quinta-feira, 31 de julho de 2014

Concurso da PCR premia jogos sobre o meio ambiente

Concurso da PCR premia jogos sobre o meio ambiente

 CIDA_ Foto- Inaldo Lins2
A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, lançou no sábado (26), na Campus Party, o Desafio EcoRecife, concurso para o desenvolvimento de jogos digitais com temática ambiental. Os jogos serão usados nas escolas da rede municipal e em equipamentos públicos como o Jardim Botânico. O total em prêmios é de R$ 30 mil, provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente. Os três primeiros colocados receberão R$ 15 mil, R$ 9 mil e R$ 5 mil. Estão previstas ainda duas menções honrosas, no valor de R$ 500, para o melhor roteiro e a melhor arte.
Os candidatos devem ser pessoa física e ter mais de 18 anos. No caso de menores de idade, é exigida autorização dos pais. Os trabalhos precisam seguir a identidade visual da Turma do Mangue e Tal, empregadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade nas ações de educação ambiental junto à Secretaria de Educação. Outra exigência é que o jogo eletrônico desenvolvido rode nas plataformas Windows ou Android ou web. E devem se inspirar em um dos quatro temas: resíduos sólidos, verde urbano, água e biodiversidade. O eixo central é a sustentabilidade.
A Turma do Mangue e Tal é baseada em quatro ciclos: verde urbano, resíduos sólidos, água e biodiversidade. A história ou a aventura do jogo a ser desenvolvido precisa ser ambientado na cidade do Recife, de preferência usando cenários conhecidos da capital pernambucana. Devem ser respeitadas as características de cada personagem para a realização das ambientações correspondentes. Jô é relativo ao verde urbano, Dom a resíduos sólidos, Riso a recursos hídricos e Otto à biodiversidade.
Prazo para envio dos trabalhos: 19 de setembro. Divulgação dos resultados: 20 de outubro.
Para saber mais sobre os personagens acesse o canal no YouTube e a fanpage no Facebook da Turma do Mangue e Tal.
Edital e inscrições no link: : http://www.recife.pe.gov.br/desafioecorecife
Foto: Inaldo Lins.

Fonte: SMAS - Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade Recife

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Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa

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Abelardo da Hora faz 90 anos de arte puramente nordestina e brasileira

Abelardo da Hora faz 90 anos de arte puramente nordestina e brasileira

 
Escultor, desenhista, ceramista, gravador e poeta. Abelardo da Hora é um pernambucano apaixonado pelas artes. Ele completa  90 anos nesta quinta-feira (31) e não pensa em parar de trabalhar no ateliê que funciona em sua casa, na Rua do Sossego, no bairro da Boa Vista, no centro do Recife.
Uma das peças produzidas mais recentemente é a escultura ‘O Artilheiro’, que tem cinco metros de altura e é feita em bronze polido. A obra vai ser inaugurada no dia do aniversário do artista, em frente à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, onde Abelardo nasceu. “No carnaval deste ano, eles fizeram uma homenagem para mim lá [em São Lourenço], cantando músicas que falavam de mim. Fiquei emocionado, não tinha como não ficar”, conta o artista.
 
O Artilheiro 
Apesar do carinho com a terra natal, Abelardo admite que o coração é recifense. Pelas ruas da cidade, inúmeras obras suas estão expostas, muitas delas doadas. Na Praça da República, é possível ver o “Monumento aos Heróis de 1817”, enquanto a Rua da Aurora conta com o “Memorial do Frevo”.
Cultura do povo
Os temas populares sempre atraíram o artista. O frevo e o maracatu, a cultura dos terreiros, assim como a fome e as dificuldades do povo. “Eu morei ali na Iputinga. O Engenho do Meio estava terminando de moer [a safra de cana]. Vim do meio de camponeses e trabalhadores de engenho, eu vivi nesse ambiente, é a cultura do povo, o trabalho do povo”, explica Abelardo, que fez ensino técnico em artes decorativas.
Bolsista na Escola de Belas Artes, foi eleito presidente do Diretório Acadêmico sem saber. “Eu não sabia que estava concorrendo. Rosa Soares, Ana Paz, Ana Galvão e Cremilda me inscreveram. Estava mais preocupado com a minha produção artística. Quando começou a apuração de votos, eu me surpreendi”, recorda. Como presidente, fez questão de levar os estudantes para buscar temas além das paredes da escola.
 
Painel Abolição da Escravatura - Edifício Joaquim Nabuco, Centro do Recife 
Foi nessa época que recebeu o convite do industrial Ricardo Brennand [pai do artista plástico Francisco] para trabalhar na fábrica de cerâmica, onde ficou até dezembro de 1945. De lá, seguiu para o Rio de Janeiro, onde trabalhou em uma fábrica de manequins e começou a se preparar para participar do Salão de Belas Artes. “O presidente era Eurico Gaspar Dutra, o cão em forma de gente. Ele acabou com o salão, que acontecia desde o Império”, recorda, ainda com revolta.
O Salão não aconteceu, mas a escultura que Abelardo da Hora fez para a exposição, que retratava uma família, acabou estampando o Jornal do Brasil. Ao retornar para o Recife, fez sua primeira exposição de esculturas, em 1948. Foi nesse momento que criou o Ateliê Coletivo, onde deu aulas para figuras como José Cláudio, Gilvan Samico e Guita Charifker. “Durante dez anos, dei aulas de graça”, conta. 
 
O Homem das Cabaças - Parque 13 de Maio, Recife. Foto: Eduardo Cunha 
Foi nessa mesma exposição que conheceu Margarida Lucena, com quem se casou e teve sete filhos. Ela era concluinte do curso de direito e o encheu de perguntas. Ele a convidou, então, para conhecer seu ateliê. Meses depois, se casaram. “Vivemos juntos por 62 anos. Ela me deu cinco moças e dois rapazes. Minha família é maravilhosa, coisa de Deus mesmo”, diz orgulhoso Abelardo, que por vezes utilizou os amigos e parentes como inspiração para suas obras. 
 
Retirantes - Parque Dona Lindu, Recife. Foto: Eduardo Cunha 
O Abelardo da Hora artista era também político - integrou o Partido Comunista a partir do fim da década de 1940. “Fui secretário de agitação e propaganda do partido. Fui preso mais de 70 vezes. Umas 30 foram somente na época da campanha a favor do monopólio estatal do petróleo. Eu terminava o discurso e já tinha a polícia me esperando”, recorda. 
Abelardo, da Aurora, da Hora
  
Fonte: G1 Pernambuco

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terça-feira, 29 de julho de 2014

Educação: democratizar é preciso


Gestão democrática é tema de vídeo da TV Sintepe
















Desafio para a rede pública, modelo visa à participação da comunidade escolar na discussão de melhoria da qualidade da educação.

Participação de pais, alunos, servidores, professores e gestores em propostas que melhorem a qualidade do ensino nas escolas públicas. Está uma entre as diversas definições que explicam a gestão democrática na educação. Na tentativa de melhorar a compreensão do público sobre o tema, a TV Sintepe foi às ruas para explicar como esse modelo funciona e como ele pode resultar na melhoria da qualidade da formação dos estudantes.

A gestão democrática é encontrada em poucas escolas da rede pública de Pernambuco. A ausência dos pais na vida acadêmica dos filhos, a falta de infraestrutura e a centralização da gestão explicam o porquê o modelo encontra resistência em sua aplicação. Uma das escolas que tem maior êxito na adoção deste tipo de gestão é a Escola Estadual Presidente Humberto Castello Branco, localizada o bairro de Tejipió, no Recife. Eleito há 14 anos como gestor, o professor José Hildemarcos, ou simplesmente Marcos, como é conhecido pelos alunos, tenta atrair alunos, pais e professores para a discussão dos temas que estejam ligados ao funcionamento da unidade de ensino.

A inciativa vem dando certo, além de conseguir apoio da comunidade escolar, o modelo agrega valores á formação dos alunos, tal como a cidadania. Há alguns anos, a escola passou a integrar ações em defesa do meio ambiente, entre eles o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa. Através de passeatas e panfletagens periódicas pelas ruas do bairro, alunos e professores mostram a importância de preservação da área.

O modelo de gestão adotado na escola consegue atrair toda a comunidade para a discussão, fazendo da escola referência entre as unidades de ensino localizadas no Recife. Contudo, alguns problemas como a limitação da estrutura e a falta de investimentos no prédio limitam esse diálogo e, consequentemente, o fortalecimento do modelo.

Para compreender como tema deve ser apresentado nas escolas, o Ministério da Educação lançou em 2004 uma cartilha, onde mostra como devem ser realizadas as discussões no âmbito escolar e como os Conselhos Escolares fortalecem a melhoria da qualidade de ensino. Clique aqui para ter acesso ao documento.



Fonte: SINTEPE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

CONVERSA AMBIENTAL - Agosto/2014



















Fonte: Jardim Botânico Recife

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domingo, 27 de julho de 2014

Mata do Engenho Uchoa e a Sétima Arte


Recife ganha mostra de cinema ambiental em agosto

25 de julho de 2014, 10:55

Por Equipe Revista O Grito!

Recife ganha mais um evento de cinema no próximo mês. A Mostra Ambiental do Recife (MARE) combina cultura e meio-ambiente e acontece de 1 a 15 de agosto. Além da exibição de filmes, estão previstos ainda saraus e oficinas. O Cinema São Luiz, Jardim Botânico, Mata Uchôa e duas escolas públicas de seu entorno receberão atividades.

Cena de "O Veneno Está na Mesa", de Silvio Tendler. (Divulgação).

Um dos destaques é O Veneno Está Na Mesa 2, do cineasta Silvio Tendler. O documentário apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. A sessão será seguida de debate com Jaime Amorim (MST), um representante da FIOCRUZ e a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa.

"Queremos discutir a minimização dos riscos e um redirecionamento para uma cidade mais humana, visando contribuir para a construção de uma cultura que considere formas mais coerentes de lidar com o seu meio", diz Tiago Delácio, coordenador do evento. "É preciso pensar novas possibilidades de interseção entre viver numa cidade complexa e preservar o meio ambiente".
 


O cineasta Silvio Tendler é um dos cineastas do evento. (Divulgação).

A entrada é gratuita. Veja a programação completa:

JARDIM BOTÂNICO (Curado)

1º de agosto, às 10h – Oficina de Consumo Consciente (Daniele Carvalho)

3 de agosto, às 10h – Sarau Poético / Espetáculo "Bicho Homem", com os músicos Allan Sales, Thiago Martins e Clésio Ramos

De 1º a 3 de agosto, das 9h às 15h – Exposição de Cinema de Animação

Mostra MARE (sessões às 11h/ 12h/ 13h)

1º de agosto

"Carpe Diem" (2012), de Dimitri Kozma

"A Escada" (2013), de André Arôxa

"Hijo de Dios" (2012), de Tomas Montalva

"O Homem da Mata" (2004), de Antonio Carrilho

"El Mimo y la Mariposa Negra" (2011), de José Luis Saturno

"O Grande Evento" (2012), de Thomate

"Paleolito" (2013), de Ismael Lito e Gabriel Calegario

"Aire" (2013), de Romina Quiros

"La Cruz" (2011), de Alvaro Rozas Leiva

"Boi da Macuca" (2013), de Lula Gonzaga

2 de agosto

"Tá Limpo" (1991), de Aida Queiróz, Cesar Coelho, e Marcos Magalhães

"Recife Frio" (2010), de Kleber Mendonça Filho

"A Saga da Asa Branca" (1979), de Lula Gonzaga

"O Cangaceiro e o Leão" (2012), de Arnaldo Galvão

"Em Trânsito" (2013), de Marcelo Pedroso

"Coco de Umbigada" (2013), de Lula Gonzaga

"Hijo de Dios" (2012), de Tomas Montalva

3 de agosto

"A Árvore do Dinheiro" (2006), de Marcos Buccini

"Bololo" (2012), de Beatriz Herrera Carrillo

"Carpe Diem" (2012), de Dimitri Kozma

"Tá Limpo" (1991), de Aida Queiróz, Cesar Coelho, e Marcos Magalhães

"3 Mitos Que Você Sempre Ouviu Sobre a Agroecologia" (2012), de Vídeo MST

"Coco de Umbigada" (2013), de Lula Gonzaga

CINEMA SÃO LUIZ (Boa Vista)

4 de agosto, às 19h

Lançamento do filme: O veneno está na mesa 2 (2014), de Silvio Tendler, seguido de debate com Jaime Amorim (MST), um representante da FIOCRUZ e a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa.

ESCOLA ESTADUAL CASTELO BRANCO (Tejipió)

De 5 a 8 de agosto, das 14h às 18h

Oficina Cinema de Animação com Lula Gonzaga

5 de agosto, às 19h

Mostra MARE

"Em Trânsito" (2013), de Marcelo Pedroso

"O Veneno Está Na Mesa 2" (2014), de Sílvio Tendler

6 de agosto

9h – Oficina de Consumo Consciente com Daniele Carvalho

11h – Sarau Poético com o grupo #4urubueacarniça (Mariane Bigio, Luna Vitrolira, Clécio Rimas e Gleison Nascimento)

ESCOLA MUNICIPAL LUIZ VAZ DE CAMÕES (Ipsep)

De 12 a 15 de agosto

Oficina Cinema de Animação com Lula Gonzaga

13 de agosto

9h – Oficina de Consumo Consciente com Daniele Carvalho

11h – Sarau Poético com o grupo #4urubueacarniça (Mariane Bigio, Luna Vitrolira, Clécio Rimas e Gleison Nascimento)




Fonte: Revista O GRITO!

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sexta-feira, 25 de julho de 2014

CONVERSA AMBIENTAL - domingo 27 sobre BICHO-PREGUIÇA



Fonte: Jardim Botânico do Recife

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ariano Suassuna

Cultura
24 de julho de 2014 - 1h43 
Ariano Suassuna (1927-2014)Ariano Suassuna (1927-2014)

Ariano Suassuna fica encantado na memória dos brasileiros


O grande escritor brasileiro deixou de viver nesta quarta-feira (23). Ariano Suassuna foi escritor, sertanejo, brasileiro, e a marca de sua literatura e de sua arte foi a defesa da cultura e do modo de ser de nossa gente.  

Por José Carlos Ruy


A idade e os problemas de saúde não foram obstáculos para Ariano Suassuna deixar de exercer a atividade de sua vida: escrever. Foi assim até o último momento de seu longo ofício de escritor e homem de cultura. Ele próprio explicou, em uma de suas aulas-espetáculo, em dezembro de 2013, que não seria fácil leva-lo desta vida. "No Sertão do Nordeste”, disse, “a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra".
 
De fato, foi um lutador com a audácia e a pertinácia dos sertanejos. Sofreu um infarto do miocárdio em agosto de 2013. Mas se manteve ativo, sempre; sua última aula espetáculo foi apresentada na sexta-feira (dia 18), em Garanhuns (PE). Ele estava animado com o carnaval de 2015, quando será homenageado pela escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro. Mas não teve tempo para esperar! Na segunda-feira, dia 21, baixou outra vez ao hospital, e sua morte chegou a ser noticiada de véspera nos jornais. Mas ele resistiu, e só cedeu na tarde desta quarta-feira, dia 23, quando seu coração parou de bater e a literatura perdeu um gigante. Com 87 anos de idade, trabalhava e agia como o menino que nunca deixou de ser.

Sendo um sertanejo, é também um clássico. Um escritor clássico, com todas as feições exigidas por esta estatura, autor da rara e difícil unidade que só aqueles que frequentam este panteão sabem construir - a fusão do erudito com o popular, que é o traço marcante que constitui um clássico. É uma fusão na qual popular e erudito andam de mãos dadas em obras nas quais o caráter “culto” nada mais é do que a expressão da alma brasileira em formato artístico. Que Ariano Suassuna registrou num sem número de personagens e peripécias que parecem saltar direto da literatura de cordel e da voz de cantadores das feiras do sertão, para páginas e palcos, passando a figurar num patamar mais permanente na literatura.

Ariano Suassuna chegou a ser proposto, pelo Senado brasileiro (com relatoria do senador comunista Inácio Arruda) para o Prêmio Nobel de Literatura, em 2012. A Academia Sueca não o escolheu e quem perdeu com isso foi aquela láurea, que ficou sem ter, em sua lista de agraciados, o nome do escritor paraibano-pernambucano-brasileiro.

Desnecessário, aqui, repetir as informações que, com certeza, estão em todas as publicações que homenageiam o grande escritor. Mas é preciso lembrar, e ele concordaria com isso, as ideias que defendeu. A matriz delas foi o amor pelo Brasil e pela arte de seu povo. Muitos, sem coragem de usar o termo “anacrônico”, veem seu nacionalismo como próprio de uma personalidade polêmica. Não era: era o reconhecimento da importância da cultura brasileira. Importância que ele destacou, por exemplo, em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, em 9 de agosto de 1990. Nele, usou a metáfora da contradição entre “pais oficial” e “país real” - aquele, de pele clara, elitista e rico, este de pele escura, popular e pobre - que precisa ser ultrapassada para que se possa construir uma nação justa e avançada.
 
Nacionalismo que o levou a rejeitar toda imitação de modelos culturais dominantes estrangeiros, incluindo o uso de palavras estrangeiras (vindas, hoje, do inglês, como vieram, no passado, do francês). Mas enganam-se os que pensam que este era um exercício banal e inculto de xenofobia: era a rejeição da subserviência a outras nações e a condenação da desvalorização daquilo que traz a marca do popular e do nacional, que caracteriza os brasileiros e os distingue entre os demais povos.
 
Pode-se aplicar, a seu humor ferino, a imagem usada por outro nordestino, o poeta João Cabral de Melo Neto, no poema “Uma faca só lâmina”. Era assim o humor que Ariano Suassuna usava, mesmo em coisas aparentemente simples, para defender a cultura de seu povo e sua terra. Um exemplo: numa aula-espetáculo ocorrida em Porto Alegre não aceitou o uso da palavra inglesa "showman" para defini-lo. E explicou: “para mim essa coisa de Xô era a palavra que a gente usava para espantar galinha”.
 
Se sua defesa da cultura popular e brasileira era avessa a modismos, é visível em sua obra influências de autores estrangeiros que fazem parte do patrimônio cultural comum da humanidade, como o espanhol Miguel de Cervantes, o russo Nicolai Gogol, entre outros. Entre os brasileiros, as grandes referências são Euclides da Cunha, Gregório de Matos, Lima Barreto, e inclusive o “urbano” (como ele dizia) Machado de Assis. Inclusive na relação com o Partido Comunista do Brasil uma das coisas que ele levava em conta era a questão da nacionalidade, como ficou claro em uma entrevista que deu ao Jornal do Commercio, do Recife, citada por Luciano Siqueira (no artigo Guerreiro do sol, in portal Vermelho, 1º de agosto de 2007), na qual ele se declarou aliado dos comunistas: “Numa reunião importantíssima que realizaram, disseram que estão procurando um socialismo brasileiro. Deixaram de olhar pra fora, aí pela primeira vez tive condições de me aliar mesmo, apareci no guia do Partido Comunista do Brasil, até disseram que era uma contradição da minha parte. O que eu disse lá está perfeitamente coerente com o que eu dizia: se eu fosse marxista, pertenceria ao Partido Comunista do Brasil, nosso aliado na luta contra o governo antinacional e antipopular de Fernando Henrique Cardoso”. Deixou clara, aqui, a profunda coerência não apenas de sua arte, mas também de suas opções políticas.
 

Nesta quarta-feira (23) Ariano Suassuna seguiu o destino que havia registrado, já em 1955, na peça O Auto da Compadecida, quando falou do destino de um personagem: "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre". Hoje, quase 60 anos depois de escrever isso, Ariano Suassuna ficou encantado na memória dos brasileiros.

Fonte: Portal Vermelho A Esquerda Bem Informada
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sábado, 19 de julho de 2014

CONVERSA AMBIENTAL - domingo 20 sobre Abelhas Nativas



Fonte: Jardim Botânico do Recife

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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Luta de 35 anos em defesa de parque no Engenho Uchoa

PRESERVAÇÃO

Luta de 35 anos em defesa de parque no Engenho Uchoa


Grupo defende implantação de parque em área de 192 hectares remanescentes da mata atlântica

JC - Publicado em 13/07/2014, às 09h48

Da editoria de Cidades

 / Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Um sonho que começou 35 anos atrás, em 1979, e que ainda não virou realidade: a implantação de um parque numa área de 192 hectares remanescentes da mata atlântica, na Zona Oeste do Recife. A luta do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa é ver implantado o Parque Natural Rousinete Falcão, que beneficiará 270 mil moradores de 11 bairros, entre eles Tejipió, Barro, Ipsep, Ibura e Areias. Governo do Estado e Prefeitura do Recife tentam adquirir a área, que é particular.

A desapropriação deveria ter acontecido até 2007. Em 2002, o então prefeito do Recife, João Paulo, instituiu decreto declarando a área de utilidade pública para fins de desapropriação e estabelecendo prazo de cinco anos para seu cumprimento.

“Tentamos muito que a desapropriação saísse do papel, mas infelizmente ainda não conseguimos”, lamenta Luci Machado, uma das coordenadoras do movimento. Dos 192 hectares, 60 são de manguezal, que pertencem à União. Assim, só 132 hectares poderão ser desapropriados.

“Ano passado tivemos dois importantes avanços. Um foi a ampliação dos limites do Refúgio de Vida Silvestre do parque. Eram 20 hectares. Por meio de decreto estadual passaram a ser 171 hectares. Outra conquista foi a elaboração do plano de manejo”, destaca Augusto Semente, outro coordenador do movimento. A instalação do conselho gestor do refúgio, em 2013, é outro ponto positivo na luta pelo parque.

O plano de manejo, concebido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade e pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), estabelece o que pode e o que não pode ser feito no Refúgio de Mata Silvestre Mata do Engenho Uchoa. O documento estabelece regras para garantir a proteção do lugar.

“A Mata do Engenho Uchoa serve como fonte de pesquisa para as universidades pernambucanas. O espaço pode ser aproveitado para trilhas. Há muitas escolas no entorno que também poderiam usar o parque para aulas de meio ambiente”, observa Augusto. Ele diz que a mata é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como reserva da biosfera mundial. 

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Luta, poesia, cinema, meio ambiente e cidadania



A Mostra Ambiental do Recife – MARE é uma ação de interferência ambiental que pretende utilizar os espaços públicos da cidade do Recife como um local de troca de saberes e reflexões sobre a cidade e o meio ambiente. De 01 a 15 de agosto no cinema São Luiz, Jardim Botânico, Mata Uchôa e em 2 escolas públicas da região, a MARE irá combinar poesia, cinema, meio ambiente e cidadania.

Mais que exibição de filmes, a MARE problematiza os impactos decorrentes da degradação ambiental em todos os setores da sociedade dentro dessa nossa metrópole Terra. Nesse contexto, a Mostra abre espaço para discussões, oficinas, pesquisas e uma importante produção audiovisual sobre os modelos econômicos hegemônicos, a luta pela terra, os transgênicos, os conflitos decorrentes do modo de apropriação e exploração dos seus ‘recursos’, as políticas públicas, os resíduos sólidos, a verticalização da cidade e as transformações da paisagem. O que realmente nos interessa neste evento é discutir a minimização dos riscos e um redirecionamento da cidade mais humana, visando contribuir para a construção de uma cultura que considere formas mais coerentes de lidar com o seu meio.

De 01 a 15 de agosto, alunos das escolas da Mata Uchôa, irão participar da oficina de cinema de animação coordenada pelo cineasta Lula Gonzaga, cujo resultado será um vídeo-poesia ambiental.

Durante toda a programação teremos o sarau poético do grupo Interpoética e a ação ambiental da professora Daniele de Carvalho que trará de forma lúdica algumas questões de reciclagem e preservação do meio ambiente.

Ponto alto da MARE, no dia 4 de agosto, segunda-feira, a partir das 19h, no Cinema São Luiz, iremos exibir o filme “O Veneno Está Na Mesa 2”, do cineasta Silvio Tendler que atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. Após a exibição teremos um debate com Movimento Sem Terra, um integrante da FIOCRUZ e a secretária de Meio Ambiente, Cida Pedrosa.

No Jardim Botânico, no dia 3, domingo, teremos uma programação voltada para o público infantil, com exibição dos filmes “Tá Limpo”, “Recife Frio”, “O homem da Mata”, “A Saga da Asa Branca”.

Já na terça, dia 5, na Mata Uchôa, uma sessão ao ar livre com os filmes “Em Trânsito” de Marcelo Pedroso e novamente “O Veneno Está Na Mesa 2” de Silvio Tendler. Também reapresentaremos o sarau do grupo Interpoética e a ação ambiental de professora Daniele de Carvalho.

A cidade que não para, só cresce, precisa revelar novas possibilidades de interseção entre viver numa cidade complexa e preservar o meio ambiente. Confira toda a programação em nossa Fanpage, Twitter e Instagram.


Rafael Buda
Produtor Cultural
81 9689 3671 / 81 8332 6580

Fonte: FANPAGE MARE

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Há 35 anos, Movimento luta por parque na Mata do Engenho Uchoa

Há 35 anos, Movimento luta por parque na Mata do Engenho Uchoa

 

A luta do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa (foto) para ver implantado o Parque Natural Rousinete Falcão nos 192 hectares remanescentes da Mata Atlântica, na Zona Oeste do Recife, já dura 35 anos e ainda não virou realidade. A instalação do parque vai beneficiar 270 mil moradores de 11 bairros do entorno, entre eles Tejipió, Barro, Ipsep, Ibura e Areias.


Segundo ativistas do movimento, o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife tentam adquirir a área, que é particular. A desapropriação deveria ter acontecido até 2007. Em 2002, o então prefeito do Recife, João Paulo, instituiu decreto declarando a área de utilidade pública para fins de desapropriação e estabelecendo prazo de cinco anos para seu cumprimento.


“Tentamos muito que a desapropriação saísse do papel, mas infelizmente ainda não conseguimos”, lamenta Luci Machado, uma das coordenadoras do movimento. Dos 192 hectares, 60 são de manguezal, que pertencem à União. Assim, só 132 hectares poderão ser desapropriados.


“Ano passado tivemos dois importantes avanços. Um foi a ampliação dos limites do Refúgio de Vida Silvestre do parque. Eram 20 hectares. Por meio de decreto estadual passaram a ser 171 hectares. Outra conquista foi a elaboração do plano de manejo”, destaca Augusto Semente, outro coordenador do movimento. A instalação do conselho gestor do refúgio, em 2013, é outro ponto positivo na luta pelo parque.


O plano de manejo, concebido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade e pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), estabelece o que pode e o que não pode ser feito no Refúgio de Mata Silvestre Mata do Engenho Uchoa. O documento estabelece regras para garantir a proteção do lugar.


“A Mata do Engenho Uchoa serve como fonte de pesquisa para as universidades pernambucanas. O espaço pode ser aproveitado para trilhas. Há muitas escolas no entorno que também poderiam usar o parque para aulas de meio ambiente”, observa Augusto. Ele diz que a mata é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como reserva da biosfera mundial. 


Para o secretário executivo de Meio Ambiente do estado, Hélvio Polito, os recursos para pagamento das indenizações devem sair do fundo de compensação ambiental. "A implantação do parque é interesse do estado e do município e reconhecemos a luta de 35 anos do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa. Mas, precisamos primeiro garantir a propriedade da área.", disse Polito, garantindo que apesar de não ter o parque, os 192 hectares de Mata Atlântica estão protegidos por lei.


"O plano de manejo foi importante para garantir que a área seja efetivamente protegida, sobretudo, por se tratar de um local valorizado, que estava ameaçado pela especulação imobiliária", ressaltou.


Com informações do Jornal do Commercio, de 13/07/2014. 

Publicado no site do Comitê |Municipal do PCdoB Recife

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Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa

Luci Machado - 8599.1442
José Semente - 8769.3475
Jacilda Nascimento - 9965.0916
Arlindo Lima - 8622.9518
Patricia Maria - 9183.9762
Augusto Semente - 9258.7195


Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica


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quinta-feira, 17 de julho de 2014

17 de JULHO Dia da Proteção das Florestas



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Coordenação do Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa

Luci Machado - 8599.1442
José Semente - 8769.3475
Jacilda Nascimento - 9965.0916
Arlindo Lima - 8622.9518
Patricia Maria - 9183.9762
Augusto Semente - 9258.7195


Foto aérea da Mata do Engenho Uchoa 192ha de Mata Atlântica













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