segunda-feira, 30 de maio de 2016

Golpista confesso, Estadão passa recibo e ataca blogueiros

Golpista confesso, Estadão passa recibo e ataca blogueiros



Capa do Estado em 64 alinhado ao golpe militarCapa do Estado em 64 alinhado ao golpe militar
Antes de prosseguir, vale explicitar qual dos sentidos do substantivo masculino “antro” coincide mais exatamente com a intenção de usá-lo como adjetivo. Segundo o Houaiss, a palavra tem sete conotações:
 
antro
 
substantivo masculino ( 1572)
 
1 gruta ou cavidade natural, profunda e escura, ger. servindo de abrigo a feras; furna
 
2 p.ext. habitação miserável e escura
 
    ‹ vivia num a. sem água corrente ›
 
3 p.ext. prisão subterrânea, sem ar e sem luz; masmorra, cárcere
 
    ‹ prendem os inimigos em a. tenebrosos ›
 
4 p.ext. lugar sórdido onde se escondem criminosos; covil
 
    ‹ a. de assassinos ›
 
5 fig. local de diversão asqueroso; espelunca
 
    ‹ naquele a. serviam bebida falsificada ›
 
6 fig. local propenso à (corrupção, degeneração moral)
 
    ‹ a. de perdição ›
 
7 anatômico med cavidade ou espaço, esp. dentro de um osso; cripta
 
Ainda que ao menos seis das sete acepções caibam em considerações sobre essa máquina antidemocrática fundada por família de sanguessugas que há mais de um século suga recursos públicos em profusão, a que coincide mais com o gosto do blogueiro para qualificar o jornal O Estado de São Paulo, dito “Estadão”, é a de número cinco.
 
Com efeito, o Estadão é um local de diversão asqueroso, uma espelunca na qual reacionários de todas as cepas podem cair na esbórnia fascista que orienta as suas (vá lá) ideias sem serem incomodados por essa coisa que os “comunistas” chamam de contraditório.
 
Mas voltemos à dissecação da agressão feita por algum lacaio que os Mesquita colocaram para escrever esse editorial tão divertido e previsível, que termina fazendo pouco dos blogueiros logo após lhes conceder importância ao publicar contra eles quilométrica catilinária, bem ao gosto cafona desses janotas empertigados.
 
A dissecação em pauta, porém, não é da argumentação caduca de uma publicação caduca gerida por gente caduca, independentemente da idade biológica. Afinal, essa “argumentação” foi mais do mesmo – acusações (falsas) sobre todos os blogueiros serem beneficiários de publicidade oficial dos governos petistas, acusações hilariantes de anacronismo ideológico feitas por fanáticos de ultradireita que controlam o jornal, e até uma bobagem sobre a qualidade da redação de carta de intenções divulgada pelos blogueiros reunidos.
 
Observação: todo fanático de direita gosta de afetar maiores conhecimentos do idioma, como se tais conhecimentos pudessem apagar as deformidades morais dessa família golpista e sanguessuga que enriqueceu lambendo as botas de políticos de direita.
 
O título da catilinária caduca do Estadão, inconformado com a possibilidade que a tecnologia deu a qualquer um para contestar ricaços acovardados com o contraditório, é “Blogueiros Chapa Branca”.
 
O antro reacionário adjetiva os blogueiros como “chapa branca” mesmo após Dilma ter sido afastada do cargo. Além de ser mentira, é burrice. Se os blogueiros continuam apoiando a presidente após ela sair do cargo, a hipótese de serem bajuladores interesseiros cai por terra.
 
Mas quem é o Estadão para se dirigir dessa forma a um movimento democrático cuja grande maioria dos cidadãos nunca recebeu um centavo do poder público e atua por apreço aos próprios ideais democráticos e humanistas?
 
O Estadão é uma arma política da direita brasileira, não é um órgão de imprensa. Há mais de um século atua para eleger ou derrubar governos com vistas a lucrar financeiramente.
 
Foi pensando em lucrar que o Estadão sediou a conspiração que deu lugar à ditadura militar que se estabeleceu no país entre 1964 e 1985. E quem diz isso não é este blogueiro, mas um dos membros dessa família de trapaceiros que há tantas décadas trabalha arduamente contra a democracia brasileira.
 
Ruy Mesquita (que o diabo o tenha), em edição do programa Roda Viva veiculada em 2006, confessou que seu jornal esteve no centro da conspiração que resultaria na ditadura militar que roubou o país o quanto pôde enquanto estuprava mulheres, torturava até crianças e assassinava quanto podia.
 
Repare, leitor, como esse Mesquita respondeu ao então mediador do programa, Paulo Markun:
 
Paulo Markun: O senhor se arrepende de ter  participado das articulações do golpe?
 
Ruy Mesquita: Não, eu não me arrependo. Não me arrependo porque em circunstância iguais àquelas que vivi naquela época, eu faria o mesmo de novo hoje se fosse convidado, como fui convidado por um grupo de militares. Eu insisto em dizer, como disse também em entrevista, não estavam articulando nenhum golpe, mas estavam se preparando para enfrentar um golpe que eles tinham a convicção de que ia ser dado. Não me arrependi, embora tivesse nos custado caríssimo, a ditadura que se instalou no Brasil, à nossa revelia e com a qual nós rompemos desde o primeiro momento, como está dito na minha entrevista.
 
Há duas hipóteses para definir esse sujeito: ou era um tremendo mentiroso ou um rematado idiota. Particularmente, este blogueiro julga que era um pouco de cada.
 
Então os golpistas da família Mesquita entregaram a sede do jornal para os golpistas militares tramarem a derrubada do governo João Goulart, mas não sabiam que estavam ajudando a preparar um golpe de Estado? Você conspira para derrubar um governo eleito legitimamente e não sabe que isso é golpe?
 
Francamente… É esse jornal que ousa acusar um movimento democrático e plural como o dos blogueiros?
 
É muita audácia uma facção ideológica tão empedernida acusar um movimento democrático no qual cabem até pessoas e entidades que fizeram oposição ao governo Dilma, mas que se uniram na denunciação do golpe por apreço à democracia.
 
O Estadão é apenas uma organização mafiosa que trabalha contra a democracia brasileira há mais de um século. Defende a desigualdade de renda e de oportunidades, é um jornal de viés racista, homofóbico e golpista. Está a serviço de endinheirados que sabem que só se manterão assim enquanto o Brasil continuar tão injusto.
 
