domingo, 27 de dezembro de 2015

Frente Brasil Popular prepara nova marcha contra o golpismo

Frente Brasil Popular prepara nova marcha contra o golpismo

Dando sequência à onda que toma conta do Brasil em defesa da democracia e denunciando um golpe que já se encontra em curso no país, com as tentativas da direita em promover a ingovernabilidade e o processo de impeachment, a Frente Brasil Popular, que reúne dezenas de movimentos sociais, lideranças políticas e a sociedade civil organizada, planeja realizar uma nova marcha, em Brasília, no início do ano.


Fábio Pinto
  
No próximo dia 18 de janeiro, o grupo se reunirá em São Paulo para definir o cronograma das manifestações de 2016.

"Temos obrigação de colocar pelo menos 100 mil pessoas na Esplanada", afirma Raimundo Bonfim, coordenador geral da Central de Movimentos Populares (CMP). Segundo ele, o objetivo é pressionar os congressistas para que barrem o processo.

A Frente Brasil Popular se reuniu com a presidenta Dilma na última quinta-feira (17). O grupo formado por cerca de 60 lideranças dos movimentos sociais, além de personalidade intelectuais e artistas como o teólogo Leonardo Boff, o ex-minsitro Roberto Amaral, o cantores Chico César e Tico Santa Cruz, manifestaram a defesa da democracia contra o golpismo da direita conservadora.

As manifestações organizadas pela Frente do dia 16, em defesa da democracia, contra o golpe e pela deposição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ocorreram em todo o país, foram mais fortes e reuniram mais pessoas do que os atos pró-impeachment que aconteceram três dias antes. Em São Paulo, mais 100 mil pessoas participaram do ato, segundo organizadores da manifestação.

O ato puxado por setores da direita ocorrido no último dia 13, apesar das tentativas da mídia hegemônica em inflá-lo, foram esvaziados e reunia palavras de ordem pelo regresso da ditadura militar e a favor do impeachment de Dilma Rousseff, que foi eleita democraticamente presidenta da república nas últimas eleições.

Além de fazer a defesa da democracia e denunciar um processo de golpe em andamento no país, a Frente Brasil Popular também cobra que o governo Dilma se alinhe as demandas da classe trabalhadora, mudando, principalmente, a política econômica. “O chamado ajuste fiscal, tirou direitos dos trabalhadores e paralisou a economia”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, em um artigo escrito na semana passada. 


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lama da Samarco inviabilizou agropecurária, diz Embrapa

Lama da Samarco inviabilizou agropecurária, diz Embrapa

O solo da área afetada pela lama do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Bilinton, no município mineiro de Mariana, não está apto para o desenvolvimento da agropecuária, revela estudo preliminar feito em parceria pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).


  
O levantamento foi feito a pedido da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos, foram coletadas amostras em 10 pontos dentro da área de 1.430 hectares afetados pela lama.

Polidoro disse que a lama que cobriu a região não tem nutrientes que possibilitem o plantio. “O material, quimicamente, é quase inerte. Não há condição nenhuma de crescer uma planta [nessa área]. Ou seja, a agropecuária, nesse ponto, com o material que foi depositado nessa área, não tem a mínima condição de voltar a ocorrer, pelo menos por enquanto”, afirmou o pesquisador.

De acordo com Polidoro, outra questão analisada na primeira fase do estudo foi a presença de metais pesados nas amostras. “Primeiramente, a nossa investigação foi sobre a presença, ou não, de metais pesados em concentrações tóxicas. Nós não detectamos isso. Detectamos que não há nenhum indício de metais pesados em concentrações tóxicas nesse material que se espalhou nos 1.430 hectares, aproximadamente, que foram atingidos pela lama da barragem de rejeitos.”

Quanto ao reflorestamento da região, Polidoro informou que está sendo estudada a possibilidade de recuperação da área atingida. “O estudo é preliminar. A princípio, há possibilidade de recuperação. Existem várias tecnologias para recuperar áreas impactadas por vários problemas, mas a solução, como será a recuperação, temos que estudar um pouco mais. A princípio, é a revegetação com reflorestamento, mas é um pouco cedo para ter um diagnóstico definitivo.”

Segundo o pesquisador, está sendo feito outro levantamento para avaliar os demais danos causados pelo rompimento da barragem. Com as informações, serão analisadas as ações a serem adotadas. “Há técnicas para fazer isso [recuperar], mas ainda não definimos, porque estamos apoiando o governo de Minas Gerais, e isso não é uma competência só da Embrapa. Temos que juntar uma série de órgãos para definir [o quê fazer]”, explicou.
 

 Fonte: Agência Brasil
Publicado: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Verão começou hoje 22 de dezembro às 01h48min

























CARACTERÍSTICAS GERAIS

        O Verão iniciará às * 01h48 do dia 22 de dezembro de 2015 , no Hemisfério Sul. A expressão verão vem do latim vulgar (veranum, i.e., veranuns tempus). Esta estação engloba também os meses de janeiro, fevereiro e março, com pico em janeiro, mês considerado de alta temporada de férias no Brasil. A estação de verão é caracterizada, basicamente, por dias mais longos que as noites. Ocorrem mudanças rápidas nas condições diárias do tempo, levando à ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade, principalmente no período da tarde. Considerando o aumento da temperatura do ar sobre o continente, estas chuvas são acompanhadas por trovoadas e rajadas de vento, em particular nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Os maiores totais acumulados de chuva concentram-se principalmente nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e extremo sul do Amazonas com valores médios superiores a 600 mm. Estas chuvas podem estar associadas à passagem de sistemas frontais e à formação do sistema meteorológico conhecido por Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), cuja principal característica é a ocorrência de chuvas por vários dias, resultando em enchentes e deslizamentos de terra. Na Região Nordeste, iniciam-se as chuvas, com valores máximos no mês de fevereiro. Dependendo da qualidade do período chuvoso, esta estação pode ser caracterizada pela ocorrência de “veranicos” (períodos de estiagem com duração de 7 a 15 dias). Na Região Sul, as chuvas variam entre 300 mm e 500 mm. * Não corrigida para Horário de Verão
Fonte: INPE/CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático

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Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa

Luci Machado - 98599.1442
José Semente - 98595.8666
Jacilda Nascimento - 99965.0916
Arlindo Lima - 98622.9518
Patricia Maria - 99183.9762
Augusto Semente - 99258.7195

Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica

domingo, 20 de dezembro de 2015

Silêncio da mídia é maior que o barulho dos nordestinos

Silêncio da mídia é maior que o barulho dos nordestinos 

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), como um espaço de articulação política da sociedade civil organizada, nesses 16 anos de caminhada vem contribuindo para modificar a imagem estereotipada do semiárido – comumente associada ao gado morto e terra rachada – por uma imagem de uma região bela, forte, resiliente e cheia de potencialidades.

Por Catarina de Angola* 


ASA
Os grandes meios de comunicação, concentrados nas mãos de poucos, estão a serviço de um projeto político que oprime e invisibiliza os povos do semiárido.  Os grandes meios de comunicação, concentrados nas mãos de poucos, estão a serviço de um projeto político que oprime e invisibiliza os povos do semiárido.  
No último dia 17 de novembro, cerca de 20 mil pessoas construíram a maior mobilização no Brasil após a Marcha das Margaridas, realizada no mês de agosto. Agricultores e agricultoras, pescadores e pescadoras, indígenas, quilombolas e militantes de movimentos e organizações sociais se reuniram nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), às margens do Rio São Francisco, no epicentro do semiárido brasileiro, para defender uma pauta ampla e diversa em torno dos direitos dos povos do campo, no ato “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos”.

Reivindicava-se ali, centralmente, a continuidade dos programas de convivência com o semiárido executados pela ASA, o acesso das populações à terra e territórios, a permanência dos programas sociais e a revitalização do Rio São Francisco.

Sendo esse um ato que mobilizou tantas pessoas em torno de políticas públicas importantes para a vida e o desenvolvimento da população da região, como os meios de comunicação discutiram e pautaram o assunto? E tendo a mídia um importante papel na informação da população, que contribui para a formação de opinião da sociedade, e que acompanha as ações do poder público e atua no monitoramento de suas implementações, como abordou um ato público que pautou políticas que impactam, direta ou indiretamente, a vida de 22,5 milhões de brasileiros e brasileiras que vivem na região, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010)? Constatamos que houve silêncio completo da mídia hegemônica. Vinte mil pessoas na rua, lutando por seus direitos, e não houve sequer uma nota em veículos nacionais tradicionais e poucas menções também nos meios de comunicação alternativos nacionais.

Um pouco de barulho

O que esse silêncio nos diz? Será que o estigma da invisibilidade que marcou o semiárido por tanto tempo ainda persiste como ranço dos coronéis da comunicação que, não por coincidência, são também os coronéis da política? Historicamente, a região semiárida sempre foi vista – e retratada – pela grande mídia como um lugar pobre, inóspito, miserável.

A mídia não reconhece quando 20 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo vão às ruas em uma postura ativa cobrar seus direitos, lutar por mais políticas públicas. Prefere sempre se deixar pautar pela estiagem, procurando cenas de gado morto e chão rachado, figuras que sempre encontram espaço privilegiado nos noticiários regionais e nacionais. Em algumas regiões do semiárido brasileiro, 2015 já se encerra como o quinto ano consecutivo de seca. Porém não foi registrada nenhuma morte em consequência da estiagem, nenhum saque e o êxodo rural não cresceu. A vida do povo do semiárido melhorou. Mas isso não é pauta na mídia comercial.

A comunicação no Brasil e no semiárido continua concentrada nas mãos de poucos grupos econômicos que ditam as pautas. Aqueles que não pertencem aos grupos hegemônicos não têm direito à voz, não expressam seus pensamentos, têm direito apenas de ouvir e ver.

Apesar desse silêncio da mídia nacional, houve algum barulho na cobertura do ato “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos”. Barulho que consideramos aqui como as matérias publicadas pelos meios de comunicação locais, no Vale do São Francisco. Pouco mais de 50 matérias foram publicadas ou veiculadas, entre sites e portais de notícias, jornais impressos, rádios, TVs e blogs, além dos conteúdos publicados e visibilizados pelas organizações e movimentos que organizaram e estiveram presentes na mobilização. Também chama atenção o grande fluxo de conteúdos que circularam nas redes sociais sobre o ato.

Como furar o cerco?

Os grandes meios de comunicação, concentrados nas mãos de poucos, estão a serviço de um projeto político que oprime e invisibiliza os povos do semiárido. Por isso, acreditamos ser importante a democratização da comunicação para que as pessoas reconheçam seu modo de falar, denunciem os conflitos e opressões e anunciem as belezas, culturas e histórias vivenciadas em cada canto do semiárido brasileiro. Democratizar a comunicação é democratizar o sentido da vida, da luta e resistência das comunidades e dos povos.

No caminho da luta pela democratização é preciso que mudança na forma das concessões públicas de rádio e televisão, a melhor distribuição da verba publicitária governamental e a proibição da propriedade cruzada dos meios de comunicação estejam entre as notas pautas. São necessárias mudanças na legislação de comunicação para que consigamos avançar na conquista da comunicação como direito. Para além das batalhas no campo institucional, o incentivo a comunicação popular é essencial. Quanto mais gente produzindo comunicação popular e conseguindo dialogar com a sociedade sobre informações que não chegam até elas pelos meios convencionais, maior será nosso poder de enfrentamento ao discurso hegemônico. Incentivar a apropriação do direito à comunicação por grupos invisibilizados pelos grandes meios fazendo com que esses grupos possam produzir suas próprias narrativas é uma estratégia muito importante de enfrentamento ao monopólio.

A luta pela democratização da comunicação vem fortalecer a prática da comunicação popular e comunitária. A ASA constrói e fortalece em todos os estados do semiárido a Rede de Comunicadores e Comunicadoras Populares, um espaço de produção de conteúdo, discussão política e experimentação de meios alternativos. É pelas mãos dessa rede que toma forma os Candeeiros, instrumento de sistematização de experiências que já contou a história de cerca de duas mil famílias da região, provando que, sim, temos muito a dizer ao Brasil e ao mundo.



* Da Articulação Semiárido Brasileiro 

Publicado: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

sábado, 19 de dezembro de 2015

O Brasil rejeita o golpismo!

O Brasil rejeita o golpismo!

A decisão tomada nesta quinta-feira (17) pelo plenário do STF foi uma grande vitória para os democratas e patriotas brasileiros. Ela restabeleceu o primado da lei e da Constituição federal contra a arbitrariedade golpista que ameaçava a normalidade institucional com base, tão somente, na decisão da oligarquia representada pelo PSDB e seus aliados de direita, subordinados ao imperialismo, de interpretar, torcer e retorcer, a ordem constitucional para servir à sua conveniência e criar um atalho para levá-los, contra a vontade popular, de volta ao governo federal.

Não vai ter golpe – disseram centenas de milhares de pessoas que, nesta quarta-feira (16), encheram de euforia e garra praças e ruas em todo o Brasil. A mídia conservadora, e golpista, tentou minimizar o movimento, mas não deu certo! Foram trabalhadores, militantes, estudantes, que se manifestaram numa quarta-feira, que é dia de trabalho e não de passeio, como foi o domingo (13), quando houve o pífio ato golpista que a direita tentou promover.

A disputa pelo número de participantes é parte da expressão política de cada movimento, e o esforço para diminuir a representatividade da luta contra o golpe é visível nos comentários constrangidos feitos por porta-vozes da direita. Um policial militar, consultado por um repórter do portal Vermelho sobre quanta gente estava nas ruas, em São Paulo, deu uma indicação da grandeza desse número, naquele início de noite: até agora, são três estádios, disse o policial.

Considerando a média de público em São Paulo, nos jogos de futebol, aquele soldado estava falando em mais de 100.000 manifestantes. E até então haviam passado pouco mais de dois terços dos manifestantes, restando ainda uma boa quantidade para passar.

Quem marchou na quarta-feira (16) e disse não ao golpe foi a consciência democrática da Nação. O mesmo “não passará” foi dito, em Brasília, pela corte responsável pela expressão jurídica dessa consciência – o STF, guardião e intérprete maior da Constituição e que indicou, com seu voto, que está vigilante contra interpretações interesseiras e distorcidas da Carta Magna.

Foi uma goleada pela democracia e pela legalidade, que provocou o engasgo do golpismo, na expressão feliz usada pelo vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino.

O Brasil não é uma república bananeira, como deseja a direita e a oligarquia atrasada, aliada e submissa ao imperialismo, hoje encastelada no PSDB, nos restos do DEM e sua turma antidemocrática e antinacional.

O Brasil, democrático e soberano, é um país que se dá o respeito, como exigem a maioria do plenário do STF e as centenas de milhares de pessoas que saíram às ruas.

Os brasileiros – e o Partido Comunista do Brasil – lutam pela democracia e pela legalidade. O PCdoB é “peça fundamental contra a tentativa de golpear a democracia", disse a presidenta comunista Luciana Santos.

Esta luta ainda não chegou ao fim. A mobilização dos trabalhadores, estudantes, dos democratas, em suas entidades, as centrais sindicais e demais organizações do movimento social, é fundamental para o êxito da luta. Os golpistas não passarão enquanto o povo estiver mobilizado para derrotá-los definitivamente.

Mas hoje, depois dos dias 16 e 17 de dezembro – que ficarão na história como um veemente não ao golpismo – as condições da luta retomam seu leito democrático e constitucional. E não haverá golpe porque não há crime de responsabilidade da presidenta da República nem qualquer outro motivo a não ser o desejo insidioso da direita e seus cupinchas de tomar de assalto o poder sob o disfarce de uma legalidade mal compreendida. Não passarão! 


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

Povo nas ruas barra golpe e faz avançar democracia

Movimentos avaliam vitória nas ruas e planejam agenda de 2016

Entidades dos movimentos sociais que organizaram as últimas manifestações contra o golpe celebraram, nesta segunda (18), o êxito que obtiveram nas ruas. A avaliação é de que, apenas nas capitais, mais de 200 mil pessoas participaram dos atos do dia 16. Reunidas na sede da CUT em São Paulo, as organizações fizeram um balanço positivo das atividades pelo Brasil e já começaram a planejar a agenda conjunta de mobilizações para o próximo período.


Foto: Eliz Brandão
  
De acordo com Rogério Nunes, secretário de Movimentos Sociais da Central dos Trabalhadores Trabalhadoras do Brasil (CTB), a proposta é realizar já no dia 18 de janeiro uma plenária nacional dos movimentos para avaliar a conjuntura e estabelecer um calendário de atividades. Nesse encontro, será convocado um novo Dia Nacional de Mobilizações, que deve acontecer na primeira quinzena de março.

Na reunião desta segunda, integrantes das organizações que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo destacaram o sucesso das manifestações e a importância da unidade.

“Isto foi crucial. Nós estávamos fazendo atos separados, muitas organizações inclusive compunham as duas frentes. Depois, com muita elaboração política e compreensão sobre o momento político, construímos uma unidade que se refletiu nas mobilizações e na pauta conjunta. E isso fortalece os ânimos e a luta”, disse Nunes.

O sindicalista destacou que não apenas a militância das entidades comparaceu aos atos do dia 16, que atraiu para as ruas também a população sem vínculos com as organizações que convocaram as manifestações.

“Fizemos uma avaliação muito positiva dos atos. Porque 2015 começou com o cenário muito dominado pela pauta conservadora, que propunha retrocessos para os trabalhadores e os direitos sociais – com a discussão, por exemplo, da redução da maioridade penal –, com setores conservadores colocando gente nas ruas e o movimento social dividido. E agora estamos encerrando o ano com os movimentos sociais unificados, nossas manifestações estão crescendo mais e mais e a principal pauta conservadora foi suspensa – que era o rito do impeachment, que não foi aceito pelo Supremo”, avaliou Nunes.

Participaram da reunião de balanço representantes de três centrais sindicais – Central dos Trabalhadores Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Intersindical –, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em conversa com o Vermelho, o secretário nacional de Movimentos Sociais do PCdoB, André Tokarski, também destacou o alto grau de unidade nas manifestações, que possibilitou reunir setores sociais e políticos dos mais diversos matizes, tendo como centro a luta pela democracia, o Fora Cunha e a necessidade de o governo mudar a política econômica e apontar uma perspectiva de retomada de crescimento e de preservação da renda, dos direitos e das conquistas socias.

“Ficou clara ali a necessidade de denunciar quais são os interesses que organizam o golpe, a aliança de uma quadrilha que se forma no Congresso com interesses econômicos que visam atacar conquistas dos trabalhadores”, disse o secretário, ressaltando a participação da militância comunista no enfrentamento do golpe.

“A militância do PCdoB tem atuado em todas as frentes para a defender a democracia: nas ruas, no Parlamento e também no Supremo Tribunal Federal”, citou Tokarski. O partido é autor da ação no STF que suspendeu o rito golpista defendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para o processo de impachment.


Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Em defesa da democracia, golpe nunca mais!

Em defesa da democracia, golpe nunca mais!


Não passarão – este é o sentimento que se consolida entre os democratas e patriotas que rejeitam qualquer golpe contra a democracia e a estabilidade institucional.

Este sentimento legalista move os democratas e patriotas na manifestação popular de verdade que vai acontecer nesta quarta-feira (16), em várias cidades brasileiras.

A inteligência nacional, através de seus intelectuais, artistas, juristas, sindicalistas, professores, se manifestou de pronto contra o golpismo liderado por Eduardo Cunha, Aécio Neves, Fernando Henrique e demais cardeais antidemocratas e antipopulares.

Convicção semelhante, que não aceita qualquer golpe, é partilhada por governadores, parlamentares e juízes comprometidos com a democracia e a legalidade. As manifestações pela democracia e contra o impeachment se multiplicam pelas cidades brasileiras. Elas vão confluir, todas, neste grande ato pela estabilidade institucional e em defesa do mandado legítimo de Dilma Rousseff, a quem cabe dirigir a resistência e capitanear a saída da grave crise, econômica e política, que o país vive neste início do segundo mandato para a qual foi reeleita, em 2014, e que vai durar até 2018.

A direita mostrou sua cara no domingo (13) mas não teve força para dar respaldo popular à ação golpista pelo impeachment. Mostrou apenas que está no jogo. E ele continua, mesmo com o grande desencanto vivido pelos conspiradores golpistas. Os que lideraram o passeio ocorrido no domingo reconheceram seu fracasso, alegando falta de tempo para mobilizar seus apoiadores.

O reconhecimento do fracasso é geral. Anticlímax - foi a palavra usada por uma democrata, a comentarista Tereza Cruvinel para descrever as manifestações. No espectro político oposto, um portal associado à direitista Editora Abril comparou o 13 de dezembro com outras manifestações ocorridas em 2015 e registrou: “o grito não veio tão alto quanto nas vezes anteriores”.

De fato, os números mostram que a rua não atendeu ao chamado golpista. Dados do Instituto Datafolha revelam que a queda de participantes, em relação ao protesto de agosto, foi de 70%!
Manifestantes que, descrevem os relatos, eram sobretudo pessoas de alto poder aquisitivo –uma reportagem falou de pessoas com óculos e tênis de grife, colares de ouro, e senhoras empurrando “carrinhos de bebê com seus pets de raça”.

Houve também críticas ao que consideram “comunismo instaurado no país”; um grupo portava faixas lembrando um passado que a Igreja católica superou, e clamava: “Todo católico que apoia socialismo/comunismo está excomungado”.

E, é claro, choviam as críticas ao programa Bolsa Família, visto como o “o maior programa de compra de votos do mundo”, de acordo com vários cartazes.

A direita mostrou que não consegue mobilizar tanta gente assim. Esta talvez seja a melhor explicação para o pequeno número de pessoas que atendeu a seu chamado.

Mas a explicação verdadeira pode ser outra: nestas décadas desde o final da ditadura militar, em 1985, os brasileiros aprenderam a lição da democracia. Não aceitam mais tentativas golpistas contra a legalidade. Rejeitam o oportunismo da direita e seus instrumentos de ocasião, como o deputado Eduardo Cunha.

E vão proclamar nas ruas: golpe nunca mais! Os golpistas não passarão – esta é a mensagem que está nas mentes e nos corações dos brasileiros. Ela tomará forma concreta nas ruas!


    Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

    terça-feira, 8 de dezembro de 2015

    O Brasil não pode ficar refém de um chantagista! Fora Cunha! Fica Dilma!

    O Brasil não pode ficar refém de um chantagista! Fora Cunha! Fica Dilma!

    fica filma
    A União Brasileira de Mulheres manifesta seu veemente repúdio e indignação ao golpe que estão tentando desferir contra a democracia brasileira. Na noite de ontem, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara dos Deputados, acatou abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma, legitimamente eleita pelo voto soberano do povo brasileiro e sobre quem não pesa nenhuma acusação contra sua honra ou conduta à frente do cargo. Movimento claro de vingança e retaliação por seus pares na Câmara terem dado mais um passo rumo à cassação do deputado-achacador, sobre o qual pesam denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, além de utilização do cargo para perseguição e constrangimento de adversários. 
    A eleição e exercício do mandato de Eduardo Cunha tem sido mais uma prova inequívoca de como o financiamento privado de campanha pode vir a corromper as instituições da República. A maneira como ele vergonhosamente utiliza do cargo — o terceiro na linha de sucessão presidencial — para conseguir vantagens pessoais e fazer aprovar projetos distantes da vontade popular ou do espírito democrático da Constituição de 1988 — muitas vezes através de escandalosas manobras regimentais, como no primeiro turno da votação da redução da maioridade penal — provam que é insustentável sua permanência à frente do cargo que ocupa e mesmo como representante do povo. Cunha, contra quem pesa, inclusive, denúncia de agressão contra a ex-mulher, também vem agindo insidiosamente contra os direitos das mulheres: seu projeto 5069/2013 é escandalosamente misógino e faz corar quem tem alguma noção de direitos humanos.
    Exigimos o respeito ao voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras! Elegemos a presidenta Dilma democraticamente em eleições limpas! O deputado Eduardo Cunha age de forma torpe! Não nos esqueceremos daqueles que, neste momento, ameaçaram a democracia brasileira por anseios mesquinhos e antidemocráticos, como alguns deputados e porta-vozes da direita que aproveitam o golpe de ocasião de Cunha para arrancar à força um impeachment insustentável política ou juridicamente, e que, felizmente, temos certeza, são uma minoria. Estamos certas também de que o STF saberá cumprir com o papel que lhe cabe, além dos inúmeros juristas e personalidades que já se posicionaram publicamente em defesa da nossa democracia e contra o impeachment.
    De nossa parte, estaremos mobilizadas nas ruas e em todos os espaços em defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma e contra qualquer tentativa de golpe contra nossa democracia.
    O Brasil não pode ficar refém de um chantagista! Fora Cunha! Fica Dilma!
    União Brasileira de Mulheres, 03 de dezembro de 2015.


    Fonte: Site UBM - União Brasileira de Mulheres

    A direita quer o golpe contra a democracia e o desenvolvimento

    A direita quer o golpe contra a democracia e o desenvolvimento

    A torcida da mídia conservadora e golpista pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff revela o que está mesmo em jogo nesta encruzilhada em que o país foi posto – trata-se de voltar, com maior virulência, à mesma política econômica que favorece a especulação rentista que tem verdadeira alergia contra mudanças sociais e políticas pelo fortalecimento da democracia, desenvolvimento econômico e respeito à soberania nacional.

    Este é por exemplo o sentido do editorial do jornal O Globo do último sábado (5), intitulado “Dominância política na crise econômica”, onde saúda o ataque contra Dilma como uma chance de “romper impasses que impedem o Executivo de ter apoio político e base parlamentar para fazer as necessárias reformas estruturais”.

    Que reformas são estas? Trata-se do velho receituário neoliberal, que rejeita conquistas sociais e o desenvolvimentismo de Lula e Dilma que enfrentou, com força, o chamado tripé neoliberal (superavit fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação), que foi imposto pelo governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso para preservar e favorecer o patrimônio dos ricos, no Brasil e no exterior, à custa de quebrar o país, retroceder seu desenvolvimento, empobrecer o povo e humilhar a soberania nacional.

    O editorial de O Globo defende isso claramente. Fala em “nó político” que “ impede a desobstrução dos gargalos econômicos”, e ataca os desenvolvimentistas “abrigados no PT e adjacências – os inspiradores da política econômica de Dilma”. E pede o ataque às “raízes da crise fiscal brasileira” e a adoção de “terapias para debelá-la”.

    Mas enfatiza que faltam “o apoio político e a base parlamentar para aplicá-las”. Por isso considera “positiva a instalação do processo de impeachment de Dilma”. E aposta: independente do resultado da tentativa golpista, seja um novo governo ou a permanência de Dilma na Presidência, estarão criadas as condições políticas para a imposição das “reformas” exigidas pelo rentismo neoliberal.

    A direita golpista é forçada a abrir seu jogo. Como sempre, quer corte nos direitos sociais, uma taxa de desemprego alta o suficiente para impor a redução dos salários, juros altos para saciar a ganância rentista, uma taxa de câmbio que leve à destruição da indústria brasileira. Quer impor, no tapetão, o mesmo e rejeitado neoliberalismo que infelicita o Brasil e os brasileiros há mais de três décadas.

    Não passarão! Este mote precisa ser repetido pelo Brasil afora. Há mais de meio século igual campanha da mídia conservadora – na qual se destacou o golpismo do jornal O Globo – legitimou o golpe militar que depôs o presidente constitucional João Goulart, em 1964, e deu início à ditadura militar que durou até 1985.

    A máscara oportunista e vingativa que levou o deputado Eduardo Cunha à medida irresponsável de iniciar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff é denunciada em todos os setores democráticos e avançados. Acumulam-se iniciativas em defesa da legalidade, com a mesma rapidez que se difunde o “Fora Cunha” como signo da repulsa ao golpe.

    Defender a integridade do mandato legítimo de Dilma Rousseff é sinônimo da defesa da legalidade, da democracia e também da retomada do desenvolvimento, fortalecendo a presidenta para adotar medidas pela retomada do desenvolvimento, do emprego e da renda.

    A defesa da democracia tem dois ambientes imprescindíveis. O primeiro deles é institucional, formado pelo Poder Judiciário, pelo Congresso Nacional, e pelos chefes do Poder Executivo em todos os três níveis da federação. O outro cenário está nas ruas, palco do protagonismo popular e das entidades do movimento social que reúnem o povo organizado.

    São campos que confluem e agem juntos na luta contra o golpe da direita. A demonstração imediata dessa confluência tomou a forma da iniciativa do governador maranhense Flávio Dino (PCdoB) que, junto com Ciro Gomes (PDT) e Carlos Lupi (presidente do PDT), reeditou a experiência da Rede da Legalidade convocada em 1961 pelo então governador gaúcho Leonel Brizola contra o golpe em andamento para impedir a posse de Goulart. Flávio Dino esteve à frente do lançamento do movimento Golpe Nunca Mais para mobilizar o povo, os trabalhadores, os democratas e patriotas em defesa da legalidade e do mandato da presidenta Dilma Rousseff.

    A luta para derrotar o golpe vai acontecer nestes dois cenários. “Mais do que nunca a presidenta Dilma é chamada a promover a união de amplos setores da Nação, apoiada pelo povo, para o país vencer a crise”, afirmou o PCdoB em uma resolução aprovada neste domingo (6). “É hora de travar a batalha política de ideias, nas ruas, nas tribunas, nas redes sociais e desmascarar a trama do impeachment, denunciar o golpe, enfim, fazer chegar ao povo a interpretação correta da luta que se trava”. A direita e os golpistas não passarão, é preciso resistir!

      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      16 de dezembro dia de luta contra o impeachment

      Movimento define 16 de dezembro como dia de luta contra o impeachment

      A agenda foi fechada em reunião, realizada na noite desta segunda (7) em São Paulo, que reuniu integrantes da Frente Brasil Popular. Os atos acontecerão em todo o Brasil organizados pelos diversos segmentos do movimento social. Os esforços serão concentrados nas manifestações do estado de São Paulo e Distrito Federal.

      Por Railídia Carvalho


      Portal Vermelho
       Representantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Representantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo
      O ato em São Paulo terá concentração as 17h no Masp, na avenida paulista, e está previsto para se encerrar nas imediações da praça da República. Nos próximos dias as entidades das duas frentes se reunirão em Brasília para definir detalhes do ato no Distrito Federal.
      Guilherme Boulos, coordenador Nacional do movimento dos trabalhadores sem teto (MTST), disse que este é um ato necessário pelo agravamento da conjuntura política do país.
      “É um campo de unidade de vários movimentos sociais que tem um acordo em ter uma posição neste momento contra o impeachment”, disse Guilherme. Segundo ele o movimento também defende mais dois eixos: O Fora Cunha e contra o ajuste fiscal.
      Ele defendeu o fortalecimento do trabalho de base, de conscientização e da mídia popular de esquerda como formas de fazer chegar até o povo as motivações da luta.
      “Temos um monopólio midiático no Brasil que mais desinforma do que informa”, afirmou Guilherme. Nesta quarta (9) será realizada uma coletiva de imprensa, no sindicato dos jornalistas de São Paulo, para divulgar o ato do dia 16.
      Para Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) a unidade dos movimentos sociais vai ser fundamental para as manifestações de rua. “Enquanto estamos nas ruas os parlamentares progressistas estarão tentando barrar o impeachment no congresso nacional”, ressaltou.
      Segundo ela, está claro para o povo que o presidente Eduardo Cunha foi motivado pela chantagem. “Precisamos ter um discurso claro e mostrar para o povo tudo o que podemos perder como o minha casa, minha vida, o bolsa-família, o prouni”, lembrou a presidenta.

      O presidente do PCdoB da cidade de São Paul, Jamil Murad, está entusiasmado com a unidade entre os movimentos populares e centrais sindicais em torno da luta pela democracia contra o golpismo.Na opinião de Jamil esse movimento pode apontar um novo rumo para o Brasil.

      “Garantida a democracia vai haver uma nova correlação de forças onde os setores populares, democráticos estarão mais fortes e vão impulsionar o governo da presidenta para aquele rumo do desenvolvimento, distribuição de renda, direitos sociais, que é o rumo que nós queremos”, avaliou Jamil.

      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      UNE se posiciona contra impeachment de Dilma Rousseff

      UNE se posiciona contra impeachment de Dilma Rousseff



      Confira abaixo nota oficial da União Nacional dos Estudantes em repúdio ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff:

      Chantagem não vencerá a democracia


      A União Nacional dos Estudantes vem a público repudiar a aceitação do impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff, fruto de uma flagrante chantagem política por parte de Eduardo Cunha, diante da votação para continuidade do processo de cassação do Presidente da Câmara dos Deputados no Conselho de Ética.

      Em 2014 a presidenta Dilma foi reeleita obtendo resultado eleitoral limpo e democrático, mas desde a sua vitória vem sofrendo diversos ataques. Não há nenhuma prova ou indícios de envolvimento de Dilma com corrupção, ao contrário de Eduardo Cunha que até agora não conseguiu responder às acusações de lavagem de dinheiro e escondeu suas contas na Suíça. Por isso, não temos dúvidas, a palavra de ordem que moverá os estudantes é “Fora Cunha!”.

      Eduardo Cunha não representa os anseios da juventude que luta em todo o Brasil. Ao contrário do que ele disse, a aceitação do impeachment não é o que pede as ruas. Nas ruas estamos lutando por direitos, como foi a recente “Primavera das Mulheres” que rechaçou o deputado, a Marcha das Mulheres Negras e das Margaridas, a ocupação das universidades estaduais no Rio de Janeiro, e a luta dos estudantes secundaristas contra o fechamento das escolas em São Paulo. As “pedaladas fiscais” não configuram crime de responsabilidade, portanto, o impeachment sem base legal se configura num verdadeiro golpe à democracia.

      Ao longo dos quase 80 anos de história, a UNE sempre se colocou ao lado da democracia, ainda que jovem, a democracia no Brasil foi construída com a luta e a vida de estudantes brasileiros e nesse momento voltaremos às ruas para defendê-la. Esse movimento de impeachment, representa mais uma tentativa de promover um grave retrocesso na política brasileira. O povo sofre por conta de uma crise econômica mundial, aprofundada pelo ajuste fiscal, com cortes na educação e diminuição de direitos. Esses problemas não serão resolvidos com o impeachment, é preciso barrar a tentativa do conservadorismo de se consolidar como alternativa, e lutar pelo aprofundamento das mudanças com uma nova política econômica e um novo sistema político.

      Nesse momento é preciso muita unidade, para resistirmos aos ataques oportunistas, convocamos aos estudantes e movimentos sociais a tomarem as ruas para barrar o impeachment, para defender a democracia e cassação de Eduardo Cunha.
      Conclamamos as diversas iniciativas que a UNE faz parte, como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo para marcharem juntas contra o retrocesso. Venceremos!

      Fonte: Site UNE - União Nacional dos Estudantes

      CONAM - Movimento Comunitário contra o golpe!

      CONAM CONTRA O GOLPE!

      A CONAM vem a público se manifestar contra a postura do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de, sem provas ou embasamento, dar abertura a um processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.
      A democracia do Brasil foi conquistada a grande custo, estivemos mobilizados nas ruas na construção da Constituição de 1988. Neste momento a garantia da democracia se dá com a aplicação dos dispositivos constitucionais.
      Fica claro que esta ação se dá em um momento de desespero político de Cunha, envolvido em inúmeras denúncias de corrupção, coação e outros crimes, numa clara tentativa de desviar o foco de si e de retaliação aos partidos da base governista que não sucumbiram as suas chantagens.
      A Presidenta Dilma Rousseff foi eleita pelo voto popular, não se pode brincar com a democracia e com as instituições do Estado Democrático de Direito. A crise política e econômica se aprofundam com este sentimento de instabilidade.
      Entendemos que é o momento de unidade de todos os setores progressistas contra as tentativas golpistas.
      Movimento Comunitário nas ruas em defesa da democracia e do mandato constitucional da Presidenta Dilma!

      Fonte: Site CONAM - Confederação Nacional das Associações de Moradores

      sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

      O povo nas ruas defende a legalidade e barra o impeachment

      O povo nas ruas defende a legalidade e barra o impeachment 


      A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal.
       
      Não é o que acontece em nossos dias. A Câmara dos Deputados é presidida por um deputado contra o qual se acumulam acusações sobre acusações. De faltar com a verdade em CPIs, de receber dinheiros ilícitos, de manter contas secretas no exterior. De usar seu cargo, que o coloca em linha direta na sucessão presidencial, como um biombo que o esconda dessas acusações ou como recurso para fazer chantagens políticas em defesa de interesses pessoais e espúrios.
       
      O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, decidiu, nesta terça-feira (2), iniciar um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, e não há como esconder o objetivo de retaliação contra o anunciado voto dos deputados do PT, na Comissão de Ética da Câmara, pela abertura de um processo parlamentar em que ele será julgado. 
       
      Além das chicanas políticas, da pequenez da atuação desse parlamentar que, incensado pela mídia conservadora e com decisivo apoio da direita na Câmara dos Deputados (as bancadas do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade foram decisivas na eleição e nas ações de Cunha), é preciso levar em conta que a luta de classes, em sua manifestação mais crua, surge sem disfarces na cúpula do Estado brasileiro. 
       
      Ao longo de nosso período republicano os governos democráticos e progressistas que estiveram à frente da Presidência da República geraram reações golpistas. A direita, que sempre foi o principal fator de instabilidade política no Brasil, agiu da mesma maneira contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, contra Dilma Rousseff, contra quem nada há que possa legitimar uma ruptura institucional tão grave que justifique a perda de seu mandato – nem há fundamento jurídico, nem a presidenta praticou qualquer ato ilícito que fundamente a medida absurda pretendida pela direita.
       
      A direita, que ao longo do tempo mandou nos rumos do país, não recua em usar os recursos ilegais e antidemocráticos – se não alcança o poder pela via legal, pelo voto popular, rasga a lei para tomar o governo de assalto.
       
      É o que tenta agora. Com os apoios de sempre, sendo o mais caricato deles a figura deletéria do senador, ex-governador mineiro e candidato tucano derrotado em 2014, Aécio Neves, que posa de “campeão” do impeachment. 
       
      A direita, sobretudo seu principal partido, PSDB, quebrou o Brasil três vezes, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Foi campeã na criação de desemprego, de arrocho salarial, de empobrecimento dos brasileiros e de humilhação nacional ante as imposições de governos estrangeiros, principalmente dos EUA. Este quadro mudou desde o início do atual ciclo de mudanças democráticas e soberanas no Brasil. Nos governos Lula e Dilma, desde 2003, mesmo no cenário da grave crise mundial do capitalismo, o Brasil avançou, a vida do povo melhorou, o país se tornou respeitado no mundo. 
       
      São mudanças que contrariam o programa da direita e ameaçam seus privilégios. E movem a oposição conservadora para, a todo custo, retomar o controle da Presidência da República. 
       
      Mas não passarão. O golpe da direita, desta vez, vai fracassar. Os golpistas terão que derrotar o campo progressista e democrático nas esferas institucionais – na Câmara dos Deputados e nas posições mais altas do Judiciário.
       
      A luta pela legalidade vai ocupar as ruas nesta conflagração iniciada pela direita. Os democratas e progressistas sairão em defesa da legalidade e do mandato constitucional da presidenta da República. 
       
      O povo, nas ruas, vai vencer os golpistas, derrotar de vez a direita e consolidar as mudanças democráticas que o Brasil vive desde 2003. A direita não passará! 


      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

      Recife na COP-21 em Paris (França)

      As cidades devem contribuir para a redução de poluentes, diz Cida

      O Recife inicia nesta quinta-feira (03) sua participação na Cúpula do Clima da ONU (COP-21), em Paris (França). Esta será a terceira vez em que a capital pernambucana integra os debates mundiais para frear o aquecimento global. Na pauta principal, a participação na mesa de Estratégias de Desenvolvimento de Baixo Carbono e Cooperação Norte-Sul, na zona de alto nível, área restrita onde ocorrem as negociações oficiais.  


      Audicéa Rodrigues
      As ações realizadas colocaram o Recife como protagonista na América do Sul  As ações realizadas colocaram o Recife como protagonista na América do Sul  
      Também fazem parte da estratégia municipal sessões temáticas e exposições dos projetos Parque Capibaribe e o Mapeamento de Áreas Críticas do Recife, no Pavilhão de Cidades e Regiões.

      “Nesta conferência, os governos locais poderão ter mais voz e peso frente ao debate das mudanças climáticas. Vou para somar forças e defender que as cidades precisam estar inseridas nesse processo, contribuir na redução de poluentes e ter acesso a financiamentos internacionais para implantar infraestruturas mais sustentáveis”, destaca a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, que representará o prefeito Geraldo Julio na COP-21, compondo a comitiva do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade), a maior rede de cidades do mundo.

      Na mesa de Estratégias de Desenvolvimento de Baixo Carbono, Cida Pedrosa apresentará uma as ações e políticas que vêm sendo desenvolvidas no Recife, nos últimos três anos, e que colocaram a cidade num papel de protagonista na América do Sul. “O Recife avançou muito nas políticas sustentáveis. Vamos expor os inventários de GEE, juntamente com as metas e o plano de ação para alcançar esses números. Também vou falar um pouco sobre o conjunto de eis de Mudanças Climáticas e de maior proteção às áreas verde, além do Parque Capibaribe”, enumera.

      A atividade, que acontece na área de negociações oficiais, envolve as cidades integrantes do programa internacional Urban LEDs, da qual Recife é “Cidade Modelo”, e a iniciativa é fruto de uma parceria com o ICLEI. Ainda nesta zona restrita, a secretária acompanhará a mesa do Compacto de Prefeitos. “Geraldo Julio aderiu ao compacto de prefeitos e, pela Frente Nacional de Prefeitos, assinou a carta de posicionamento das cidades brasileiras. Os dois reforçam o amplo envolvimento dos governos locais na temática do clima”, contou.

      Segundo o ICLEI, os centros urbanos abrigam hoje 50% da população mundial e são responsáveis por 75% do consumo de energia e das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Só o Recife despejou na atmosfera, em 2013, 3.046.247 toneladas de CO2, sendo os setores de transporte e energia responsáveis por 62% e 17% das emissões, respectivamente.

      Financiamento internacional 

      Nesta edição da COP, a Prefeitura do Recife ainda participa da programação do Pavilhão de Cidades e Regiões. Dois projetos da gestão municipal foram considerados exemplos a serem seguidos e serão expostos a financiadores internacionais através da plataforma TAP-2015: o projeto Parque Capibaribe e o Mapeamento de Áreas Críticas da cidade.

      O primeiro é uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com a UFPE, que prevê a construção de um corredor de 30km para pedestres e ciclistas às margens do Rio Capibaribe, incluindo a recuperação de ambientes naturais.

      Já o Mapeamento é uma ação da Secretaria de Saneamento que irá resultar em um censo completo de 50 mil famílias residentes em 480 áreas de interesse social, distribuídas em 2.573 microrregiões, totalizando 4.460 hectares do território municipal. O trabalho vai analisar condições de infraestrutura urbana, renda familiar e moradia.

      O estudo foi dividido em três etapas: mapeamento, conhecimento e intervenções. O primeiro coletou dados para compor um levantamento dos locais. Em seguida, será feito um diagnóstico mais específico, avaliando onde residem as famílias e em quais condições elas vivem, e apontando as situações de moradia, saneamento, coleta de lixo, iluminação, abastecimento de água, drenagem e presença de equipamentos públicos.

      Os dados coletados em campo subsidiarão a implantação do Programa de Saneamento Integrado - PSI e permitirão elaborar projetos mais eficientes nas áreas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, implantação de sistemas viários e de acessibilidade, contenção de encostas e recuperação de áreas degradadas.

      "Nosso projeto é inovador e fundamental para o desenvolvimento do Recife. Esperamos que essa apresentação, em um evento tão importante, gere muitos frutos positivos", avaliou o secretário de Saneamento do Recife, Alberto Feitosa, que também integrará a comitiva da PCR na COP-21.

      Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife


      Publicado: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada Pernambuco

      terça-feira, 1 de dezembro de 2015

      Trabalhadores lançam movimento dia 3 pela retomada do crescimento

      Trabalhadores lançam movimento dia 3 pela retomada do crescimento

      Sindicalistas realizam ato dia 3 de dezembro em São Paulo e apresentam documento que propõe agenda pela retomada do crescimento com o objetivo de sensibilizar governo, empresários, instituições e sociedade civil para a causa. É o lançamento oficial do movimento para “Recuperar e Fortalecer os Empregos no Brasil”.

      Por Railídia Carvalho


      CTB
      Retomada dos investimentos na Petrobras é estratégica para Brasil voltar a crescerRetomada dos investimentos na Petrobras é estratégica para Brasil voltar a crescer
      Dia 9 de novembro o documento será entregue a presidenta Dilma Roussef. Um dia antes, 8, acontecerá um grande ato no Rio de Janeiro com o objetivo de reunir trabalhadores de vários estados do Brasil.
      Em entrevista aoPortal Vermelho, Clemente Ganz, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, disse que nos últimos 12 meses mais de um milhão de empregos foram encerrados no país. “O ambiente da economia não gera mais empregos e não mantém os que já existem”, informou.
      Para Adilson Araújo, presidente da Central de Trablhadores e Trabalhadoras do Brasil "o compromisso nacional é sair do olho do furacão". Ele completou: "Não existe outra solução que não seja a retomada das grandes obras do PAC, Pré-sal e a Petrobras retomando os investimentos”.
      Segundo ele, a instabilidade alimentada pela direita que não aceitou o resultado das eleições que reelegeram a presidenta Dilma, pode levar o país a uma profunda recessão. “E a seletividade da lava-jato tem contribuído para essa tentativa de sangrar a presidenta e ferir a democracia e o legado de conquistas no plano econômico e social que conseguimos até então”, ressaltou Adilson.
      Um dos focos do documento é que a investigação da operação lava-jato possa prosseguir sem paralisar as operações das empresas referenciais para a economia brasileira, como a Petrobras. São pelo menos 29 empresas nessa situação, o que tem gerado demissões em massa.
      Para Sérgio Nobre, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) o Brasil precisa crescer no mercado interno. “As obras de infraestrutura são geradoras de emprego. Daí temos a situação de a Petrobras está cortando seus investimentos 37% de imediato e com a possibilidade de reduzir em 66% os investimentos até 2020. Sozinha a Petrobras é responsável por 15% do PIB”, comparou Sérgio.
      “A iniciativa do movimento pela retomada do crescimento é mostrar que o país é capaz de responder. O Brasil com tanta coisa negativa e a economia ainda não parou. É crise política, crise internacional, problemas internos e mesmo assim não paralisa. Se tiver estímulo e apontar o caminho o país retoma o rumo e a indústria  vai cumprir o papel social de gerar emprego e renda”, completou Sérgio.
      Para João Carlos Gonçalves, o Juruna, dirigente da Força Sindical, é preciso envolver e sensibilizar todos os atores. Os sindicalistas e representantes do Dieese tem realizado diversos encontros com associações como Anfavea, Abrinq e Abimaq, entre outras do setor industrial, e que tem demonstrado apoio aos pontos defendidos pelos sindicalistas. “Dentro do empresariado temos gente muito séria e que quer construir um país para todos”, avaliou Juruna.
      Clemente também tem percebido essa sintonia entre as associações e as ideias defendidas nos encontros. “Em um curto espaço de tempo tem sido realizados encontros, conversas, temos agenda e a cada dia temos recebido ligações de adesões. A expectativa é que a divulgação das propostas aumentem as adesões”, disse.
      Juruna ainda defendeu o acordo de leniência para os casos dos investigados pela operação Lava-jato. “Se algum diretor de empresa estiver envolvido ele responde individualmente para não prejudicar a tecnologia e nem os empregos que a empresa gera. Nos Estados Unidos é assim. No nosso caso várias empreiteiras ficaram paralisadas e aconteceram as demissões”, lembrou.


      SERVIÇO
      Lançamento do movimento para “Recuperar e fortalecer os empregos no Brasil”
      Dia 3 de dezembro
      Hora: 10h
      Local: Centro Social Hakka Brasil (Rua São Joaquim, 460 – Liberdade) Próximo ao metrô Liberdade


      do Portal Vermelho
      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      Marcha em Defesa do SUS abre 15ª Conferência Nacional de Saúde

      Marcha em Defesa do SUS abre 15ª Conferência Nacional de Saúde 

      Entidades que integram a Frente em Defesa do SUS (AbraSUS) realizam, nesta terça-feira (1º/12), às 14 horas, em Brasília, a Marcha em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). A mobilização, que acontece no dia da abertura da 15ª Conferência Nacional de Saúde, é contra o corte de R$ 16 bilhões, previsto para 2016 no orçamento destinado à saúde, e o subfinanciamento crônico do Sistema Único de Saúde (SUS). 


      A 15ª Conferência Nacional de Saúde foi convocado pela presidenta Dilma Roussef para reafirmar a participação social no processo de formulação das políticas públicas para a área.  A 15ª Conferência Nacional de Saúde foi convocado pela presidenta Dilma Roussef para reafirmar a participação social no processo de formulação das políticas públicas para a área.  
      Trabalhadores, usuários, movimentos sociais e centrais sindicais seguirão em caminhada da Catedral de Brasília até o Congresso Nacional, pedindo o aumento de recursos para o setor, por meio da aprovação da PEC conhecida como Saúde +10, de iniciativa popular, que obriga a União a investir 10% da receita corrente bruta na saúde pública.

      A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) destina, de forma progressiva, 15%, no primeiro ano, até 18,7%, no quinto ano, da Receita Corrente Líquida para a saúde, com o montante final correspondente aos 10% das Receitas Correntes Brutas pleiteadas pelo Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública.

      A Frente em Defesa do SUS também defende novas fontes de financiamento exclusivas para o sistema, entre elas, a contribuição sobre as movimentações financeiras, nos moldes da CPMF, e a taxação de grandes fortunas.

      A 15ª Conferência Nacional de Saúde, que começa nesta terça-feira, prossegue até a sexta-feira (4), no centro de Convenções Ulysses Guimarães, na capital federal, tem como tema “Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo.”

      O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), foi convocado pela presidenta Dilma Rousseff, a fim de reafirmar e fortalecer a participação social no processo de formulação das políticas públicas para a área. 
       

      De Brasília
      Márcia Xavier, com informações da CTB
      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      segunda-feira, 30 de novembro de 2015

      Paris, COP 21- o meio ambiente e os interesses capitalistas

      Paris, COP 21- o meio ambiente e os interesses capitalistas


       O encontro sobre o clima que começa em Paris nesta segunda-feira, 3, e vai até 11 de dezembro pode representar um capítulo novo nas negociações internacionais que ocorrem sobre o tema.

      A 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21) vai reunir pelo menos 147 chefes de Estado e representantes de, espera-se, 196 países. Será o maior evento promovido pela ONU fora de sua sede, em Nova York. E enfrentará uma pauta difícil não somente pelo simbolismo (acumulado nas inúmeras negociações anteriores), mas sobretudo pelos interesses políticos e econômicos envolvidos.

      Tradicionalmente os encontros mundiais que tratam da defesa do meio ambiente e da natureza têm sido marcados pelo confronto entre os países ricos e o mundo pobre. Melhor dizendo: entre os países onde o capitalismo se desenvolveu originariamente, dominam e impõem seus interesses às demais nações e povos. E entram em choque com nações que foram suas colônias e nos quais a sobrevivência desse passado representa subdesenvolvimento, pobreza e dominação externa.

      Este conflito repete-se nessas negociações desde as reuniões do chamado “Clube de Roma”, em 1968 – faz quase meio século -, retomadas na primeira reunião da ONU que tratou da questão, em Estocolmo, 1972.

      Há um dogma que foi se fortalecendo desde então: a ideia de que os recursos do planeta estariam sendo esgotados, impondo por isso a necessidade de um freio urgente ao desenvolvimento. Dogma que afeta principalmente a parte pobre do mundo, onde as enormes carências resultam justamente da falta de desenvolvimento.

      Esse conflito manifestou-se já na Conferência de 1972, onde o Brasil se opôs à pauta que o lado rico do planeta tentava impor aos demais.

      Passariam ainda duas décadas até os problemas ambientais se tornarem questões políticas centrais. Isso ocorreu em 1992, na chamada Eco-92, a conferência da ONU ocorrida no Rio de Janeiro. Na sequência ocorreu, em Berlim, 1995, a COP 1 e, depois, em Kioto (1997), onde foi assinado o Protocolo que leva o nome daquela cidade japonesa, que tinha a pretensão de estabelecer normas ambientais a serem seguidas por todas as nações.

      Os avanços são lentos. Por influência da diplomacia brasileira os acordos internacionais sobre a questão chegaram à formulação do princípio de responsabilidades comuns mas diferenciadas, segundo o qual cabe aos países desenvolvidos, que foram historicamente os maiores poluidores, e são mais ricos, arcar com maiores custos pelo combate aos danos ambientais.

      Justamente por isso as COPs tem sido cenário de braços de ferro nos quais a parte do mundo em desenvolvimento, tendo à frente Brasil, China e Índia, resiste a acordos internacionais que possam prejudicar seu desenvolvimento. É o que explica o fracasso das COPs anteriores, destacando-se a de Copenhague (2009) e mesmo a de Cancun (2010), apesar do pequeno avanço ocorrido nesta última.

      A COP 21 poderá ser, acreditam estudiosos e políticos, o coroamento do processo iniciado em COPs anteriores, apontando para a possibilidade dos países ricos assumirem compromissos concretos que evitem a repetição do impasse.

      Porém a COP 21 traz outra contradição que, tendo aparecido nas reuniões anteriores, poderá adquirir força igualmente paralisante – o choque entre as chamadas “forças do mercado” (o grande capital, os interesses financeiros, os grandes bancos de investimento) contra os povos, a soberania das nações e as medidas para deter as agressões ao meio ambiente.

      Mudança climática e defesa do meio ambiente se tornou, ao longo desse processo, um grande negócio capitalista, expresso inicialmente no chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e o mercado de créditos de carbono que ele criou, no qual empresas de países ricos e mesmo seus governos, podem “comprar” direitos de emissão de gases poluentes de países pobres e, dessa forma, continuar sujando a atmosfera em suas sedes pois isso seria “compensado” pela não emissão de poluentes nos países pobres. Com a vantagem, para os ricos, de impedir o desenvolvimento, e a industrialização, dos pobres, mantendo-os na mesma tradicional situação de dependência, subalternidade e pobreza.

      Nas últimas COPs surgiram novas oportunidades de negócios ambientais, com o mesmo sentido. Estes negócios envolvem a soberania de nações, o direito de povos inteiros usar seus conhecimentos tradicionais nas relações com a natureza e, sobretudo, preservam, para o capital, fontes de recursos naturais e ainda não explorados e muitas vezes nem conhecidos.

      É previsto forte debate em torno do financiamento e do chamado Fundo Verde do Clima, criado em 2010 na COP 16, e que deveria ter reunido 100 bilhões de dólares por ano entre 2013 e 2020, mas que só começou a receber recursos em 2014, e muito abaixo do previsto – somente 10% daquela quantia.

      O debate poderá ser intenso em torno do financiamento da chamada REDD+ (sigla para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) cuja formulação atual tem a oposição, entre outros países, do Brasil. Organizações ambientalistas, movimentos sociais e mesmo governos, resistem devido às ameaças à soberania e à eventual titularidade da propriedade de florestas e outras áreas que a REDD+ pode significar.

      Há notícias da existência de um rascunho do acordo da COP 21, que teria sido aprovado em uma reunião ocorrida em outubro, na Alemanha. Embora seja um sinal positivo, ele aponta também para o tamanho das dificuldades. Esse rascunho de 50 páginas tem quase três mil trechos entre colchetes. Eles indicam os pontos onde não há acordo, com destaque para questões que envolvem o financiamento das ações que serão poderão ser aprovadas pela COP 21.

      A diplomacia reunida em Paris terá mais de uma semana para equacionar estes problemas. Enfrentar as imposições do grande capital e de seus governos e encontrar formas de combate às agressões ao meio ambiente que respeitem os povos, as nações e a natureza. Este é o desafio posto em Paris nesta segunda feira. 


      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada

      domingo, 29 de novembro de 2015

      O que está em jogo na Conferência do Clima em Paris

      O que está em jogo na Conferência do Clima em Paris

      Por que proibiram as manifestações durante a Conferência do Clima de Paris?
      Quem são aqueles cuja segurança é protegida a qualquer custo e sem importar os meios necessários? E quem são aqueles cuja segurança sempre é sacrificada, apesar de existirem meios para atuar muito melhor? São estas perguntas que estão no centro da crise climática, e as respostas são a razão pela qual as cúpulas sobre a crise climática acabam quase sempre entre lágrimas e recriminações.

      Por Naomi Klein*, na Carta Maior


      Foto: Jean Sabestien Evrard/AFP
      Foi planejada uma corrente humana de dois quilômetros em vez da grande marcha de domingo em Paris.Foi planejada uma corrente humana de dois quilômetros em vez da grande marcha de domingo em Paris.
      A decisão do governo francês de proibir os protestos, manifestações e outras “atividades ao ar livre” durante a cúpula de Paris sobre as mudanças climáticas é uma notícia perturbadora, em muitos sentidos. O que mais me preocupa tem a ver com a forma em que reflete a desigualdade fundamental da própria crise climática e a questão principal é o que se entende por “segurança” e o que realmente importa no fim das contas neste mundo desigual.

      Há quem diga que vale tudo para combater o terrorismo. Mas uma cúpula sobre a crise climática não é como uma reunião do G8 ou da Organização Mundial de Comércio, na qual se encontram os poderosos e onde os sem poder tentam estragar a festa. Os atos da “sociedade civil” paralela não são um apêndice nem uma distração desligada do acontecimento principal. São parte integral do processo, razão pela qual o governo francês nunca deveria atribuir a si o direito de decidir quais eventos da cúpula seriam cancelados e quais seriam mantidos.

      Após os horrendos atentados do dia 13 de novembro, era necessário determinar se existia vontade e capacidade de abrigar a cúpula em seu conjunto, com a plena participação da sociedade civil, incluindo a que tem seu lugar nas ruas, se manifestando pela causa. Se não podia ser assim, deveria ter sido adiada, ou transferida a outro país que se comprometesse com os direitos de todos os participantes. Em vez disso, o governo de Hollande tomou decisões que refletem os valores e as prioridades particulares daqueles que costuma recebem uma completa proteção de segurança por parte do Estado. Sim aos líderes mundiais, sim aos jogos de futebol – que não foram adiados –, sim ao comércio e às vendas do Natal. Não aos protestos contra os efeitos das mudanças climáticas, não às manifestações visando influir nas negociações e defender a visão das organizações ambientalistas sobre o objetivo da diminuição de emissões de gases do efeito estufa, quem colocam em risco as vidas de bilhões de pessoas.

      Quem sabe onde essa discriminação acabará? Deveríamos esperar que as Nações Unidas revogue arbitrariamente as credenciais de metade dos participantes ligados a organizações representantes da sociedade civil? Não me surpreenderia, mas outra questão é: quem são os que podem causar mais problemas para o planeta dentro da cúpula protegida como uma fortaleza impenetrável?

      Vale a pena pensar no que significa a decisão de cancelar as manifestações e protestos, em termos reais, ou mesmo simbólicos. O caos climático representa uma crise moral, porque cada vez que os governos das nações mais poderosas se mostram incapazes de atuar, a mensagem que se manda é a de que nós, no norte global, estamos colocando nosso conforto imediato e nossa segurança econômica como prioridade, desprezando o sofrimento e a sobrevivência dos mais pobres e vulneráveis da Terra. A decisão de proibir os espaços mais importantes, nos quais se poderia escutar as vozes das pessoas que sofreram as consequências das mudanças no clima é uma expressão do abuso de poder, profundamente contrária à ética: mais uma vez, um poderoso país ocidental coloca a segurança das elites por cima dos interesses daqueles que lutam por sua vida e seu sustento. Mais uma vez, a mensagem é que a segurança dos ricos não é negociável, enquanto a dos outros está entregue ao acaso.

      Outra reflexão importante. Escrevo estas palavras em Estocolmo, onde participei de uma série de atos públicos relacionados com a questão do clima. Quando cheguei, a cobertura da imprensa estava centrada nas críticas com um tweet publicado pela ministra sueca de Meio Ambiente, Asa Romson. Pouco depois de surgir a notícia dos atentados de Paris, Romsom manifestou na rede social sua indignação e tristeza pela perda de vidas. Logo, disse o que pensava, que seria uma má notícia para a cúpula do clima, uma reflexão que passou pela cabeça de todos os que eu conheço que estão vinculados ao movimento meio ambiental. Contudo, foi desqualificada pela mídia por uma suposta insensibilidade: como se pode pensar em mudanças climáticas neste momento, quando o mundo se chocava com tamanha carnificina?

      Essa reação foi reveladora, já que estava se impondo uma noção de que as mudanças no clima do planeta são uma questão menor, uma causa sem perdas reais, até mesmo frívola para alguns. Sobretudo quando questões sérias como a guerra e o terrorismo se impõe na cena política. Me fez pensar em algo que Rebecca Solnit escreveu há não muito tempo atrás: “o caos climático é uma forma de violência”.

      É uma verdade, mas parte dessa violência se manifesta de forma tremendamente lenta: mares que se elevam e gradualmente vão inundando países inteiros, secas que matam muitas milhares de pessoas, e que a cada dia aumentam o número de vítimas. Outra parte dessa violência se apresenta de forma horrivelmente rápida: tormentas com nomes como Katrina e Haivan que ceifam milhares de vidas e provocam enorme destruição são somente um acontecimento turbulento. Quando os governos e as grandes empresas não são capazes de atuar para prevenir um aquecimento catastrófico, isso constitui um ato de violência. É uma violência tão grande, tão global e que atinge tantos aspectos simultaneamente (antigas culturas, vidas presentes, potencial futuro) que sequer temos uma palavra capaz de conter sua monstruosidade. E recorrer a atos de violência para silenciar as vozes daqueles que são mais vulneráveis à violência das mudanças climáticas é uma violência maior ainda.

      Para explicar porque as partidas de futebol previstas seriam disputadas segundo estava programado, o secretário dos Esportes do governo francês afirmou: “a vida continua”. Claro que sim! É por esse exato motivo que eu me uni ao movimento em favor da justiça climática, porque quando os governos e grandes empresas fracassam na hora de atuar para preservar toda a vida sobre a Terra, é preciso protestar.


      *Naomi Klein é jornalista e escritora canadense, autora de livros como A Doutrina do Choque e No Logo, entre outros.
      Tradução: Victor Farinelli

      Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada