quinta-feira, 31 de maio de 2012

Audiência debaterá agravos ambientais em Suape, 2ª feira

31 de Maio de 2012 - 10h12

Audiência debaterá agravos ambientais em Suape, 2ª feira


Os agravos ambientais gerados pela atividade industrial em Suape serão tema da audiência pública que a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, por iniciativa do deputado Luciano Siqueira, promove na próxima segunda-feira (04), a partir das 9h, no auditório do Anexo I da Casa.




Já estão confirmadas as participações do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Industrial-Portuário de Suape, Geraldo Júlio; do secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier; e do economista ecológico e professor da UFPE, Clóvis Cavalcanti. A reunião acontece na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente e no mês em que se realiza a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro.

Segundo Luciano, a proposta do encontro é debater e tentar responder em que medida os empreendimentos instalados em Suape se relacionam com o meio ambiente, bem como aprofundar a compreensão do desenvolvimento e os impactos que traz para o meio ambiente. “Queremos saber, se isso se dá de maneira satisfatória ou não, os agravos que tem sido cometido e em que nível se dá e a quem cabe responsabilidade: se somente à iniciativa privada ou também ao poder público”, explica o parlamentar.

Tripé do desenvolvimento
“A nossa preocupação, a preocupação do partido é aprofundar a compreensão da natureza do que ocorre em Pernambuco e no País e, portanto, que risco traz para os direitos do povo, para os trabalhadores, para o meio ambiente, que deformidade que esse desenvolvimento pode estar incorporando. É nosso dever analisar criticamente até porque nós partimos do pressuposto de que esse crescimento econômico está atuando no âmbito do capitalismo e é impossível no desenvolvimento capitalista se contemplar todos os interesses, os interesses dos trabalhadores, da população em geral, do meio ambiente, da redução das desigualdades regionais”, avalia Luciano.

Para ele, nessa questão em particular deve-se construir a compreensão de que há um tripé com qual o mandato deve trabalhar: o do desenvolvimento que pesa a economia, o aspecto social e o aspecto ambiental.

“Se você pinça a questão ambiental separada das demais vai ter uma visão deturpada do progresso, cai naturalmente em uma concepção atrasada que interessa as grandes potências, aos que querem impor a Rio +20, contra a posição do governo brasileiro, o conceito de economia verde, economia verde que não é outra coisa senão a expressão de uma corrente de pensamento que defende o desenvolvimento zero para os países não desenvolvidos para não atingir o meio ambiente”, ressalta o parlamentar.

“Também se nos pegamos só a questão econômica, estamos assumindo a concepção de desenvolvimento capitalista predadora. Se nos pegamos só a questão social, porque cria emprego, nós também caímos numa posição ingênua, porque é impossível melhorar o padrão social da população sem considerar a natureza do crescimento econômico, em que nível ele concentra riqueza, em que nível ele concentra geograficamente as atividades econômicas, qual é natureza do tratamento aos trabalhadores. Por isso, devemos trabalhar com esse tripé”.

Fonte: site vermelho Pernambuco 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Blogueiros Progressistas encerram 3º Encontro na Bahia

29 de Maio de 2012 - 6h21 Blogueiros Progressistas encerram 3º Encontro na Bahia O 3º Encontro Nacional de Blogueiros foi encerrado com uma plenária no último domingo (27), em Salvador (BA). Foram três dias de debates e oficinas, reunindo 292 blogueiros e ativistas digitais de 18 estados do país. Na plenária, foi publicada a Carta de Salvador, com os encaminhamentos definidos para o movimento. Diversas propostas foram apresentadas e votadas. No campo da ação política, o 3º Encontro de Blogueiros aprovou, por unanimidade, levar a blogosfera para as ruas e participar da ampla campanha pela democratização da comunicação, encampada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Além disso, os blogueiros decidiram solicitar uma reunião com a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, e o ministro da Comunicação Paulo Bernardo. O movimento pedirá a suspensão da verba publicitária oficial destinada à revista Veja enquanto se apura o envolvimento do veículo com o crime organizado e exigirá a presença de Roberto Civita na CPI do Cachoeira. Na eleição da comissão nacional, venceu a proposta de manter os mesmos nomes e mais um de cada estado. Também ficou definido que o próximo encontro será realizada em 2014. Em 2013, no entanto, deve haver a segunda edição do Encontro Mundial de Blogueiros. Segundo Altamiro Broges, presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé, a proposta é de os encontros nacionais serem bienais e estes devem ser reformulados. “Queremos um BlogProg com mais cultura, mais gente, mais juventude, mais festa e mais debates. Não podemos repetir o tradicional, se representamos o novo”, afirmou, ainda durante a plenária. Felipe Bianchi, do site do Centro de Estudos Barão de Itararé .. 0 comentários Fonte: site vermelho

domingo, 27 de maio de 2012

Sessão Solene Câmara Municipal do Recife

Sessão Solene Câmara Municipal do Recife – 24/05/2012
Comemoração dia estadual do líder comunitário
30 anos da Conam
32 anos Femocohab
Assista clique no link abaixo

Líderes comunitários recebem homenagem



Para homenagear o Dia Estadual do Líder Comunitário, os 30 anos da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM) e os 32 anos da Federação das Associações de Moradores dos Núcleos de Cohab e Similares em Pernambuco (FEMOCOHAB), o vereador Almir Fernando (PCdoB), convidou representantes das três entidades para uma solenidade na Câmara do Recife onde receberam uma placa. Ele disse quie todas elas são fruto da mobilização social e participam ativamente da luta política no país.
Almir Fernando afirmou que a análise recente da conjuntura internacional no último congresso do Partido mostrou a necessidade da unidade dos movimentos sociais na luta pela reforma urbana, pelos interesses dos povos e pela soberania das nações. O vereador fez questão de citar Dom Hélder Câmara com a frase “Caminhar é ir em busca de metas. Significa mover-se para ajudar muitos outros a moverem-se, no sentido de tudo fazer para criar um mundo mais justo e humano”.
Bartira Lima, presidente da Conam, ressaltou que a data é histórica, pois se trata de uma história de luta da comunidade, dos bairros, das bases. Uma luta, que segundo ela, vem de muito tempo. Antonio Filgueira, presidente da Femocohab, frisou que hoje era um dia de luta e de preocupação com o movimento que deve resistir para não acabar.
Luciano Siqueira, deputado estadual do PCdoB, lembrou que Pernambuco retoma um ritmo de crescimento só visto na época do ciclo do açúcar, mas o que se vê são moradias em locais considerados não-cidades, distantes da sáude, da escola, do transporte. “Espero que os movimentos não deixem arrear a bandeira da reforma urbana”.
Em 24.05.2012, às 17h55

sábado, 26 de maio de 2012

Reunião extraordinária de maio

C o n v i t e




Reunião extraordinária do mês de maio será realizada no dia 28/05/2012 ( segunda-feira ), às 9H, na Escola Presidente Humberto Castello Branco, sita na Av Dr. José  Rufino , 2.993 – Tejipió – Recife-PE.  Tel.: 3252.9941 / 3181.2956.


Pauta:

1 – Participação no Conselho Gestor da RVS Mata do Engenho Uchoa;

2 – dia de mobilização global contra o capitalismo e em defesa da justiça ambiental e social ( 5 de junho de 2012 );

3 – comitês de bacias hidrográficas   ( Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco   Rio Tejipió ).


Sua participação será fundamental para continuarmos dizendo que queremos o Parque Natural Rousinete Falcão, 192ha remanescente de mata atlântica e para deliberarmos sobre outros pontos.


Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 8595.8666
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518
Patrícia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195


Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!

Concurso de Desenhos

Concurso de Desenhos
Qual a marca do Comitê Metropolitano Sul?
Regulamento:
Clique no link abaixo.
Contato
Alexandre Ramos (Apac) – 8844.1240 / 3183.1033
Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima
Site

quarta-feira, 23 de maio de 2012

30 anos da Conam, 32 Anos da Femocohab-PE

Reforma urbana na ordem do dia.
Participe!
30 anos da Conam
32 Anos da Femocohab-PE

Dia Estadual do Líder Comunitário

CONVITE

     O Presidente da  Câmara Municipal do Recife, VereadorJurandir Liberal e o Vereador Almir Fernando, autor  do  Requerimento nº1156/12, tem a honra  de  convidar para Reunião Solene em  Homenagem ao Dia Estadual do Líder  Comunitário, aos 30 anos da CONAM e aos 32 anos da FEMOCOHAB-PE.

Dia 24 de maio 2012 (quinta)
Hora 16h

Local: Plenário Casa de José Mariano

Meio ambiente: Vozes do apocalipse

José Carlos Ruy ''O clique das pás - ah, como me alegra Esta é minha multidão, que quando trabalha A terra se reconcilia consigo própria E impõe limites ao mar E o prende em uma zona rígida'' (Goethe, Fausto, 2ª Parte, V Ato) Fausto, o personagem síntese da época revolucionária da burguesia, refletiu, nos versos acima, o pensamento capitalista de uma época onde o progresso era visto como inexorável. Era uma visão otimista: o trabalho, sob o comando da burguesia, reconcilia a Terra consigo própria, altera o meio ambiente e pode impor barreiras ao próprio mar. Na seqüência da cena, essa promessa foi aprofundada e Fausto sonha com multidões de operários para abrir um fosso, drenar um pântano e limpar o ar empestado, abrindo ''espaço a milhões de homens que ali viverão em segurança, ativos e livres''. Seu interlocutor, Mefistóteles - o demônio com quem fez um trato - assiste a tudo com ironia e ceticismo. ''Com teus diques e represas é só para nós que trabalhas, e a Netuno, demônio dos mares, preparas um grande festim''. E, a meia voz, comentava os planos de Fausto: ''não é um fosso, mas uma fossa''. Este texto foi escrito na época áurea do desenvolvimento do capitalismo, celebrada por Goethe no segundo Fausto (1831). Ele conseguiu resumir, num dos atos finais de sua grande obra, a contradição que iria se desenvolver nos dois séculos seguintes e que chegaria a nossos dias como uma espécie de ideologia com dupla feição. De um lado, o pensamento ambientalista que se apresenta como uma explicação do mundo e um programa para a sobrevivência do homem. De outro, a razão técnica, que serve à ação empresarial e garante que a ciência sempre encontrará soluções para os problemas que ela provoca. Se o produtivismo otimista implícito naquela idéia de que a natureza existe para servir ao homem, e pode ser modificada de acordo com suas necessidades, ainda persiste em nosso tempo, a face mais visível do pensamento ambientalista que se difundiu pelo mundo nas três décadas finais do século 20 está mais de acordo com o ceticismo de Mefistóteles. As questões ambientais ganharam o Brasil e o mundo, incorporadas à pauta de governos, empresas, organizações não-governamentais, academias e meios de comunicação, num discurso sobre a necessidade de proteção dos recursos naturais, ameaçados de esgotamento num momento não muito distante da evolução da humanidade, e ameaçando a própria integridade do planeta. As teses ambientalistas passaram a constituir o corpo doutrinário de uma verdadeira ideologia que vê o mundo à beira do colapso e aponta o dedo acusador para a ciência, para um ''homem'' abstrato (homem que muitos consideram como o ''vírus'' da Terra, seguindo Thomas Lovejoy, o biólogo norte-americano que foi consultor do Banco Mundial e do presidente dos Estados Unidos entre 1989 e 1992, George Bush, pai). É uma ideologia que enfatiza a ampliação da consciência ecológica como remédio para estes males. Um ponto de vista alternativo é o de que a ciência sempre encontrará uma solução ''técnica'' para os problemas humanos, inclusive os ambientais. A ciência ajuda a dominar a natureza, alegam - e, no limite, ''pode tudo''. Esse debate está permeado pelo confronto entre ciência e irracionalismo, onde se ressalta a compreensão romantizada dos ecologistas sobre a natureza, como diz o filósofo francês Jean Baudrillard, para quem a maioria dos ambientalistas tem ''uma visão simplista da natureza'', adocicada e pueril. Eles cometem ''um erro fundamental: tratam a natureza como se fosse um sujeito com quem poderiam tratar de igual para igual. Mas ela não é sujeito, é objeto”, diz ele. E “não há contrato natural possível, pois um contrato só se faz entre dois sujeitos'', disse em entrevista a O Estado de S. Paulo, em 20 de junho de 1992, durante a realização da conferência Rio 92. Equilíbrio dinâmico Embora a caracterização de Baudrillard contenha um eco da visão cientificista que vê a natureza como objeto - na verdade o mais correto seria dizer que há um metabolismo entre homem e natureza, seguindo a tradição iniciada por Karl Marx - ela tem um grão de verdade quando denuncia o caráter ideológico das concepções dominantes sobre o meio ambiente. Ao contrário do que supõe o pensamento ambientalista, a Terra e a natureza não são estáveis, e as mudanças são provocadas pela ação dos seres vivos - entre eles o homem - e dos movimentos da própria Terra, como o escapamento de gases de seu interior através de vulcões, ou o movimento das águas e das núvens, que alteram as condições ambientais, ou ainda as alterações astronômicas decorrentes de seu movimento em torno do Sol e da rotação sobre seu próprio eixo. O astrônomo Ronaldo R. de Freitas Mourão registra, no livro Ecologia cósmica (1992), pesquisas recentes segundo as quais o clima atual do planeta tem apenas alguns milhares de anos, e suas variações periódicas são provocadas, diz, pela precessão, obliqüidade e excentricidade, que ''constituem os parâmetros característicos da órbita terrestre no sistema solar''. A combinação desses movimentos com a ação dos organismos vivos criou a natureza como a conhecemos hoje, contrariando a imagem da natureza como um santuário intocável, fixo e imutável desde seusurgimento, e hoje ameaçado pela ação desse “homem” que frequenta o pensamento de amplos setores do pensamento verde. O reflexo das alterações astronômicas ocorridas na Terra foram as fortes mudanças no clima que marcam as história do planeta; são elas que explicam, por exemplo, que há apenas 60.000 anos o Canadá e quase metade dos Estados Unidos estavam cobertos de gelo, lembra o biólogo Richard Lewontin. Lewontin é um dos muitos cientistas recusam a tese ambientalista da natureza como um santuário fixo e imutável. Para ele, esse pensamento está em ''completa contradição em relação ao que conhecemos acerca dos organismos e meio-ambiente'', diz no livro Biologia como ideologia: a doutrina do DNA (1992, publicado no Brasil em 2000). Quando se olha, diz, ''diretamente para as atuais relações entre organismos e o mundo em redor deles, encontramos um conjunto de relações muito mais rico'', cujas conseqüências sociais e políticas são bem diferentes do que supõe o movimento ambientalista. Para ele ''ambiente'' só existe em relação aos organismos presentes nele. Os organismos criam os ambientes, diz; assim, o que se chama de equilíbrio ambiental é um processo em permanente movimento, dinâmico. Não há um mundo exterior constante e fixo ''que os seres humanos sozinhos estão modificando ou destruindo. Nós certamente estamos mudando o mundo, assim como todos os organismos o fazem'', conclui. Nossa própria atmosfera, esta esfera sacrossanta, não existia antes dos organismos vivos. A maior parte do oxigênio, diz Lewontin, ''estava aglutinada em substâncias químicas'' e a ação das algas e bactérias durante os primeiros milhões de anos de vida na Terra removeu o dióxido de carbono livre da atmosfera, depositando-o no calcário e nos despojos de corais, por exemplo. O oxigênio ''foi colocado na atmosfera pela atividade das plantas e então os animais evoluíram dentro de um mundo feito para eles por conta dos primeiros organismos''. Lewontin lembra também as grandes extinções ocorridas na Terra; praticamente 99,99% de todas as espécies que já existiram desapareceram muito antes do surgimento do homem. Uma destas catástrofes ocorreu no permiano, há 235 milhões de anos, acabando com quase 90% das espécies. Outra, notável, foi a eliminação dos dinossauros, acelerada pela queda de um asteróide na península mexicana de Yucatan, há 65 milhões de anos. Ela provocou um impacto que ajuda a relativizar o temor de que o homem vai destruir a Terra: a violência daquela queda foi 11 mil vezes maior do que a explosão simultânea de todas as armas nucleares hoje estocadas no planeta. Mesmo a Amazônia, esse dogma do pensamento ambientalista contemporâneo, tem uma história dinâmica que aos poucos vai sendo revelada. Em sua origem, há uns 70 milhões de anos, o rio Amazonas corria rumo ao oeste, para o oceano Pacífico; com o surgimento da cordilheira dos Andes, 15 milhões de anos atrás, o fluxo das águas foi invertido e passaram a correr para o leste, formando seu curso atual que desemboca no oceano Atlântico. Menos conhecida é a história geológica do Nordeste brasileiro, outro exemplo desse ''equilíbrio dinâmico''; a região foi, no passado, mais fria e úmida do que é hoje, como demonstrou uma pesquisa da Universidade Federal do Ceará, feita na década de 1980, a partir a análise de água depositada no subsolo entre 40 mil e oito mil atrás, na região de Serra Grande, entre o Ceará e o Piauí (municípios de Picos e Jaicos); o estudo demonstrou que, há uns 12 mil anos, a temperatura média anual da região era cinco graus mais fria do que hoje, e a quantidade de chuva entre 20 a 35 vezes maior. (A versão inicial deste texto foi publicada em Retrato do Brasil, segunda edição, 2006 - ele será publicado aqui, revisado, em seis partes). Fonte:INMA - Instituto Nacional do Meio Ambiente

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Oficina Regional de Diagnóstico Participativo em Jaboatão

Convite

O Comitê das Bacias Hidrográficas Metropolitano Sul é um órgão público colegiado composto por representantes do poder público, usuários da água e da sociedade civil atuando nos municípios inseridos nas bacias dos rios Pirapama, Jaboatão, Tejipió e Massangana.

Em suas estratégias para 2012, o Comitê destacou a necessidade de levantar a situação hidroambiental dos municípios e conhecer de forma participativa o que está sendo realizado para dar visibilidade à questão ambiental e hídrica na região. Assim foi determinando em seu planejamento a realização de oficinas regionais de diagnóstico participativo que resultará num relatório/diagnóstico das bacias hidrográficas da região.

Desta forma, lhe convidamos para contribuir com este olhar coletivo sobre a bacia, participando da oficina de diagnóstico da sua região que acontecerá dia 22/05/2012 às 08 h, na Secretaria Executiva de Direitos Humanos, sito a Av. Ayrton Senna, 200 - Piedade (próximo a Procuradoria Geral do Município. (Após o GOT Grupo de Ortopedia e Traumatologia em frente a pizzaria Atlântico) fone: 3343 5153.

Público: Representantes do poder público, sociedade civil e usuários de água dos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Recife.


Programação

Chegando
8:00 – credenciamento e café

Conhecendo as águas
8:30 – Dinâmica (o que tem de bom/o que tem para melhorar em sua cidade)
9:00 – Introdução/objetivos/apresentação dos presentes

Entrando nas águas
10:00 – Grupos de trabalho: detalhamento da situação hidroambiental por (nascentes e cursos d'água, a água na área urbana, a água na área rural)
11:00 – Apresentação dos grupos

Saindo com as águas
12:00 – Rodada final – levantamento das instituições públicas e privadas que atuam com a questão hidroambiental na bacia e projetos existentes.
12:30 – Avaliação e encerramento
13:00 – Almoço

Contatos
Ermírio Rego Barros (Presidente do Cobh Metropolitano Sul) - 9925-6789
Alexandre Ramos (Apac) – 8844.1240 / 3183.1033

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Organização do Conselho

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchoa avaliou , em reunião ordinária de maio realizada em 14/05/2012, na Escola Presidente Humberto Castello Branco, como positiva sua participação nas reuniões efetuadas para a formação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação - Refugio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchoa que terá como objetivo dirimir questões relativas aos 20ha dos 192ha da APA Rousinete Falcâo.

Após vários questionamentos relativos ao número de integrantes no Conselho ficou deliberada a seguinte composição : 13 representantes do Movimento Social e 13 representantes do Poder Público, cujas fichas de inscrição serão enviadas a SEMAS para as devidas formalidades, visando a nomeação pelo Governo do Estado.

Uma reunião extraordinária do Movimento será realizada no 28/05/2012, às 9 horas, na Escola Presidente Humberto Castello Branco.

O Movimento, como, sempre, mostrou força e organização, e deixou claro a disposição de continuar a luta pelos 192ha da Mata, remanescente de Mata Atlântica, onde será implantado o Parque Natural Rousinete Falcão, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para os recifenses.

domingo, 13 de maio de 2012

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


Introdução
A Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP 16) realizou-se em Cancun, entre os dias 27 de novembro e 10 de dezembro de 2010. O tema central, objeto de marcadas contradições, se relacionou com a continuidade ou não do Protocolo de Quioto, acordo firmado para combater as mudanças climáticas.
Evidenciando a importância do tema o documento intitulado “Posição da China na Conferência de Copenhague” afirma “A mudança climática é um dos mais sérios desafios da humanidade no século 21 e uma questão que diz respeito à sobrevivência da humanidade”.    
Mudanças Climáticas¹
Na COP 16 houve um ponto de vista convergente, entre os países participantes, sobre as mudanças climáticas e a responsabilidade humana na emissão de gases que fizeram aumentar o efeito estufa.
O efeito estufa é o fenômeno garantidor da existência da vida no planeta Terra, mantendo a temperatura média no nosso planeta em 14 °C. Caso este fenômeno não existisse a Terra seria gelada, com 19°C negativos. Isto porque os gases de efeito estufa retêm parte do calor emitido pelo sol, aquecendo o planeta.
O efeito estufa existe em decorrência de fatores naturais e humanos. Dentre os fatores naturais a atividade solar é a mais importante e principal responsável pelo aquecimento da Terra. Ocorre, com maior ou menor intensidade, em decorrência de vários fatores.
A pesquisa da atividade solar permitiu a formulação dos “Ciclos de Milankovitch”² que identificou a variação da atividade solar ocorrendo a cada 105, 41 e 21 mil anos. E que a quantidade e a distribuição das emissões solares varia com o tempo, com a distância entre o Sol e a Terra e com a inclinação do eixo de rotação do nosso planeta.

fig1figura 1 -: Mudanças da temperatura global anual (linha vermelha suave) com a média de temperatura de 11 anos (linha vermelha forte). Temperatura do NASA GISS. Irradiância Solar Anual Total (linha azul suave) com a média de irradiância de 11 anos. Irradiância Solar Total de 1880 a 1978 de Solanki. Irradiância Solar Total de 1979 a 2009 do PMOD.

A figura 1 indica que a temperatura e a irradiação solar tiveram evoluções diferentes, sobretudo a partir de 1970. Neste ano a atividade solar iniciou uma redução enquanto aumentou, de forma acentuada, a temperatura da Terra.

Segundo Benestad, 2009: “Nossa análise mostra que a contribuição mais provável da forçante solar no aquecimento global é 7 ± 1% para o século XX e desprezível para o aquecimento desde 1980”
As manchas solares também exercem influência sobre o clima da Terra e alteram em semanas ou anos. No início do século XX houve evidencias do crescimento da atividade solar. Todavia o IPCC considera que elas não foram decisivas para as mudanças climáticas que estão ocorrendo.
Também as erupções vulcânicas e a queima de biomassa, exercem influência na redução da temperatura. Em ambos os casos são produzidos aerossóis (partículas de cinza) que refletem a irradiação solar de volta para o espaço, reduzindo a temperatura da Terra.
Estudos realizados sobre o efeito estufa indicam que, desde a Revolução Industrial, a queima de combustíveis fósseis, fruto da ação humana, joga papel importante na ocorrência deste fenômeno, causando o aquecimento do planeta. O combustível utilizado nas primeiras fases do processo de industrialização foi o carvão e posteriormente o petróleo.
O principal gás de efeito estufa é o vapor d´água. Ele retém 2/3 do calor apreendido pelos gases de efeito estufa. Dos gases decorrentes da queima de combustíveis fósseis e da queima de biomassa o mais importante é o dióxido de carbono CO2. É responsável por 80% do efeito estufa decorrente da ação humana. Outros dois importantes gases são o metano e o dióxido nitroso.
Os gases de efeito estufa e as nuvens absorvem e reemitem parte da radiação solar emitida para a superfície do nosso planeta, aumentando o calor. Assim, uma maior quantidade de gases de efeito estufa acarreta maior aquecimento da Terra.

O Aquecimento Global é inequívoco
A figura 2 sintetiza as conclusões do IPCC³ de que houve um aquecimento da Terra de, aproximadamente, 1° C nos últimos 150 anos. Sendo que, entre 1970 e 2004 houve aumento de 70% nas emissões de gases de efeito estufa, assim como um aumento do nível dos oceanos e uma redução da neve do Hemisfério Norte, indicando um inequívoco aquecimento global.
fig2Figura 2
Os dados referentes à concentração passada de CO 2 na atmosfera, foram obtidos a partir de bolhas de ar preservadas no gelo, há milhares de anos. Os cientistas perfuraram três quilômetros da calota de gelo da Antártida e retiraram uma coluna de gelo que abrange um milhão de anos da história da Terra. Também as árvores milenares fornecem elementos para este estudo.
Os dados mais recentes sobre o clima da Terra são obtidos pela Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas. Ela monitora 10 mil estações meteorológicas instaladas na terra e sete mil em navios e satélites. Participam deste programa 185 países. Com estes instrumentos os cientistas dispõem de dados bastante confiáveis sobre a temperatura do nosso planeta.
A comprovação de que certo tipo de CO2 decorre da ação humana está em sua assinatura isotópica. Isto é o CO2 originário de causas naturais tem ligeira preferência pelo isótopo de carbono mais leve (¹²C) em relação ao mais pesado (¹³C). O (¹³C) originário da ação humana, provoca o aquecimento da troposfera e resfriamento da estratosfera. Se a emissão de CO² fosse decorrente, somente, de causas naturais haveria um aquecimento tanto da troposfera como da estratosfera, o que não ocorre.
A figura 3 indica que a maior parte da elevação da temperatura observada na média global desde meados do século 20 é provável (mais de 90%) que seja devido ao aumento dos gases de efeito estufa antropogênicos.
A linha azul indica o crescimento do CO2 natural. Já o total das emissões de CO2 (natural e antrópica), no mesmo período, indica uma elevação bem mais acentuada do que unicamente a emissão natural
fig3Figura 3: CO2 levels (Green Line - Law Dome, East Antarctica and Blue line - Mauna Loa, Hawaii) and Cumulative CO2 emissions in gigatonnes of CO2 (Red Line - CDIAC). 


Todavia há uma corrente minoritária entre os cientistas, intitulada de céticos, que defende o ponto de vista de que os fatores determinantes das mudanças climáticas decorreriam, fundamentalmente, dos processos naturais. No entanto a grande maioria dos cientistas considera que as causas naturais não conseguem explicar o aumento da intensidade dos gases de efeito estufa de 280 para 379 ppmv4 entre 1750 e 2005. Ressaltam, também, que os processos naturais absorvem mais que emitem CO2, funcionando como sorvedouros deste gás.
Os céticos ainda argumentam que o resfriamento ocorrido na década de 40 ,quando houve uma queda de 0,1% na temperatura global, comprovaria que é falsa a idéia de que o clima aumentou nos últimos 150 anos. No entanto estudos comprovaram que este resfriamento decorreu dos aerossóis fruto dos resíduos das chaminés das fábricas, da produção de cimento e da queima de biomassa, produzido pelo desmatamento. Estas partículas fazem com que haja uma refração de parte dos raios solares, esfriando o planeta. No entanto a adoção de filtros nas chaminés das fábricas fez com que o aquecimento retornasse.
O Aquecimento Global está acelerando
A figura 4 abaixo indica uma aceleração do aquecimento da Terra. Entre 1970 e 2004 houve um aumento de 70% nas emissões de gases de efeito estufa. O dióxido de carbono (CO2) aumentou 80 % deste total. O restante foi proveniente da queima de florestas e das mudanças do uso do solo. Com isto houve uma acentuada aceleração da temperatura da Terra a partir de 1970.
fig4
Figura 4
Source: Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) AR4.







Consequências das Mudanças Climáticas
As mudanças climáticas têm consequências diferenciadas em nosso planeta. Produz secas e graves problemas climáticos em sua maior parte, afetando a produção de alimentos e outras graves consequências que atingem os países mais pobres e as camadas mais pobres. Por outro lado, em decorrência do derretimento do gelo no Ártico, permite a exploração agrícola e do petróleo nestas áreas.
A Fundação Ecológica Universal (FEU), organização da Argentina dirigida por Osvaldo Canziani, ganhador do prêmio Nobel de 2007 elaborou o estudo intitulado “ A falta de alimentos – Os impactos das Mudanças Climáticas na Produção de Alimentos: uma Perspectiva para 2020”.
Este estudo concluiu que se o atual ritmo de aquecimento global continuar até 2020 haverá uma queda na produção de alimentos dos 20 maiores produtores de grãos. O país mais afetado será a Índia, com a redução de 30% de sua produção agrícola. A África será o continente que mais sofrerá com secas prolongadas, sendo grande a possibilidade da perda de 75% de suas terras aráveis. Tais fatos evidenciam a gravidade da situação.
O estudo reconhece, também, que algumas regiões serão favorecidas com as mudanças climáticas como o norte dos Estados Unidos, Canadá, regiões mais ao norte da Europa e da Rússia. Todavia o aumento da produção nestes lugares não será suficiente para suprir a queda da produção das demais áreas do globo terrestre.
Pelas conclusões sobre as mudanças climáticas fica evidente a necessidade de adotar medidas que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa. Todavia as próprias conclusões do IPCC indicam uma variação bastante grande entre um mínimo de 1,1°C e o máximo de 6,6°CV de aquecimento até 2100. Portanto não cabe o alarmismo de considerar que o mundo está acabando. Cabe destacar que na ciência não há verdades absolutas. Pelo contrário a ciência está em constante processo de avanços. Todavia a existência de sólidos indicadores deve determinar uma atitude de cautela e de adoção de medidas para enfrentar o problema.
Se por um lado não devemos cair no alarmismo, por outro seria irresponsabilidade não adotar medidas preventivas, mesmo não havendo certeza absoluta sobre as dimensões do problema.
Se estes argumentos científicos não fossem suficientes para dirimir as dúvidas, a posição da totalidade dos países que participaram da Conferência de Cancun sobre a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa indica a importância do problema e traz fortes razões para se ter confiança nos estudos que indicam o aquecimento global.
O argumento de que a adoção de medidas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa seria uma imposição dos países desenvolvidos para impedir o desenvolvimento dos países pobres, não se sustenta.
Na realidade, são os países em desenvolvimento que defendem cortes mais radicais das emissões dos gases de efeito estufa. Isto porque sobre eles e as camadas mais pobres que recaem as maiores consequências. Já os países desenvolvidos resistem aos cortes mais radicais porque, como têm de cumprir metas obrigatórias, terão que realizar grandes cortes das emissões de gases de efeito estufa, prejudicando o desenvolvimento.
Prova da posição mais radical dos países em desenvolvimento está no fato de que, em Cancun, para se conseguir aprovar a resolução final o acordo só foi possível em torno do objetivo de assegurar que o aumento do aquecimento fosse menor de 2° C até 2100. Já os países em desenvolvimento defenderam 1,5°C e os países da ALBA 1°C.
A China que tem realizado estudos científicos sobre o tema. O documento intitulado “China Políticas e Ações para combater as alterações climáticas” destaca que “ As mudanças climáticas globais e seus efeitos negativos são uma preocupação comum da humanidade. Desde a revolução industrial, as atividades humanas, especialmente o consumo maciço de energia e de recursos pelos países desenvolvidos no processo de industrialização, têm aumentado as concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, produzido impactos visíveis sobre os ecossistemas naturais da Terra, e graves desafios colocados para a sobrevivência e o desenvolvimento da sociedade humana”
O Protocolo de Quioto foi adotado visando tomar medidas para a redução do efeito estufa. Para isto estabeleceu o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Os países desenvolvidos, grandes poluidores e responsáveis históricos pelo aquecimento global têm maior responsabilidade na redução das emissões. Em decorrência disto têm metas obrigatórias de redução das emissões de gases de efeito estufa.
Já os países em desenvolvimento ficaram obrigados a estabelecer metas voluntárias. Isto porque não têm responsabilidades históricas pela emissão de gases poluentes e necessitam se desenvolver para resolver os seus graves problemas sociais. O Protocolo de Quioto entrou em vigor em 1955 e hoje tem 192 países como signatários.
Na COP16 manifestou-se de forma acentuada o conflito existente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento em torno da segunda fase de compromissos do Protocolo de Quioto. O Japão, contando com o apoio do Canadá, Austrália e outros países desenvolvidos, argumentou que só aceitaria se comprometer com uma segunda fase do Tratado se a China e os Estados Unidos assumirem metas obrigatórias como os demais países desenvolvidos. A China, por seu lado, contando com o apoio dos países em desenvolvimento afirmou que não aceitaria a ruptura do Protocolo de Quioto, destacando que não tinha responsabilidades históricas e necessitava se desenvolver para alimentar um bilhão e duzentas mil pessoas.
O pano de fundo desta polêmica se relaciona com o mundo multipolar em gestação. Os Estados Unidos, o Japão e outros países tudo fazem para tentar conter o ritmo de crescimento dos países em desenvolvimento em particular da China. Por isto querem impor metas obrigatórias de redução dos gases de efeito estufa, à China e a outros países em desenvolvimento.

Aldo Arantes
Secretário Nacional de Meio Ambiente do PCdoB e da FMG
Diretor Presidente do Instituto de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente (INMA)
¹As mudanças climáticas podem se referir tanto ao aquecimento como o resfriamento da Terra. Hoje, para a maioria dos cientistas, mudança climática é sinônimo de aquecimento global.
²Milutin Milankovitch foi um astrônomo Sérvio que, no início do século XX , descobriu e quantificou o impacto das mudanças astronômicas na insolação recebida pela Terra.
 ³O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é um organismo criado pela Assembléia Geral da ONU. Atualmente 194 países são seus membros, além de grande número de cientistas. Ele não faz pesquisas, mas sistematiza as realizadas, elaborando relatórios que são submetidos à apreciação dos países membros.
 4ppmv e ppbv são medidas de concentração de gases e exprimem, respectivamente, partes por milhão e partes por bilhão em volume .


Fontes de Consultas:
1- Conferência Mundial das ONU sobre as Mudanças Climáticas, dezembro de 2010, Cancun, México.
2- China Políticas e Ações para combater as alterações climáticas, 2008.
3- Posição da China na Conferência de Copenhague sobre as Mudanças Climáticas, 2009.
4- Seminário Internacional sobre as Mudanças Climáticas. Brasília, Fundação Maurício Grabois, novembro de 2010.
5- FLANNERY, Tim. Os Senhores do Clima. Rio de Janeiro : Record, 2007.
6-PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter, Artigo “Outra Verdade Inconveniente – a nova geografia política da energia numa perspectiva subalterna”.
7-VEIGA, José Eli, (organizador). Aquecimento Global – frias contendas científicas. São Paulo, Editora SENAC, São Paulo, 2008.

Fonte: INMA - Instituto Nacional do Meio Ambiente   

sábado, 12 de maio de 2012

C o n v i t e

C o n v i t e

 
Reunião ordinária será realizada extraordinariamente na 2ª segunda-feira ( 14 / 05 / 2012 ) do mês, às 9H, na Escola Presidente Humberto Castello Branco situada na Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE.  Tel. 3252.9941 / 3181.2956
.
Pauta: avaliação do processo de composição do Conselho Gestor do Refúgio de Vida Silvestre
( RVS ) Mata do Engenho Uchoa.

A luta é pelo Parque Natural Rousinete Falcão ( Mata do Engenho Uchoa ) com 192ha de área verde, remanescente de Mata Atlântica. Desses 192ha,20ha são de responsabilidade do governo estadual, que está criando o Conselho Gestor.

Sua participação na reunião será necessária para dizer mais forte ainda da justeza da reivindicação que está completando 33 anos de luta.

Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 8595.8666
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518
Patrícia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195

Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!

domingo, 6 de maio de 2012

Aquecimento global: as previsões furadas de Lovelock

6 de Maio de 2012 - 7h30
Aquecimento global 2 E a Terra não esquentou...

Aquecimento global: as previsões furadas de Lovelock


James Lovelock é um dos gurus da tese segundo a qual o aquecimento global, provocado pelo homem, vai esturricar a Terra. Agora, diz que estava errado. Um erro de consequências políticas monumentais.

Por José Carlos Ruy


James Lovelock é um dos principais ideólogos do catastrofismo ambiental em nossos dias e um dos gurus do movimento ambientalista. Autor de inúmeros livros, formulador da hipótese Gaia, que vê a Terra como se fosse um enorme organismo, ele é um cientista influente que chegou a prever a morte de bilhões de pessoas devido às mudanças climáticas que, em sua opinião, iriam esturricar o planeta. Foi um dos formuladores da tese de que a mudança climática decorre da ação humana sobre o ambiente.

Ele chegou a propor, em 2004, que o que restasse da humanidade só conseguiria viver no Ártico, onde o clima continuaria “tolerável”. E pregava, na linha do mais radical ambientalismo, o a necessidade de um “melhor uso dos recursos” da Terra e isto significava, desde as reuniões do Clube de Roma, em 1968, e da ONU em Estocolmo, 1972, a contenção do desenvolvimento da economia. Isto é, contenção do desenvolvimento econômico dos países pobres, para, usando palavras de Lovelock, “sustentar a civilização o máximo de tempo” possível. A palavra “civilização” esconde, nesta frase, aquilo que realmente seu autor quer dizer: os países ricos e o modo de produção capitalista.

Lovelock é, assim, um dos principais - se não o principal - defensores da tese de que o aquecimento global decorre da ação humana. Na verdade, era. Numa entrevista ao site da rede americana MSNBC, em 23 de abril passado, o cientista britânico, de 92 anos de idade, na qual renegou o catastrofismo climático e ambiental e admitiu que exagerou. Reconheceu, sem rodeios: "Tudo bem, cometi um erro."

Naquela entrevista ele disse que o comportamento do clima da Terra desde o ano 2000 contrariou suas previsões mais pessimistas; admitiu que os estudos a respeito são insuficientes, faltando mais pesquisas para entender o futuro do planeta. Reconheceu ter ido “longe demais na extrapolação” sobre o aquecimento global, quando deveria ter sido mais cauteloso. "O problema é que não sabemos como o clima atua, embora achássemos que sabíamos 20 anos atrás. Isso levou à publicação de livros alarmistas, inclusive os meus", disse.

Além de sua própria postura catastrofista, Lovelock acusa também o ex-vice-presidente americano Al Gore e seu filme "Uma Verdade Inconveniente" como exemplo do alarmismo ambientalista.

"O clima continua fazendo os seus truques de sempre. Não tem nada de muito emocionante acontecendo agora. Deveríamos estar a meio caminho de fritarmos", mas não é isso que está acontecendo, disse. Ele estranha o fato de que a temperatura global da Terra não tenha aumentado nos últimos doze anos, embora os níveis de gás carbônico (ou dióxido de carbono) na atmosfera, demonizado como o principal gás do efeito estufa, continuam subindo e batendo recordes. O aquecimento previsto para os doze anos seguintes a 2000 não ocorreu. "Doze anos é um tempo razoável”, e a temperatura tem permanecido constante.

Embora sem abrir mão da tese de que as emissões humanas de dióxido de carbono possam levar a um aumento global na temperatura, ele concorda agora que faltaram estudos a respeito do efeito dos oceanos sobre o clima. O oceano pode ter um papel fundamental, admite. "Ele poderia fazer toda a diferença entre uma idade quente e uma idade do gelo", disse.

Há uma pergunta no ar: foi um erro? Lovelock foi um dos principais formuladores do ambientalismo como ideologia, baseado num “santuarismo” paralisante do desenvolvimento particularmente de países pobres, entre eles a China, a Índia e o Brasil. Entre a ciência e a política, sua ação abandonou a primeira para reforçar o conservadorismo capitalista dominante e a defesa da manutenção da distribuição do poder político e econômico no mundo a favor das potências industriais capitalistas.

Ele foi um dos principais esteios da condenação dos cientistas que não aceitavam a tese dos adeptos da corrente principal do pensamento ambiental segundo a qual a mudança climática seria resultado da ação humana. E que tentaram desqualificar esses críticos impondo-lhes o rótulo de “céticos”.

O rolo compressor de um autointitulado “consenso científico” simplesmente desconsiderou as críticas científicas solidamente fundamentadas que recusavam as “verdades” dogmáticas deste verdadeiro evangelho do santuarismo ambientalista que é o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o organismo da ONU dedicado ao problema) onde os questionamentos feitos pelos cientistas foram simplesmente ignorados. Lovelock foi um dos pilotos desse rolo compressor do conservadorismo ambientalista. Neste sentido, falar em “erro” pode ser simplório pois, na verdade, tratava-se de um dogma político que precisava ser impingido a países que defendiam seu direito ao desenvolvimento combinado com a defesa do meio ambiente. No mundo posterior à crise econômica de 2007/2008 e do rearranjo do quadro geopolítico internacional que veio na esteira dela, os dogmas do rolo compressor do aquecimento global simplesmente perderam o sentido e não colam mais. Qual será, agora, o próximo erro?

..

Luciano participa de Seminário de Saneamento Ambiental nesta 2ª-feira

04 de Maio de 2012

gota


“Crescimento econômico e populacional e a demanda por água” é o tema do Seminário de Saneamento Ambiental que o Conselho Estadual das Cidades de Pernambuco promove nesta segunda-feira (07), a partir das 14h, no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. O encontro terá como palestrante o presidente do Condepe/Fidem, Antônio Alexandre, e como debatedor o deputado Luciano Siqueira (PCdoB).


Segundo o Fórum de Mudanças Climáticas do Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a sustentabilidade é um importante requisito de um modelo de desenvolvimento econômico promissor a médio e longo prazo, e é definida pela capacidade de utilização dos recursos naturais por gerações futuras em níveis iguais ou superiores aos atuais.


“O recurso natural água é um insumo indispensável para realização das principais atividades econômicas do país, por isso, a necessidade de considerar a gestão dos recursos hídricos uma prática indispensável ao alcance do tão preconizado desenvolvimento sustentável. Embora o Brasil seja detentor de grandes reservas de água doce, abriga em seu território regiões hidrográficas com baixa disponibilidade hídrica e bacias que, mesmo contempladas por considerável disponibilidade de água, concentram demandas elevadas ou comprometimento qualitativo dos recursos hídricos, caracterizando graves quadros de escassez”,alerta a entidade.


Ainda de acordo com o estudo do Fórum, o País encontra-se em fase de prosperidade do ponto de vista econômico, com mercado interno em expansão e investimentos externos crescentes, caracterizando um relevante aumento da demanda pelos recursos hídricos. Como contraponto, a disponibilidade hídrica no país, aparentemente elevada, é na realidade um fator limitante, considerando a relatividade dada por sua má distribuição espacial, pela sazonalidade e pelos usos múltiplos, importantes na caracterização de problemas e, sobretudo, das potencialidades de desenvolvimento econômico.


“Diante desse quadro, é necessário dialogar sobre o impacto que o desenvolvimento das atividades produtivas poderá acarretar na quantidade e a qualidade das águas do nosso país, de modo a balizar a implementação da política nacional de recursos hídricos. Um aspecto importante deste diálogo é o planejamento estratégico e a inclusão da dimensão ambiental neste, considerando as decisões tomadas pelos agentes econômicos e suas implicações para as bacias hidrográficas”.


Da Redação do site.
Fonte: Site do Deputado Luciano Siqueira

sábado, 5 de maio de 2012

Seminário de Saneamento Ambiental

 Prezados Senhores,
>
> O Conselho Estadual das Cidades – Concidades/PE, órgão colegiado
> vinculado à Secretaria Estadual das Cidades, tem o objetivo de ampliar
> a transparência do processo de elaboração  do Plano Estadual de
> Saneamento Ambiental. Visando contribuir com diretrizes na formulação
> do referido plano, estará promovendo um Seminário sobre Saneamento
> Ambiental; no dia 07 de maio de 2012, no Recife Praia Hotel,
> Av. Boa Viagem, n. 09, Pina, Recife, cuja programação encontra-se
> abaixo.
> Certos de contar com a sua participação, solicitamos confirmar no
> telefone: 3181. 3346, com Conceição Brito.
>
>  PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR SEMINÁRIO DE SANEAMENTO AMBIENTAL
>
> DIA 07 de MAIO
>
> 8horas: Credenciamento
>
> 8h30min: Abertura – Danilo Cabral/Secretário das Cidades
>
> 9horas: Palestra – O Plano Nacional de Saneamento Ambiental
> Palestrante: Leodegar da Cunha Tiscoski, Ministério das Cidades.
> 9h30min: Painel 1 - Esgotamento Sanitário
> Coordenador: Ana Suassuna, SECID/PE
>
> 9h40min: Tema 1: Ações de Esgotamento nas Bacias Hidrográficas na RMR
> e Goiana, incluindo gestão e investimento através de PPP.
> Palestrante: Roberto Tavares, Compesa
> Debatedor: Edvaldo Gomes de Souza, FRUNE
> 10h20min: Tema 2: Ações de esgotamento nas demais bacias hidrográficas
> Palestrante: Roberto Tavares, Compesa
> Debatedor: Paulo Arruda Veras, AMUP
>
> 11horas: Debate
>
> 12horas: Almoço
>
>  Tarde
>
> 14horas: Painel 2 -  Abastecimento de Água
> Coordenador: Socorro Leite, Habitat
>
> 14h10min: Tema 1: A sustentabilidade: o Sistema de Abastecimento de
> água no Estado:  Barragens, poços  adutoras e  canais de transposição
> do São Francisco.
>  Palestrante: Sérgio Torres, APAC
> Debatedor: Ranilson Ramos, SEAGRE/PE
>
> 14h50min: Tema 2: Crescimento Econômico e Populacional e a Demanda por Água
> Palestrante: Antonio Alexandre da Silva, CONDEPE/FIDEM
> Debatedor: Luciano Siqueira, ALEPE
>
> 15h30min: Debate
>
>  17h30min: Encerramento
>
>
> Att:
>
> Ana Maria Cardoso de Freitas Gama
> Msc. Gestão e Políticas Ambientais
>  Gerente de Projetos Especiais
> Secretaria das Cidades/PE
> Fone: 81 3181 3330/46

Movimento da Mata Uchoa faz nova reunião para discutir criação de Conselho Gestor


04 de Maio de 2012

movimento_mata

O Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa está mobilizando representantes de entidades de defesa do meio ambiente e a sociedade em geral para a reunião com dirigentes da Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS, que acontece na próxima segunda-feira (07), às 9h, na Escola Presidente Humberto Castello Branco, no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife. Durante o encontro será discutido e criado o Conselho Gestor da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Mata do Engenho Uchôa.


Para os coordenadores do Movimento, “a presença das entidades é indispensável para a criação de um Conselho Gestor representativo no sentido de manter uma inabalável determinação da conquista do Parque Natural Rousinete Falcão, nos 192 ha remanescentes de Mata Atlântica”, que se estende por 11 bairros da Zona Oeste do Recife.

Unidades de conservação


O Estado de Pernambuco possui 68 Unidades de Conservação (UCs) Estaduais (37 de Proteção Integral e 31 de Uso Sustentável). Entre as Unidades de Proteção Integral estão uma Estação Ecológica (ESEC), 4 Parques Estaduais (PE) e 27 Refúgios da Vida Silvestre (RVS).

Já entre as Unidades de Uso Sustentável figuram 18 Áreas de Proteção Ambiental (APAs), 8 Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e 10 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPNNs). Destas, apenas a ESEC Caetés e a APA de Guadalupe, possuem Plano de Manejo (PM) e Conselho Gestor (CG). A APA de Santa Cruz possui o seu Plano de Manejo, e a APA Aldeia-Beberibe já está com os estudos em andamento para a sua confecção.

Para apoiar administrativa e tecnicamente os processos de criação e de implantação das Unidades de Conservação da Natureza no âmbito estadual, o governo do Estado criou, em junho de 2011, o Comitê Executivo para Implantação das UCs de Pernambuco, por meio do Decreto nº 36.627. Dentre as ações deste comitê, está prevista, além da criação de Unidades de Conservação no Bioma Caatinga, a criação dos Conselhos Gestores das UCs Estaduais, a elaboração dos seus Planos de Manejo e a implantação de estruturas administrativas.

SERVIÇO:

Dia: 07 de maio 2012 (segunda-feira) - 9h

Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco - Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE. Tel. 3252.9941 / 3181.2956

Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747

José Semente 3455.1721 / 8595.8666

Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916

Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518

Patrícia Maria 9183.9762

Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195


Da Redação do site.
Fonte: site Deputado Luciano Siqueira

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Reunião com a SEMAS constituição do Conselho

 

C o n v i t e


Estamos tendo o prazer e a honra de convidá-la ( lo ) para mais uma reunião da SEMAS com os representantes do Movimento para discutir e criar o Conselho Gestor da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre – RVS ( Art. 13, SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000  ) Mata do Engenho Uchoa.

Sua presença será fundamental para a instituição de um Conselho atuante.

Salve a persistência na luta pela implantação do Parque Natural Rousinete Falcão, 192ha de área verde. O Recife merece.

Clique abaixo e acesse o Decreto Estadual nº36.627/2011 sobre a Criação e Implantação de Unidades de Conservação de Pernambuco. 


Dia: 07 / 05 / 2012 ( segunda-feira )
Hora: nove horas
Local: Escola Presidente Humberto Castello Branco
           Av. Dr. José Rufino, 2.993 - Tejipió – Recife/PE.
           Tel. 3252.9941 / 3181.2956

Coordenadores (ras):

Luci Machado 3251.2628 / 8637.1747
José Semente 3455.1721 / 8595.8666
Jacilda Nascimento 3251.3830 / 9965.0916
Arlindo Lima 3251.1265 /8622.9518
Patrícia Maria 9183.9762
Augusto Semente 3469.0598 / 9258.7195

Mata Atlântica Sim!
Recife Merece Mais um Parque!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Lixões: É agora ou nunca

grande recife

Lixões: É agora ou nunca

Depois de todo o tempo perdido, os prefeitos da RMR têm, de novo, a oportunidade de deixar para trás uma prática de omissão e descaso

Publicado em 30/04/2012, às 08h00 - Jornal do Commercio

Ciara Carvalho

Enquanto os aterros planejados não saem do papel, catadores mantém rotina de viver dos restos / Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Enquanto os aterros planejados não saem do papel, catadores mantém rotina de viver dos restos

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

“Ou é consórcio ou cada um por si”. Quem decreta a sentença é a secretária-executiva das Cidades, Ana Suassuna. Ela fala com a propriedade de quem, nos últimos anos, foi uma das principais e mais entusiasmadas incentivadoras da construção de uma saída metropolitana para a destinação e tratamento do lixo produzido pelas 14 cidades do Grande Recife. Ajudou na captação e compilação dos dados de todos os municípios para redigir o documento que seria o embrião do consórcio metropolitano na área de resíduos sólidos. Material pronto, veio a frustração. O protocolo de intenções, concluído em 2009, deveria ter sido assinado em 2010, mas nada aconteceu até agora. Otimista, ela acredita que, pela imposição da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, agora o acordo sai. Ou é isso ou nada. E até arrisca uma data para o protelado consórcio finalmente ser assinado pelos prefeitos: julho deste ano.


Ana justifica sua expectativa pelos passos e esforços que foram dados até hoje. “Estamos atualizando e ampliando as informações e incluindo todos os tipos de resíduos e um plano de coleta seletiva. A legislação está cobrando, dando prazo e punição, para os gestores. Não há como ignorar esse novo momento”, avalia. A secretária-executiva sabe que o mais importante, nesse caso, é a adesão política dos municípios. Sem ela, o consórcio não avança. E, diferentemente do passado, ela diz que essa é uma bandeira que será defendida politicamente pelo governador Eduardo Campos. Garante que é uma prioridade da atual gestão. “Naquela época, a gente tinha uma visão de uma responsabilidade municipal. Hoje, a gente viu que se o Estado não entrar na negociação o consenso não sai”. E ela avisa que o Estado entrou com tudo para viabilizar o consórcio. O Recife também tem um papel fundamental. Além do peso político, é o fiel da balança. A capital é responsável, sozinha, por cerca de 50% de todo o lixo da RMR.

A saída para o tratamento correto do lixo metropolitano já é conhecida dos gestores e da população do Grande Recife. A criação de três aterros para atender a toda a região é defendida há décadas, desde os antigos estudos feitos pelo órgão de planejamento Condepe/Fidem. Eles seriam construídos um no Sul, outro no Norte e um terceiro na parte Oeste do Grande Recife. Como, por iniciativa privada, já foram erguidos um aterro sanitário em Jaboatão dos Guararapes (Sul) e outro em Igarassu (Norte) as atenções se voltam agora para o lado Oeste, mais precisamente São Lourenço da Mata, a cidade que vai sediar os jogos da Copa e que ainda abriga lixão a céu aberto e catadores em seu território.
A área para o novo aterro já foi identificada e está em negociação com o proprietário do terreno. O passo seguinte será o estudo e a implantação do aterro. “Estamos investindo na formatação do consórcio. A modelagem vai socorrer os municípios menores que não têm condições de bancar os altos custos com a destinação final do lixo. Mas todos terão que dar sua contribuição, discutir formas de captação de recursos, qualificação de pessoal” alerta Suassuna.

Com a assinatura dos 14 prefeitos no papel, a secretária-executiva diz que o Estado vai viabilizar a implantação do consórcio, criando uma estrutura para que ele possa ser executado na prática. “Precisaremos de um tempo para a criação da autarquia, contratação de pessoal, capacitação dos gestores. Teremos que ter também um espaço físico para abrigar o consórcio”, explica. Para arrumação de toda essa parte burocrática, Ana acredita que será necessário um prazo médio de um ano. E ela lembra quem mais perde com a demora para a tomada de decisões. “Quem está pagando o preço pela indefinição dos municípios é a população, o meio ambiente e, na parte mais fraca desse problema, os catadores, que sobrevivem dos lixões”.