O antro reacionário em questão debocha das declaradas intenções dos blogueiros de ajudarem o país a resistir ao golpe. Eis como esses golpistas famigerados concluíram seu “editorial”:
 
“(…) Na parte final da carta, os blogueiros são taxativos. “Não daremos trégua à Globo, a Temer, aos traidores que se dizem sindicalistas, nem aos tucanos e empresários da Fiesp, que agiram a serviço do golpismo. Resistiremos nas ruas e nas redes”, prometem eles. Se alguém deve recear essas ameaças certamente são os redatores de programas de humorismo da televisão. Agora eles têm nesses blogueiros e ativistas fortes concorrentes”.
 
É mesmo, é? Quer dizer, então, que os blogueiros não têm importância ou meios (não) de ameaçar, mas de opor resistência aos golpistas? Ora, mas se são tão desimportantes, o que explica o jornalão usar um texto daquele tamanho para agredi-los? O fato é que ninguém chuta cachorro morto. Os blogueiros incomodam muito esses fascistas
 
Aguarde-nos, família golpista. Vamos continuar incomodando (muito), denunciando veículos chapa branca como o Estadão, que ora voltam aos tempos em que lambiam as botas do poder central assim como vêm lambendo há vinte anos as botas da ditadura tucana que se instalou em São Paulo.
 
Riam enquanto podem, golpistas de merda. O castelo de cartas de vocês já começa a ruir. E sem ninguém fazer nada, porque vocês são tão medíocres que se derrubam sozinhos. Vejam as patuscadas temerárias. O Brasil é maior que qualquer golpista. E quem ri por último, ri melhor. 
 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Blogueiros: Carta de Belo Horizoante declara governo Temer ilegítimo

Blogueiros: Carta do 5º encontro declara que governo Temer é ilegítimo



Eder Bronson
Militantes pelo direito à comunicação aprovam Carta de Belo Horizonte na plenária final do encontroMilitantes pelo direito à comunicação aprovam Carta de Belo Horizonte na plenária final do encontro

Leia na íntegra o documento aprovado ao final do encontro:
CARTA DE BELO HORIZONTE
 
Nós, blogueir@s e ativist@s digitais, reunidos em Belo Horizonte, de 20 a 22 de maio de 2016, manifestamos nosso repúdio ao governo ilegítimo que se instalou no Brasil no último dia 12.
 
Sem crime de responsabilidade definido, conduzido pelo corrupto Eduardo Cunha e sob a chancela de um STF acovardado, esse impeachment é manifestação clara de nova modalidade de golpe já executada em Honduras e no Paraguai.
 
Não por acaso, a velha mídia cumpriu papel central na escalada que levou Temer e tucanos ao poder – sem passar pelas urnas.
 
A Globo, a Veja e seus sócios menores no oligopólio midiático deram cobertura a ações ilegais do juiz Sergio Moro que foram fundamentais para a condução do golpe. A Globo e seus sócios menores ajudaram a arregimentar multidões que, em nome do combate à corrupção, saíram às ruas para pedir a derrubada de um governo eleito por 54 milhões de votos.
 
Chama atenção que os principais jornais do mundo – mesmo aqueles de linha conservadora – tenham noticiado o óbvio: o que se passa no Brasil é um golpe. Chama atenção também que os jornais, rádios e TVs do Brasil se desesperem quando mostramos o óbvio na internet: o governo Temer é ilegítimo e fruto de um golpe.
 
Desde nosso primeiro encontro de blogueir@s, em 2010, temos reforçado a necessidade de enfrentar o oligopólio midiático que – sob comando da família Marinho – ameaça a Democracia brasileira.
 
Foi o movimento de blogueir@s e ativist@s digitais que consolidou a ideia de que a velha mídia no Brasil cumpre o papel de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Os governos Lula e Dilma, infelizmente, subestimaram a ameaça dessa máquina midiática a serviço do conservadorismo.
 
Nós, ativist@s digitais e blogueir@s, reafirmamos que estamos diante de um golpe parlamentar, com forte apoio jurídico-midiático, e que tem como objetivos: tirar direitos trabalhistas, reduzir os programas sociais, esmagar os movimentos sociais e sindicatos, atacar a liberdade da internet e a comunicação pública, além de destruir e entregar as principais empresas estatais brasileiras e especialmente os recursos do Pré-Sal, recolocando o Brasil na órbita dos Estados Unidos.
 
É um golpe conduzido por corruptos que nem disfarçam seu viés conservador, ao formar um ministério interino em que não há nenhuma mulher, nenhum negro, nenhum representante do povo trabalhador.
 
Diante dessa ameaça à Democracia, aos direitos sociais e que põe em xeque até mesmo a idéia de um Estado Nacional autônomo, consideramos que são ações prioritárias no próximo período:
 
a) combater nas ruas e nas redes o governo ilegítimo; não reconhecemos Michel Temer como presidente do Brasil; ele é um traidor e um golpista a serviço das elites, nada mais e nada menos que isso;
 
b) apoiar as ações que permitam o retorno ao cargo de Dilma Rousseff, a única presidenta legítima do Brasil;
 
c) manifestar nosso repúdio à intervenção ilegal dos golpistas na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), exigindo o cumprimento integral das regras que levaram à criação dessa instituição que (apesar de suas limitações) é símbolo de construção democrática na comunicação;
 
d) denunciar o ataque à Cultura e aos direitos sociais, apoiando as ocupações das sedes do IPHAN e da FUNARTE e participando da resistência contra o governo golpista;
 
e) denunciar o caráter machista e preconceituoso de um governo ilegítimo que expulsa as mulheres do centro do poder, tratando-as como “segundo escalão” da sociedade;
 
f) apoiar todas as ações nas redes que permitam furar o bloqueio midiático, dando ampla cobertura às manifestações contra o governo golpista;
 
g) denunciar a onda de perseguições aos blogueir@s e ativistas digit@is; deixamos claro que um dos objetivos do governo ilegítimo é priorizar a comunicação chapa-branca, favorecendo a Globo na distribuição das verbas públicas e usando dinheiro do contribuinte para salvar organizações moribundas como a editora Abril e o ex-Estadão;
 
h) fortalecer o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), participando e ajudando a dar visibilidade às lutas desenvolvidas pelo Fórum; apoiar e participar, nos estados, dos comitês locais do FNDC, integrando assim a blogosfera e o ativismo digital às ações concretas de luta por mais diversidade e pluralidade na mídia;
 
i) denunciar ao mundo, através de textos traduzidos em vários idiomas, o caráter corrupto do governo Temer, que tem ao menos 7 ministros investigados pela Justiça e nomeou vários aliados de Cunha para postos chaves;
 
j) mostrar que mulheres, jovens negros, trabalhadores que lutam pela Reforma Agrária e povos indígenas são as vítimas mais imediatas da escalada autoritária;
 
k) lutar contra o desmanche dos programas sociais – indicando que o governo ilegítimo significa ameaça frontal ao Bolsa-Família, ao Minha Casa Minha Vida e a programas públicos de Educação e Saúde, tendo como centro a ideia de privatizar universidades e reduzir o papel do SUS;
 
l) resistir ao desmonte da Previdência Social, à terceirização e às mudanças nas leis trabalhistas já anunciadas pelo governo golpista;
 
m) denunciar as intenções autoritárias do novo Ministro da Justiça, um homem que transformou a PM de São Paulo em polícia política;
 
n) denunciar a presença, no STF e no TSE, de juízes que atuam como militantes partidários, apontando a ação nefasta de Gilmar Mendes;
 
o) lutar pela universalização do acesso à internet, e combater i) o desmonte da Lei Geral de Telecomunicações (LGT), ii) os ataques ao Marco Civil da Internet, iii) os projetos aprovados na CPI dos Crimes Cibernéticos, iiii) e a imposição de limites à franquia de dados;
 
p) denunciar ao mundo que as famílias que controlam jornais, TVs, rádios e portais no Brasil são beneficiárias de contas suspeitas em paraísos fiscais, conforme apontado nas investigações do “Swissleaks” e do “PanamaPapers”; são parte do sistema corrupto de poder que tenta se perpetuar sob a presidência de Temer;
 
q) somar esforços com movimentos de ativistas digitais na América Latina, para denunciar que o golpe no Brasil é parte de uma estratégia de recolonização de nosso continente; a maior prova disso é a nomeação de José Serra, conspirador parceiro da Chevron, para chefiar o Itamaraty; é preciso deixar claro que o golpe faz parte, também, de uma estratégia para desestabilizar os BRICS, que movimentam 46% da economia mundial;
 
r) lutar contra as tentativas de entregar o Pré-Sal às multinacionais do petróleo e denunciar as negociatas privatistas de Temer, Serra e Moreira Franco;
 
s) apoiar os esforços da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, com vistas a mobilizar os trabalhadores na nova fase de enfrentamentos que se abre.
 
Não daremos trégua à Globo, a Temer, aos traidores que se dizem sindicalistas, nem aos tucanos e empresários da FIESP – que agiram como patos a serviço do golpismo.
 
Resistiremos nas ruas e nas redes!
 
Viva a Democracia!
 
Ditadura nunca mais!


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sábado, 28 de maio de 2016

Poluição mata

Pnuma: degradação ambiental provoca 12 milhões de mortes por ano



Poluição do ar Poluição do ar 
O relatório do Pnuma foi apresentado durante a 2ª Sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unea), em Nairóbi, no Quênia, que terminou nesta sexta-feira (27). A organização ressalta as diferenças regionais dessas mortes. Variam de 11% nos países europeus e chegam a 28% no Sudeste Asiático.

A principal causa de morte por degradação ambiental, segundo Pnuma, é a poluição do ar, responsável por 7 milhões de falecimentos por ano. O relatório da organização aponta que a implementação de medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa pode salvar a vida de 2,4 milhões de pessoas por ano até 2030.

Outras principais causas evitáveis de morte relacionadas ao ambiente são as doenças diarreicas, lesões causadas por atividades de risco ou situação de moradia insalubre, asma, malária, lesões de trânsito, infecções respiratórias, obstrução pulmonar crônica, doenças cardiovasculares, cânceres e doenças músculo-esqueléticas causadas por estresses e posturas incorretas no trabalho e atividades domésticas.

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sexta-feira, 27 de maio de 2016

10/JUN Grande Ato - Não ao Golpe, Fora Temer

 



















Frentes convocam mobilização contra Temer e em defesa de direitos



  

No texto, as frentes avaliam que, em poucos dias de gestão Temer, "a conta já chegou aos trabalhadores", com o anúncio de medidas como a Reforma da Previdência,  arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, Fies, Prouni e Pronatec e a criminalização e perseguição dos movimentos sociais.

"Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer, Eduardo Cunha, Romero Jucá e boa parte do Congresso Nacional, demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para barrar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil", dizem os movimentos. 

Confira abaixo a íntegra:

Fora Temer, Não ao Golpe, Nenhum Direito a Menos!

Com menos de um mês da aplicação do golpe, a conta já chegou aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, FIES, PROUNI e PRONATEC, criminalização e perseguição dos movimentos sociais.

Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer, Eduardo Cunha, Romero Jucá e boa parte do Congresso Nacional, demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para barrar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil.

Não reconhecemos o governo golpista, Temer não governará. A rua já é o nosso lugar de resistência, as ocupações são os comitês de resistência, e a luta o nosso lema. Não temos nada a Temer.

Por isso, convocamos toda população brasileira, que luta por direitos, para ocupar as ruas e avenidas no dia Nacional de Mobilização, derrotar os ataques aos direitos do povo e pôr para fora Temer e todo o governo golpista, no dia 10 de junho de 2016.

Frente Povo Sem Medo 
Frente Brasil Popular

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A situação do Rio Doce seis meses após a tragédia é a mesma

Prefeito fala da situação do Rio Doce seis meses após tragédia


  



Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

domingo, 22 de maio de 2016

Aquarius, um filme de resistência

Aquarius, um filme de resistência



  
A semelhança não pára aí. O clássico filme incendiário de Glauber foi apresentado pela primeira vez, em sessão fechada, no Rio de Janeiro, quatro dias depois do comício de Jango, na Central: 17 de março de 64. Agora, com uma notável atuação de Sonia Braga (ressaltada pela mais respeitada crítica internacional) Aquarius, libelo contra a especulação imobiliária desenfreada que desfigura as grandes cidades brasileiras, parece simbolizar aquilo em que está se transformando a sociedade brasileira como escreveu o crítico do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw: "Essa rica e misteriosa história brasileira é sobre desintegração social". 

Para ele, o roteiro, escrito por Kleber, sobre uma mulher de 66 anos, crítica musical aposentada, em pé de guerra contra uma construtora que quer demolir o prédio em que mora, é "linda" e "surpreendente."

Já o crítico brasileiro e editor do site Filme B, Pedro Butcher, lembra que o diretor tem um ”controle absoluto do cinema”, demonstrado em O Som ao Redor, seu primeiro longa- metragem de ficção. 


"Toda a mídia do Brasil falou sobre o gesto do protesto,” observa surpreso, o autor de Aquarius, que também é roteirista, tem formação jornalística e já exerceu a crítica de filmes, a respeito do protesto e da denúncia do elenco no tapete vermelho do festival. 

“Aproveitar os holofotes de Cannes deu certo", disse nas primeiras entrevistas concedidas depois da exibição oficial. “O filme é de resistência e é um pouco um filme de sobrevivência; mas mais ainda se trata de um filme sobre a energia necessária para existir. Às vezes cansa, mas há que encontrar mais energia para continuar a lutar. Penso que a Sônia entendeu isso logo”. 

Outro diretor brasileiro que se apresenta em Cannes este ano, na categoria de documentário, com o filme Cinema Novo, Eryk Rocha, filho de Glauber, comenta que o atentado à produção de cultura sofrida pelo país, neste momento, “revela a falta de visão e de dimensão estratégica da importância da cultura e da educação no Brasil. E talvez elas sejam as duas coisas mais importantes do mundo contemporâneo no século 21. São questões estratégicas de Estado de muitos países desenvolvidos, como aqui na França, e essa fusão de ministérios, no Brasil, revela uma miopia, uma falta de projeto, tanto de cultura quanto de educação.” Eryk foi outro que, em suas entrevistas, se mostrou radicalmente contra o impedimento da presidente Dilma e denunciou o golpe.

Na trama, que como afirma o The Guardian, é, de certa forma, uma metáfora do Brasil, “abordando temas como nepotismo, corrupção e cinismo”, Sonia Braga, no seu desempenho do personagem de Clara, brilha e deixou fascinados os críticos presentes ao festival. “Clara já é uma das heroínas mais revolucionárias do cinema brasileiro, uma mulher forte como não se encontra no cinema nesta faixa etária: na sua potência como mãe, na sua potência profissional, na sua potência erótica,” louvou o jornal português O Público. 

A inesquecível Dona Flor, por sua vez, comenta: “O problema é com os ricos. Querem tirar a todos tudo o que eles têm e querem fazer as cidades feias,” ela acrescentou, no encontro com a mídia, à afirmação do ator Humberto Carrão, outro do elenco de Aquarius, que fala da “falta de educação dos ricos.” Ambos se referiam ao contexto da personagem no filme, uma sexagenária, a única habitante de um edifício na Praia da Boa Viagem, no Recife dos anos 40, que, não querendo abandonar as suas memórias, torna-se “um foco de resistência para os projetos de uma imobiliária e da sua ferocidade,” como diz O Público.

Outros calorosos elogios vêm da revista americana Variety, uma das mais importantes da indústria cinematográfica. Para ela, Sonia está "incomparável" no papel de Clara. O autor do texto, Jay Weissberg, definiu Aquarius como um filme "mais sutil, mas não menos maduro" do que O som ao redor, de quatro anos atrás.

Para a jornalista Letícia Constant, do Le Monde, o longa é um forte candidato na corrida pela Palma de Ouro. E a conceituada crítica de cinema do jornal, Isabelle Regnier, considerou Aquarius o melhor filme exibido até agora na competição oficial. O jornal escreve que o diretor pernambucano enfoca os problemas do Brasil contemporâneo com beleza e musicalidade. 

Ela considera um gesto "simples e forte” o protesto dos artistas no tapete vermelho: “Faz eco à revolta da personagem Clara, interpretada por Sônia Braga.”

O Libération também adorou o filme de Kleber que deve estrear no Brasil ainda no segundo semestre deste ano. O diário de esquerda destaca que ele apresenta no filme um retrato magnífico dos males da sociedade brasileira por meio da Clara “em luta contra a ganância do capitalismo”. Para o Libé a atuação de Sônia Braga é “resplandecente”.

O crítico Luiz Joaquim, do site www.cinemaescrito resume as confluências do filme de Glauber e de Mendonça: “Assim como Deus e o diabo assombrou a todos por mostrar o óbvio no que diz respeito a questões da reforma agrária (e não apenas isso), tão em voga no Brasil daquele ano, Aquarius deverá encantar a todos em função de uma muito bem delineada personagem feminina, sexagenária e determinada a nunca renunciar àquilo que acredita ser o correto - mesmo que para isso precise lutar sozinha contra um gigante milionário em recursos financeiros e políticos.”

“Soa familiar?” ele pergunta.

Sim. É trágico viver para ver que, 52 anos depois de Glauber, entre lutas, idas e vindas, recuos e vitórias políticas e sociais progressistas, depois de tanto sofrimento, o povo brasileiro, como a Clara do pernambucano Kleber, é acossado pelo espírito da mesma malta que retorna desavergonhada, para desmontar uma jovem democracia. 

Resumindo, para O Público, Aquarius é um filme sensualíssimo, sereno e sinistro sobre a memória ameaçada. Para a tradicional revista francesa Première, o cineasta Kleber Mendonça Filho traçou uma crônica da sociedade brasileira com “ maestria e uma melancolia impressionantes."


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Blogueiros debatem a atuação da mídia alternativa contra o golpe

Blogueiros debatem a atuação da mídia alternativa contra o golpe



Foto: Eder Bronson
  
Na avaliação de Paulo Moreira Leite, nada na política está 'dado'. "O debate jurídico do impeachment, que sem crime de responsabilidade é golpe, é correto, mas parece que isso pouco importa", lamenta. "Porém, a mobilização é fundamental". Para ele, a pedra no sapato dos golpistas é o fato de que o Brasil avançou muito em termos de cidadania. "Os super-explorados, as domésticas, não aceitam mais ser tratados como antes. As formas de luta popular também avançaram. A concepção de Brasil dos golpistas erra ao ignorar as transformações pelas quais passou o país nos últimos 13 anos".

O jornalista, autor de livros emblemáticos na disputa de narrativa com a mídia hegemonizada como A outra história do mensalão e A outra história da Lava-Jato(ambos publicados pela Geração Editorial), avalia que Dilma comparecer a um Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais e prometer resistir não é pouca coisa. "Colocar 30 mil nas ruas em diversas capitais do país após um golpe é algo incrível. Perde-se as contas dos atos de rechaço ao golpismo", comenta. 

O processo de denúncia do golpismo e da ilegitimidade do governo Temer, na opinião de Laura Capriglione, tem nas mídias alternativas e nos coletivos de comunicação um grande trunfo: "A grande mídia faz esforço gigantesco para invisibilizar ou desqualificar nossa ampla e massiva resistência, mas somos os loucos que produzem contra-informação e compartilhamos tudo o que é produzido por nossos amigos".

Com passagem por grandes redações de São Paulo, Laura Capriglione integra o Jornalistas Livres, um dos muitos coletivos de comunicação que, com 'trabalho de formiguinha', deflagraram um novo cenário informativo no país. "Criamos uma espécie de jornalismo colaborativo, horizontal e viral, algo inédito", sublinha. "O que fazemos é reinventar, de certa forma, a imprensa, pois somos o repórter, a gráfica, o jornaleiro, o transportador, os câmeras, toda a cadeia produtiva do jornalismo. Somos tudo ao mesmo tempo, e a partir da produção e compartilhamento, temos tido sucesso em disseminar nossas mensagens".

O desafio dos midiativistas e dos veículos contra-hegemônicos, segundo ela, é não pisar nas 'cascas de banana' pelo caminho, a fim de preservar a credibilidade. "Nosso desafio é o da credibilidade. Por isso, não podemos errar", defende. "Quanto mais credibilidade tivermos, mais imprescindíveis seremos", diz, chamando a atenção para a tarefa da vez: "ganhar a classe média com generosidade e didatismo".

O alvo das mídias alternativas, na opinião de Capriglione, tem de ser as ampla fatias da população que não têm necessariamente a compreensão do processo de golpe, mas que são sensíveis às causas sociais. "Há, até mesmo na classe média, uma ficha caindo de que se bateu panela para, no final, colocarem uma trupe de corruptos no governo", diz, "e essas pessoas já não dão mais tanta credibilidade à Globo".

Marco Weissheimer, por sua vez, alertou para o risco de as tentativas de 'judicialização da censura' contra blogueiros e ativistas digitais aumentar vertiginosamente com a ascenção de um governo ilegítimo. "Blogueiros e mídias independentes sofrem, com frequência, uma ofensiva jurídica, com objetivos claros: asfixia-los financeiramente com a finalidade de calar vozes dissonantes".


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sábado, 21 de maio de 2016

Ao vivo: 5ª edição do Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais

Ao vivo: 5ª edição do Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais






Confira, a seguir, a programação do Encontro:

SÁBADO

9h - Debate: As forças políticas e a democratização da comunicação

14h - Rodas de conversa e troca de experiências sobre a blogosfera e o ativismo digital

17h - Debate: O crime de Mariana e o papel da mídia

19h - Reunião dos estados

21h - Atividade cultural

DOMINGO

9h - Aprovação da Carta de Belo Horizonte e eleição da Comissão Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais

13h - Encerramento do #5BlogProg

Fonte : Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Encontro de Blogueiros: Multidão aguarda Dilma e grita contra Temer

Encontro de Blogueiros: Multidão aguarda Dilma e grita contra Temer 


  


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Agressão a blogs é a nova tara golpista

Agressão a blogs é a nova tara golpista

Chico Furtado
Contra o monopólio da mídia, blogueiros devem ser perseguidos pelo governo golpista.
Contra o monopólio da mídia, blogueiros devem ser perseguidos pelo governo golpista.

1) matéria na capa do site da Globo (fiz post sobre isso).

2) twitter ultra-agressivo, nojento, de Jorge Bastos Moreno (fiz post sobre isso).



3) matéria na Folha.
Meus amigos estão muito mais preocupados comigo do que eu. Ontem, uma fonte bem informada disse que a Lava Jato agora irá perseguir advogados de defesa e... blogueiros.

Eu respondi rindo, levemente perplexo, que não consigo entender o que poderiam achar contra mim. Não tenho nada. Minha mulher não tem nada. Minha mãe não tem nada. Meu irmão não tem nada. Essa é a família que eu tenho. Todo mundo pobre, sem nenhuma propriedade, sem dinheiro no banco.

Não é algo de que meu orgulhe, mas é a vida. Eu escolhi ser um escritor, um blogueiro de esquerda, e pago o preço por isso. Minha mãe escolheu ser professora de escola pública. Paga o preço por isso. Meu irmão tem lá a sua luta, como tantos milhões de brasileiros. Paga o preço por suas escolhas. Minha mulher ainda está construindo a sua carreira; não é "do lar".

Meu blog tem bastante audiência, sou reconhecido pelo meu trabalho, e ganho o suficiente, com assinaturas e publicidade privada, para viver com razoável conforto.

Eles - meus amigos - dizem que isso não importa mais para o judiciário brasileiro, ainda mais num momento em que vivemos um Estado de Exceção.

No entanto, não deixo de me espantar que, diante de problemas políticos, econômicos e sociais tão profundos, o governo "interino" de Michel Temer e a imprensa estejam preocupados com... blogs!

É quase uma tara. Agora todo dia saem matérias terroristas contra os blogs, como se eles ganhassem rios de dinheiro. Estão vindo com sangue na boca, querendo se vingar de... de que mesmo? O governo federal não lhes deu bilhões e bilhões em verba pública? Que canalhas!

As migalhas que alguns blogs ganharam - merecidamente - foi para sustentar seus custos operacionais.

O Cafezinho, depois de 13 anos de completa indiferença, ganhou, de uns meses para cá, meia dúzia de banners da Secom. Estou quase arrependido de tê-los aceitado. Os valores são pequenos. A maior parte ainda nem foi pago.

Entretanto, os banners que conseguimos vieram de mérito, visto que temos hoje quase 5 milhões de pageviews por mês, atingindo um público muito especial, de pessoas interessadas em política, formadores de opinião.

É impressionante o ódio, a intolerância, propagados pela imprensa. O que eles querem? Nos pintar como mercenários que nos vendemos por um punhado de publicidade?

Ora, eles se comportam como velhos senhores da Casa Grande, patrimonialistas radicais, lidando com o dinheiro público como fosse sua propriedade, e tratando os blogs com um desprezo assustador.

Omitem acintosamente que representamos um setor social que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas, inclusive a última. Um setor que encheu as ruas nos últimos meses, e continua enchendo hoje, todos os dias. 

O "governo interino" Temer não teria que governar para todos os brasileiros, inclusive para os que não concordam com o impeachment?

Temer não é um governo "democrático", e como tal, não teria que defender a liberdade de expressão também dos blogs, sabendo que atendemos um público que paga impostos e sustenta os salários de Michel Temer e todos os ministros?

Com todo o respeito, Michel Temer, independente do fato de você ser um golpista, você é um servidor público pago com o meu, o seu e o nosso suor!

Ninguém é mais cidadão que ninguém numa democracia! Pretender que uma democracia não tenha escritores e jornalistas progressistas, que não façam dura oposição a um governo como o de Michel Temer, é uma concepção bizarra de democracia!

Essa postura de vendeta contra quem não concorda com o governo é coisa de ditadura de banana! Os governos Lula/Dilma jamais fizeram isso! Por isso, aliás, ganharam quatro eleições consecutivas!

Eles - os golpistas da grande imprensa brasileira - têm ódio dos blogs porque eles tem cada vez menos prestígio e nós, os blogs, temos cada vez mais. Agindo assim, porém, com truculência e egoísmo, pregando o extermínio dos blogs, os golpistas cavam sua própria cova.

Intelectuais, estudantes, professores, tem preferido ler os blogs no lugar da grande imprensa.

São os blogueiros que são chamados para palestras nas universidades, não os jornalistas da Globo. Os jornalistas da Globo não podem pisar numa universidade! Golpista será o adjetivo mais delicado de que serão chamados.

A grande imprensa vivia brandindo uma frase descontextualizada (e por isso tola) de Millor Fernandes: imprensa é oposição, o resto é secos e molhados, e agora a mesma imprensa está aí, praticando um chapa-branquismo de dar vergonha aos jornais da época da ditadura (que foram os mesmos jornais de hoje, aliás).

Tentavam desqualificar os blogs chamando-os de "governistas", "chapa branca", "sustentados por verba pública". Ora, se fossemos governistas, chapa-branca e viciados em verba pública teríamos nos vendido rapidamente ao novo governo, não é?

Não o fizemos, o que significa que nunca fomos nem uma coisa nem outra, apenas blogs políticos com personalidade e opinião própria.

E agora nos chamarão de quê? De governistas ou chapa-branca não podem mais. "Pró-PT"? Ora, isso é papo de fanático da ultra-direita. Vão imitar o Malafaia xingando o Bernardo Mello Franco de "petralha" e "esquerdopata"?

É impressionante o instinto autoritário e ditatorial da nossa imprensa, e isso mostra bem a carantonha do golpe do qual ela foi articuladora principal e do qual agora é o principal sustentáculo.

O tweet de Jorge Bastos Moreno é emblemático desse golpismo midiático. Eles nos criminalizavam ao nos chamar de "governistas", porque também criminalizavam o governo. Agora tentam nos criminalizar porque somos oposição? O que eles querem? O extermínio da diversidade de opinião no país?

E o que Bastos quer dizer? Que não haverá oposição ao governo Temer? Bastos não percebeu que as ruas estão efervescentes de revolta contra o governo golpista? As ruas também estão recebendo dinheiro do governo? Peraí, o governo agora é deles!

Sinceramente, o seu tweet é apenas uma mensagem ameaçadora, autoritária, bandida, vazia. Mensagem de puxa o saco do patrão golpista, e de quem não guarda o mínimo zelo pela democracia.

Eles se queimam com essas agressões, e acabam chamando ainda mais atenção para os blogs.

Afinal, é um ataque ridiculamente assimétrico. Por mais que a audiência dos blogs tenha crescido, ainda somos organizações imensamente frágeis, quase artesanais, tocadas muito mais por aventureirismo e diversão do que para "ganhar dinheiro".

A troco de que corporações seculares, que pertencem às famílias mais ricas do país, tem tanto medo dos blogs, a ponto de patrocinar ataques diários, sistemáticos, a eles, e a fazer campanha para nos asfixiar financeiramente?

Isso mostra, naturalmente, que eles têm medo do contraponto, da diversidade, da democracia.

Por isso são golpistas!

E por serem golpistas e adversários dos blogs, fazem dos blogs, por contraste, um bastião essencial dos mais importantes valores democráticos, como o respeito à liberdade de expressão e à diversidade de opiniões

Golpistas, fascistas, não passarão!
 

*Jornalista, blogueiro, editor do Cafezinho.



Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Fora Temer! Plenária Estadual FBP - Pernambuco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Temer, o ilegítimo, sofre resistências no Brasil e no mundo

Dois atos ocorridos na quinta-feira (12) indicam o que será a vida política brasileira durante a interinidade de Michel Temer que, ilegitimamente, ocupa a presidência da República desde aquele dia. 

Um daqueles atos foi a reação popular ante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff. Ela saiu do Palácio do Planalto aclamada por milhares de pessoas que foram até lá manifestar sua solidariedade e repúdio ao golpe midiático-judicial-parlamentar que a afastou temporariamente do cargo.

O outro ato ocorreu ao entardecer daquele dia fatídico – foi o anúncio daqueles que, ocupando os ministérios, vão partilhar o governo da República com o ilegítimo Michel Temer, que não recebeu um único voto popular para exercer o mais alto cargo da nação. São todos homens, brancos e ricos, perfil que não representa a população brasileira mas somente a elite reacionária e neoliberal que patrocinou o golpe.

Foram dois atos simbólicos, sobretudo o que ocorreu sob o comando de Michel Temer. 
Além da evidente indicação de contraposição ao povo brasileiro, aquele conjunto de dirigentes igualmente ilegítimos escondia contradições que logo no dia seguinte já se manifestaram.

A principal delas ganhou as telas da televisão na manhã da sexta-feira (13) quando Henrique Meireles, posto à frente do Ministério da Fazenda, anunciou as primeiras medidas a serem tomadas. Medidas que ferem frontalmente os direitos dos trabalhadores e indicam a disposição de realizar uma reforma trabalhista (sobre a qual não deu detalhes) e a reforma da Previdência exigida pelos donos do dinheiro no Brasil. 

A mudança anunciada na Previdência social é extremamente lesiva aos trabalhadores; ela prevê a fixação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.

E provocou o primeiro racha público entre os golpistas – o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (conspirador golpista de primeira hora), logo esbravejou e, em nota, classificou as medidas planejadas por Meirelles como “estapafúrdias”. 

Outros protestos vieram dos artistas e intelectuais que não aceitaram a extinção do Ministério da Cultura. A própria posse do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) à frente do Ministério da Educação e Cultura, foi vexatória, com a manifestação, durante a solenidade, de por pessoas inconformadas com a extinção do Minc.

São apenas alguns sinais das dificuldades que o governo ilegítimo e sem votos vai enfrentar. Elas foram notadas já nas manifestações que ocorreram, ou estão marcadas, contra a nova ordem reacionária e retroativa que a direita tenta impor ao país. 

Seu conjunto é grande. Nos dias 12 e 13 já ocorreram manifestações pelo “Fora Temer” em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Vitória. Novos protestos ocorrerão em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Natal, entre outras capitais e grandes cidades.

As reações de condenação ao golpe ocorrem também no exterior. A primeira tarefa de José Serra, que ocupa o ministério de Relações Exteriores, foi justamente tentar responder a manifestações anti-golpistas que vieram da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e de cinco nações do continente que, Serra, bem ao gosto da opinião que tomou o de assalto o governo brasileiro, disse partirem de governos “esquerdistas”.

Mas o golpe não engana ninguém, dentro e fora do Brasil. Alguns dos principais jornais do mundo deram o nome certo à mudança feita pela direita: golpe! Em uníssono, seu noticiário destoa completamente daquilo que a mídia golpista e patronal repete à exaustão no Brasil – entre eles estão espanhol El Pais, o alemão Die Zeit, o francês Le Monde, o britânico The Guardian. O maior e mais influente de todos, o norte-americano The New York Times publicou, na sexta-feira (13) um editorial duro segundo o qual Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime mas paga um alto preço, e desproporcional, pelo que chamou por erros de administração. 

A resistência contra o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer está apenas no início em tudo indica, não vai arrefecer, mas crescer e continuar clamando, a plenos pulmões: “Fora Temer”.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Conam: Não reconhecemos um governo ilegítimo e golpista

Conam: Não reconhecemos um governo ilegítimo e golpista


  
Confira a nota abaixo:

A Confederação Nacional das Associações de Moradores nasceu no seio da luta pela redemocratização do Brasil. Estivemos sempre ao lado dos interesses das comunidades e do povo brasileiro e mais uma vez não teremos dúvida de qual é a nossa posição e o nosso lado: A defesa da democracia!

Neste dia 12 de maio de 2016, a Conam, indignada com a decisão do Senado Federal – que foi mais um dos graves golpes desferidos contra a democracia – reafirma que não reconhecemos um Governo ilegítimo e golpista, pois admitir processo de impedimento de uma Presidenta democraticamente eleita, sem crime de responsabilidade, é golpe!

Seguimos ao lado dos mais de 54 milhões de pessoas que elegeram um projeto democrático e popular. Também não permitiremos retrocesso nos avanços sociais, nos direitos dos trabalhadores e aposentados. A chamada “Ponte para o Futuro” na verdade é um “túnel para o passado!”.

Vamos seguir mobilizados em defesa da democracia e do povo, contra o golpe em curso no Brasil! Seguiremos resistindo e firmes na luta! Golpistas, não passarão!

Brasília, 12 de maio de 2016


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Fora Temer!

Frente Brasil Popular: A nossa luta agora é pelo  “Fora Temer”



  
Confira a íntegra da nota:

Ao povo brasileiro

A maioria do Senado Federal, ao aprovar a admissão do processo de impeachment contra a presidente da República, capitulou diante do golpe das oligarquias contra a Constituição, tornando-se cúmplice de flagrante ruptura da ordem democrática.

O voto popular foi usurpado por parlamentares dispostos a tomar de assalto o poder político. Agindo à revelia das urnas, fazem parte da coalizão de forças conservadoras que se formou para estabelecer um governo ilegítimo, a serviço dos grandes grupos econômicos locais e internacionais. 

A abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff, ora responsável por seu afastamento provisório, não passa de uma farsa: sem crime de responsabilidade configurado, representa apenas recurso ao arbítrio para impor pesados retrocessos aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.

As intenções dos golpistas estão declaradas a céu aberto: arrochar salários, acabar com a política de valorização do salário mínimo, cortar gastos com programas sociais, eliminar direitos civis, privatizar empresas estatais, reduzir investimentos públicos, anular despesas constitucionais obrigatórias com saúde e educação, abdicar da soberania nacional diante dos centros imperialistas. 

Para cumprir este programa antipopular e antinacional, não hesitarão em ir além do golpe institucional em curso, adotando medidas de criminalização e repressão contra a resistência democrática, os movimentos sociais e os partidos progressistas.

A Frente Brasil Popular conclama os trabalhadores da cidade e do campo, os intelectuais e artistas comprometidos com a liberdade, a juventude e as mulheres a rechaçar, em todos os locais de estudo, trabalho e moradia, este atentado contra a democracia. 

Estaremos todos unidos sob a palavra de ordem “Fora Temer”: somente haverá paz quando o governo for restituído a quem recebeu mandato constitucional consagrado pelas urnas. 

O golpe será derrotado nas ruas e nas instituições. Continuaremos pressionando os Senadores até o dia da votação final. Permaneceremos exigindo que o STF se manifeste sobre o mérito do Impeachment. Concomitantemente defenderemos as conquistas sociais e reagiremos contra a agenda antipatriótica dos usurpadores. 

Mais uma vez em nossa história, o povo brasileiro tem a missão, com suas próprias mãos, de reconduzir o país ao Estado de Direto e ao regime democrático.

Brasília, 12 de maio de 2016.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dilma discursará contra o "golpe" antes de deixar o Planalto

Dilma discursará contra o "golpe" antes de deixar o Planalto



 Dilma deixará o Palácio do Planalto reafirmando que é vítima de um golpe Dilma deixará o Palácio do Planalto reafirmando que é vítima de um golpe
O Palácio do Planalto realizará uma cerimônia no gabinete presidencial, no terceiro andar do prédio, onde a presidenta Dilma receberá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, autoridades e personalidades aliadas para assinar a notificação, que será entregue pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO).

Do lado de fora do palácio, movimentos sociais que apoiam o governo farão nova manifestação contra o impeachment.

Antes de deixar o Palácio do Planalto, seu local de trabalho, Dilma fará uma declaração à imprensa, prevista para as 10h. No mesmo horário, um vídeo gravado pela presidenta será divulgado nas redes sociais da Presidência da República.

Em seguida, Dilma sairá do Palácio do Planalto pela porta principal do prédio, no térreo, sem usar a rampa. Fora do edifício, a presidenta fará um discurso reafirmando que tem sido vítima de um golpe, como tem feito nas últimas semanas. Neste momento, Dilma poderá se aproximar das grades que cercam o prédio para ser acolhida e abraçada pelos manifestantes que forem ao local prestar apoio a ela.

Após os atos, a presidenta seguirá, de carro, até o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, a poucos quilômetros do Planalto, onde vai permanecer durante os 180 dias em que deve ficar afastada.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dilma: Estou cansada de desleais e traidores, mas não de lutar

Dilma: Estou cansada de desleais e traidores, mas não de lutar



  

“Quero dizer a vocês que não estou cansada de lutar. Estou cansada dos desleais e dos traidores. Tenho certeza que o Brasil também está cansado dos desleais e traidores, e é esse cansaço que impulsiona a minha luta cada dia mais”, afirmou, ao participar da cerimônia de lançamento da 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, em Brasília.

Dilma reiterou que sofre um um "golpe", liderado por duas pessoas. “Temos de dar nomes aos bois. Este é um processo [de impeachment] conduzido pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pelo vice-presidente [Michel Temer]. Os dois proporcionaram ao país esta espécie moderna de golpe, um golpe feito rasgando a nossa Constituição”, declarou.

Em várias ocasiões, o discurso da presidenta foi interrompido pela plateia formada por mulheres, que manifestou seu apoio, entonado palavras de ordem, como “no meu país eu boto fé porque ele é governado por mulher”, “mulheres na rua, a luta continua” e “não vai ter golpe, vai ter luta” .

Dilma reafirmou que usará todos os meios legais para combater o que qualificou como "uma enorme injustiça"."Eu sou uma figura incômoda. Eu me mantenho de pé, de cabeça erguida, honrando as mulheres. [Com isso], ficará claro que cometeram contra mim uma inominável, uma enorme injustiça. Eu vou lutar com todas minhas forças usando todos os meios disponíveis e legais de luta. Vou participar de todos atos e ações que me chamarem", disse.

A presidenta voltou a dizer que não vai renunciar e que essa hipótese "jamais" passou pela sua cabeça. "A história vai mostrar como o fato de eu ser mulher me tornou mais resiliente, mais lutadora. Queriam que eu renunciasse, e jamais passou a renúncia pela minha cabeça. Só pela cabela deles, não pela minha". De acordo com a presidenta, os que propõem a sua renúncia querem evitar "de todas as formas" que ela continue denunciando o que tem classificado como golpe. 

"Para mim é um momento decisivo para a democracia brasileira que estamos vivendo hoje. Sem dúvida estamos num momento em que a gente sente que estamos fazendo a história desse país. A história ainda vai dizer o quanto de violência contra a mulher, de preconceito contra mulher tem nesse processo de impeachment golpista", disse, acrescentando que um dos componentes do processo decorre do fato de ser a primeira presidenta eleita pelo voto popular.

O evento reuniu milhares de delegadas de todas as regiões do país para discutir políticas públicas voltadas a garantir mais direitos e participação às mulheres. Quando chegou ao local, Dilma foi ovacionada pelas presentes e permaneceu durante seis minutos abraçando as presentes no palco e mandando beijos para a plateia. Antes de o evento começar, elas cantaram de mãos dadas e à capela o Hino Nacional. Confira abaixo:
 

 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

segunda-feira, 9 de maio de 2016

10/05 Ato contra o golpe e pelo fora Temer

 

Ilegítimo, o impeachment está desmoralizado de vez

A hipocrisia golpista foi novamente desmascarada nesta segunda-feira (9) depois da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de suspender a sessão vergonhosa do dia 17 de abril, que aceitou a admissibilidade do impeachment da presidenta da República.

A suprema hipocrisia foi mostrada por políticos da direita e pela mídia golpista: Waldir Maranhão não pode cassar os votos de 367 deputados a favor do impeachment, dizem os golpistas Mas eles podem cassar os votos dos 54.501.118 eleitores que votaram em Dilma Rousseff, em 2014! É uma diferença gigantesca, que revela mais um aspecto da ilegitimidade da votação de 17 de abril: o voto de cada deputado que apoiou o golpe cassou o sufrágio de 148.504 votos dados a Dilma Rousseff em 2014.

O impeachment, que já era absolutamente ilegítimo, ficou desmoralizado de vez, disse o jurista Pedro Serrano, em entrevista a este portal.

Ele tem razão. A ilegitimidade do golpe em andamento ficou patente nas ruas, onde tem ocorrido manifestações diárias de protesto contra o impeachment. É visível nas pesquisas de opinião, que condenam o processo contra a presidenta e rejeitam um eventual governo golpista de Michel Temer. Ilegitimidade confirmada pela manifestação de milhares juristas contrários ao golpe. Condenação que se espalha pela imprensa mundial, expondo nosso país ao ridículo causado por uma elite política conservadora e direitista que não aceita a democracia e quer um atalho para a presidência da República porque não consegue alcança-la pelo voto.

A luta pela legalidade e pela legitimidade, enxovalhada nas instâncias institucionais, volta para o povo, para as ruas, como constatou a Frente Brasil Popular, que convoca: “É nas ruas que vamos derrotar esse golpe!”

É hora de fazer valer o que diz o parágrafo único do artigo 1º da Constituição de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Toda resistência ao golpe e em defesa da legalidade e do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff inspira-se nesse dispositivo constitucional que consagra a soberania popular. E o respeito a ela se impõe.

A profunda desmoralização do impeachment e daqueles que patrocinam o golpe contra a legalidade, agravou a crise criada pela direita que não aceitou o resultado da eleição de 2014. Neste cenário é preciso considerar a proposta de convocação de um plebiscito para deliberar sobre a antecipação da eleição presidencial. Lutar a um só tempo para evitar o golpe e, em caso de sua consumação, para que o povo seja consultado é a tarefa que se impõe aos democratas. 

“Não ao golpe, fora Temer!”


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada