foi ato criminoso. “As empresas Samarco, Vale e BHP tinham todas as condições de avaliar que o rompimento era um risco iminente. Sabiam que a pressão na parede da barragem seria muito maior do que ela podia aguentar”, sentenciou o deputado.
 
Na manhã de quarta (26), a comissão de Justiça da ALMG aprovou dois Projetos de Lei – 3.676 e 3.677 – que podem “alterar profundamente a relação entre governo e mineradoras”, de acordo com Rogério.  Os PLs preveem, principalmente, a proibição de barragens a menos de 10 km de comunidades ou mananciais de água que sirvam de abastecimento e proíbem também o método de alteamento a montante (quando a barragem é aumentada para comportar mais rejeitos) para estocagem de resíduos de mineração.
 
Nada será como antes
 
“É triste você olhar para trás e ver que nada foi feito”, analisa Aline Ribeiro, atingida e esposa de uma das vítimas fatais do crime, Samuel Ribeiro. Ela denuncia a falta de resultados jurídicos em relação às empresas responsáveis pela barragem. “Se a Priscila tivesse feito um aborto por vontade própria ela estaria presa. Mas a Samarco provocou o aborto dela e ninguém está preso”, indigna-se, lembrando da moradora de Bento Rodrigues que teve um aborto forçado em meio à lama.
 
O mesmo sente Geovani Krenak, que mora em uma aldeia cortada pelo Rio Doce. “Cada ação que eles fazem são duas ou três ações contrárias. A Samarco está levando água à aldeia, mas criou o problema da poeira por causa dos caminhões e muito lixo das garrafas de água, coisas que não tinham lá”, diz. Segundo Geovani os erros acontecem pela inexistência do diálogo com os atingidos.
 
Problemas de saúde
 
A Rede de Médicos e Médicas Populares apresentou também um relatório do acompanhamento de atingidos em toda a bacia do Rio Doce. Segundo a médica Clarissa Lage, o cenário encontrado pelos profissionais foi “completamente chocante” quanto às condições de higiene e de sobrevivência. Em consequência, as doenças mais recorrentes neste um ano foram as de pele, as respiratórias, queda de cabelo e problemas de saúde mental.
 
O relatório não descarta o aparecimento de doenças a médio e longo prazo, por intoxicação acumulada. Isso poderia decorrer do consumo de água, alimentos e peixes com alto teor de manganês, arsênio e chumbo, segundo levantamento do Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental (GIAIA).
 
Um ano: de Regência a Mariana
 
A coletiva de imprensa serviu também como convocação para ato que o MAB realiza, entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro, marcando o um ano do rompimento da barragem de Fundão. Atingidos e apoiadores sairão da cidade de Regência (ES) e chegarão em Mariana (MG) no dia 2 de novembro, onde realizam um encontro até o dia 5.
 
A marcha passará por 9 cidades da Bacia do Rio Doce, fazendo um debate sobre as diversas formas como a lama afetou esses locais. Participam da ação as famílias e as aldeias indígenas atingidas, setores da Igreja Católica, movimento de trabalhadores e de estudantes.

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Crime ambiental - MAB reúne em marcha e encontro atingidos pela tragédia de Mariana

MAB
  

MAB reúne em marcha e encontro atingidos pela tragédia de Mariana





Segundo o MAB, estarão presentes no encontro atingidos vindos de diversas regiões de Minas Gerais e de outros estados brasileiros que estarão em Mariana para reforçar a solidariedade e o empenho coletivo na luta pelos direitos.

As atividades de memória pela tragédia, denúncia da violação de direitos e fortalecimento da organização, incluirão Marcha que sairá de Regência (ES), no dia 31 de outubro de 2016 e percorrerá até 2 de novembro diversas cidades atingidas. A ideia é reunir moradores em assembleias e debates com as famílias sobre os rumos da luta popular em defesa do rio Doce e seus afluentes. Ao final haverá o grande Encontro do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Mariana no período de 3 a 5 de novembro.

De acordo com a entidade, serão dias de refletir e debater sobre os reais motivos que resultaram neste grande crime ambiental, discutir um novo modelo de mineração que respeite o meio ambiente, as comunidades e os trabalhadores, pautar uma Política de Direitos que dê garantias às famílias atingidas e reforçar a animação das comunidades atingidas entre Bento Rodrigues e a foz do Rio Doce para construir o protagonismo das famílias em uma organização forte e unificada.

No dia 5 de novembro será realizado “Um Minuto de Sirene” no distrito atingido de Bento Rodrigues com a participação da comunidade bem como organizações sociais, sindicatos, ONGs, universidades, Igrejas, para recuperar a memória dos 19 mortos e da criança abortada pela lama. O objetivo é fazer ecoar no mundo a denúncia da irresponsabilidade da Samarco e das suas controladoras e reforçar que a esperança de nova vida está na união e no empenho coletivo e organizado.

Para Letícia Faria, integrante da coordenação estadual do MAB em Minas Gerais, será um momento histórico protagonizado pelos atingidos. “A sociedade precisa saber o que está acontecendo aqui e as empresas devem respeitar os direitos e a iniciativa autônoma das famílias se organizar para reconstruir a vida”, afirma.

“Ribeirinhos, agricultores, pescadores, garimpeiros, comerciantes, indígenas, moradores da zona urbana e zona rural, todos são chamados a participar, a construir este grande mutirão que busca tornar os atingidos na Bacia do Rio Doce uma só família em luta”, conclui Guilherme Camponês, atingido em Governador Valadares que também é membro da coordenação estadual do MAB.

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Inforamda

domingo, 23 de outubro de 2016

As ocupações e o compromisso dos estudantes com o Brasil

As ocupações e o compromisso dos estudantes com o Brasil

É característica das ditaduras a reação policialesca do ocupante do Ministério da Educação, Mendonça Filho, à mobilização dos estudantes contra a reforma do Ensino Médio e o projeto de lei chamado de “Escola sem Partido” ou “Lei da Mordaça”, e contra a PEC nº 241 que reduz severamente as verbas públicas para a educação.

Em ofício enviado na quarta-feira (19) o MEC queria transformar os dirigentes dos institutos federais de educação em informantes. A resposta foi um claro “não” daqueles dirigentes, ao mesmo tempo em que a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) denunciou aquela tentativa policialesca e garantiu que as ocupações continuam. 

As ocupações já abrangem mais de 1000 escolas, principalmente do ensino médio mas também em Institutos Federais de Educação e universidades.

Embora seja mais forte no estado do Paraná, o movimento já chegou a vinte unidades da federação, revelando o alcance nacional da luta.

A juventude assume hoje a mesma posição de vanguarda que sempre teve nas lutas sociais. Por exemplo, em1966 esteve à frente da luta de massas que resistiu à ditadura militar ao se insurgir contra o Acordo Mec/Usaid que impunha uma reforma do ensino ao Brasil que, não por acaso, era semelhante à que o governo ilegítimo de Michel Temer quer impor meio século depois.

A juventude foi vanguarda também em 1977, no reinício das grandes manifestações de massa que marcaram o colapso da ditadura militar. E teve participação decisiva no Fora Collor, em 1992, contra igual ameaça neoliberal ao desenvolvimento democrático do Brasil e sua condição de nação soberana.

Hoje, a luta é semelhante, contra as mesmas forças conservadoras e de direita que pretendem manietar o ensino e transformá-lo em mero treinamento com escassa formação humanista, histórica e filosófica, a juventude insurge-se e diz, com voz poderosa: não!

As ocupações reapareceram em setembro, como resposta imediata ao anúncio pelo ocupante do MEC da intenção de impor, por Medida Provisória, aquilo que os estudantes chamam de “deformação do ensino médio”. 

A resposta dos estudantes contra aquela “deformação” e a iniciativa policialesca e ditatorial do MEC foi a luta que se espraia pelo Brasil. 

A Ubes rejeita as declarações do MEC que “no lugar do diálogo, prefere ameaçar e perseguir estudantes nas ocupações”. E garante: “permanecerão resistentes até que a MP da ‘Deforma’ do Ensino Médio seja revogada”.

A criminalização deste movimento, apelidado por seus líderes de “Primavera Secundarista”, é acompanhada pela mídia golpista, como se viu num editorial do jornalão paulistano O Estado de S. Paulo, que tentou desqualificar as ocupações como “atos que são criminosos, por afrontar a ordem jurídica”, e pede o uso da polícia contra os estudantes.

Os estudantes respondem com o compromisso histórico que têm não apenas com a juventude e a educação, mas também, com o Brasil e os brasileiros. Em nota divulgada na quinta-feira (20) a Ubes afirma: “somos lutadores do hoje para garantir um futuro melhor e mais justo para todo o povo brasileiro”. Os estudantes merecem a inteira solidariedade das forças democráticas e progressistas em sua luta em defesa da educação de qualidade e defesa da democracia seriamente golpeada pelo governo ilegítimo de Michel Temer. 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada