quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ARREBENTA SAPUCAIA! NA RÁDIO UNIVERSITÁRIA.























ARREBENTA SAPUCAIA! NA RÁDIO UNIVERSITÁRIA.

A T.C.M. Arrebenta Sapucaia! nos programas CARNAVAL 2016 e FORRÓ, VERSO E VIOLA.

CARNAVAL 2016 é apresentado por Hugo Martins, de segunda á sexta, das 14h, às 16h e FORRÓ, VERSO E VIOLA, por Ivan Ferraz. também de segunda à sexta, das 16h às 18h.

Com o tema ARREBENTA SAPUCAIA NA CABEÇA DOS COXINHAS e homenageando ZILDA XAVIER PEREIRA, representantes da TROÇA divulgarão hoje, 27/01/16 (quarta-feira), o seu 10º DESFILE, acompanhados do forrozeiro Mané do Baião nos programas de Hugo Martins e Ivan Ferraz na RádioUniversitária FM ( 99.9Mhz ).

O desfile 10 da TROÇA acontecerá no próximo sábado, 30.01.2016, com concentração a partir  das 18h, na Praça Maria da Conceição, na Vila Carmela Dutra, no Barro-Recife-PE-Brasil

A agremiação surgiu do MOVIMENTO EM DEFESA DA MATA DO ENGENHO UCHOA, e porque não participa do Carnaval apenas pelo folguedo, faz questão de ressaltar o valor de uma empresa de comunicação pública e o papel que cumprem Hugo Martins e Ivan Ferraz no sentido de fazer com que o FREVO e o FORRÓ se constituam em elementos fortalecedores da identidade cultural do povo brasileiro.


























































Valor unitário da camisa R$ 20,00 (vinte reais)




10º DESFILE DA T. C. M. ARREBENTA SAPUCAIA!




















C O N V I T E

Homenageada: ZILDA XAVIER PEREIRA

Tema: ARREBENTA SAPUCAIA NA CABEÇA DOS COXINHAS.

OS CLARINS DE MOMO JÁ BUZINARAM NOS SEUS OUVIDOS QUE É CARNAVAL.

ANOTE NA SUA ALEGRIA A NOITE DO 10º DESFILE DA T. C. M. ARREBENTA SAPUCAIA!

CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 18H, NA PRAÇA MARIA DA CONCEIÇÃO, NA VILA CARMELA DUTRA - BARRO - RECIFE - PE - BR.

PRÓXIMO SÁBADO - 30 / 01 / 2016.


VENHA FAZER O PASSO JUNTO COM O BOI DE MAINHA, ACOMPANHANDO A ORQUESTRA, NO CHÃO, COM VOCÊ.



























































Valor unitário da camisa R$ 20,00 (vinte reais)


Manhã de Sol.

Manhã de Sol.

A TCM Arrebenta Sapucaia! realiza, com sucesso, a sua Manhã de Sol 2016.



Este ano a homenageada é Zilda Xavier Pereira e o tema, ARREBENTA SAPUCAIA NA CABEÇA DOS COXINHAS. Tudo registrado na camisa 2016, ano do 10º desfile da Troça.

Foi na Associação dos Moradores do Conjunto Residencial N. Sra. de Lourdes, no Barro-Recife-PE-Brasil, no domingo, 24.01.2016; a Manhã de Sol, com a participação do cantor João Sales e o tecladista Igor Leonardo (JOÃO SALES E IGOR DOS TECLADOS). Mais uma vez esses excelentes artistas arrebentaram a alegria no salão, tirando os (as) presentes das cadeiras, botando-os (as) para cantar e frevar.



Tocando a genuina  música pernambucana iniciaram e intercalaram, com a canção e a efervescência da nossa musica, a entrega dos cinco prêmios do bingo; acompanhados de prêmios extras; que premiou com cerveja, bola, ventilador, pintura em tela e bicicleta. A pintura faz a diferença, registrando junto com Vassourinhas o significado da arte para a felicidade humana.

Em meio a tudo isso, um momento marcante, o lançamento da camisa, esse símbolo que, com suas cores vermelho e verde apresenta a agremiação, rebento de uma luta. Nada surge do nada. E a camisa Arrebenta Sapucaia! 2016 é uma realidade porque Guido Bianchi e Josevio Rodrigues – Mano (JR DESIGN) a conceberam e Ricardo Mendonça (Rick Design) a materializou.


















Dentre os participantes mereceram registro da presença; por fazerem parte de entidades; Simone Cesar, da UBM (União Brasileira de Mulheres); Enoque, do SINDMETAL-PE; Roselle Siqueira, do Sinttel; Zé Inácio, militante histórico, do Ibura; Fia, do Bloco Carnavalesco Levanta Corno; Alexandre Moura, da ECOS; Professor Hildemarcos Florêncio (Marcos), diretor da Escola Pres. H. Castello Branco e George Braga, Secretário de Esportes da PCR.

Como não poderia deixar de ser, foram registradas As Olimpíadas e As Paraolimpíadas em forma de palavras, imagem e de prêmios tanto pelo significado do esporte, reunindo atletas dos cinco continentes, para a educação do homem e da mulher, com sua beleza ímpar, e por estar sendo realizadas no Brasil, marcando um novo Brasil para os brasileiros e para o mundo.



Essa festa foi possível com o apoio cultural constituído por Luciana Santos, Dep. Federal - PCdoB-PE; SINTEPE-PE; Vereador Almir Fernando – PCdoB -Recife; SINDMETRO-PE; Tereza Leitão, Dep  estadual - PT-PE; Carol Esportes; SINDURB-PE; SINDBANCÁRIOS-PE; CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); CUT (Central Única dos Trabalhadores); SINDJUD-PE; SINTTEL-PE; SINPRO-PE; SINDICON-PE e a Associação dos Moradores do Conjunto Residencial N. Sra. de Lourdes.

O sucesso da festa, concretizado na realização exitosa do evento foi possível, também, porque o trabalho coletivo desaguou na unidade pela produção, iniciado e encerrado, com a paz ditando os sentimentos e as emoções.

A Coordenação da Troça; formada por Luci Machado, José Semente, Edmar Neto e Augusto Semente; sente-se feliz e honrada por ter sabido contribuir para o sucesso.


Viva a solidariedade, a paz e o Carnaval.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Arrebenta Sapucaia! Na Rádio Universitária FM ( 99.9Mhz )


Hoje quinta-feira (21), os ( as ) coordenadores ( ras ) da Arrebenta Sapucaia! Participarão dos programas: Carnaval 2016 apresentado pelo radialista Hugo Martins, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 14h às 16h, na RádioUniversitária FM ( 99.9Mhz ). Defensor do nosso frevo e, do programa Forró Verso e Viola apresentado por Ivan Ferraz defensor do nosso forró, na mesma emissora.  O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 16h às 18h.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Lançamento da Camisa na Manhã de Sol Arrebenta Sapucaia!

LANÇAMENTO DA CAMISA!

COM A CAMISA VOCÊ NÃO PRECISA DIZER NADA. CAIA LOGO NA GANDAIA, BOTANDO AS IDEIAS EM DEBATE A FREVEREM. E VIVA A IRREVERÊNCIA DO CARNAVAL.


Valor unitário R$ 20,00 (vinte reais)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MP: Licença ilegal no governo Aécio deu causa à tragédia de Mariana

MP: Licença ilegal no governo Aécio deu causa à tragédia de Mariana

A devastação provocada pelos rejeitos das duas barragens da Samarco-Vale em Mariana, evidenciavam que não se tratava de um acidente. Além do desastre socioambiental, a falta de um simples plano de emergência, as denúncias feitas pela população atingida e a conduta da empresa apontavam na direção de um crime.


Agência Brasil
O rompimento da barragem da Samarco-Vale deixou 17 mortos e dois desaparecidos, e contaminou o Rio DoceO rompimento da barragem da Samarco-Vale deixou 17 mortos e dois desaparecidos, e contaminou o Rio Doce
Segundo o MP, a licença prévia para a obra em Mariana foi concedida, em 2007, pelo governo tucano sem a apresentação do projeto executivo pela mineradora, que reúne todas as informações de uma intervenção deste porte.

“O Ministério Público, desde o início, analisou o licenciamento com a maior profundidade possível. Podemos apontar com grande exatidão que ele (licenciamento) foi decisivo para que ocorresse essa tragédia”, enfatizou o promotor Carlos Eduardo Ferreira, um dos responsáveis pelo caso, em entrevista ao Globo.

O rompimento da barragem provocou a morte de 17 pessoas e contaminou boa parte da extensão do Rio Doce chegando ao litoral do Espírito Santo e, segundo órgãos ambientalistas, os resíduos podem ter até alcançado o litoral sul da Bahia e o Arquipélago de Abrolhos.

“O licenciamento todo é uma colcha de retalhos. Cheio de inconsistências, omissões e graves equívocos, que revelam uma ausência de política pública voltada à proteção da sociedade. Esse licenciamento foi obtido em tempo inacreditavelmente rápido”, ressalta o promotor.

Para ele, as investigações confirmam que a tragédia em Mariana era iminente. “Nós podemos classificar esse rompimento como um desastre já anunciado, a pergunta que fica é: quantos empreendimentos como esse ainda temos no estado de Minas Gerais e no Brasil?”, indagou.

De acordo com as investigações do Ministério Público de Minas Gerais confirmam essas suspeitas, pois existe uma irregularidade na liberação do governo estadual, na época comandado pelo tucano Aécio Neves, para a construção da barragem que rompeu em novembro 5 de novembro.

Ainda segundo o MP, os técnicos do governo solicitaram a realização de um estudo sobre o escoamento da água, que não foi apresentado. A barragem fica ao lado de uma chamada “pilha de estéril” de propriedade da Vale, empresa dona da Samarco. Essa pilha acumula materiais descartados durante a mineração é exigia a instalação de um processo de drenagem, devido à proximidade com a barragem, caso contrário, não aguentariam.

A Samarco-Vale afirmou por meio de seu advogado que as informações a empresas “julgava” necessárias para a construção da barragem foram apresentadas. No entanto, o atual subsecretário de Regularização Ambiental de Minas Gerais, Geraldo Abreu, disse que as informações não apresentadas pela empresa durante o processo de licenciamento foi um “erro grave”.

A Vale novamente tentou empurrar a responsabilidade exclusiva do fato para a Samarco. Segundo a mineradora, a Samarco era a responsável por resolver o assunto e que nunca houve contato entre a pilha e a barragem. No entanto, relatório da VogBr (empresa que atestou a estabilidade de Fundão), recomendou em 2013 que a Samarco apresentasse um projeto de drenagem diante do risco de rompimento.

Além disso, o engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila, responsável pelo projeto, disse em depoimento à Polícia Federal que avisou à Samarco, após uma inspeção feita em 2014, sobre um princípio de ruptura na barragem.

“Identifiquei na inspeção que a barragem tinha sofrido um princípio de ruptura e que isso significava uma situação de risco que deveria ser mitigada. Indiquei três providências: redimensionar o reforço (na barragem), instalar piezômetros (instrumentos que medem a pressão da água) e, se indicassem pressão elevada, rebaixar o nível da água (bombeando-a para fora da barragem)”, disse ele.
 


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O capital não poupa ninguém nem mesmo os recém-nascidos

Proteção à criança dos efeitos da publicidade começa no berço

Ainda estamos longe da Suécia, que já baniu a publicidade dirigida ao público infantil, com apoio de 88% da população. Mas, pelo menos, fechamos o ano com alguns avanços na legislação.


Reprodução
Exposição: basta a criança se aproximar dos 3 anos para começar a receber diretamente a carga publicitária.Exposição: basta a criança se aproximar dos 3 anos para começar a receber diretamente a carga publicitária.
A publicidade não poupa ninguém. Nem mesmo os recém-nascidos, alvos das campanhas publicitárias desde os primeiros dias de vida. São apelos para o consumo de fraldas descartáveis, papinhas, mamadeiras, chupetas, bicos e outros produtos, alguns de utilidade duvidosa.

Um decreto do governo federal pode ajudar a reduzir os efeitos negativos desses produtos à saúde dos bebês. Publicado recentemente, restringe qualquer ação promocional desse tipo, incluindo publicidade, descontos, brindes, exposições especiais em supermercados e outras ações semelhantes.

Fica também proibida a utilização de fotos, desenhos e ilustrações que induzam ao uso, com expressões como “baby”, “kids”, “ideal para o seu bebê”, além da utilização nas mensagens de personagens de filmes e de desenhos animados. No caso específico dos bicos, mamadeiras e chupetas, deverá ­haver sempre um aviso aos pais sobre os prejuízos que o uso desses produtos podem causar ao aleitamento materno.

Também aqueles potinhos de alimentos industrializados consumidos por crianças de menos de três anos estão na mira da regulamentação. Autoridades da área da saúde recomendam que os bebês sejam amamentados por até dois anos ou mais e que o leite materno seja o único alimento da criança até o sexto mês de vida.

Pesquisas mostram que o leite materno protege as crianças contra diarreias, pneumonias, infecções de ouvido e alergias. Contribui também para diminuir as chances de desenvolverem, quando adultas, doenças como diabetes, obesidade, hipertensão arterial e vários tipos de câncer.

Claro que na faixa inicial da vida a propaganda é dirigida aos pais. Mas bastou a criança se aproximar dos 3 anos para começar a receber diretamente toda a carga publicitária. Com a agravante de ainda não poder discernir entre o que é propaganda e o que é entretenimento e lazer.

Quantas gerações foram induzidas ao consumo precoce atraídas por apresentadoras simpáticas e afetivas que conquistavam a criançada com esses atributos para, em seguida, mostrarem a sua verdadeira face de vendedoras das mais variadas quinquilharias, de sandalinhas a brinquedos eletrônicos.

No caso dos alimentos, o cuidado que agora se verifica em relação aos bebês deve ser urgentemente estendido aos mais velhos. Os dados em relação ao crescimento da obesidade infantil no Brasil são assustadores. Segundo o Ministério da Saúde, o ­excesso de peso já atinge 52,5% da população adulta do país. O índice de obesidade é de 17,9%. Entre as crianças, uma em cada três, na faixa dos 5 aos 9 anos, está acima do peso.

Em novembro, o Senado deu um passo importante para proteger também as crianças mais velhas da publicidade. Foi aprovada a atualização do Código de Defesa do Consumidor, explicitando como abusiva a publicidade que “se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança” e as que induzam diretamente ao consumo, causem sentimento de inferioridade ou usem crianças e adolescentes como porta-vozes diretos da mensagem de consumo.

Estamos ainda longe da Suécia que baniu totalmente a publicidade dirigida ao público infantil há mais de dez anos. A decisão foi tomada após a divulgação de uma pesquisa nacional mostrar que 88% da população apoiava a medida. Por aqui, ainda não se fez esse tipo de pesquisa, mas acredito que, apesar de todas as diferenças econômicas e culturais entre os dois países, os resultados seriam semelhantes.

Apesar disso, neste momento, cabe aplaudir os pequenos avanços ocorridos ao final do ano passado, esperando que sirvam de sustentação para ações mais ousadas que levem ao final a resultados pelo menos próximos aos obtidos em países com a Suécia.
 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

domingo, 17 de janeiro de 2016

PF indicia Samarco-Vale e consultoria por crime ambiental em Mariana

PF indicia Samarco-Vale e consultoria por crime ambiental em Mariana

A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira (13) a mineradora Samarco e sete executivos e técnicos da empresa por crimes ambientais decorrentes do derramamento de 32 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração no Rio Doce. Um dos indiciados é o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.


Rompimento da Barragem de Fundão da Samarco, em 5 de novembro do ano passado, devastou o distrito de Bento RodriguesRompimento da Barragem de Fundão da Samarco, em 5 de novembro do ano passado, devastou o distrito de Bento Rodrigues
A Vale, uma das donas da empresa, e a consultoria VogBR, responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem que se rompeu, também foram indiciadas sob a acusação de crime de poluir causando danos à saúde humana, a morte de animais e a destruição da flora, previsto no Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, entre outras infrações. A pena para esse delito é reclusão de seis meses a cinco anos, além do pagamento de multa.

Apesar dos impactos ambientais, econômicos e sociais, em comunicado, a Vale disse que recebeu com "surpresa" a notícia do indiciamento.

A mineradora que não tinha um plano de emergência, nem mesmo uma simples sirene de aviso aos moradores da região, disse ainda que a responsabilização da empresa “reflete um entendimento pessoal do delegado e ocorre em um momento em que as reais causas do acidente ainda não foram tecnicamente atestadas e são, portanto, desconhecidas”.

A nota também diz que a empresa vai demostrar tecnicamente que as premissas da Polícia Federal “não têm efetivo nexo de causalidade com o acidente”.

Em nota, a Samarco-Vale demonstra muita disposição em apurar os fatos e seguir a lei. Porém, a realidade demonstra que não é bem assim. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou que vai entrar na Justiça para pedir a elevação da multa inicial de R$ 1 milhão por dia de atraso na entrega dos planos de emergência das barragens de Santarém e do Germano, pertencentes à mineradora Samarco.

Os planos de emergência exigidos é para assegurar que um novo colapso volte a prejudicar a sociedade estabelecendo as ações imediatas que serão tomadas pela mineradora para diminuir os impactos, caso isso ocorra. A mineradora tinha como prazo de entrega dos documentos o dia 3 de dezembro, mas, após pedido da empresa à justiça, a multa foi suspensa e o prazo prorrogado para 9 de janeiro e, novamente a empresa não cumpriu, por isso a multa.

O colapso da barragem de Fundão no dia 5 de novembro, em Mariana (MG), causou a morte de 17 pessoas, devastou municípios, prejudicou o abastecimento de água em dezenas de cidades e continua causando impactos ambientais graves no Rio Doce e no oceano.
 


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Lama tóxica da Samarco-Vale contamina mais de 660 quilômetros de rios

Lama tóxica da Samarco-Vale contamina mais de 660 quilômetros de rios

O desastre ambiental provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, da Mineradora Samarco-Vale em Mariana (MG), em 5 de novembro, atingiu 663 quilômetros de rios e resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação, incluindo Áreas de Preservação Permanente, mostra laudo técnico preliminar do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No distrito de Bento Rodrigues, 207 das 251 edificações (82%) ficaram soterradas.


Agência Brasil
Rompimento da barragem de lama em Mariana, Minas Gerais, contaminou o Rio DoceRompimento da barragem de lama em Mariana, Minas Gerais, contaminou o Rio Doce
Os rejeitos de mineração formaram uma onda de lama que afetou diretamente 663 quilômetros no Rio Doce e seus afluentes, chegando ao oceano, no município de Linhares, no Espírito Santo, em menos de cinco dias. A lama avançou pelo rio com grande velocidade. No dia 21, alcançou o mar. Blocos de contenção foram posicionados na foz do rio para controlar o impacto ambiental da chegada da lama ao mar, no entanto os rejeitos avançaram pela barreira deixando enorme mancha no mar do Espírito Santo.

Segundo o Ibama, não é possível dizer se a mancha aumentou ou diminuiu nos últimos dias. “Existem vários fatores que influenciam o tamanho da pluma que é vista na superfície, tais como vento, correntes, vazão do rio, chuva e até mesmo a metodologia utilizada para fazer a medição. Sabe-se que ainda há lama descendo o rio. A quantidade de material em suspensão na foz é variável”, informou a assessoria do órgão.

O aumento da turbidez da água, e não uma suposta contaminação, provocou a morte de milhares de peixes e outros animais. Ainda de acordo com o Ibama, das mais de 80 espécies de peixes apontadas como nativas antes da tragédia, 11 são classificadas como ameaçadas de extinção e 12 existiam apenas lá.

Ainda não é possível afirmar como será o processo de recuperação, pois o desastre está em curso. O Ibama monitora os parâmetros de qualidade da água e avalia que espécies foram mais atingidas. Para o instituto, mais importante que a recuperação da água é a recuperação dos ecossistemas afetados. Trata-se de avaliação complexa e que está em andamento. O Ibama produzirá um laudo com informações atualizadas após o fim do lançamento de rejeitos.

A destruição de Áreas de Preservação Permanente ocorreu no trecho de 77 quilômetros de cursos d'água da barragem de Fundão até o Rio do Carmo, em São Sebastião do Soberbo (MG). Os impactos no ambiente marinho não foram avaliados até o momento.
 

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sábado, 2 de janeiro de 2016

A busca por uma alimentação saudável aproxima cidade do campo

A busca por uma alimentação saudável aproxima cidade do campo

Em 2015, a questão da alimentação saudável foi fortemente debatida na sociedade. O tema deixou de ser pauta apenas de organizações e movimentos populares camponeses, passando a ser discutido inclusive no dia a dia da população de áreas urbanas.


Joka Madruga
Durante a 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária a população da cidade pôde entrar em contato direto com os pequenos produtores e conhecer mais sobre o processo de produção saudável impulsionado pelos camponesesDurante a 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária a população da cidade pôde entrar em contato direto com os pequenos produtores e conhecer mais sobre o processo de produção saudável impulsionado pelos camponeses
A 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Paulo entre os dias 22 e 25 de outubro, comercializou mais de 200 toneladas de alimentos, com cerca de 800 variedades de produtos das áreas de assentamentos da Reforma Agrária de todo o país.

“A importância da feira é política. O paulistano, a população da cidade começa a ter outra visão do que é a reforma agrária, diferente do que a grande imprensa coloca. E a população de SP tem dialogado com isso. A feira mostrou que somos capazes de produzir alimentos saudáveis de forma agroecológica, o que tem tocado muito a população, e nós queremos justamente mostrar que é possível produzir de forma agroecológica e orgânica sem aumentar o preço” afirma Milton Fornazieri, da direção do MST.

Na mesma linha, o 1º Congresso do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) reuniu 4 mil camponeses em São Bernardo do Campo, para estabelecer um diálogo entre o campo e a cidade, impulsionando o debate sobre a importância de produzir e consumir alimentos saudáveis.

Para Leonardo Melgarejo, engenheiro agrônomo e ex-integrante da CTNBio, as iniciativas desses movimentos são fundamentais para ampliar a consciência social sobre o perigo de consumir alimentos com agrotóxicos e a importância da alimentação saudável.

“A consciência coletiva neste caso dos alimentos também depende destes movimentos e campanhas, porque só muitas vozes conseguem abafar o alarido dos interesses que patrocinam as grandes mídias de comunicação”.

Ofensivas

Melgarejo denuncia que as empresas do agronegócio, representadas no congresso pela bancada ruralista, querem aprovar uma série de pautas que vão na contramão da alimentação saudável.
A pressão para que novos transgênicos e o uso de agrotóxicos mais nocivos sejam liberados irá continuar, e os mecanismos de análise atualmente em vigor são inadequados, além de um monitoramento pós-liberação destes produtos ser inútil, pois eles já terão sido espalhados no meio ambiente.

“É como se não houvesse sistema algum de acompanhamento do que ocorre no mundo real. Estamos expandindo o uso de agrotóxicos mais perigosos, ressuscitando moléculas que estavam abandonadas pelo perigo que apresentam nas novas gerações de transgênicos, travestidas de soluções 'modernas' para o controle de problemas criados pelo uso abusivo de venenos que hoje são considerados 'fracos'”.

Para se opor a esta ofensiva, só mostrando que outro modelo, que respeite a natureza e produza alimentos saudáveis, é possível. É o que defende Milton.

“A população começa a ter outra visão do que é a reforma agrária, diferente do que a grande imprensa coloca. Por isso queremos ampliar as feiras em 2016 para diversas outras cidades e estados. Essa deve ser a diferença entre a reforma agrária e o agronegócio: não basta só produzir alimento, nós queremos produzir alimentos limpos e saudáveis”.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada